A Ordem do Carmo é conhecida por causa do Escapulário de Nossa Senhora e por alguns de seus santos. Poucos sabem que por trás desta Ordem Religiosa existe uma espiritualidade rica e profunda, que remonta os primórdios do cristianismo.   

           A espiritualidade carmelita é marcada pela busca da intimidade com Deus por meio da contemplação e da oração. Trata-se de uma busca marcada pelo desejo de experimentar a presença Divina e conhecer a Deus de maneira pessoal e direta. A tradição da Ordem do Carmo ensina que esta união com Deus não é um objetivo distante, mas algo possível de ser atingido, desde que exista uma dedicação a uma rotina de vida espiritual sincera.   

            O primeiro alicerce dessa busca espiritual é a figura do Profeta Elias. Ele é modelo de vida contemplativa e de confiança em Deus. Sua experiência de encontrar Deus na “brisa suave”, traduz de maneira significativa a busca espiritual de um carmelita.   

          A Virgem Maria é o segundo alicerce dessa busca espiritual. A Ordem tem uma ligação direta com ela. Esta ligação é visivelmente traduzida pelo uso do Escapulário e a promessa de cuidado maternal prometida pela própria Virgem Maria à São Simão Stock.  

             A espiritualidade carmelita não se resume aos muros de um convento. Através do uso do Escapulário Carmelita, os leigos são chamados para participar dessa busca espiritual. Como afirma Aquino (2023, p. 15) “o Escapulário não é apenas um objeto físico, mas um sinal da presença constante de Maria e um lembrete do chamado à oração e à vida interior”.   

        Em suma, o que se busca no Carmelo é uma vida espiritual pautada na intimidade com Deus através da contemplação e da oração, tendo como inspiração de vida o Profeta Elias e a Virgem Maria. Estes foram os exemplos dos santos do Carmelo, que orientados por tais setas, conseguiram mergulhar nas profundezas da vida espiritual e experimentar a presença de Deus.   

  

REFERÊNCIA  

  

AQUINO, Pe. Fr. Marcelo. A espiritualidade carmelita. São Paulo: 2023.