UNIVERSIDADE PARANAENSE – UNIPAR

UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE FRANCISCO BELTRÃO – PR

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

QUALIDADE DE VIDA NA PERCEPCAO DO IDOSO ATENDIDO EM UMA CASA DE IDOSOS DE UM MUNICIPIO DO SUDOESTE DO PARANÁ

 

 

 

 

 

GIANE LIMA DOS SANTOS DA CUNHA  

 

 

 

 

francisco beltrão – pr

2013

 QUALIDADE DE VIDA NA PERCEPCAO DO IDOSO ATENDIDO EM UMA CASA DE IDOSOS DE UM MUNICIPIO DO SUDOESTE DO PARANÁ

 

 

Giane da Cunha*

Luana Canci**

 

 

 

RESUMO

 

Introdução: Registros do Censo 2000 informam que os idosos compõem 15 milhões da população brasileira, estimando que para os próximos 20 anos esta faixa etária exceda os 30 milhões de pessoas (13% da população) e que, até 2050 os idosos representarão 1.900 milhão de pessoas. Objetivo: O presente trabalho teve como finalidade demonstrar o que seria qualidade de vida, na percepção subjetiva do idoso, assim como explanar como os mesmos entendem o processo de envelhecimento, para evidenciar o valor real de uma casa de apoio a partir do ponto de vista do idoso e quais as perspectivas dos mesmos referentes a esse tema. Metodologia: Durante a pesquisa em campo, foi empregada a entrevista fechada, através de um questionário contendo algumas perguntas do SF-36 e aplicada individualmente aos idosos de um Centro Dia, localizado no município de Realeza - PR. Resultados: Dos 20 idosos institucionalizados, 30% associaram as boas condições de saúde à qualidade de vida. 45% deram nota 9 a sua qualidade de vida e 50% afirmaram querer viver até os oitentas anos de idade. 95% dos entrevistados conseguem realizar tarefas diárias sozinhos. 25% manifestaram medo de ficarem dependentes e 75% confirmaram a ausência de doenças como significação de saúde. 85% são ativos na sociedade e 50% classificaram sua qualidade de vida como boa. Conclusão: Nesta pesquisa, as boas condições de saúde estiveram relacionadas ao conceito de qualidade de vida, portanto, políticas de saúde devem ser ampliadas facilitando o acesso dos idosos, respeitando suas necessidades.

Palavras-chave: Idoso; Sudoeste Paranaense; Qualidade de vida; Terceira Idade;

 

 

                                                                                       

 

 

 

*Acadêmica do curso de Enfermagem da Universidade Paranaense – Unipar. E-mail: [email protected].

**Mestre em Saúde Pública pela Universidade Paranaense – Unipar. E-mail: [email protected].

QUALITY OF LIFE IN THE PERCEPTION OF THE OLD MET IN AN OLD HOUSE OF A MUNICIPIO OF SOUTHWEST PARANA

 

ABSTRACT  

Introduction: Records of the 2000 Census report that seniors make up 15 million of the population, estimating that for the next 20 years this age group exceeds 30 million people (13% of the population) and that by 2050 the elderly will account for 1,900 million people. Objective: This study aimed to demonstrate the quality of life that would, in the subjective perception of the elderly as well as explain how they understand the aging process, to show the real value of a support from the point of view the elderly and the outlook of them relating to this theme. Methodology: During the field research, we used the closed interview, using a questionnaire containing some questions of the SF-36 and applied individually to the elderly of a Day Center, located in the municipality of Royalty – PR. Results: Of the 20 institutionalized elderly, 30% associated the good health to quality of life, 45% gave a grade 9 and their quality of life and 50% said they want to live up to the eighties years of age, 95% of respondents are able to perform daily tasks alone, 25% expressed fear of becoming dependent and 75% confirmed the absence of disease and health significance, 85% are active in society and 50% rated their quality of life as good. Conclusion: In this study, good healty conditions were related to the concept of quality of life, therefore, health policies should be enhanced by facilitating access of the elderly, respecting their needs.

Keywords: Aged; Southwest Paranaense, Quality of life, the elderly;

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  1. 1.                  introdução

 

Segundo o IBGE, 2002 o aumento da população de idosos é um fenômeno global e sem antecedentes históricos. Estes mesmos dados informam que em 1950, os idosos representavam 204 milhões da população mundial, cinco décadas após representavam 579 milhões no mundo.

Tannure, MC et al, 2010, adverte que segundo projeções demográficas, em 2020, o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos, com uma amostra superior a 30 milhões de pessoas.

De acordo com a OMS- Organização Mundial da Saúde é idosa a pessoa com 60 anos ou mais de idade que vive em países subdesenvolvidos.

Pereira, 2003 expõe que embora, sejam considerados idosos aqueles com mais de

60 anos, é difícil essa caracterização tomando como único critério a idade, pois nesta faixa etária existem indivíduos diferentes entre si, a partir do enfoque demográfico, sócio-economico e epidemiológico.

Conforme Costa, 2003 em meio às muitas necessidades da população idosa, está a de serviços especializados para esta faixa etária, ainda muito desassistida por nossas políticas. Da mesma forma, Araújo, 2006 esclarece que políticas e redes de apoio social devem através de medidas de Promoção de Saúde.

  1. 2.                  OBJETIVOS

2.1 OBJETIVOS GERAIS

 

  • Identificar a qualidade de vida na percepção do idoso atendido em uma casa de idosos de um município do sudoeste do Paraná.

 

2.3              OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 

  • Identificar em campo qual a percepção do idoso sobre saúde.
  • Elencar quais as dificuldades encontradas pelos idosos.
  • Descrever quais os maiores medos enfrentados pelo indivíduo idoso.

 

                              

3. JUSTIFICATIVA

 

Devido o aumento populacional de idosos atualmente e a presença constante nos ambientes de saúde, surgiu o interesse de busca pela opinião dos idosos atendidos em um Centro Dia do município de Realeza - PR, sobre o que consideram qualidade de vida, analisando suas percepções, visto que a Enfermagem é junto a outras profissões, coadjuvante no desenvolvimento e acompanhamento dos processos de saúde do idoso.

 Importa informar aos profissionais envolvidos e colaboradores do Centro Dia de Realeza – PR, que cuidar da saúde física e psicológica do idoso oferecendo a ele sua atenção como enfermeiro e pessoa, tornam a convivência e o tratamento salutares para paciente e família condicionando ao benefício das terapias de tratamento e colaboração do paciente/cliente com os métodos propostos.

Os resultados obtidos na pesquisa servirão de apoio às equipes relatando através de informações colhidas diretamente em campo, qual a realidade de vida dos idosos, problemas enfrentados e ponto de vista sobre o que consideram como qualidade vital, analisando que o ambiente de convívio também deve ser favorável a recuperação e atenção destinadas e que dedicar atenção e compreensão aos mesmos são convenientes aos resultados futuros.

Além de proporcionar aprendizado, este estudo pode demonstrar que o planejamento e execução de um plano de cuidados e atenção voltados à integração dos nossos idosos podem ser de grande auxílio no meio familiar e nos ambientes de saúde especializados em atendimento a esta faixa etária, visto que são muitas as sobrecargas emocionais impostas tanto para doentes, quanto para cuidadores.

                          

 

 

 

 

 

 

 

 

4. REVISÃO DE LITERATURA

 

4.1 ENVELHECIMENTO POPULACIONAL

Sobre o desenvolvimento demográfico brasileiro, Lima Costa, 2003 refere que o número de idosos (pessoas com 60 anos de idade) passou de 3 milhões em 1960, para 7 milhões em 1975 e 14 milhões em 2002 (500% de aumento em quarenta anos) e estipula-se que serão 32 milhões em 2020.

Küchemann, 2012 cita que o Brasil é um país que envelhece rapidamente, pois em 2011, a população idosa era de 20,5 milhões, representando 10,8% da população total, havendo indícios de que, em 2020, a população idosa brasileira será de 30,9 milhões, somando 14% da população total. Küchemann, 2012 também observa que há um processo de feminização da velhice, onde as mulheres são 55,5% da população idosa brasileira e 61% da percentagem de idosos acima de 80 anos. 

De acordo com Baldoni, 2012, o envelhecimento populacional é um fenômeno mundial com acentuadas diferenças entre os continentes, países, regiões e cidades, porque, ocorre em tempos diferentes, conforme o contexto histórico, socioeconômico e político de cada país.

Ramos, 1987 destaca que as características do processo de envelhecimento devem-se as reduções nas taxas de mortalidade e diminuição da taxa de fecundidade, terminando em mudanças na estrutura etária do país, sem que tenha ocorrido melhoria das condições de vida e conquistas sociais.

Kilzstajn, 2003 menciona que aliadas à transformação demográfica estão às doenças crônico-degenerativas, e que a observação deste aumento populacional de idosos, serve como apoio para o planejamento e adaptação da oferta à demanda de serviços de saúde no país.

4.2 BASE LEGAL

Fernandes, 2012 em análise da Lei Elói Chaves de 1923, comprovou que o idoso depende unicamente da alocação de recursos no setor da saúde e trabalho, que devem ter custos reduzidos para aumentar o acesso dos idosos aos serviços de saúde, e que a Política Nacional de Atenção ao Idoso apesar de bem planejada, faltam debates sobre as prioridades de atenção e subsídio a uma política de rede.

Mendes, 2005 faz referência a Política Nacional do Idoso (PNI), Lei 8.842/94, regulamentada pelo Decreto 1948/96, a qual estabelece direitos sociais, garantindo autonomia, integração e participação dos idosos na sociedade, como instrumento de direito próprio de cidadania.

 Mendes, 2005 alude que a Lei nº 8.842/94 criou o Conselho Nacional do Idoso, para viabilização do convívio, integração e ocupação do idoso na sociedade, por meio da participação na formulação das políticas públicas, projetos e planos destinados aos idosos, que priorizam o atendimento domiciliar; o estímulo à capacitação dos médicos na área da Gerontologia; a descentralização político-administrativa e a divulgação de estudos e pesquisas sobre aspectos relacionados aos idosos.

No Brasil, o direito universal e integral à saúde é garantido pela Constituição de 1988 junto ao Sistema Único de Saúde (SUS) e por meio das Leis Orgânicas da Saúde (8080/90 e 8142/90). A Política Nacional do Idoso, através da Lei 8.842/94, foi regulamentada em 1996 pelo Decreto 1.948/96 e assegura direitos sociais à pessoa idosa, bem como condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade e reafirmando o direito à saúde nos diversos níveis de atendimento do SUS. (BRASIL, 2010)

Em 1999, a Portaria Ministerial nº 1.395/99 estabeleceu a Política Nacional de Saúde do Idoso, determinando que os órgãos do Ministério da Saúde promovam a elaboração ou a adequação de planos, projetos e ações em conformidade com as diretrizes e responsabilidades nela instituídas. Em 2002, foram organizadas e implantadas Redes Estaduais de Assistência à Saúde do Idoso (Portaria GM/MS nº 702/2002) baseada na condição de gestão e divisão de responsabilidades, definidas pela Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS 2002). (BRASIL, 2010)

Lima, 2011 em seu estudo comenta que para a PNI, o envelhecimento é uma conquista, que objetiva atender às necessidades básicas da população idosa quanto à habitação, saúde, previdência, lazer, trabalho e assistência social, pretendendo inserir o idoso na sociedade. 

Para Araújo, 2008 o modelo atual de atenção aos idosos ainda não é adequado, porque não atende todas as suas necessidades, sendo que os problemas de saúde do idoso, além de serem de longa duração, demandam pessoal qualificado e equipes multidisciplinares, em número adequado para prestar atenção ao idoso.

4.3 QUALIDADE DE VIDA

Para Fleck, 2000, não há um consenso sobre a definição para qualidade de vida e o conceito é amplo, complexo e inter-relaciona o meio ambiente com aspectos físicos, psicológicos, nível de independência, relações sociais e crenças pessoais.

A OMS – Organização Mundial da Saúde conceitua qualidade de vida como a percepção do indivíduo a partir de sua posição na vida e no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive com relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. (The WHOQOL Group, 1995)

Morelli, 2007 aponta que o conceito de qualidade de vida é instável, porque vai-se modificando com o passar dos anos, devido às exigências da sociedade, ao desenvolvimento da tecnologia e ciência, e do poder econômico, portanto,  é importante respeitar todas as culturas e os seus valores.

Segundo Ferreira, 2008 o conceito de qualidade de vida utilizado, mostra uma forte tendência a ser adotado como sinônimo de saúde e, portanto, os estudos deveriam esclarecer seus conceitos para melhor definição dos resultados e evitar possíveis conflitos conceituais com outras áreas.

De acordo com Canavarro, 2010, qualidade de vida trata-se de uma definição que deriva de um consenso internacional, demonstrando uma perspectiva transcultural e multidimensional, que considera as relações com características do ambiente na avaliação subjetiva da qualidade de vida individual.

4.4 QUALIDADE DE VIDA NA PERCEPÇÃO DO IDOSO    

Kluthcovsky, 2009 informa que muitos debates sobre o que seria qualidade de vida têm acontecido e que este conceito é relacionado à saúde, onde 15% dos artigos que pesquisou trazem uma definição de qualidade de vida. Kluthcovsky, 2009 denota que o significado de qualidade de vida não é único e que avaliações subjetivas e objetivas são úteis para avaliar o paciente.

Inouye, 2009 constatou em estudo com cuidadores de portadores de mal de Alzheimer, que a percepção de qualidade de vida do idoso relaciona-se com a do cuidador, observando que intervenções psicoeducacionais devem apoiar a otimização da qualidade de vida por meio da promoção de conhecimentos e aptidões que encorajem os menos habilitados, satisfazendo suas necessidades individuais, para que todos se sintam aceitos, compreendidos e respeitados em seus diferentes estilos de ser e conviver.

A pesquisa de Broch, 2006 evidenciou que as expectativas dos idosos sobre qualidade de vida relacionam-se a saúde, independência financeira, relações sociais e boa convivência com a família.

De acordo com Vitta, 2001 uma boa qualidade de vida é influenciada por condições objetivas como a saúde, atividades, participação social, renda, escolaridade e modo de vida, e subjetivas, como o bem estar psicológico.

Segundo Celick, 2010 há a necessidade de políticas públicas efetivas que garantam a qualidade de vida na velhice, incluindo uma aposentadoria digna, o acesso ao cuidado e à saúde, baseados na formação de recursos humanos em saúde do idoso, na perspectiva gerontológica.

5. METODOLOGIA

 

Para o desenvolvimento deste estudo foram utilizadas a pesquisa bibliográfica, a partir da leitura de referencial bibliográfico e a pesquisa de campo, realizada em forma de pesquisa quantitativa através de um questionário contendo 20 questões com respostas fechadas. A coleta de dados foi realizada no Centro Dia, localizado na Travessa Seis, N.º: 486, no Centro do município de Realeza – PR, onde foram entrevistados seus freqüentadores  para saber quais significados atribuem para o termo qualidade de vida.

Realeza destaca-se na região, segundo o IBGE, 2009 pelo seu PIB agropecuário de 53.001, industrial 29.553 e outros serviços 145.506, tendo sua população estimada em16. 368 habitantes. (IBGE, 2010). Sua frota é aproximada em 5000 automóveis de pequeno porte. (IBGE, 2012)

O Centro Dia foi fundado em 1978, em virtude da desapropriação de uma residência, na qual funcionava a promotoria de justiça de Realeza. Ainda mantém sua estrutura antiga e os espaços são divididos de forma a causar sensação de ambiente familiar aos idosos.

As entrevistas foram obtidas mediante a autorização de idosos atendidos no Centro Dia sem qualquer prejuízo a sua integridade, pois as informações prestadas foram de absoluto sigilo, utilizadas apenas para cunho científico.

Estes idosos caracterizam-se como semi-dependentes, pois nem todos dependem totalmente de outra pessoa para o autocuidado e utilizam o espaço temporariamente, apenas durante o dia, como ambiente de lazer. Para se deslocarem até o Centro Dia, a Prefeitura Municipal oferece transporte gratuito, o qual recolhe os pacientes em sua residência e os conduzem até o estabelecimento, onde permanecem durante o dia em recreação, até o momento de retornarem para suas casas.

A pesquisa de campo foi realizada in loco pela pesquisadora em datas sorteadas aleatoriamente nos meses de julho a agosto de 2013. Para a descrição e coleta dos aspectos identificados e entrevistas, foram utilizadas algumas questões do modelo de questionário SF-36 como instrumento de coleta de dados, de onde foram extraídos alguns questionamentos para idosos que orientaram o processo de coleta e pesquisa.

O SF – 36 é um amplo formulário contendo questões relativas à saúde, largamente utilizado em pesquisas, das quais cerca de 70 perguntas são direcionadas as opiniões de idosos.

Após a coleta, esses dados foram analisados e tabulados em forma de tabelas com para melhor entendimento dos resultados encontrados.

A pesquisa foi realizada após apreciação do comitê de ética e pesquisa em seres humanos da UNIPAR – Universidade Paranaense, campus de Francisco Beltrão – PR, seguindo a resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.

5.1 MÉTODO

Pesquisa de campo exploratória quantitativa.

5.2 PARTICIPANTES:

Os voluntários que participaram da pesquisa deste estudo foram 20 idosos que freqüentam o Centro Dia localizado na cidade de Realeza – PR, onde permanecem durante o dia, desfrutando de lazer e descontração no período da semana. Os participantes foram de ambos os gêneros, com idade igual ou superior a 60 anos.

5.3 LOCAL DO ESTUDO

A pesquisa foi realizada no Centro Dia na Travessa Seis, no 486  no município de Realeza – PR, onde os idosos ficam durante o dia, sendo apanhados em sua residência pelo ônibus da Prefeitura que os leva até o Centro Dia, onde recebem alimentação, possuem espaço para repouso e descontração e no fim do dia retornam para suas casas. O Centro Dia é órgão pertencente à Prefeitura Municipal de Realeza - PR, a qual está ciente e autorizou a pesquisa de campo.

5.4 INSTRUMENTO:

Os instrumentos aplicados aos participantes foram de fácil manuseio, pois as perguntas eram fechadas, ou seja, de marcar um x ou apenas circular a resposta condizente a pergunta, foi assegurado o sigilo em relação aos instrumentos uma vez que não era necessária a identificação. 

5.5 PROCEDIMENTO:

Como primeiro passo foi estabelecido contato com a Prefeitura Municipal, com a intenção de esclarecer os objetivos do estudo e finalidade acadêmica, informado sobre os aspectos éticos envolvidos e quais os procedimentos a serem empregados na pesquisa. Após esta apresentação, foi solicitada autorização para a realização da pesquisa no Centro Dia (Anexo I). Com essa autorização o projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética da Universidade Paranaense – UNIPAR, de Francisco Beltrão – PR, para avaliação. 

Após aprovação do Comitê de Ética em pesquisa da Universidade Paranaense – PR (anexo II) iniciou-se a coleta de dados.

Os participantes foram informados a respeito do objetivo da pesquisa e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (anexo III). Preencheram um questionário de características gerais, foi aplicada uma avaliação das atividades da vida diária – índice de Katz e o SF-36 Pesquisa em saúde para avaliação da qualidade de vida da amostra.

5.6 ANÁLISES DOS DADOS:

Por se tratar de um estudo quantitativo, a análise foi realizada com a utilização do Microsoft Office Excel 2007. Foi criado um banco de dados para efetuar as analises descritivas das variáveis da amostra (frequências, porcentagens).

5.7 ASPECTOS ÉTICOS:

Todos os procedimentos realizados obedeceram às recomendações éticas e foram aprovados pelo Comitê de Ética em pesquisa com seres humanos da Universidade Paranaense – UNIPAR de Francisco Beltrão – PR, conforme anexo I.

Não houve nenhum tipo de dano ou desconforto através desta pesquisa. A participação foi voluntaria e o consentimento poderia ser retirado a qualquer momento, sem prejuízo. Os participantes foram informados a respeito dos propósitos desta pesquisa e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (Anexo II).

Os critérios de exclusão da amostra foram: idade inferior a 60 anos; recusa em participar da pesquisa e presença de transtorno mental que impossibilite a coleta de informações confiáveis.

                                                                                        

6. RESULTADOS

                                                                           

As características principais dos vinte idosos entrevistados é que são todos idosos com mais de 60 anos de idade, semi-dependentes, baixa renda, pouca escolaridade, sendo um deles analfabeto, portadores de doenças com dificuldade locomotora em decorrência da idade. Boa parte vive com suas famílias e mantém bom relacionamento afetivo com elas, aproveitando o Centro Dia, apenas como lugar propício ao encontro com pessoas de mesma idade e experiência.

Tabela 1- Escolha dentre as opções abaixo, 3 fatores fundamentais para uma boa qualidade de vida na velhice:

Variável

N

Porcentagem %

3 fatores (n=20)

 

 

Locomoção                        

1

2%

Amigos

8

13%

Atividade sexual

0

0%

Casa própria

2

3%

Aposentadoria

9

15%

Lazer

0

0%

Trabalho

1

2%

Dinheiro

1

2%

Religião

6

10%

Independência

2

3%

Atividade física

3

5%

Saúde

18

30%

Planos para o futuro

0

0%

Família

9

15%

Outra

0

0%

A soma de N da tabela acima é superior a 20 devido ao fato de que os indivíduos assinalaram três alternativas.

Dentre os vinte pacientes entrevistados, quanto às opções apresentadas nesta questão, 30% (18 pacientes) responderam ser a saúde fator fundamental para obter uma boa qualidade de vida na terceira idade. O que demonstra a importância de se aumentar o acesso da população idosa aos serviços de saúde, bem como a criação de atividades de lazer e recreação de acesso comum que promovam o envelhecimento saudável.

Ainda 15% (9) indicaram a família e 15% (9) a aposentadoria como pré-requisito para alcançar qualidade de vida. Outros 13% (8) e 10% (6) apontaram os amigos e a religião como proporcionantes da qualidade de vida.

Em estudo semelhante realizado por Ferraz, 1997, 77,8% dos participantes referiram manter uma religião e contar com o apoio familiar. 11.1% mencionaram conservar a profissão e 55.6% estavam aposentados. Na pesquisa de Ferraz, 1997, nenhum idoso relatou problemas com habitação e 83.3% possuíam independência financeira. 88.9% dos entrevistados nesta pesquisa realizam atividades de lazer. Sobre a saúde, 94.4% citaram excelente quadro de saúde e 77.8% informaram serem portadores de alterações de saúde.

Tabela 2- Qual a nota (de 0 a 10) que você daria para a sua qualidade de vida:

Variável         

N

Porcentagem %

Nota (n=20)

   

Nota 0

0

0%

Nota 5

1

5%

Nota 7

1

5%

Nota 8

4

20%

Nota 9

5

25%

Nota 10

9

45%

Nenhum dos entrevistados pontuou nota zero para sua qualidade de vida. Ao todo, 45% (9) atribuíram nota dez para sua qualidade de vida, índice o qual mostra que boa parte das pessoas encara a velhice como uma fase boa da vida. No restante, 25% (5) deram nota nove e 20% (4) nota oito a sua qualidade de vida. 

No estudo de Navega, 2006, os participantes entrevistados eram praticantes de atividade física, porém portadores de osteoporose pontuaram singularmente, 8,12 na estimativa para sua qualidade de vida para 8,94 após realizarem atividade física.

Alleyne, 2001 divulga que é importante ouvir as percepções dos indivíduos para tomar condutas de melhoramento e manutenção da qualidade de vida e demonstra que ter saúde é determinante para qualidade de vida.

Tabela 3- Quando seus pais tinham a sua idade atual, eles estavam:

Variável

N

Porcentagem %

Idade dos pais (n=20)

 

 

Muito pior

2

10%

Pior

7

35%

Igual

6

30%

Melhor

3

15%

Muito melhor que você hoje

2

10%

 

Nesta abordagem, 35% (7) responderam que seus pais tinham qualidade de vida pior que eles próprios e, outros 30% (6) e 15% (3) responderam igual e melhor para a qualidade de vida de seus pais.

Nery, 2007 afirma que a antiga imagem atribuída aos idosos como pessoas vulneráveis, que passavam as horas do dia tricotando ou de pijama, é substituída pela representação de pessoas sadias, em plena vitalidade e desenvolvimento de suas funções e que com o avanço da tecnologia, medicina e cosmetologia, o amanhã pode ser muito promissor.

Tabela 4 – Até que idade você gostaria de viver:

Variável

N

Porcentagem %

Idade que gostaria de viver (n=20)

 

 

60 anos        

0

0%

70 anos

2

10%

80 anos

10

50%

Mais de 100 anos

8

40%

 

Neste quesito, 50% (10) responderam que gostariam de viver até os oitenta anos, e, apenas 10% (2) responderam até os setenta anos de idade. Situação em que se nota a vontade de viver a terceira idade como fase normal e bem aceita pela maioria das pessoas.

Segundo Paschoal, 2002, a expectativa de vida aumentou porque o desenvolvimento sócio-econômico-cultural e a tecnologia auxiliam no aumento da sobrevida até 70, 80, 90 anos, e que viver até os 100 anos é possível.

Rodrigues, 2006 em análise dos aspectos sociais, definiu que terceira idade é uma nova fase de vida ativa entre a aposentadoria e o envelhecimento, pessoas entre sessenta e oitenta anos, já os idosos acima de oitenta anos constituem a quarta idade, mais acoplada a imagem tradicional da velhice.

Tabela 5- Como você classifica seu estado de saúde:

Variável

N

Porcentagem %

Estado de saúde (n=20)

   

Ótimo           

3

15%

Bom

13

65%

Comprometido

3

15%

Ruim

1

5%

Na classificação do estado de saúde, 65% (13) avaliaram seu estado como bom, 15% (3) como ótimo e outros 15% (3) como comprometido e, somente, 5% (1) como ruim. Desses dados, podemos inferir que dessa população, poucos idosos consideram-se afetados em seu estado de saúde, ponto positivo para a qualidade de vida.

Segundo Rosa, 2003 de 964 idosos entrevistados a chance de esclarecerem seu estado de saúde como mau ou péssimo, sobe de 9 a 11 vezes, tudo porque eram analfabetos, aposentados, doentes, possuíam renda baixa, dentre outros problemas.

Tabela 6 – E em comparação com as pessoas da mesma idade, seu estado de saúde atual é:

Variável

N

Porcentagem %

Pessoas da mesma idade (n=20)

   

Melhor

4

20%

Igual

12

60%

Pior

4

20%

Já, nesta questão 60% comparam a própria saúde em relação a outras pessoas da mesma idade em mesmo estado, ao passo que 20% (4) comparam em pior grau e, outros 20% (4) restante, em melhor grau.

No estudo de Pimenta, 2008 no questionário SF-36 com 87 idosos, os homens declararam boa avaliação do estado de saúde, ao passo que as mulheres em comparação a estes, afirmaram possuir pior estado de saúde.

Pilger, 2011 em pesquisa com 359 idosos, 54,8 % afirmaram ter boa saúde e 31,7 % a consideraram ruim. Quando perguntados se tinham a saúde em comparação com conhecidos ou pessoas de mesma idade, em melhor grau ou não, 46,9% dos idosos responderam estar em melhores condições de saúde, 29,3% disseram estar igual e 38,6% pior.

 

Tabela 7 – Qual seu maior medo?

Variável  

N

Porcentagem   %

Medo   (n=20)

   

Perder   a visão

4

20%

Ficar   sem dinheiro

0

0%

Morrer  

3

15%

Morar   com filhos

0

0%

Sofrer   um acidente

1

5%

Ficar   dependente

5

25%

Solidão  

4

20%

Violência  

0

0%

Ter   doença incurável

1

5%

Ficar   viúvo

1

5%

Impotência  

1

5%

Outra  

0

0%

Vinte e cinco por cento dos entrevistados relataram o fato de ficar dependente ser o maior medo que lhes ocorria, 20% (4) apontaram a solidão como grande medo, outros 20% (4) responderam a perca da visão, e 15% (3) a morte. Fatores contundentes na qualidade de vida e de grande ocorrência na fase senil.

O estudo de Lopes, 2009 com 147 idosos entre 60 e 92 anos, 90,8% apontaram a queda como maior medo enfrentado e 54.42% apresentaram histórico de quedas.

Em estudo semelhante, Silva, 2009 avaliou 30 idosos com média de idade entre 75 anos, e neste total 66.7% relatavam medo de cair, isso porque já haviam sofrido quedas.

Tabela 8 – Para você ter saúde é:

Variável

N

Porcentagem %

Ter saúde (n=20)

   

Ser independente

1

5%

Não ter doenças      

15

75%

Não fazer dietas

2

10%

Ter acesso a serviços de saúde

1

5%

Dormir bem

1

5%

Não tomar remédios

0

0%

Dos idosos entrevistados, 75% (15) qualificaram a ausência de doenças como bom estado de saúde. Outros 10% (2) escolheram o fato de não precisarem restringir a dieta e o restante indicou a independência, o acesso aos serviços de saúde e o bom sono como indicadores de boa saúde.

Segundo a pesquisa de Rodrigues, 2006 para os idosos terem saúde está relacionado com a realização das atividades diárias e que qualquer acontecimento que possa interferir nesta prática é pertinente a doenças, além de não apresentar sintomas, ter disposição e não precisar de cuidadores.

Para Firmoll, 2010 as pessoas ajustam suas avaliações de saúde por características psicossociais e modos de vida, como autonomia, realizar tarefas, autocuidado, e adaptarem-se as mudanças trazidas pela idade.

Tabela 9 – Você consegue cuidar-se sozinho de si mesmo? Como banhar-se, vestir-se, arrumar-se e alimentar-se?

Variável

N

Porcentagem %

Cuidar-se sozinho (n=20)

   

Sim

20

100%

Não

0

0%

                 

A amostra de pesquisa para esta pergunta demonstrou que 100% dos entrevistados apresentam relativa independência no autocuidado, razão para um alto índice de autoestima e qualidade de vida.

Duarte, 2007 em análises feitas com 1001 pacientes de diversas instituições, diagnosticou 96% na escala de Katz, 1973, onde 60% eram idosos, sendo que 45% eram independentes para muitas tarefas menos uma em particular, como tomar banho, necessitando de auxílio de cuidadores, enquanto, 79% necessitavam de ajuda pelo menos para banhar-se e vestir-se.

Tabela 10 – Você consegue executar tarefas domésticas como cozinhar, limpar, lavar, arrumar objetos?

Variável

N

Porcentagem %

Tarefas domésticas (n=20)

   

Sim

19

95%

Não

1

5%

 No desempenho das tarefas comuns diárias, 95% (19) garantiram poder desempenhá-las, onde somente 5% (1) referiram dificuldades.

Na análise de Aragão, 2002, 50% declaram ótimo seu escore para a facilidade na realização de tarefas cotidianas com autonomia, 24.6% como bom, 24,6 e, 0,9% como insuficiente, porém, apenas idosos com boa resistência muscular pela prática de atividade física apresentou facilidades para o cumprimento das tarefas diárias.

Tabela 11 – Você gosta de si mesmo, do seu próprio corpo?

Variável

N

Porcentagem %

Gosta de si mesmo (n=20)

   

Sim

20

100%

Não

0

0%

Cem por cento dos inquiridos admitiram gostar do próprio corpo no estado em que se encontra; um valor muito bem estimado para boas condições de vida.

Conforme Souza, 2010 envelhecimento é uma ação vital, da qual a velhice compartilha. Em sua análise reflete que os relatos dos idosos ouvidos, retratam esta fase com pessimismo, ligada a decadência e próxima a morte. Destaca também a supervalorização do trabalho, fator que agrava qualidade do envelhecimento, já que os idosos tendem a ser afastados de suas ocupações.

Em pesquisa feita por Chaim, 2009 27,27% dos idosos estão satisfeitos com a imagem corporal e 72,72% insatisfeitos, porém com boa autoestima.

 

Tabela 12 – Sua situação econômica tem rendimentos suficientes para os seus gastos?

Variável

N

Porcentagem %

Situação econômica (n=20)

   

Sim

19

95%

Não

1

5%

Quanto à renda salarial para sobrevivência, 95% (19) disseram ganhar o suficiente para os gastos. Somente 5% (1) responderam ganhar abaixo do que precisa. A rentabilidade pode ser responsável direta pela má qualidade de vida dos idosos, principalmente quando dificulta o acesso aos bens e serviços que proporcionam uma qualidade de vida maior.

Segundo Trentini, 2005 a aposentadoria é vista por alguns idosos como perda e para outros, como ganho. Bulla, 2006 cita que 67,6% dos idosos apresentam renda de até dois salários mínimos, enfrentando dificuldades para sua subsistência. O Censo de 2000 do IBGE retratou com rendimentos abaixo de um salário mínimo 39,80% dos idosos brasileiros; renda entre 1-2 SM em 15,20% dos idosos; 8,50% dos idosos com 2-3 SM; e de 3-5 SM 10,60% dos idosos e com mais de cinco salários mínimos são 20,90% de idosos brasileiros.

Na pesquisa de Leite, 2007 32,69% dos idosos sobrevivem com menos de um salário mínimo; os que recebem de 2 a 3 SM 25%; e os que recebem de 3 a 5 SM são 26,91% e com renda menor que um salário mínimo (7,70%).

Tabela 13 – Você tem casa própria?

Variável

N

Porcentagem %

Casa própria (n=20)

   

Sim               

16

80%

Não

4

20%

De todos os idosos que responderam a pesquisa, 80% (16) possuem casa própria. O remanescente, 20% (4) vivem de outras formas de moradia. O conforto proporcionado pela residência dos mesmos, quando de sua propriedade é outra referência demonstradora de qualidade de vida e proteção para idosos no âmbito de sua independência.

No estudo de Leite, 2007 o mesmo relata que 75% dos idosos têm casa própria, 42,31 % moram com companheiros, 32,69% residem com filhos ou família e 11, 54% sozinhos. Stumm, 2009 também declarou que a maioria dos idosos que pesquisou possuía casa própria, em sua predominância mulheres.

Tabela 14 – Com quem você mora?

Variável                                       

N

Porcentagem %

Com quem mora (n=20)

   

Com cônjuge                

7

35%

Com cuidadores e/ou familiares

6

30%

Com filhos

3

15%

Sozinho

4

20%

Da amostra coletada, 35% (7) possuíam um companheiro (a) para viver, 30% (6) vive com cuidadores ou familiares e 20% (4) declararam viver sozinho.

Camargos, 2008 informou dados de que um em cada sete idosos (90 milhões aprox.) e a maioria são mulheres. Segundo Camargos, 2008 a proporção de idosos morando sozinhos em 2006 era de 13,2 %.

Ramos, 2011 afirma ainda que a desestruturação da família nuclear é uma das principais causas de os idosos viverem sozinhos, somadas as situações de viuvez e separação conjugal.

Tabela 15 – Você visita ou é visitado com freqüência por familiares ou amigos/ vizinhos?

Variável

N

Porcentagem %

Visita ou é visitado (n=20)

   

Sim

18

90%

Não

2

10%

De todos os entrevistados, 90% (18) afirmaram receber visitas, 10% (2) alegaram não receber nenhum tipo de visita. A atenção e o carinho dispensado pelos demais e família em relação aos idosos remete ao bem estar e sensação de bem queridos por estes, levando-os a vontade de viver e com qualidade.

Em artigo publicado por Almeida, 2002 o autor ressalva que a Constituição Federal em seu artigo 229 adverte ser obrigação dos filhos cuidarem dos pais na velhice, doença ou carência, denunciando o descaso entre pais e filhos como grave abandono moral.

Creutzberg, 2007 em estudo com idosos em ILPI, identificou que 25% dos idosos recebem visita semanal de familiares, mas que em outras bibliografias, 67% dos idosos afirmam receber visitas dos parentes e 48% relataram relacionamento positivo com seus parentes.

Tabela 16 – Você pertence a clubes/associações/igrejas?

Variável

N

Porcentagem %

Pertence a clubes   (n=20)

 

 

Sim

17

85%

Não

3

15%

Quando interrogados sobre a participação de grupos sociais, 85% declararam ser ativos em clubes e igrejas. O convívio com outras pessoas em atividades de interesse dos idosos promove a cidadania e inserção social de idosos junto à promoção da saúde e qualidade de vida.

Na investigação de Teixeira, 2002 94% participam do grupo de idosos PROVE, além de mais uma atividade, 40% cursam inglês e fazem psicomotricidade, 34% vão a aulas de pintura, 20% assistem teatro e apenas 6% participam apenas do grupo de idosos.

Tabela 17 – Participa de festas e outras reuniões?

Variável

N

Porcentagem %

Participa de festas (n=20)

   

Sim

17

85%

Não

3

15%

Quanto à freqüência em festas e reuniões, 85% (17) admitiram participar das mesmas. A maior disponibilidade de tempo vivenciada pela maioria dos idosos, quando preenchidas com atividades de lazer e descontração remete ao melhor viver da terceira idade.

Motta, 1998 afirma em sua pesquisa que mesmo a parcela mais idosa movimenta-se, realizam atividade doméstica e participam do convívio familiar, além de contribuírem no orçamento mensal. Na pesquisa de Bruno, 2012 dos idosos entrevistados 80% participam de instituições, 83, 3% de grupos e declararam também sentirem-se felizes.

Tabela 18 – Você realiza atividades físicas?

Variável

N

Porcentagem %

Atividades físicas (n=20)

   

Esportes         

0

0%

Ginásticas

11

55%

Caminhadas

9

45%

Hidroginástica

0

0%

Sobre a realização de atividades físicas, 55% (11), alegaram fazer ginástica e os outros 45% (9) afirmaram realizar caminhadas.

Em estudo supracitado de Teixeira, 2002 47% dos entrevistados fazem exercício físico, 6% exercem trabalhos manuais e os outros 47%, não realizam nenhum tipo de atividade.

 

Tabela 19 – Qual idade você gostaria de ter hoje?

Variável

N

Porcentagem %

Idade gostaria de ter (n=20)

   

5 anos

3

15%

15 anos

3

15%

30 anos

6

30%

40 anos

6

30%

Mais de 60 anos

2

10%

Quando indagados acerca de qual idade gostaria de possuir no momento, 30% (6) ficaram com os 30 anos de idade, enquanto, mais 30% (6) gostariam de apresentar 40 anos de idade. Nos demais, 15% (3) responderam quinze anos e outros 15% (3) cinco anos de idade. A idade mais madura aparece aqui, como melhor fase de vida, apontada por essas pessoas experientes, em contraste com a constante busca pela maioria pela eterna juventude.

Debert, 2011 cita em seu artigo que um sociólogo francês, Pierre Bourdieu cogitou que as fases da vida são invenções arbitrárias, onde há lutas políticas para redefinir poderes vinculados aos grupos sociais distintos nos diferentes estágios da existência.

Debert, 2011 profere, além disso, que responsabilizar o idoso pelos problemas e evidenciar a insuficiência financeira para manutenção dos custos com a idade é falta de solidariedade entre as gerações.

Tabela 20 – Como o senhor (a) classifica sua qualidade de vida hoje?

Variável         

N

Porcentagem %

Qualidade de vida (n=20)

   

Péssima

1

5%

Ruim

1

5%

Satisfatória

3

15%

Boa

10

50%

Ótimo

5

25%

Quanto ao maior interesse da pesquisa, 50% (10) classificaram a própria qualidade de vida como boa, 25% (5) consideram ótima, 15% (3) declararam satisfatoriedade e os demais como ruins ou péssimos. Este item do questionário mostrou que a maior parte dos pesquisados admitiu qualidade de vida suficientemente boa, estar de bem consigo mesmo, apresentar saúde adequada, fazer o que gosta e bom nível de independência.

Neri, 1993 em seu livro explica que para há três fatores que interferem na avaliação de um indivíduo sobre sua qualidade de vida: a forma de organização de vida de cada um, patologias e a influência mútua entre fatores genéticos e ambientais.

Torres, 2009 investigou 117 idosos entre 60 e 106 anos e apurou que idosos dependentes com funcionalidade familiar prejudicada, apresentam pior índice de qualidade de vida, enquanto os não dependentes, possuíam melhor índice de qualidade de vida. Ressalta que somente a funcionalidade familiar prejudicada afeta a qualidade de vida.

 

 

 

 

 

7. DISCUSSÃO

Carvalho, 2003 no seu ponto de vista epidemiológico afirma que a prevalência de pessoas idosas provém da redução da taxa de fecundidade, e não da mortalidade, em que o envelhecimento da população brasileira será maior do que aquele ocorrido nos países do Primeiro Mundo, principalmente naqueles que iniciaram sua transição da fecundidade ainda no século XIX.

Wong, 2006 também cita que os índices de pessoas com 65 e 74 anos eram crescentes e superiores a 3% até 2005 e maiores que 4% até 2030, e que até 2020 os idosos serão 38 milhões de pessoas.

Azevedo, 2003 como em outros estudos relata a predominância de mulheres entre os idosos e que os mesmos dão grande importância a participação social, porque sentem – se envolvidos e pertencentes a um grupo.

Segundo Miranda, 2008 em seu estudo 52,8% dos idosos que entrevistou são participantes em grupos sociais. Destes, 87,3% são ativos em grupos religiosos participando, concomitantemente, de outros grupos. 36,1% idosos atuam em coral e 27,6% participam também de outros grupos, com também praticam ginástica, dança, tomam parte em Conselhos, grupos de idosos, de hipertensos, AA, maçonaria, carteado, idiomas. Com estes dados, Miranda, 2008 demonstra que os idosos ativos em grupos compreendem melhor qualidade de vida do que os que não participam de grupos.

Já a pesquisa de Nicolazi, 2009 apontou que para os idosos é muito importante ter independência e autonomia em suas ações, tomar suas próprias decisões, ter o respeito das pessoas e o controle de sua vida gera ao idoso melhor qualidade de vida. Nicolazi, 2009 afirma que buscar uma boa qualidade de vida para os idosos é também mudar a cultura sobre a visão da velhice, que ainda compreende o processo de envelhecimento como doença e fragilidade.

Anderson, 1998 também constatou em pesquisa que o perfil dos idosos participantes em grupos, mostra bom nível de saúde e qualidade de vida, prevalecendo um padrão positivo, se comparado à população idosa de modo geral, enfatizando que a pesquisa sobre a saúde e qualidade de vida dos idosos, associada ao trabalho educativo de promoção da saúde pode constituir experiência produtiva em diversos sentidos, construindo interdisciplinaridade, através do intercâmbio de conhecimento das diferentes áreas, formando um núcleo comum.

Da mesma forma, Almeida, 2010 deduziu apresentar melhor qualidade de vida e menor ocorrência de depressão, em comparação com idosos da mesma idade que não participam de grupos de convivência, em idosos ativos em grupos sociais, alegando que a criação de grupos de convivência para a terceira idade deve ser difundida e implantada, para contribuir para uma vida mais autônoma e independente funcionalmente terminando na melhoria na qualidade de vida e melhor condição emocional durante o envelhecimento.

Alvarenga, 2011declara que os profissionais da saúde de Atenção Básica, precisam de instrumentalização sistematizada para direcionar seu olhar para além dos indivíduos, buscando compreender a funcionalidade familiar como um componente essencial do planejamento assistencial para o alcance do sucesso terapêutico.  Em sua pesquisa, 35% dos idosos recebiam apoio dos seus cônjuges, 30,6% dos filhos e 20% relatavam não ter ninguém, 43,8% dos entrevistados recebiam ajuda financeira dos filhos, 18,1% com o cônjuge e 28,1% não tinha com quem contar. Para acompanhá-los a algum lugar, 37,5% dependiam dos filhos, 25,6% dos cônjuges e, 15,6% não possuíam ninguém para essa função, por isso são as redes de suporte social ao idoso tão necessário.

Ainda Borges, 2010 também ressalta a necessidade de investimento na organização do apoio às equipes, garantindo sua mobilidade e acessibilidade para o cuidado domiciliar e a qualificação permanente dos profissionais, instrumentalizando-os para o exercício de suas competências técnicas no atendimento à população idosa, porque o aumento significativo da parcela dos muito idosos que poderão necessitar desta modalidade do cuidado, pois apresentam o risco mais elevado do desenvolvimento da síndrome clínica de fragilidade.

Bosi, 2010 em pesquisa comenta que as avaliações em ações de saúde, envolvem uma rede objetiva e subjetiva, com desafios e possibilidades, onde as percepções dos agentes que deles dependem, devem ser valorizadas.

Em meio a toda essa transição demográfica, Whitaker, 2010 sugere ser importante trabalhar a educação de nossas crianças e jovens, a valorização da memória do idoso, reconhecendo-os como titulares de direitos, onde a educação deve trabalhar para formar novas atitudes e outros paradigmas para uma sociedade menos competitiva e mais sensível ao sofrimento.

                                                                                                

 

8. CONCLUSÃO

Muitos artigos e discussões têm mostrado o que possa significar qualidade de vida, porém, sem um consenso final, pois na opinião de cada um, este conceito pode tomar outros significados considerando os diferentes aspectos do modo de viver e suas mudanças.

 Nesta pesquisa podemos concluir principalmente que, a saúde aliada ao bem estar pessoal, simultaneamente, são fundamentais para obter qualidade de vida na opinião da maioria dos idosos.

Apesar dos problemas e dificuldades comuns a terceira idade, estes desejam interagir em sociedade e usufruir das possibilidades que a mesma apresenta. No ambiente da instituição estudada, os idosos que a freqüentaram, boa parte apresentaram bom desempenho para autocuidado, independência financeira, gosto pelas atividades sociais e bom estado de saúde com vontade de prolongarem suas vidas.

Similarmente a outros estudos, o conceito de qualidade de vida no grupo pesquisado é inerente a saúde, e a saúde sem a existência de doenças ou problemas incapacitantes. O grupo também demonstrou disposição para levar uma vida sociável, desfrutando do tempo livre para realizar atividades que lhes proporcionem prazer, constatando como em outras pesquisas, que as amizades, a boa convivência em família e recursos financeiros suficientes para prover o sustento, são requisitos precursores para a qualidade de vida durante o envelhecimento.

O presente estudo demonstrou que o acesso aos serviços de saúde pelos idosos precisa ser ampliado em todos os níveis, para possibilitar o desenvolvimento nesta fase com saúde, bem estar e qualidade de vida, bem como, o apoio a criação de atividades para esta faixa etária, proporcionando lazer de acordo com suas necessidades e gostos, inserindo-os no convívio social. Pretende-se também que os dados discutidos possam guiar as políticas publicas de atenção ao idoso para ampliarem seu acesso aos idosos, com redução custos nos serviços, promovendo qualidade de vida nas transformações as quais este grupo está exposto, inibindo a exclusão e o descaso.

 

 

 

 

 

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