Resumo

Este artigo trata de conhecer e analisar com os jogos educativos na aprendizagem da educação infantil. É um estudo que visa investigar como são desenvolvidas as práticas lúdicas dos docentes.

Que por sua vez, a função educativa do jogo oportuniza no desenvolvimento da aprendizagem do indivíduo. O contato e conhecimento com o mundo pois é através do jogo e do brinquedo que a criança recria o mundo a sua volta. É por meio das atividades lúdicas a criança comunica-se consigo mesma e estabelece relações sociais e desenvolve integralmente. Diante desta pesquisa pretende-se mostra as análises e algumas conclusões como a necessidade e a importância das escolas e professores que adquirem esse tipo de metodologia. Assim levando em conta a organização do espaço, do tempo, e das atividades diversificadas a serem trabalhadas.

Palavra-Chave: Lúdico, Recurso, desenvolvimento e espaço.

Introdução

Em toda a vida do indivíduo a brincadeira está presente e está sujeito às influências do meio no qual ele vive. Por tanto este é o momento propicio para mostrar que os jogos educativos como recurso didáticos usados de forma contextualizada. Dentro da concepção sócio interacionista e construtivista propiciam a construção do conhecimento das crianças da educação infantil das escolas municipais de Marabá.

Com essas expectativas pretende-se abordar o contexto do artigo, os jogos educativos como recursos no desenvolvimento da aprendizagem na perspectiva lúdica através dos jogos e brincadeiras nos núcleos de educação infantil.

Acredita- se através deste trabalho ganhar conhecimento amplo na metodologia em questão no estudo e trabalho realizado, internalizando os primeiros conceitos e compreendendo a importância das atividades lúdicas no desenvolvimento e aprendizagem das crianças.

Algumas teorias de educação estudaram e pesquisaram uma nova abordagem metodologia prática educativa voltada para o lúdico, a qual promove a curiosidade socialização o ensino aprendizagem dos educandos. A aprendizagem não pode ser entendida como acúmulo de conhecimento e nem a prática como um mero ensino verbalista na transição de informação, ao contrário a prática pedagógica atual deve ser criativa e dialógica utilizando diversos recursos pedagógicos, principalmente os jogos educativos.

A Construção do conhecimento precisa ocorrer através do saber e da alegria, e do brincar pois através da brincadeira do brinquedo, dos jogos que a criança vai diferenciando o seu mundo interior, fantasia, desejos e imaginação do seu exterior. Diante deste estudo se faz necessário a importância do resgate do lúdico como processo educativo como recursos didáticos para promover a interação e o estimulo a necessidade do brincar.

É de fundamental importância que o professor possa reconhecer a ludicidade como fator motivador de aprendizagem, e de que forma a atividade lúdica podem contribuir e serem desenvolvidas na aprendizagem dos alunos em geral, principalmente aqueles com necessidades educativas.

1.1 Breve Histórico da Educação Infantil no Brasil.

A história da Educação infantil é relativamente recente no país. Foi nas últimas décadas que o atendimento a criança menor de sete anos de idade em creches e pré-escolas nasceu mais significativa e aceleradamente. Esse crescimento é motivado pelo aumento da demanda por instituição de educação infantil decorrente da inserção, cada vez maior, da mulher no mercado de trabalho.

O pesquisador brasileiro Moysés Kuhlmann Jr. relata que a primeira creche do país surgiu ao lado da Fábrica de Tecido Corcovado, em 1899, no Rio de Janeiro. Naquelemesmo ano, o Instituto de Prevenção e Assistência à Infância do Rio de Janeiro deu início a uma rede assistencial que se espalhou por muitos lugares do Brasil. Vista por esse ângulo, as instituições de educação infantil surgiram com caráter puramente assistencial.

Através de muita luta a partir da Comunicação de 1988, é que a Educação Infantil pela primeira vez na história do Brasil reconheceu um direito próprio da criança pequena que era o direito à creche e à pré-escola. Há a reafirmação da gratuidade do ensino público em todos os níveis. A partir daí tanto a creche quanto a pré-escola são incluídas na política educacional, seguindo uma concepção pedagógica e não mais assistencialista. Esta perspectiva pedagógica vê a criança como um ser social, histórico, pertencente a uma determinada classe social e cultural.

Foi na Lei das Diretrizes e Bases da Educação nacional, (LDB Nº 9394/1996), que o termo Educação Infantil ganhou a forma mais favorável à criança pequena desde que existe legislação Nacional no Brasil. A LDB declara que a Educação Infantil começa dos 0 aos 3 anos de idade para quem precisa estar numa creche, prosseguindo de 4 a 5 anos de idade como pré-escola, tornando-se Educação Infantil, também um ciclo de 5 anos de formação contínua a parte integrante, da Educação Básica brasileira.

Foram muitas lutas, conquistas e derrotas. Por hora, é dizer que após uma longa trajetória, a criança brasileira de 0 a 5 anos é hoje concebida como um sujeito de direitos à educação, direitos que devem ser atendidos por instituições no âmbito dos sistemas escolares e no âmbito das esferas do governo. A Educação Infantil é, portanto, um direito da criança, dever do Estado e opção da família.

1.2 O Lúdico no Desenvolvimento Infantil

Piaget, (1978) a psicologia mostra que a brincadeira tem um papel importante no desenvolvimento da criança e nas satisfações das suas necessidades. Mas que necessidades são essas?

Para Piaget (1977), a brincadeira é uma assimilação quase pura do real ao eu, não tenho nenhuma finalidade adaptativa. A criança pequena sente constante necessidade de se adaptar ao mundo social dos adultos, cujos interesses e regras ainda lhes são estranhos. Para o autor, as crianças não conseguem satisfazer todas as suas necessidades de adaptação ao mundo adulto. Assim, ela brinca por que é indispensável ao seu equilíbrio afetivo e intelectual.

Neste contexto percebe se a importância das atividades lúdicas e natural é inerente ao ser humano. O jogo desempenha um papel fundamental no desenvolvimento da criança, permite exercitar- se por inteiro e, consequentemente desenvolver-se em todos os adeptos já que assim como órgão as inteligências só se desenvolvem porque funciona.

Segundo Piaget (1978 p.158)

O jogo tanto sobre forma de exercício sensório-motor como se simbolismo consistenuma teoria fornecendo a estar o seu alimento necessário é transformando o rela em função das necessidades múltiplas do eu.

Por isso métodos ativos de educação das crianças constituem-se num material conveniente, a fim d que jogando elas chegam a assimilar às realidades intelectuais que sem isso, permanecem exteriores a inteligência infantil. Enquanto que para Piaget (1977, a aprendizagem dependendo do estágio atingido pelo sujeito).

Para Vygotsky (1988, p. 101)

Aprendizagem favorece o desenvolvimento das funções mentais, o aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento metal e põe em movimento que, de outra forma seria impossível de acontecer.

Segundo Vygotsky, a aprendizagem se inicia muito antes da criança entrar na escola, pois desde nasce em seus primeiros anos de vida encontra-se em interação com as diferentes ações, diálogos e vivenciais. Ainda Vygotsky (1987) toda conduta do seu humano, incluindo suas brincadeiras é construído como resultado de processos sociais, e as primeiras brincadeiras das crianças surgiram da necessidade de dominar o mundo dos objetos humanos, muito embora a aprendizagem anterior a chegada da criança a escola seja importante para o desenvolvimento, pois a aprendizagem escoar possui um valor significativo que produz algo novo no crescimento da criança, quando vai para a escola ela já possui um conhecimento prévio é um dos fatores principais para o desenvolvimento de aprendizagem, assim a criança na escola passa a conhecer um novo mundo, onde desenvolverá suas habilidades e competências.

Nesse sentido ele ressalta a importância das trocas interpessoais na construção do conhecimento, mostrando através do conceito da zona de desenvolvimento proximal, onde a aprendizagem influencia o desenvolvimento. É a linguagem constituindo-se como mediadora no processo interativo das informações adquiridas que são transformadas nas relações sociais. E quando se faz presente as atividades em que os jogos estejam inseridos, com suas intervenções estará contribuindo para o fortalecimento das funções ainda não consolidardes, ou para a abertura da zona de desenvolvimento pois terá o jogo como aliado.

Segundo Vygotsky (1988, p. 122)

O brincar tem sua origem na situação imaginaria criada pela criança, em que desejos irrealizáveis podem ser realizados com a função de reduzir atenção e, ao mesmo tempo para construir uma maneira de acomodação a conflitos e frustações da vida.

Diante disso percebe-se a importância da ludicidade para o desenvolvimento de aprendizagem da criança. Brincar representa uma fase de desenvolvimento da inteligência marcada pelo domínio da assimilação e a acomodação, tendo como função consolidar a experiência passada. A criança cria um mundo de fantasia quando brincar através do brincar repassa suas fantasias no cotidiano para Vygotsky (1984).

De acordo com Huizima (1996), o jogo percebe a cultura, pois para que este exista é necessário que haja a sociedade. O brincar antecede a civilização humana e, quando observamos os anúncios percebemos certos rituais de atitudes e gestos representando uma forma de jogo por meio de brincadeiras, onde existem regras e divertimentos. O autor afirma: “todo jogo significa alguma coisa (Huizinga, p. 4); ou seja, não se joga aleatoriamente, para quem está jogando sempre tem “algo em jogo” e a essência do lúdico está juntamente neste algo”. Assim, sendo Huizinga (1996). Considera o jogo na sua dimensão e, assim distingue da vida comum. Outro caráter do jogo apontado pelo o autor diz respeito a sua seriedade, pois está mais ligado ao cômico e ao risco que se acompanha.

No entanto os jogos infantis como futebol e xadrez são realizados de modo bem compenetrados, a criança joga a brinca com bastante seriedade. Compreende-se que não deixa de ser também uma atividade voluntaria que exige liberdade para realiza-lo assim não está sujeito a ordem e, se imposto, deixa de ser jogo. Todos brincar essa é uma espécie de fugir da vida real, segundo Huizinga (1996). O autor destaca também que o jogo é uma atividade desinteressada e temporária. É desinteressada porque sua satisfação de quem a realizar.

Assim diz Huizinga (1996, p.33)

O jogo é uma atividade ocupada voluntaria, exercida dentro de certos e determinados limites de tempos e de espaços, seguindo regras livres, consentidas mas absolutamente obrigatórias dotadas de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e de alegria e de uma consciência do ser diferente da vida quotidiana.

Este contexto parece-nos particularmente importante em si tratando da utilização do jogo como recurso pedagógico, pois este é um elemento predominante que suscita na criança determinadas ações favorecendo a aprendizagem.

Segundo o autor Kishimoto (2002, p.29)

                                   

Foi a partir do renascimento que surgiram crianças como ser possuidoras de “valores positivos”, de uma natureza boa por meio do jogo se expressava espontaneamente. Com o período romântica está visão se alarga através do pensamento de filosofia e educadores como: Froebel, que entres outros, conceber o jogo como procedimento voluntário e independente que deve ser usado como recurso na educação infantil.

A referida autora destaca ainda que a partir do século XVII comparava-se a infância com os povos primários, sendo que esta fase era comprometida como a fase do imaginário no século XIX, ressalta a autora (p.31), a psicologia recebe forte influência da biologia e transporta os resultados de pesquisa de animais para a área infantil. Em seguida, ela (p.32) cita vários estudiosos da época que fazem alusão ao papel da brincadeira na infância, entre outros ela refere-se a Piaget, afirmado que na teoria Piagetiana a brincadeira é comprometida como uma atividade assimiladora, na qual a criança além de apresentar o estágio cognitivo que se ainda encontra ainda constrói conhecimento, conduz à criança a interpretação da realidade exterior assimilando ao conhecimento já existente.

O jogo é também uma forma de socialização que prepara a criança para ocupar um lugar a sociedade adulta. O conhecimento das modalidades lúdicas garante a aquisição de valores para a compreensão do contexto.

Neste sentido o jogo funciona como intermediadores de regras, para que o educando venha a ter uma educação como limites e assim venham a exercer sua cidadania com mais responsabilidade, pois através de brincar pode-se aprender, ou seja, ensinar sem obrigar. Neste sentido se faz necessário que o educador seja dinâmico e que entenda o desenvolvimento infantil e tenha o jogo como um aliado na construção do caráter, e a família como parceria dessa construção.

Considerações Finais

Convivemos em uma sociedade que tem seus objetivos voltados para o mercado de trabalho, em consequência disso, os pais querem preparar os filhos da melhor maneira possível, para serem independente e vitoriosos profissionalmente.

Por conta disso, acabam por delegar-lhes uma enorme carga de responsabilidade, um fardo pesado, que o torna pesado, que o torna nervosos, revoltados e agressivos tirando lhes a leveza da infância. Assim as crianças estão crescendo mais rápido a amadurecendo precocemente. Cada vez mais encurta a infância, a melhor é mais saudável fase da vida humana.

Diante desse quadro, em relação aos pais poucos podem fazer no sentido de compreender que a infância deve ser vivida considerando todos os meus momentos sem sobrecargas de a como um importante instrumento para amenizar essa situação; proporcionando as crianças condições de se desenvolverem com autonomia e criatividade e mais liberdade para brincarem. Mas, como vai acontecer o lúdico na escola? Já que sua estrutura física e organizacional se apresenta como instrumento de controle onde a obrigatoriedade sobrepõe ao prazer.

O ritual cotidiano deste aspecto é enfadonho, as crianças são as vezes submetidas a aulas cansativas e insignificante, seus comportamentos são reprimidos, pois devem aprender, cumprir em normas a tempo pré-determinado para tudo: hora de ouvir, de ir ao banheiro, de se alimentar. Tudo isso para que prevaleça o conhecimento.

Para que a escola possa ser um espaço diferente, faz se necessário que haja mudanças significativas que vai desde a sua estrutura física até a pratica dos professores que nela atuam, uma vez que estes se preocupam apenas com conteúdo programáticos ignorando o potencial criativo do educando.

Normalmente quando se questiona o professor sobre o que faz para estimular a criatividade, p prazer e a criatividade do aluno, este diz que procura desenvolver atividades que venha proporcionar os alunos serem autônomos, serem pensantes, mesmos os recursos sendo poucos, no entanto a culpa não deve recair sobre estes profissionais, mas todo um sistema que inviabiliza uma prática pedagógica eficaz. Estes aspectos ficaram bem evidentes em meu estudo quando observei o espaço escolar, a arrumação da sala de aula, a relação professor e aluno. Por tudo que vi em minha investigação, a infância ainda parece esta sufocada e às vezes reprimida, enquanto isso as crianças crescem sem vivenciar adequadamente o lúdico, com o dever, a obrigação de cumprir com todas as regras impostas pelo sistema educacional.

Neste sentido, precisamos de escolas dinâmicas ativas que respeitem as crianças considerando a sua infância, um espaço onde estas possam brincar aprendendo e aprendem criando e imaginando, enfim que sejam sujeitos atuantes no processo educativo.

Referências

BRASIL. Lei 9.394, de 20 de Dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da República.

HUIZINGA – Johann, O jogo como elemento da cultura: Editora Perspectiva 1996.

KISHIMOTO, Tizuto M (org). Jogo Brinquedo Brincadeira e educação. São Paulo: Cortez, 2003.

PIAGET, Jean. A formação do Símbolo da Criança. Y Ed. Rio de Janeiro Zanhan, 1978.

VIGOTSKY, LS Pensamento e Linguagem. A Formação Social da Mente: São Paulo Martins Fortes 1984.

.__________ Ed. AL, Linguagem, Desenvolvimento e Aprendizagem. São Paulo, Ícone Dusp, 1988.

SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de Como. Entender e Aplicar e nova LDB: 9.394/96. Pereira, São Paulo, SP. 1997.

KUHMANN JR. Moysés. Infância e Educação Infantil: uma abordagem histórica. Porto Alegre: Mediação, 1998.