Na madrugada do sábado do dia 27 de março de 2010, à quase dois anos após a morte da menina Isabella, o Juiz Maurício fossem leu a sentença do casal Alexandre Nardoni e Anna Jatobá. Ele pegou 31 anos, 1 mês e 10 dias, ela 26 anos e 8 meses.
Muitas vidas foram mudadas em São Paulo e em todo Brasil por causa do episódio. Na cidade de São Paulo a mãe de Alexandre a Senhora Aparecida, até hoje não pode ouvir o som das hélices de um helicópero, som que ouviu muito quando seu filho estava sob a guarda da polícia, porque a população queria esfolá-lo. Toda vez que ouve o trá trá trá das hélices ela entra em pânico e começa a chorar relembro o pavor e viveu na época. Em outro lado da cidade uma menininha de nome Carolina que era amiguinha de Isabella em sua escola e que também tem pais separados e não se dá muito bem com a madrasta não quer mais visitar o pai, tem medo que aconteça com ela o mesmo que aconteceu com Isabella. Sua mãe já fez de tudo para a convense-la, mas de nada adianta. Na antiga escolinha de Isabella até hoje os professores e diretores ouvem diversas perguntas referentes a Isabella, como por exemplo: quando ela vai voltar ou se ela esta vendo tuda lá do céu.
Mas o que teria levado o casal a cometer tal atrocidade (assassinar a menina Isabella), o que teria ocorrido naquela noite de 29 de março de 2008 que resultasse no fato?
"Foi por ciúmes." Diz: uma aposentada de 72 anos;
"O pai matou a filha por influência da madrasta". Diz: um segurança de 20 anos.
O caso deixou muita gente intrigada e divide opiniões. Será que há alguma loucura envolvendo o episódio? Apesar de a defesa do casal não ter em momento algum levado em consideração a possibilidade de distúrbio mental do casal, muitos grupos estudiosos de psicologia e psiquiatria atentam ao fato de que ninquém atira a própria filha do sexto andar de um prédio em sã consciência em levar em consideração as conseqüências do fato.
Até mesmo a família de Alexandre Nardoni admitiu que já houve episódios de descontrole emocional por parte de Alexandre, certa vez em uma discussão ele derrubou o filho mais velho de seus braços e em outro episódio em uma loja de departamentos ele pegou bruscamente o mesmo filho pelo braço e o atirou dentro do carrinho de compras por se irritado com o garoto. Esses são alguns sinais de "baixa tolerância a frustração".
Da parte de Alexandre há uma certa frieza . Já Anna Carolina me parece instável e impulsiva. Isabella foi jogada pela janela como simulção de uma morte acidental e isto pode revelar traços psicopaticos, diz o psiquiatra forense e professor da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre José Taborda.
"As vezes o ser humano se perde. Nem sempre somos donos das nossas reações, embora sejamos sempre responsáveis por elas, diz o professor de criminologia do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro Pedro Paulo Bicalho."
Existem diversos perfis de pessoas que matam crianças e diversas causas para o homicídio infantil. Uma das mais comuns, é pai ou mãe que não tolera o choro de criança, diz uma psicóloga do Rio Grande do Sul que pediu para não ser identificada. A irritação do ser humano é produzida numa região do cérebro chamada de "sistema límbico". Que é modulada pelo córtex pré-frontal que pondera pela razão, é como se essa parte do cérebro nos alertasse a todo momento até onde podemos ir, dando uma resposta emocional dentro de nosso comportamento o que se espera dos seres humanos que convivem em sociedade.
Sabe-se que Anna e Alexandre estiveram em consulta com um psiquiátrico dias antes do ocorrido, onde lhes foram receitado anti-depressivos e ansiolíticos. Eles chegaram a comprar os medicamentos, mas não tomaram. Ela andava se queixando vida limitada que levava, em cuidar de três crianças e ele estava bastante estressado com coisas do cotidiano familiar.
Se a população se revoltou pela barbaridade do crime, e também pela falta de motivação que levou à morte da inocente Isabella, a acusação se baseou de que tudo ocorreu por causa do ciúme doentio que Alexandre e Anna sentiam um pelo outro. Eles achavam que a menina Isabella atrapalhava o relacionamento do casal, sendo que trazia para o lar a imagem constante da ex-mulher de Alexandre a Ana Carolina Oliveira. Se de fato foi esse o motivo (o ciúme que um sentia pelo outro) que levou a morte da menina Isabella, eles perderam a menina e também perderam um ao outro. Pelos próximos anos com ou sem ciúmes eles não se verão e só se comunicarão por cartas escritas em suas celas na cidade de Tremembé, onde permanecerão encarcerados.