Uma obra que apresenta uma variedades linguísticas o faz por algum motivo; sendo assim, faz-se necessária a reconstrução dessas variedades no texto de chegada, o que é um constante desafio para os tradutores literários. O presente trabalho faz uma análise, por meio de elementos linguísticos, da tradução da obra epistolar The Color Purple (1985), de
Alice Walker, a fim de verificar como são resgatadas as variedades linguísticas, enquanto caracterizadoras da obra, e também para averiguar a linguagem utilizada pela narradora no começo e no fim do livro. Após serem apresentados fundamentos teóricos e discussões
relacionadas a estudos literários, linguísticos e de tradução, será feita uma análise de algumas cartas traduzidas que serão escolhidas devido a sua peculiaridade linguística, visto que o livro, em sua maior parte, é escrito por uma negra semi-alfabetizada do sul dos Estados Unidos no início do século XX. Feita a análise, verificar-se-á se foram resgatadas na tradução as características sociais, culturais e linguísticas expressas por meio da
variaedade na qual é escrito o texto original, e se há alterações no uso da linguagem da personagem Celie ao longo do livro.

Palavras-chave: Tradução Literária; Tradução de Variedades Lingüísticas; Linguística e Tradução; A Cor Púrpura; The Color Purple