Wallon: Do ato do motor Mental, reflexão de Dantas.

Para Wallon, o ser humano precisa necessariamente ser entendido a partir do seu funcionamento humano organicamente, porque o homem é um ser biológico e do mesmo modo social. Por definição político.

 Sendo desse modo o centro da sua pedagogia é ligado a Psicologia e a Biologia, na questão da motricidade e na sua teoria do desenvolvimento do psicomotor.

As atividades desenvolvidas pela criança, em primeiro lugar são musculares com duas funções básicas as quais precisam ser entendidas.

 A primeira refere-se à cinética, o músculo constantemente em movimento, reduz em parte ao fato mental, motivo pelo o ato sensor motor, diminui a partir de dois anos ao desenvolver o mecanismo ideativo.

O fundamento do ato motor a criança ao entrar em contato com o aspecto físico,  mediado por outro fundamento, o aspecto social e cultural, aos poucos vai desenvolvendo o pensamento, num primeiro momento pelo caminho da imitação, sendo posteriormente por mecanismos mais complexos de sínteses.

No inicio, quando a criança é muito nova, o desenvolvimento da postura muscular, ainda pouco desenvolvida, posteriormente a partir dos três meses reflexos involuntários ou automáticos aos dez anos surgem padrões instrumentais praxiológicos que são  melhorados desenvolvidos a partir de um ano.  

A partir exatamente de um ano, surgem às primeiras dominações do ponto de vista da emocionalidade, no segundo ano, maior avanço quando aos aspectos do desenvolvimento da inteligência propriamente dita constroem-se, logo em seguida a formulação da realidade com o desenvolvimento da linguagem.

Inicia de imediato a funcionalidade do pensamento discursivo, aos cinco anos reveste de forma já formal a lógica do sincretismo.
Entre cinco anos a dez anos, reduz o sincretismo ao pensamento da formação de conceitos, mesmo sendo ainda precário, o que é muito natural, na mecanicidade da linguagem e começa desenvolver a formulação da razão, na sua determinação lógica.  
A questão a respeito da afetividade, Wallon fundamenta basicamente nos princípios do darwinismo, a emoção é entendida por ele como mecanismo da sobrevivência humana,
em direção à emoção diferenciada as explosões imprevisíveis também são vistas do ponto de vista da Biologia com a organicidade dos aspectos sociais.

Ele procura entender pedagogicamente a transição entre o mundo orgânico e o cognitivo, por meio da racionalidade com a mediação do meio cultural social ligado diretamente ao mundo afetivo, produzindo o mundo simbólico cognitivo. 

 As emoções têm diversas dimensões as quais devem ser estudadas, a dimensão hipotônica, modificando a musculatura e provocando ansiedades o que prejudica o processo cognitivo levando em certas situações a depressão que sofre especificamente variações e graus.   

Outras etimologias estudadas a questão do Defluxo Tônico expressões de alegria, orgasmo, interferências desses meios a vida cognitiva, relacionada ao mundo da emocionalidade.

O aspecto regressivo reduz o funcionamento cognitivo, quem está descontrolado ou alterado emocionalmente não consegue pensar, muito menos desenvolver a cognição.

A sensibilidade tem dois fundamentos diferenciados, a motricidade e a linguagem aos níveis afetivos e cognitivos, no processo de aprendizagem os quais não podem ser desconsiderados.

O mundo afetivo é fundamental a todas as fases da vida, do desenvolvimento racional, amadurecimento emocional, na construção do mundo simbólico com representação analítica ao que leva a construção do sujeito, diferentemente do objeto.

 Em síntese o mundo cognitivo – se constrói a realidade, passando por diversas fases, nos três primeiros meses, desenvolvimentos apenas de reflexos e impulsos globais e descoordenados que são os sinais da comunicação. 

 Ao completar seis meses o comportamento da criança fica mais estimulante, não apenas em relação à presença humana, mas também ao mundo dos objetos, sendo que no primeiro ano, iniciam as conquistas motoras as funções simbólicas, comportando diante da realidade por meio do mundo dos gestos, que começa a ficarem cada vez mais diversificados, dado as complexidades.

Só mais tarde com o mundo da puberdade,  quando as pessoas começar a modificar para o mundo denominado adulto, abrindo aos diversos caminhos, as ideologias, ao mundo político, as questões metafísicas, os simbolismos religiosos, construindo suas singularidades, individualizando por meio de mecanismos de socialização.

Edjar Dias de Vasconcelos.