O USO DA TECNOLOGIA NO ENSINO DE GEOGRAFIA

HÉLIO MANGUEIRA DE ALMEIDA¹

Resumo

O presente artigo tem como objetivo identificar as ferramentas tecnológicas adequadas para o ensino da geografia, buscando o uso de programas virtuais, informática, jogos e mapas. O uso dessas ferramentas pode desenvolver no aluno uma participação mais ativa e prazerosa no ambiente escolar, levando em conta que o aperfeiçoamento de tais recursos fazem o discente sentir-se mais familiarizado na escola, melhorando a qualidade do ensino-aprendizagem.

Palavras-chave: ferramentas tecnológicas, participação, aperfeiçoamento, qualidade

 

Abstract

This article aims to identify the technological tools appropriate to the teaching of geography, seeking the use of virtual programs, computer games and maps. Using these tools can develop in students a more active and enjoyable school environment, taking into account that the improvement of such features make the student feel more comfortable in school, improving the quality of teaching learning.

Keywords: Technological, participation, improvement, quality

INTRODUÇÃO

O uso de computadores, por sua vez, em razão de agregar várias mídias em uma infinidade de programas interativos, traz ganhos pedagógicos documentados em várias pesquisas ao redor do mundo. Jogos, simuladores, mapas precisos, imagens em tempo real, possibilitam levantar hipóteses, testá-las e, assim, comprová-las ou refutá-las. A internet, com caráter essencialmente livre e aberto, congrega a cada dia um volume maior de informações e serviços, melhorando a busca por informação, por ser rápida e prática. Com esse panorama, estratégias cada vez mais apuradas são disponibilizadas para os docentes levarem algo mais próximo possível do real para seus alunos, melhorando o aprendizado e ao mesmo tempo o método de ensinar que antes ficavam apenas agregadas nos livros, onde o professor lia, explicava e realizava atividades para testar os conhecimentos adquiridos pelo alunado.

Saber utilizar a tecnologia de forma eficiente, gerando resultados positivos, certamente gerará bons frutos para essa geração, capazes de alavancar ainda mais os resultados esperados por todos. (grifo nosso).  

Nessa busca por novas formas de ensinar, de modo a envolver o aluno nesse processo de ensino-aprendizagem, favorecendo sua participação em sala, é possível pensar que a utilização de recursos áudios-visuais se torna um instrumental que contribui para a aprendizagem. Por ser um recurso didático que pode ser utilizado por todas as áreas do currículo escolar, favoreceu uma abordagem geográfica. Como afirma Magaldi (2002) “a leitura audiovisual expande a capacidade de compreender, distinguindo e ao mesmo tempo integrando conteúdos e formas. Apura a percepção visual e auditiva, permitindo identificar e apreciar a composição imagem/som/texto, que é a própria essência dessa linguagem e fonte de atração”.

O USO DE COMPUTADORES NO ENSINO DE GEOGRAFIA?

No contexto educacional, os computadores podem contribuir para qualificar a aprendizagem. Para tanto, é preciso conhecer os recursos existentes e propostas pedagógicas consistentes para a sua incorporação nos processos de aula.

O computador, por si só, não muda os processos educacionais, mas uma reflexão ampla por parte dos professores sobre as suas possibilidades, por meio das ferramentas de comunicação, das fontes de pesquisa, da multimídia, dos jogos educacionais, dos simuladores, propicia a construção de ambientes mais ricos e interativos de ensino e aprendizagem.

A utilização adequada de computadores na educação, segundo TAJRA (1998, p.34), traz duas contribuições importantes descritas a seguir: a social e a pedagógica.

  • Social- refere-se a criar uma cultura tecnológica de base. Favorece a inclusão digital e consequentimente a inclusão social, já que os estudantes estão manuseando ferramentas atuais, bastante requisitadas em diversos contextos profissionais e necessárias para acesso a volumes cada vez maiores de informação e mesmo de serviços oferecidos pelo próprio governo.
  • Pedagógica- diz respeito a qualificar o ensino e a aprendizagem. Por meio de recursos multimídia, o atendimento às múltiplas inteligências é favorecido. Com sistemas de simulação, é possível levantar e testar hipóteses. Utilizando ferramentas de colaboração, o conhecimento é construído coletivamente e torna-se maior do que a simples soma dos conhecimentos isolados de cada participante.

            O professor deve estar atualizado e, conscientemente, optar por quais tecnologias utilizar nos projetos educativos, compreendendo o conhecimento cada vez mais como um processo contínuo de construção colaborativa, do qual ele é orientador. Com alunos motivados e ativos, os resultados da aprendizagem tendem a ser mais duradouros.

INTERNET E VISUALIZADORES DE IMAGEM POR SATÉLITE

Vive-se em um tempo de grandes transformações, muitas delas desencadeadas em função do advento da internet. No Brasil, a internet começa sua expansão no início da década de 1990, iniciando pelo governo e universidades e, posteriormente, permitindo também o ingresso das empresas comerciais e das pessoas físicas, causando uma grande mudança na sociedade e na escola. Para navegar na internet é preciso ter um computador conectado à rede, por meio de um provedor, a navegação leva a pessoa para páginas de pesquisas onde se encontram quase tudo que alguém deseja saber. A conexão varia de acordo a região e o desenvolvimento tecnológico.

Consultar a previsão do tempo, pesquisar informações para viagem, jogar colaborativamente, visualizar cidades, bairros e ruas por imagens de satélite, enfim, tudo isso pode ser realizado de onde se estiver. Na escola não é diferente, podemos através de jogos, simuladores e programas de imagens, trabalharmos na sala de aula de modo eficaz e proveitoso.

Os visualizadores de imagem por satélite permitem ver imagens reais de diferentes localidades do mundo. O potencial pedagógico desse tipo de ferramenta é extraordinário, pois o aluno não está estudando a partir de representações, mas sim de imagens reais, podendo, por exemplo, sobrevoar cordilheiras e seguir o curso de um importante rio, além de observar de forma mais ampla o local onde vive.

Um dos mais conhecidos é o Google Earth² (http://earth.google.com/intl/pt/). As imagens ficam em repositórios na internet e é preciso uma boa conexão para navegar pelo mundo utilizando o Google Earth. A cada dia, um maior número de locais tem imagens na rede, e a resolução dessas imagens também tem melhorado. Diversas pessoas utilizam esse programa para visitar e explorar regiões distantes, marcando a localização de seus achados, para compartilhar com amigos ou estudiosos e retornar a esses pontos de forma facilitada. De fato é uma boa opção para se trabalhar espaço, território, bairros, lugares e regiões no ensino da geografia.

Segundo Valente (1998), o aprendizado ocorre pelo fato de o aluno estar executando uma tarefa por intermédio do computador. Esta tarefa pode ser a elaboração de um texto através de um processador, uma pesquisa num banco de dados já existente ou mesmo a criação de um novo banco de dados, a resolução de problemas de diversos domínios do conhecimento e a representação desta resolução de acordo com uma linguagem de programação, o controle de processos em tempo real como objetos que se movem no espaço, experimentos de um laboratório de física ou química, a produção de uma música ou a comunicação e o uso de redes de computadores, ou mesmo o controle administrativo da classe e dos alunos. Assim, este projeto propõe a utilização do computador, em seus mais diversos aplicativos, nas práticas metodológicas do ensino de Geografia em sala de aula.

DESENVOLVIMENTO

Deve-se buscar primeiramente a familiarização do alunado com o uso dessas tecnologias, seus domínios e habilidades. Depois apresentar o planejamento e objetivos a se alcançar. No uso dessas tecnologias podemos contar com o que há de melhor e mais próximo possível da realidade. Mapas e programas de localizações de tamanha precisão ajudam bastante o desenvolvimento da aprendizagem. Com o uso da internet, podem-se fazer percursos e medir com exatidão à distância percorrida de cada lugar de interesse da turma, sem falar na visualização das imagens do local percorrido. Tais ferramentas poderão despertar o gosto pela disciplina de geografia, que a cada dia está se tornando na sala de aula uma matéria atrativa com o uso desses recursos.

Parece-nos que nos dias atuais a percepção da realidade tem se tornado algo mecânico, repetitivo, uma seqüência de que tudo é “normal”. Só nos damos conta de certos detalhes quando fazemos uso das tecnologias, hoje cada vez mais disponibilizadas para muitos da sociedade em que vivemos. É claro que ainda uma boa parte dos alunos, oriundos de classes menos favorecidas, não tem acesso a essas tecnologias, mas com certeza já visualizaram ou tomaram contato com esses recursos tecnológicos. O simples manuseio ou o folhear de um livro didático já o está inserindo nesse contexto de se fazer observações com o auxilio das tecnologias. O uso quase diário do meio tele visível também é uma forma de utilização dessas

tecnologias que se não for orientada, trabalhada e desmistificada em nada irá colaborar com o desenvolvimento do conhecimento dos nossos alunos. Com a melhora nas condições de vida da sociedade e particularmente dos alunos percebemos que a tecnologia tem sido implementada no nosso dia-a-dia e cada vez mais essa mudança pode ser observada no cotidiano das pessoas.

 Por que o uso da TV Pendrive pode facilitar a aprendizagem?

Um dos recursos que o professor pode contar em algumas escolas públicas é a TV Pendrive³, cuja sua função é levar aos alunos imagens e sons. Fazer a leitura das imagens não é uma ação assim tão simples. É necessário ter uma prática da convivência em sociedade, tendo como objetivo o desvendamento do cotidiano representado pela imagem e buscar o que está por trás dela, ou seja, aquilo que o autor subjetivamente deixou para que o leitor tire suas próprias conclusões. Quando estamos diante de imagens estáticas ou em movimento, quase que instantaneamente nos posicionamos de maneira critica sobre o que vemos (se estamos capacitados para tal ação) ou simplesmente apagamos de nossa memória o que acabamos de visualizar, pois não dispomos dos argumentos os quais deveriam ter sido adquiridos ao longo de nossa existência sobre o assunto em questão. Como a Geografia trabalha com a interpretação das relações econômicas, sociais, culturais e ambientais, seja no contexto local ou global, a prática da leitura e interpretação das imagens seria como um facilitador da aprendizagem do aluno. A Tv Pendrive é considerada como um avanço das tecnologias no uso em sala de aula. Ela pode ser utilizada de diversas formas, destacando-se o uso de pequenos trechos de vídeos, a projeção de imagens e outros recursos e ainda, pode ser usada como referência na visualização de arquivos nos formatos (JPEG, MPEG e AVI). Estudos e debates têm se realizados sobre a evolução tecnológica no ambiente escolar. As novas tecnologias avançaram com uma velocidade sem igual nos últimos anos e passou a ser um novo desafio para as escolas e para os professores, como comenta MORAN:

“A Internet e as novas tecnologias estão trazendo novos desafios pedagógicos para as universidades e escolas. Os professores, em qualquer curso presencial, precisam aprender a gerenciar vários espaços e a integrá-los de forma aberta, equilibrada e inovadora. O primeiro espaço é o de uma nova sala de aula equipada e com atividades diferentes, que se integra com a ida ao laboratório conectado em rede para desenvolver atividades de pesquisa e de domínio técnico-pedagógico. Estas atividades se ampliam a distância, nos ambientes virtuais de aprendizagem conectados à Internet e se complementam com espaços e tempos de experimentação, de conhecimento da realidade, de inserção em ambientes profissionais e informais.”

.A informação tem chegado a diversas formas para todos. Como cita Milton Santos sobre a tecnicização e cientificização da paisagem.

Podemos então falar de uma cientificização e de uma tecnicização da paisagem. Por outro lado, a informação não apenas está presente nas coisas, nos objetos técnicos, que formam o espaço, como ela é necessária à ação realizada sobre essas coisas. A informação é o vetor fundamental do processo social e os territórios são desse modo, equipados para facilitar a sua circulação. (SANTOS, 2006, p. 239).

O que é o Google Earth?

O Google Earth permite que você viaje pelo mundo por meio de um globo virtual e visualize imagens, mapas, terrenos, construções em 3D e muito mais via satélite. Com o rico conteúdo geográfico do Google Earth, você pode ter uma experiência muito mais realista de visualização do mundo. Você pode voar até o seu lugar favorito, procurar empresas e até mesmo navegar pelas rotas. Você decide.

Embora as opções do Google Earth sejam infinitas, veja algumas coisas que você pode fazer:

  • Descubra a Terra: Voe para qualquer lugar do mundo, saiba mais sobre uma cidade e suas características geográficas, encontre empresas locais e crie passeios.
  • Explore o céu: Admire as maravilhas dos céus e saiba mais sobre o nosso sistema solar.
  • Mergulhe no oceano: Vá além da superfície e visite as profundezas do oceano e explore os cânions subaquáticos mais fundos do planeta. Saiba mais sobre as observações do oceano, mudanças climáticas e espécies ameaçadas. Você pode inclusive descobrir novos lugares para surfar, mergulhar e pescar.
  • Ande na Lua: Passeie nos lugares de aterrissagem narrados pelos astronautas da Apollo e veja modelos 3D da espaçonave parada.
  • Visite Marte: Viaje até o Planeta Vermelho e explore as últimas imagens feitas pela NASA do nosso vizinho das galáxias.

O Google Earth é simplesmente a sua passagem para explorar o universo! Agora, vejamos como começar.

Kenski (2002) considera que a motivação dos alunos pode aumentar quando o professor constrói um clima de confiança, abertura e cordialidade, o que, em última instância, depende do modo como as tecnologias são percebidas e usadas. A internet é um instrumento que pode facilitar a mediação, uma vez que oferece informações abundantes para o processo de conhecimento. Portanto, não se trata apenas de dizer que incorporou e faz parte do seu cotidiano; é preciso muito mais: o professor tem de estar aberto para pensar processos totalmente diferentes de construção do conhecimento. Sabe-se que a utilização do computador aliado a suas ferramentas pode ser tomada como complemento metodológico, pode constituir-se em instrumento facilitador na superação de algumas barreiras do processo de ensino-aprendizagem. Segundo Lévy (1996), a era atual das tecnologias da informação e comunicação estabelece uma nova forma de pensar sobre o mundo que vem substituindo princípios, valores, processos, produtos e instrumentos que mediam a ação do homem com o meio.

Monbeig (1956, pg.20) afirma que “para um mundo moderno convém um ensino moderno e a geografia é uma interrogação permanente no mundo. A evolução do ensino da geografia, nesse sentido, é facilitada pelos contactos de todo o gênero que tem a mocidade com os problemas do dia. A conversação com em família e alguns meios, o rádio, a televisão, os jornais, as atualidades cinematográficas mergulham os jovens, nesse banho de inquietação, pelo menos no que se refere aos debates econômicos. Não é fácil ao professor aproveitar-se disso para animar o seu ensino. Os alunos encontrarão aí uma prova de que a vida não para na porta da classe, a qual deixará de ser um meio artificial”. No entanto, o uso dessas tecnologias ajuda de forma excepcional na aprendizagem, isso porque traz em um pequeno espaço, como uma televisão e/ou um computador, imagens, paisagens de diferentes formas que não daria para serem vistas a olho nu, sem a participação avançada desses objetos. A forma terrestre é um bom exemplo disso, os dias atuais os alunos podem visualizar a atual forma do planeta sem precisar se dirigir ao espaço para isso. É Fascinante para estudantes de geografia poder observar a Terra, as paisagens, as cidades, os bairros, as ruas e, com isso identificar as mudanças ocorridas com o passar do tempo. O professor de Geografia então deve apropriar-se das novas tecnologias a fim de tornar suas aulas instigantes, criando novas condições de aprendizagem. De acordo com Libâneo (2001) "é necessário valorizar a escola na sua função mediadora entre o aluno e o mundo da cultura, integrando racionalmente, o material/formal do ensino aos movimentos estruturados que visam à transformação da sociedade, com base na pedagogia crítico-social dos conteúdos culturais".

Como fazer-se uma leitura de imagem e ao mesmo tempo interpretar o espaço em que estamos inseridos?

Ao possibilitar a leitura das imagens em sala de aula estamos oportunizando aos alunos um ambiente rico em discussões, idéias e propício para novas conclusões. Cabe aos professores encontrarem meios para que esse trabalho possa ser repleto de conhecimentos e que possa levar novas idéias aos alunos. Fazer a leitura das imagens não é uma ação assim tão simples. É necessário ter uma prática da convivência em sociedade, tendo como objetivo o desvendamento do cotidiano representado pela imagem e buscar o que está por trás dela, ou seja, aquilo que o autor subjetivamente deixou para que o leitor tire suas próprias conclusões.                   Quando estamos diante de imagens estáticas ou em movimento, quase que instantaneamente nos posicionamos de maneira critica sobre o que vemos (se estamos capacitados para tal ação) ou simplesmente apagamos de nossa memória o que acabamos de visualizar, pois não dispomos dos argumentos os quais deveriam ter sido adquiridos ao longo de nossa existência sobre o assunto em questão. Como a Geografia trabalha com a interpretação das relações econômicas, sociais, culturais e ambientais, seja no contexto local ou global, a prática da leitura e interpretação das imagens seria como um facilitador da aprendizagem do aluno.

“A Geografia contribui para esta formação, proporcionando ao aluno: - orientar o seu olhar para os fenômenos ligados ao espaço, reconhecendo-os não apenas a partir da dicotomia sociedade-natureza, mas tomando-os como produtos das relações que orientam seu cotidiano, definem seu “lócus espacial” e o interligam a outros conjuntos espaciais.” (PCN, 1999)

A maioria das escolas públicas já pode contar com o uso de televisores e aparelhos de DVD, computadores, projetores de imagens em tela, para melhorar o trabalho dos professores e o aprendizado dos alunos. Mas sabemos que existem alguns fatores que impedem o uso dessas tecnologias: Professores despreparados, que não ingressaram ainda nesse mundo virtual, acabam por se sentirem incapazes de ajudar no aprimoramento da aprendizagem com o uso de tais ferramentas. As aglomerações das tecnologias devem se apresentar na sala de aula, acompanhada de capacitação de professores para o manuseio desses instrumentos, pois o que se vê hoje em dia são alunos com mais habilidades que os próprios docentes. Professores devem estar inovando seus conhecimentos tecnológicos, dia a dia, porque os avanços desses recursos são de oriunda importância, levando em conta um posicionamento mais concreto sobre o mundo geográfico no qual vivemos.

Conclusão

O uso das tecnologias no ambiente escolar é positivo se soubermos direcionar nossas ações e as ações dos nossos alunos para um propósito em comum, que é o conhecimento. Manusear as tecnologias é apenas uma questão de interesse e uma superação pelo novo, tanto por parte dos alunos como dos professores. As imagens são carregadas de significados que estão bem visíveis ou que estão à espera de serem descobertas por quem a observa. Identificar estratégias de como realizar essa leitura e conduzir os alunos para a busca de novos significados é função do professor. É importante não esquecermos o papel da Geografia nessa atividade, pois sabemos que as imagens fazem parte de um espaço e compreender as relações sociais dos homens que ocupam esse espaço bem como analisar as relações, econômicas e culturais que aí se encontram, é pertinente dessa disciplina. A internet e as novas tecnologias estão trazendo novos desafios pedagógicos para as escolas. Os professores precisam então aprender e reaprender a gerenciar os vários espaços que nos são disponibilizados e integrá-los de forma aberta, sem obstruir o que os alunos já trazem do seu conhecimento do cotidiano, ou seja, do seu senso comum; equilibrada, para não deixarmos que as parafernálias tecnológicas superem a intervenção didática e metodológica dos professores; e, inovadoras, ao ponto de sempre buscarmos pelo novo sem termos que ficar presos às práticas que não atraem mais a atenção desses alunos que vivenciam as tecnologias a todo instante em suas vidas. Queremos uma escola onde o aprender a pensar possa ser também um meio que auxilie os alunos a utilizarem os aparelhos eletrônicos numa visão crítica, para que sejam capazes de construírem em seus intelectos uma leitura de mundo e de vida e, que isso possa proporcionar a eles o surgimento de uma identidade que o referencie dentro de um espaço local ou global numa busca pela melhoria. Essa aproximação tanto do professor, quanto do aluno com as tecnologias, proporcionam a qualidade do ensino-aprendizagem, por se tratar da compactação do mundo em um ambiente virtual, possibilitando o exame detalhado de ambientes que seria meio que complexo o estudo sem a ajuda das tecnologias. Portanto, o uso das tecnologias no ensino da geografia veio a propiciar um estudo mais abundante e eficaz na vida da sociedade estudantil, com muito aproveitamento, pois essas ferramentas tecnológicas fazem parte dessa sociedade contemporânea, onde o imaginário pode ser também visto não só na imaginação, mas sim nas telas de objetos como computadores, televisores, entre outros.