Projeto de Intervenção da Língua Inglesa
Publicado em 30 de julho de 2010 por Jorge Nilson Silva dos Santos
PROJETO DE INTERVENÇÃO DA LÍNGUA INGLESA
Campo Formoso
2010
FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS
JORGE NILSON SILVA DOS SANTOS
Superando as suas limitações da Língua Inglesa
Trabalho apresentado à Disciplina
Estágio Supervisionado II do Curso
De Letras Vernáculas para obtenção
De pontuação para colação de grau,
Orientadora a Profª Daniela Longuinho
Campo Formoso
2010
UP de Campo Formoso ? BA.
Aluno: Jorge Nilson Silva dos Santos
Projeto de Intervenção da Língua Inglesa
Dentre várias dificuldades existentes na educação brasileira em todos os aspectos, somam-se a estes o aprendizado de uma língua estrangeira e as dificuldades do professor desta disciplina para a realização a contento do seu trabalho em sala de aula. "Evidentemente, como a escola está inserida no movimento da prática social, deverá buscar estratégias pedagógicas para não cometer, no plano da realidade, práticas antidemocráticas, que dificultam o acesso da aprendizagem e afastam o aluno da escola. O papel da escola é garantir a permanência do educando até que ele atinja um nível de conhecimento capaz de relacionar-se socialmente". Alex Silva Queiros, Aluno do 8º período de Letras da Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras de Caruaru.
JUSTIFICATIVA
Na pesquisa realizada numa escola da rede estadual de ensino na cidade de Filadélfia, detectamos vários problemas que dificultam o aprendizado da língua inglesa. Não só o acesso à escola como também a vários recursos didáticos e a um relacionamento mais humano e voltado para o individuo, seja ele aluno ou professor. A falta de professores devidamente preparados para esta disciplina, métodos de ensino ultrapassado e a falta de material didático, acrescentando ainda a falta de interesse dos alunos, torna-se um imbróglio no aprendizado deste idioma. Outra questão prejudicial é falta de homogeneidade. Ou seja, há alunos que possui o conhecimento maior que outro, e isto dificulta o trabalho do professor. Esses professores em formação já apresentam a crença de que "não é possível ensinar inglês em escolas públicas" e já se sentem pessimistas e acomodados em relação ao trabalho que irão exercer enquanto professores de inglês. Já as crianças, se manifestam abertas e desejosas para aprender inglês, pois parece, nesta situação, que estão livres das crenças de que não lhes seria útil e nem possível aprender a língua. É neste contexto educacional tão contraditório que encontro várias razões para justificar a importância desta pesquisa.
PÚBLICO ALVO
Criar meios para o envolvimento dos professores, dos alunos, da direção escolar e da comunidade, para a solução deste e de outros problemas que afetam a comunidade educacional. Chamar a atenção das autoridades governamentais através de ofícios, campanhas na comunidade alertando-a sobre estas dificuldades.
OBJETIVO GERAL
- Criar um clima amistoso entre aluno e professor, Após criar um clima de autoconfiança e analisar as necessidades comuns dos alunos, proporcionar:
- Abertura social ao estudante pelo contato com uma língua universalmente usada de forma escrita e falada;
- Ampliação de sua cultura lingüística através do estudo das estruturas da língua inglesa.
- Facilitar aos alunos o acesso aos livros didáticos e recursos sobre a disciplina de língua
- Descobrir o que realmente contribui para a aprendizagem da língua inglesa dentro da realidade escolar
- Indicar quais estratégias capazes de repensar o ensino da língua inglesa
- Como contribuir para uma aprendizagem diferenciada
OBJETIVOS ESPECIFICOS
- Desenvolver a capacidade de ouvir, compreender e reproduzir comunicações orais;
- Adquirir a capacidade de ler, compreender e redigir textos em inglês, instrumento importante para atender às exigências do vestibular e do mercado de trabalho.
- Identificar os possíveis alunos e professores que estão sujeitos a estes problemas;
- Utilizar a internet para navegar em paginas da língua;
- Utilizar vídeos legendados na língua inglesa;
- A leitura e interpretação de textos atuais (retirados de revistas e jornais escritos
na língua inglesa);
- Formar grupos de alunos para praticar a língua;
- Proceder a correção no momento em que está sendo executada atividade sem
expor o aluno (de preferência falar de modo geral);
- Enaltecer o desenvolvimento do aluno sempre que o mesmo desenvolver uma
atividade;
- Procurar também trabalhar o aspecto lúdico da disciplina;
- Procurar fugir um pouco do livro didático, introduzindo conteúdos novos através
de textos e transparências;
- Procurar textos na língua inglesa relacionada às outras disciplinas.
Devido a globalização e as mudanças constantes em nossa sociedade, várias vezes o sistema educacional brasileiro tem sido transformado ensejando uma melhoria na educação e atualizando constantemente os seus currículos e métodos através dos PCNs e LDB. Os PCNs (1999, p. 29) afirmam que: "O currículo, enquanto instrumentação da cidadania democrática, deve contemplar conteúdos e estratégias de aprendizagem que capacitem o ser humano para a realização de atividades nos
três domínios da ação humana: a vida em sociedade, a atividade produtiva e a experiência subjetiva, visando à integração de homens e mulheres no tríplice universo das relações políticas, do trabalho e da simbolização subjetiva".
Com o objetivo de direcionar e regulamentar, o MEC ? Ministério da Educação e Cultura, redigiu dois textos, Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LBD ? Lei 9394/96), e os PCNs.
REFERENCIAL TEORICO
"A tarefa mais importante e mais difícil para o professor não é ensinar, mas ouvir (...) Os professores raramente são treinados para ouvir aos silêncios e as crenças implícitas de seus alunos" (Kramsch, 1993, p. 245, citada por Barcelos, 2003, p. 63).
Segundo a professora Hilda Simone Henrique Coelho o ensino na rede pública está
imbricado em diversos acontecimentos políticos e fortes ideologias que envolvem toda a estrutura educacional do país. (Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em estudos Lingüísticos da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais) Site: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
Esta ligação culmina no prejuízo do sistema educacional como um todo. Como sugere Bohn (2003) a educação brasileira se divide em três momentos fortes: O primeiro momento é o período pós-segunda guerra mundial (anos 40 a 60), O segundo momento é o da ditadura (anos 64 a 88) e O terceiro momento refere-se à época das últimas reformas educacionais, a LDB (1996) e os PCNs (1998). Esses três momentos trouxeram avanço e retrocesso para os dias atuais. Avanço devido a procura de uma língua estrangeira pela elite abrindo as portas para essa disciplina, retrocesso por implicar em disputa política partidária e dominação ideológica na educação. A língua estrangeira não é tratada com o mesmo empenho que a língua nacional. Os cursos livres tem sido a salvação de muitos estudantes neste quesito. Alguns estudos também questionam o posicionamento da legislação brasileira sobre o ensino de LE (Paiva, 2003; Walker, 2003; Leffa, 2001, Bohn, 2003; Rajagopalan, 2003, Celani, 2000). De um modo geral, esses autores percebem a distância que há entre a legislação e o sistema atual de ensino de LE. Além disso, alguns criticam a redação da legislação que parece abrir caminhos para que não seja executado de fato um ensino eficiente de LE (Paiva, 2003).
O momento atual mostra a necessidade de empenhar-se na formação dos professores atuais e os novos, criando novos projetos para as mudanças necessárias para a eficiência do ensino de LI nas escolas públicas.
CONCEITOS
Acreditar que é possível uma mudança no sistema educacional. Agir dentro das limitações para que aja essas mudanças. Inovar dentro dos conteúdos sem tirar a essência do que é preciso construir. Derrubar as barreiras existentes. Exercitar na escola tais práticas e atitudes, sempre se resguardando da mesmice, buscando dentro das Diretrizes e Bases da Educação e do PCNs todas as ações necessárias para uma melhora no ensino da língua inglesa.
AUTORES
Selma Alas Martins Cestaro
(Univ. Fed. Rio Grande do Norte / USP)
Hilda Simone Henrique Coelho
(Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais)
DANIEL ADELINO COSTA OLIVEIRA DA CRUZ (Dissertação apresentada à Banca Examinadora da Universidade de São Paulo, como exigência parcial para obtenção do título de Mestre em Língua Inglesa e Literaturas Inglesa e Norte-Americana)
METODOLOGIA
A Metodologia empregada nesta intervenção, terá que ser lúdica, reflexiva e estimuladora. Utilizaremos os seguintes métodos:
- vídeos comparativos em televisão, jornais e revistas;
- gravações realizadas em TV, rádio e internet;
-dividir em equipes e cada equipe trazer vários assuntos;
-cada equipe trazer dois textos sobre a língua inglesa;
-fazer perceber as diferentes palavras escritas ou faladas pelos textos;
-realizar um debate com as diferenças entre duas modalidades da língua- oralidade e escrita;
-criar um vocabulário de novas palavras até então desconhecidas pelos alunos;
-para atividades extras_ classes, serão ministradas através de gincanas concursos de melhores textos;
-leitura de textos para conquista da pronúncia;
-análise de textos para reforçar conhecimentos.
IDENTIFICAÇÃO
Este plano de ação será realizado na Escola Estadual, para o turno matutino do ensino médio, na cidade de Filadélfia ? BA. Para cerca de 80 alunos do ensino médio, na disciplina de Língua Inglesa pelo estagiário Jorge Nilson Silva dos Santos, aluno da FTC ? EaD, na Unidade Pedagógica de Campo Formoso ? BA.
IDENTIFICAÇÃO DA AÇÃO
Durante as observações realizadas na escola estadual Percebemos também, as dificuldades de alguns alunos em relação a leitura oral e a dificuldade de se expressarem em sala de aula. Através deste plano de ação, pretende-se trabalhar em cinco frentes: 1. Melhoria no material didático da língua inglesa; 2. Motivação nas aulas de língua inglesa; 3. Liberação dos recursos tecnológicos nas "horas" vagas; 4. Comunicação e cobrança às autoridades governamentais para solução dos problemas existentes e de sua competência. 5. Métodos de leitura oral para o aperfeiçoamento dos alunos.
ABRANGÊNCIA:
O projeto de ação será realizado no colégio Cecentino Pereira, na cidade de Filadélfia. O plano de ação será realizado com os alunos do Ensino Médio e propõe um trabalho pautado na exploração dos diversos tipos de estratégias. Este plano irá atender a uma carência da escola em relação aos alunos.
CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES:
1º Semestre de 2010
CRONOGRAMA DO PLANO DE AULAS
Data
Etapas
Alcance dos Objetivos Atividades a serem desenvolvidas
16/03
Inicio das aulas
Dinâmica na apresentação
Cartazes de boas vindas aos alunos e professores
23/03 1ª aula Observação Aproximação com os alunos
15/04
2ª aula
Observação Conhecimento da classe e dos materiais utilizados em sala de aula
22 a 25/04
3ª Aula
Co-participação
Auxiliar o professor regente
28 a 30/04
4ª Aula
Regência Utilização de textos em Língua Inglesa
02 a 05/05
5ª Aula
Regência Gincanas, concursos, visitas a bibliotecas. Avaliações.
08/05 6ª Aula Regência Avaliação
10/05
Participação da reunião de coordenadores
Participação da reunião de coordenadores
Aprimoramento e informações educacionais
15/05
Elaboração de relatório final
Detalhamento das atividades
Continuação das atividades
29/05
Continuação do relatório final
Detalhamento das atividades
Conclusão das atividades.
AVALIAÇÃO
Segundo Perrenoud (1999), a avaliação da aprendizagem, no novo paradigma, é um processo mediador na construção do currículo e se encontra intimamente relacionada à gestão da aprendizagem dos alunos.
Avaliar é esperar resultado. Existe a maneira tradicional e as novas metodologias de avaliação. De uma forma ou de outra, sempre ocorre. Isto processa um aperfeiçoamento no aluno e aumento do seu conteúdo. Em tudo na vida somos avaliados e na educação não seria diferente. Não se resume a estatísticas somente. E no processo ensino/aprendizagem não poderia ficar de fora. Nas novas estratégias de avaliação utilizaremos a qualidade e quantidade nas avaliações.
QUALITATIVA: neste processo de avaliação qualitativa acompanharemos cotidianamente cada aluno, cada equipe, cada classe, como se comportam diante das atividades propostas, acerca do ensino/aprendizagem destacando o processo de conhecimento, o procedimento a as atitudes nas ações.
QUANTITATIVA: Para esta avaliação utilizaremos 5 instrumentos: a avaliação qualitativa (2), o trabalho individual (2), o trabalho em equipe (2), a prova (2), leitura do texto criado pelo aluno (2).
RECURSOS
Humanos:
? Alunos
? Professor
? Direção
? Comunidade.
Materiais:
? Lousa, giz e apagador
? Papel sul fite, cartolina, fita adesiva, pincel atômico e tesoura.
? Livros, revistas jornais e internet.
Áudios- visuais:
? Vídeo, TV e aparelho de som
? Retroprojetor
? DVD
CRONOGRAMA:
Mês Atividades para desenvolver
Janeiro
1 ? Apresentar o Programa a diretoria e coordenação da escola a ser atendida.
2 ? Fechar parceria com a escola.
Fevereiro
3 ? Conseguir doações de livros para o projeto.
4 ? Definir as séries e turmas.
5 ? Mobilizar os professores
Março
6 ? Capacitar os professores, os voluntários e a equipe técnica.
Abril
7 ? Aplicar as oficinas literárias durante o horário de aula para que os professores possam aprender novas técnicas de leitura.
Maio
8 ? Iniciar a avaliação mensal dos alunos.
9 ? Registrar diariamente todas as oficinas literárias realizadas
Julho
10 ? Produzir relatório de Atividades para Avaliação.
Agosto
11 ? Entregar um livro para que cada professor crie individualmente uma oficina literária.
12 ? Observar os professores durante suas aulas.
13 ? Fazer com que os professores apliquem as oficinas literárias.
14 ? Observar a aplicação das oficinas.
Setembro
15 ? Estimular a criação de novas técnicas da prática da literatura fornecendo material para os professores
Outubro
16 ? Estimular os professores a desenvolver atividades lúdicas em horários além daqueles destinados ao programa de leitura.
Novembro Produção de relatório final
Dezembro Produção de relatório final
ATIVIDADES EXTRACLASSES:
- Filmes com legendas em português com temas de relevância para a atualidade dos alunos, escolhidos com os demais professores e direção da unidade estudantil. No período das aulas ou um dia mais apropriado.
- Oficinas: escolha do tema na escola, junto com a equipe de professores. - Realização no sábado letivo.
- Visita ao infocentro: contato com as novas tecnologias como instrumento de construção de conhecimento.
RESULTADOS ESPERADOS
Aprimoramento da leitura oral e interpretação textual. Maior compreensão, por parte dos alunos, dos conteúdos abrangidos na disciplina de Inglês. Melhor utilização e ocupação dos recursos existentes na escola pelos alunos.
REFERÊNCIAS:
Alex Silva Queiros, Aluno do 8º período de Letras da Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras de Caruaru. Fonte: http://www.webartigosos.com/articles/11860/1/Avaliacao-da-Aprendizagem-Escolar/pagina1.html#ixzz0tB4BgZe4
COELHO, Hilda. É possível aprender inglês na escola? "crenças de professores e alunos sobre o ensino de inglês em escolas públicas". Belo Horizonte - Faculdade de Letras da UFMG, 2005. Acesso em: 30 de julho de 2010.
PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens. Porto Alegre: Artmed, 1999. Acesso em: 06 de julho de 2010
PONOMA, Svetlana Plano de Ensino de Inglês: Colégio da Fundação Santo André ? Ensino médio -Ano Letivo de 2009. Acesso em 09 de julho de 2010.
http://www.fsa.br/santoandre/upload/arquivo/Ingles_1_ano_formato_xp%5B1%5D.pdf. Acesso em 09 de julho de 2010.
http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/monografias/REALIDADE.PDF
Acesso em 09 de julho de 2010.