Pedagogia da Autonomia.

Livro escrito pelo filósofo e pensador Paulo Freire, apresenta as práticas fundamentais para construir a autonomia dos educandos no processo de aprendizagem, respeitando a priori o mundo cultural dos alunos, e, valorizando os conhecimentos empíricos acumulados pelos educandos e educadores.  

Sua obra valoriza a curiosidade dos professores e alunos, condenando a princípio a ética social voltada exclusivamente pelos interesses capitalistas.

 Que na prática marginaliza os pobres, pela negação da socialização dos bens produzidos socialmente.

Leva em consideração o método de educação progressista em que o conhecimento do aluno deve ser pedagogicamente aberto em função do diálogo com a disciplina.

No entanto, oposto com as formas de autoritarismo provenientes de uma sociedade capitalista liberal, estimula a liberdade como prática autônoma.

 Procura valorizar a experiência de vida comum no mundo das relações sociais.  Faz severas críticas tanto a ideologia neoliberal como a globalização.

A principal tese de Paulo Freire, ele defende que o educador cujo caminho precisa ser progressista, tem que estar em acordo  com o processo de ensino aprendizagem socialmente, o ato de educar é uma ação política.

Não se trata de uma educação bancaria, o ato de transmissão do conhecimento  tem que levar em consideração a criação de oportunidades para construção dos saberes formulados no processo de formação  formal.

 No qual o educando torna-se necessariamente sujeito da sua ação política e do seu conhecimento, como prática libertadora das ações de alienações.

Nesse método pedagógico é fundamental que o professor ajude o aluno realizar seu objetivo, entendido como busca do conhecimento.

Desse modo, os alunos vão ter conhecimentos críticos desenvolvidos pela sua própria criação.

Uma das razões de ser dos professores compete a eles estimularem seus alunos a desenvolverem conteúdos críticos em suas descobertas ou formulações.

  Desse modo formarão  alunos autônomos na construção do saber, isso metodologicamente  nas suas ações políticas.

Condena o antagonismo entre alunos e professores, fundamentados em métodos tradicionais, cuja natureza a simples transmissão, depositando conhecimentos, evitando que os alunos não desenvolvam o poder de indagação.

Na verdade o método tem como função levar o educando construir o próprio saber, para tal é necessário à autonomia.

O educador não pode silenciar o aluno pelo autoritarismo, como se ele o professor fosse dono de um conhecimento Indiscutível.

As ideias evoluídas pedagógicas não devem ser confundidas com se a educação fosse um ato de espontaneidade, liberdades entre professores e alunos.

Diante da elaboração do conhecimento, compete aos educadores, conduzirem ao conhecimento de forma metodológica aos conteúdos ensinados como prática suficiente da autonomia.    

Como eixo da prática pedagógica, defende Freire que formar e muito mais que formatar conhecimentos, adentrando para a necessidade de formação ética dos educadores e educando numa perspectiva diferente para construção da nova sociedade.

 Conscientizado os professores para a importância de ajudar aos alunos uma reflexão suficientemente crítica da realidade política em que o educando está inserido.

Defende, com efeito, o ideal em que o aluno deve  comportar como ser histórico e político, ativo em suas ações e procedimentos de transformação  da realidade na qual os alunos não devem apenas adaptarem.                                                    

Assim como defende o ideal o qual, o indivíduo deve se comportar como ser histórico e ativo de suas opiniões e atitudes. Para a inexistência de seres que apenas se adaptam.

 Tornando-se objetos da sociedade, faz-se necessário a conscientização política não como caminho utópico para qualquer perspectiva, a verdadeira razão é formar uma nova consciência crítica, para mudança social   contra o capitalismo neoliberal.

 Necessário desenvolver o entendimento cultural cuja compreensão do educando não seja uma visão pessimista da política e da ação de natureza social.

Superar visões fatalistas, como se o destino comum do povo fosse irrevogável, o que não se deve esperar o futuro acontecer, mas construir a própria história, o caminho do desenvolvimento da capacidade crítica.

Superar a ideologia capitalista que leva ao povo enfrentar os problemas de forma passivamente que é de interesse para o modelo de dominação.

 O encorajamento de seres críticos, dentro do espaço escolar, é fundamental ao educador contrapor com seu discernimento necessário para o engajamento às melhores condições estruturais à educação.

 Por isso, a prática educativa consiste em uma forma de politizar e nunca ser indiferente aos diversos olhares sobre a realidade e possuir esperanças para melhorar o que ainda não está no ideal à situação da educação brasileira.

Desenvolve uma crítica a globalização, agindo contra os interesses da economia de mercado proporcionando lucros aos donos do capital, gerando problema a um mundo sub-humano, não favorecendo o convívio da sociedade.  

A ética só é compreendida na lógica do sistema de proteção do lucro visando à defesa das minorias, motivo da educação ser política.

 Pelo contrário não sendo, favorece a outras ações políticas planejadas ideologicamente pelo sistema denominação.  As ideologias de domínio não podem ser transmitidas pela lógica da sociedade produtiva.

Para Paulo Freire, o fracasso educacional se entende por práticas de ensino ultrapassadas, sem relação com o contexto social e político do aluno.

 Na defesa da manutenção do status quo, sendo que a escola ainda é o principal aparelho ideológico do Estado, ação que não deve ser repetida pelos professores e educandos.

É importante a construção do ambiente, a coordenação das atividades, a respeito da humildade e da ética fundamentais a prática da autonomia pedagógica ajudando aos alunos construírem responsabilidades.

 A partir de uma atitude crítica impor novos procedimentos transformativos nos limites do comportamento dentro da ação da escola, fazendo uso da liberdade concedida na perspectiva do surgimento da cidadania e  justiça social.  

 Edjar Dias de Vasconcelos.