ONDE ESTÃO OS TEUS ACUSADORES?

 

 

É comum as pessoas terem seus desafetos. Afinal, somos seres humanos com características distintas, e nem sempre o que agrada a um agrada também a outro.

Todavia, mormente criamos inimigos imaginários, que nos impedem de sermos felizes, de vivermos em comunhão.

A Bíblia nos narra em João 8: 01 a 11 que, estando Jesus a ensinar no templo, após voltar do monte das Oliveiras, foi-lhe trazida uma mulher, cuja acusação era adultério.

Os escribas e fariseus, tentando Jesus, perguntaram-lhe sobre o que fazer com ela, posto que na Lei de Moisés, teria que ser apedrejada.

Quiseram testar a sabedoria do Mestre...quanta ignorância!!! Ora, se Jesus dissesse que apedrejassem a mulher, violaria a lei romana pela qual os Romanos reservavam para si mesmos a execução da pena de morte em terras ocupadas; e se liberasse a mulher, daria a impressão de aceitar a prática do adultério, contrariando a lei mosaica.

Assim, jogou para os acusadores a responsabilidade da pena: “aquele que não tiver pecados, atire a primeira pedra”.

Em auto-análise, não houve sequer um que atirasse a pedra. Assim, foram-se embora os que acusavam a mulher.

Esta porém foi indagada pelo Mestre: “mulher, onde estão os teus acusadores? Niguém te condenou?”

E ela respondeu: “ Ninguém, Senhor”. E o diálogo termina com Jesus dizendo: nem eu também condeno; vai-te, e não peques mais”.

O Senhor Jesus não viu no caso desta mulher um procedimento condenatório correto, não achando base para a pena capital proposta por seus acusadores, culminando pois com o que os operadores do direito chamariam de “absolvição”.

No caso acima houveram acusadores reais, pessoas que queriam a qualquer custo fazer justiça literalmente com as próprias mãos.

O problema é quando criamos acusadores fictícios, e deixamos de realizar algo em prol do crescimento do reino de Deus, imputando a tais incriminadores imaginários a culpa.

“Ah, não faço tal coisa porque fulano ou mengano disse que sou gordo, ou magro, alto ou baixo demais para realizar tal feito. Ou, não evangelizo porque sou tímido, e os tímidos não sabem se expressar adequadamente. Usamos frequentemente de subterfúgios para nos eximirmos de nossos compromissos ou chamados.

Afinal, onde estão os teus acusadores?

Fazendo também uma auto-análise, certamente perceberemos que muitos de nossos inimigos estão em nossa mente, impedindo-nos de realizarmos muitas coisas que queremos.

Se este é o seu caso, peça ao Pai misericordioso que te livre deste mal.

Se o seu acusador for algum pecado não perdoado, peça ao Senhor que lhe perdoe, e se for o caso, à peça perdão e perdoe a pessoa que estiver envolvida, e siga o ensinamento de Cristo: vá, e não peques mais.

 

 

Cíntia Batista Santos Perez – 25/12/2008.