SÍNTESE SOBRE O Campo do Currículo no Brasil: os anos noventa 

Monte Alegre – Pará

2013

INTRODUÇÃO

Diante da problemática em definir o que realmente vem ser currículo, o autor, propôs um estudo detalhado, baseando-se em um estudo anterior, quando as principais dificuldades, era realmente encontrar não só um campo de atuação para tal, ou chegar a uma definição conclusiva sobre o que realmente o currículo possibilitava nos ambientes escolares, assim como verificando a sua relação com outros campos de atuação na sociedade.

Sendo que, o artigo do autor, ou melhor, seu estudo, baseou-se em averiguar juntamente a uma clientela de especialistas, quais eram as relações abrangentes do currículo no Brasil, com aquele de uso no âmbito internacional, especialmente em países como Estados Unidos.

DESENVOLVIMENTO

Segundo o autor do estudo ele faz a seguinte observação sobre a própria pesquisa, encontrando fatos e atos para executar suas discussões sobre este campo tão importante nas unidades escolares, assim para o desenvolvimento do trabalho docente. Quando ele expressa que: “Este estudo aponta como inadiável a discussão e a revisão dos conteúdos e dos métodos empregados no ensino de Currículo em nossas instituições de ensino superior e sugere algumas perguntas norteadoras para esta discussão”.

Buscando muitas vezes repostas em outros ambientes, como por exemplo, nos estados Unidos, verificou-se o seguinte em relação aos lugares que um estudo anterior fora elaborado: “Que em todos os cinco departamentos há professores dedicados à pesquisa e professores cujo interesse maior é o ensino. São os membros deste segundo grupo os que mais parecem valorizar a formação de professores”.

Pelo observado, é muito difícil, chegar a uma conclusão sobre o que realmente interfere no processo do trabalho com o currículo, levando a inúmeras definições, e que não as encontrando, elaboram-se novos trabalhos, como o que fora executado pelo autor: “Essa preocupação expressou-se em recente pesquisa, por mim coordenada, que focalizou o campo do currículo no Brasil nos anos noventa, com o propósito de compreender sua trajetória nesse período e de verificar por que e como especialistas tem recebido, interpretado, integrado e/ou rejeitado novas influências, novas ideias, novas teorias”.

Passando para o campo brasileiro, vemos que o trabalho neste campo também tem suas dificuldades e desinteresses, não somente por parte de especialistas nos assuntos, denominados de curriculistas, como também nas áreas acadêmicas, levando a propor pesquisas aprofundadas e que buscam realmente o verdadeiro sentido do que o currículo e onde e como deve ser utilizado. Assim, a percepção e concepção sobre o assunto leva, a outros campos de pensamento e ação que: “Permitem perceber como são hoje abordados, nesses distintos espaços acadêmicos, os estudos de currículo. Tais espaços propagam e disseminam seletivamente discursos, ou seja, controlam a distribuição social do saber (Ball, 1992)”

A maioria dos especialistas considera que o campo do currículo no Brasil desfruta hoje de visibilidade e prestígio crescentes. Isso se deve, segundo eles, tanto às recentes discussões sobre políticas oficiais de currículo, como ao desenvolvimento de pesquisas e de uma produção teórica significativa, que hoje aborda novos temas e reflete novas influências.

Essas influências infelizmente não são desenroladas por autores brasileiros, mas de estudos que foram anteriormente desenvolvidos em outros países, levando ao despertar em autores brasileiros. Desta vemos que: “Os estudos na área devem propiciar a compreensão do impacto das recentes transformações culturais no currículo, na maneira como o currículo é organizado, bem como na forma de se conceber currículo”.

Contudo, o modo como pode vir a afetar a conformação do campo e, principalmente, a prática curricular, repercutindo nos cursos de formação de professores e nas escolas, é que se torna problemático, merecendo, portanto, algumas considerações.

Segundo Palme (2013), currículo, no caso o escolar,  “O currículo deve ser construído a partir do projeto político pedagógico da escola, que viabilizará a sua operacionalização, orientando as atividades educativas, as formas como executá-las, além de definir suas finalidades.”

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Não diferentemente do que ocorre em setores acadêmicos, em nossas escolas podemos observar o mesmo, em relação em entender profundamente o que significa o currículo, e como ele deve ser entendido nas diversas esferas e níveis de atuação do processo educacional.

Neste sentido, entendemos que além de pesquisa e estudos sobre o assunto, precisa-se encontrar estratégias, metas e metodologias para a sua aplicabilidade, tanto no meio acadêmico, como no meio estudantil, fora a sua importância no trabalho cotidiano do docente, o qual procura viabilizar condições necessárias a um entendimento melhor do que significa este ramo de atuação do conhecimento e de aplicação no processo educacional.

REFERÊNCIAS

MOREIRA, A.F.B. O Campo do Currículo no Brasil: os anos noventa. Universidade Federal do Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, Brasil. Currículo sem Fronteiras, v.1, n.1, pp.35-49, Jan/Jun, 2001. ISSN 1645-1384 (online) www.curriculosemfronteiras.org

SANTOS, S. PNAIC - i Encontro de Formação de Orientadores de Estudos/UFOPA – Santarém, 2013,