VIDA ETERNA

Contemplar a morte, e principalmente de um ente querido, é uma das piores dores. Ver o findar da própria vida, os últimos dias não é nada fácil. Há no inconsciente o desejo e a sensação de eternidade, mas a morte reina e é uma das poucas certezas que carregamos.  Explicar e resolver essa obscura questão é um dos principais motivos da religião existir. Como obter a tão almejada salvação? Como conseguir a vida eterna? O que você pensa sobre a morte? Você achou uma solução para essa vital questão? Ela é verdadeira? Vejamos uma pequena simplificação que Jesus dá sobre esse assunto tão complexo.

Em João 17, nos seus últimos momentos antes da crucificação, Cristo fez a tão conhecida oração sacerdotal de intercessão por seus discípulos. Bem logo no início, no verso 3,  Ele faz uma breve e simples alusão ao nosso tema: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” Um assunto tão complexo, místico e polêmico, o Mestre o sintetiza em uma coisa só: conhecer a Deus.

Conhecer o verdadeiro Deus e o seu Messias é condição sine qua non à salvação. É ter Deus Pai, o Jeová de Israel, único Deus verdadeiro, e Jesus, o Messias esperado que veio ao mundo para nos salvar como a revelação dos céus ao homem. Mas isso não se limita simplesmente um conhecimento intelectual. A bíblia diz que Satanás crer e estremesse, e isso não o salva, nem ele nem aqueles que tem conslciência que Jesus é o Cristo mas não o seguem. Pelo contexto, o conhecimento que Jesus fala não é só o da razão, mas o que desce ao coração, aquele que nos faz amigos de Deus.

Conhecer alguém implica saber seu nome, seu caráter, onde mora, o que faz, o que quer etc. Conhecer a Deus é andar com Ele, ser seu amigo, fazer parte do seu Reino. A eternidade é algo secundário. É consequência. Se escolhemos buscá-lo, conhecê-lo, serví-lo, naturalmente obteremos a imortalidade, porque Ele é imortal e eterno.

Várias vezes Jesus fala de condições para a vida eterna: crer, nascer de novo, recebê-lo etc, mas aqui, no final de seu ministério, Ele vai além da teologia, da religiosidade, do ritualismo. Fala de intimidade, de amizade, de conhecimento, de união com o Pai e o Filho: “Como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós.”  - v. 21. É algo semelhante a Jó no final de todo o seu sofrimento: “Antes eu te conhecia de ouvir falar, mas agora os meus olhos ti veem.” Jó 42:5.

É simples assim. Basta invocá-lo para conhecê-lo e adentrar no seu mundo sem fim. O contrário disso, omitir-se, ignorá-lo, ou até mesmo combatê-lo resulta na lógica inversa: a morte. Eis aí os dois caminhos. A simples omissão a esse conhecimento, a essa busca, determina a condição de perdiçao eterna. Já a invocação do Nome é o primeiro passo para vencer a morte. Hoje, sua vida, suas ações determinam a sua condição, a sua escolha. Você conhece Deus?