REVITALIZANDO O ESPAÇO ESCOLAR

UNIDADE DE EDUCAÇÃO INFANTIL JARDIM ENCANTADO

PROJETO REVITALIZANDO O ESPAÇO ESCOLAR

Soares, Rosilene da Conceição; Pedretti Marcionila Angela, Fleck, Ivete, Regina, Rocha keila Alcantara

[email protected], [email protected], [email protected]

1.Resumo:

O projeto Revitalização do Espaço Escolar justifica a importância da implantação de um paisagismo no espaço vazio da escola contribuindo assim para o bem estar social e ambiental. O mesmo foi realizado na Unidade de Educação Infantil Jardim Encantado, desenvolvido com a turma do Pré I “A” matutino e Pré I “B” Vespertino no ano de 2013. Objetivando mostrar os componentes da paisagem da natureza e a da ação do homem, sensibilizando-os sob a importância da modificação da paisagem feita pela ação do homem e como podemos utilizar-se do espaço natural. Para a realização do mesmo contamos com o apoio do projeto “Poço de Carbono” desenvolvido pela associação de Desenvolvimento Rural de Juruena-ADEJUR, através do programa Petrobras Ambiental que nos auxiliou com suportes e materiais recicláveis, pedagógicos, necessários para o desenvolvimento do mesmo.

2. Palavras-chave: Revitalizando, Espaço, Escola, Paisagismo.

Introdução

A Unidade de Educação Infantil Jardim Encantado, localizada no Município de Juruena/MT, rua C/4 Bairro Vila Nova tornou se uma entidade desde de 2010, uma vez que era uma extensão do Centro de Educação Infantil Arco- Íris, deste então visa o desenvolvimento das crianças atendidas e conta com uma estrutura de salas de aula e de apoio em uma edificação projetada para as práticas pedagógicas.

Junto à edificação também existe uma área ao ar livre que é de uso cotidiano das crianças, mas que até o momento não conta com uma configuração específica para o lazer e a aprendizagem das mesmas. Neste contexto este trabalho visa à criação de um projeto paisagístico específico para o local, contemplando as necessidades de seus usuários.

O objetivo geral do trabalho é propor um projeto paisagístico que torne o espaço externo da escola um local mais agradável e dinâmico para ser desfrutado pelas crianças, professores e funcionários. O objetivo específico do projeto é: a criação de área de lazer e recreação para as crianças, para momentos lúdicos e de relaxamento; proporcionar desenvolvimento cognitivo das crianças através de elementos pedagógicos; inseridos no jardim; agregar valor à imagem da escola com o tratamento estético dos canteiros e o local específico reservado para o paisagismo.

Através da observação do meio ambiente, os alunos terão conhecimento sobre como são transformados. Sendo assim o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (RCNEI, 1998, p. 182) afirma:

Os componentes da paisagem são tantos decorrentes da ação da natureza como da ação do homem em sociedade. A percepção dos elementos que compõem a paisagem do lugar onde vive é uma aprendizagem fundamental para que a criança possa desenvolver uma compreensão cada vez mais ampla da realidade social e natural e das formas de nela intervir. Se por um lado, os fenômenos da natureza condicionam a vida das pessoas, por outro lado, o ser humano vai modificando a paisagem á sua volta, transformando a natureza e construindo o lugar onde vive em função de necessidades diversas – para morar, trabalhar, plantar, se divertir etc. (RCNEI, 1998, p.182.)

Nesse contexto as crianças aprenderam sobre como o meio ambiente é modificado e o porquê das mudanças. Como devemos usar sem causar danos à natureza, e como podemos contribuir para a preservação do mesmo. E se tratando de preservação do meio ambiente pensamos em reutilização de materiais recicláveis, como pneus, litros de amaciante, calçados velhos, pedaços de tijolos, madeiras, bolsas velhas etc, pois com as ações do homem de modificar a natureza para a povoação gerou um dos fatos mais preocupantes que é o que fazer com os lixos?

Para a natureza não existe lixo, tudo é reaproveitado, dessa forma nada é jogado fora. Conforme GONÇALVES:

“O lixo é como um diamante de diversas faces. As faces que compõem a complexidade da questão do lixo, como a ambiental, a sociológica, a econômica, e também a política, a psicológica, a sanitária, a afetiva, a mitológica, são todas faces inseparáveis e precisam ser compreendidas de forma integrada por todos os atores do processo, incluindo o indivíduo, para a formação de seu pensamento complexo na busca de um melhor relacionamento com os resíduos gerados pelam existência humana no planeta .” (GONÇALVES, 2003,p.15).

Frente a essa definição das situações que o Planeta Terra se depara, vê se a necessidade de agir de forma para amenizar o problema da vida contemporânea. Uma das atitudes para amenizar essa situação é a reciclagem.

Segundo o RCNEI os conteúdos indicados para as crianças de quatro a seis anos estão organizados em cinco blocos, sendo um desses os “Fenômenos da natureza”, relacionados diretamente ao ensino de ciências. Com base nesse pressuposto também trabalhamos as plantas aguçando a curiosidade do aluno evidenciando a importância das plantas para a sustentabilidade da vida em nosso planeta.

As plantas são à base de toda a biodiversidade devido a sua importante função de produtora. Entretanto costumam ser menos reconhecidas como seres vivos entre as crianças de quatro a seis anos de idade, principalmente entre aquelas que vivem em comunidades urbanas, despertando o interesse sobre as plantas, reconhecendo-as como seres vivos, conhecendo mais sobre sua a importância e sobre os cuidados que devemos ter com elas.

Como a escola pretendia utilizar o local como paisagismo, um lugar que fosse apropriado para os alunos, concretizamos essa idéias com a parceria do Projeto Poço de Carbono, em conjunto com a secretária escolar Rosilene da Conceição Soares e as Professoras Marcionila Angela Pedretti, Ivete Regina Fleck, e keila Alcantara Rocha desenvolvendo “O Projeto Revitalização do Espaço Escolar” com as turmas do Pré I.

METODOLOGIA

Para o desenvolvimento deste trabalho foram realizadas as etapas que compõe o processo de criação de um projeto paisagístico. Inicialmente foi feito o levantamento físico e de necessidades do local, identificando as aspirações dos professores. Também no início do trabalho foi feita uma pesquisa teórica sobre projetos de paisagismo para crianças, que devem incluir espaços para estimular a criatividade, favorecendo o desenvolvimento cognitivo e motor, além de prezar pela segurança das crianças. Em seguida observaram o espaço escolar e fizeram comentários sobre o assunto; vocês acham bonito esse espaço da maneira que ele se encontra? Ele pode ficar melhor? Existe alguma coisa plantada nele? Aqui a professora explorou bem a importância de se aproveitar todos os espaços “despovoados de plantas” que existem na nossa escola para cultivar algo; como jardim, assim estaremos contribuindo para o ambiente social ficar bonito agradável para vivermos e estaremos contribuindo com a mãe natureza.

O trabalho com projetos ambientais leva a aprendizagem para além dos muros da escola, cria significados que a criança vai inserir em suas atitudes para toda a vida. Na Educação Infantil através do lúdico podemos realizar pesquisas sobre temas como o cultivo de jardim e construir conhecimento contextualizando unindo teoria e prática. Travassos (2004, p. 23) comenta que é preciso uma educação ambiental voltada para esse meio resgatando esse “homem”.

Para poder deixar de ser um conceito vago, pessoal, a educação para o meio ambiente deve adquirir um significado comum para os cidadãos, resultando em sensibilização que estimule os membros da comunidade a encararem o meio em que vivem como parte integrante de suas vidas, sob forma de comprometimento com a participação social.

Pensando em inserir conceitos sobre a preservação do meio ambiente com as crianças, trabalhamos também com reaproveitamento e reciclagem, utilizando pneus, calçados, bolsas, litros de plástico, madeiras, e outros objetos que poderiam ser reciclados. Pensar no lixo das residências, dos comércios, das indústrias, dos escritórios, pode perceber que é uma quantidade muito grande que chega a construir um grave problema para o meio ambiente. Segundo ANDRADE;

“O crescimento da população gera um excedente desubprodutos de suas atividades que supera a capacidade de adaptação do meio ambiente o que pode representar uma real ameaça a biosfera. O potencial de reaproveitamento que os resíduos representam somado a um fator de ineteresse muncial que é a preservação ambiental e promoção do desenvolviemnto ecologicamente sustentável, impulciona a necessiade de reverter essa situação.( ANDRADE, 2002

Nesse sentido é necessário saber como tratar o lixo para poder pelo menos amenizar esse grande problema que envolve todos os indivíduos. Se cada cidadão procurar fazer sua parte e tiver consciência de seus atos possivelmente esse problema será diminuído. Diante desta concepção englobaremos a reciclagem e com a revitalização do espaço utilizado os objetos recicláveis para fazer a plantação do jardim.

Partindo das necessidades do local, das condições físicas do terreno e das recomendações teóricas para jardins infantis, efetuamos a primeira etapa de projeto, o pedido do material necessário para o desenvolvimento do projeto. Após os alunos identificaram as formas naturais e as formas construídas pelo ser humano nas paisagens. Os professores trabalharam o projeto de forma interdisciplinar.

RESULTADO

Como resultado este trabalho proporcionou um ambiente de paisagismo para Unidade de Educação Infantil. O projeto foi representado através de plantas, madeira e material reciclável, o que nos orientou sobre a implantação do projeto. O paisagismo para o espaço da unidade contemplou os seguintes ambientes: vegetação para trabalhar o meio ambiente com as crianças; uma área de recreação para contação de história, desenvolvimento da oralidade, atividades lúdicas (faz-de-conta).

Conclusão

O projeto de paisagismo para a UEI Jardim Encantada ajudou em algumas características de paisagismo para criança e possibilitou a percepção do jardim através de outros sentidos que não só a visão, mas principalmente o tato e o olfato. Os elementos visuais de forma e cor foram mais diversificados, trabalhamos mais com a variedade de plantas, para que sobreviessem mais estímulos aos usuários contribuindo para seu desenvolvimento cognitivo. Também observamos os tipos de plantas, as que podem conter elementos tóxicos, flores que contém espinhos, pedras de diferentes tamanho e formas. Enfatizamos sobre a reciclagem, e falamos sobre a importante de reutilizar objetos que seriam jogados no lixo, e assim diminuir o acumulo de lixo nas cidades. Falamos sobre a escala da vegetação e outros elementos buscando utilizar arbustos de altura próxima ao tamanho das crianças para que tenham melhor percepção. Através deste projeto esperamos que a construção do local apropriado para as crianças usufruírem das atividade lúdicas e brincadeiras livres da unidade tenham alcançado o esperado e que as mesmas tenham adquirido conceitos sobre como preservar o meio ambiente.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, Renata “Caracterização e Classificação de Placas de Circuito Impressos de Computadores como Residuos Solidos”. Tese Mestrado Faculdade de Engenharia Mecanica. Universidade Estadual de Campinas, 2002.

BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Introdução e Conhecimento de Mundo. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília. MEC∕SEF, 1998. Volumes 1 e 3.

GONÇALVES, P. A Reciclagem Integrada dos Aspectos Ambientais, Sociais e Econômicos. Rio de Janeiro: Fases, 2003.

http://www.google.com.br/search?q=paisagismo+na+educa%C3%A7%C3%A3o+infantil&um=1&hl=pt-BR&biw=1366&bih=598&tbm=isch&ei=7gsdUrOYDIfW9ATyq4GwAg&start=120&sa=N acessado em 26/08/2013.

TRAVASSOS, Edson Gomes. A prática da Educação Ambiental nas escolas. Edson Gomes Travassos. Porto Alegre: Mediação, 2004

VIÑAO, Antonio. Espaços, usos e funções; a localização e disposição física da direção escolar na escola graduada. In: BENCOSTTA, Maucus Levy (org.). História da educação, arquitetura e espaço escolar. São Paulo: Cortez, 2005.