Por que tantos porquês não têm respostas?

A humanidade vive de processos. As gerações que vem surgindo, embarcam nas ações anteriormente geridas, sem muitas vezes questionar sobre a origem das mesmas e mesmo sem refletir sobre o objetivo de tais ações. Geralmente acabam fortalecendo as praticas anteriormente criadas, sem pensarem que lá no passado, quem fez tal invenção e ou a geriu, poderia ter optado por outra alternativa, com resultados diversos e melhores...

Com meus alunos de filosofia e sociologia, embarquei numa viagem de questionamentos sobre o atual momento brasileiro. Coletivizo algumas das perguntas construídas durante o ensaio destes jovens estudantes. Compartilho da angustia deles por respostas. Igualmente compactuo com eles pela sincera busca por soluções, nada demagógicas, tão em voga nos politiqueiros de profissão pelos quatro cantos do planeta, mormente pelo planalto brasileiro.

Por que o judiciário brasileiro está organizado do jeito que está? Afinal, por que existe reeleição no legislativo brasileiro? Por que deputados e senadores brigam tão desesperadamente pelas suas reeleições? O Fundo Partidário  garante sua “verba” antes do que o Sistema de Saúde, os programas de Educação, de infraestrutura, de segurança... por quê.  Alguns programas de distribuição der renda, completando mais de 20 anos, não conseguiram erradicar a pobreza e ou a miséria por quê.  Alias, qual a verdadeira intenção dos múltiplos programas de assistencialismo sem contrapartida e comprometimento por parte dos beneficiários? Mais do que isto, devem mesmo ser totalmente gratuitos os programas governamentais? É justo e ético isentar completamente a família, o cidadão... de custos em seu processo escolar? Compartilhar custos não o faria assumir com mais responsabilidade os estudos?  Qual o real resultado de ações promovidas por invenções bairristas e corporativas como CRAS, Conselhos Tutelares... Os famosos Orçamentos Participativos, que gastam mais na operação do sistema do que disponibilizam para ações, tem mesmo que motivação? A apatia da maioria dos jovens sobre os assuntos prementes do Brasil tem que origem? O Estado está a serviço do cidadão ou o cidadão está a serviço do Estado? Os prédios públicos precisam mesmo ser padrão “FIFA”? Por que não se reinventa a Educação no Brasil? Como pode o “futebol” e seu entorno avolumar tanto dinheiro? Em tempo. Existe ética no Esporte? Qual a verdade oculto sob a tentativa de “recriar “novas” famílias”? A Organização Mundial do Comercio tem tanto poder vindo de onde? O sistema carcerário no Brasil poderia ser diferente? Por que existe trafico no Brasil? A voracidade sobre a capacidade produtiva do planeta é mesmo tão necessária? Inventamos supérfluos e injetamos desejos nas crianças e jovens, com que finalidade? Quais as causas e consequências do analfabetismo?  Terceirizamos ao Estado nossos compromissos de educação,  cultivo de valores, amadurecimento afetivo, educação ao limite, respeito à diversidade...   por quê? O idoso é “estorvo” mesmo? A incapacidade de conviver com o diferente têm que origem? A busca por “entorpecentes” busca suprir que carência? O descumprimento do “legal” e o famoso “jeitinho” brasileiro podem continuar impunes? A corrupção aqui é tão avassaladora por quê? Institucionalizamos tanto futebol, festa e carnaval por quê? Seria possível detectar a origem de tanta prostituição, principalmente a infanto-juvenil?

Por que tantos porquês não têm respostas? Os professores poderiam dar uma “mãozinha” coletivizando com os estudantes e a cidadania, respostas e ou novas perguntas?