O PROCESSO DE AVALIAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO

                                                                    Erica Souza Figueiredo

Apresentaremos aqui complexidade e significação no contexto do sistema escolar ainda diz respeito ao sistema de avaliação do rendimento escolar de alunos e, por que não dizer a instituição como mecanismo de formação e integração do ser social no âmbito de uma política social empreendedora.

 Na atualidade, a avaliação é marcada pela influência americana que se propaga entre seus educadores e prossegue com passos lentos no meio educacional, sendo que, realmente, a avaliação tornou-se assunto relevante e questionável por parte dos educadores.

Conforme apesar da história da avaliação ser tão remota verifica-se que o termo avaliação até 1965 e que no Brasil era usado em educação como sinônimo de dar “notas”. Pouca avaliação verdadeiramente de programas educacionais foi realizada. Hoje, a avaliação está presente cada vez mais no trabalho didático do professor exigindo deste, competência intelectual e pedagógica, como ainda, uma série de requisitos metodológicos que, de acordo com o seu conceito, se fazem necessários ao bom avaliador.

 Compreender a concepção de avaliação só é possível quando se entende o sentido e significado dos eixos que irão nortear a concepção de ciclo de formação. Esta por sua vez só será possível quando se compreender os princípios de organização curricular e de ensino propostos processos, assim como de organização de trabalho pedagógico e administrativo da escola e organização dos tempos.

É importante assumir a escola como um espaço de direito do cidadão e como um lugar onde atuam sujeitos socioculturais e históricos que se formam mutuamente através das relações sociais. Dessa maneira, apoia-se no fato de que a escola é educativa por si mesma, pelas circunstâncias de seu relacionamento com a sociedade em sua dinâmica, em sua forma de ensinar / aprender e na organização.

 A concepção de avaliação que perpassa essa lógica é a de um processo que deve abranger a organização escolar como um todo: as relações internas à escola, o trabalho do docente, organização do ensino, o processo de aprendizagem do aluno e, ainda, a relação com a sociedade.

Nessa perspectiva torna-se fundamental a constituição de um conceito de avaliação escolar que entenda as necessidades de escolarização das camadas populares, porque são elas que mais tem sofrido com o modelo de escola atual. E, se o movimento amplo da sociedade impõe um novo tipo de escola, impõe também, a necessidade de um novo referencial para a constituição dos processos de avaliação.

 Sabe-se que a avaliação é um processo contínuo de pesquisa que visa estudar e interpretar os conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista alterações esperadas no comportamento, propostas nos objetivos da escola, a fim de que haja condições de propor alternativas no planejamento da ação pedagógica do professor e da escola como um todo.

 A avaliação deve ser entendida como um processo de pesquisa, onde o professor e a escola devem está sempre investigando as melhores situações, as mais eficientes formas de coleta e sistematização de dados, sua utilização e compreensão, como o processo mais eficiente de capacitação do professor em evolução. A avaliação visa estudar e interpretar os conhecimentos e habilidades dos alunos, tanto nos aspectos quantitativos quanto nos qualitativos.

A escola necessita preocupar-se exclusivamente com as notas decorrentes dos resultados dos testes de conteúdos, mais deve focalizar, sobretudo, os aspectos do desenvolvimento como relacionamento social, interesse, sentimentos em relação a si mesmo e em relação aos outros. Como também a escola deve se preocupar durante o processo ensino-aprendizagem para que o aluno analise, adquira espírito crítico, sendo capaz de resolver por se mesmo dificuldades que se lhe apresentam, seja qual for.

 A avaliação deve ter em vista mudanças esperadas no comportamento dos alunos e propostas objetivas na escola. O professor só poderá avaliar a aprendizagem se tiver um pensamento claro daquilo que pretende atingir, ou seja, de seus objetivos, que são proposições sobre o comportamento esperado para os alunos. Quando mais claramente forem propostos, melhores guias serão para a ação do professor e para o seu procedimento de avaliação, portanto, quando o professor está avaliando, ele quer verificar se o aluno está atingindo os objetivos, pleno ou parcialmente.

A avaliação deve dar condições para que seja possível tomar decisões sobre alternativas no plano de ensino e a coleta de dados para o planejamento do trabalho é um aspecto fundamental da avaliação visto que esta consiste num diagnóstico do desenvolvimento do aluno. Uma vez que a situação esteja caracterizada, quando o professor sabe exatamente como estão seus alunos e quais os progressos feitos, terá elementos para planejar sua ação didática sobre dados reais.

A função da avaliação está no aperfeiçoamento das situações de aprendizagem e de currículo como todo. Esta posição difere daquela em que a avaliação é um momento especial do ano letivo e cujos resultados são esperados para serem utilizados unicamente nas decisões sobre a promoção ou retenção do aluno e para reagrupar as classes.

 A avaliação é, pois, um exercício mental que permite a análise do conhecimento, o diagnóstico, à medida e / ou julgamento de um objeto. Esse objeto deve ser a própria realidade daqueles que a fazem. Avaliar seria um processo de autoconhecimento e, também, o conhecimento da realidade e da relação dos sujeitos com essa realidade. Seria um processo de análise, julgamento, recriação e / ou ressignificação das instituições que fazem parte dessa realidade e das pessoas que a mantém.

Questionam-se, sobre os processos de avaliação da aprendizagem dos alunos que estão, usualmente, centrados num desempenho cognitivo. A avaliação deve priorizar a identificação dos problemas, dos avanços e verificar as possibilidades de redimensionamentos e continuidades do processo educativo. A avaliação se constitui num processo investigador, formativo e contínuo, do qual o professor, alunos e pais participam ativamente.. Não houve diferenciação de gênero ou idade dos participantes, no entanto constituíram a amostra representante dos cinco segmentos: gestão, professor, aluno, pai de aluno e outros, compreendendo este último, os demais funcionários da escola.

 

  Bibliografia

FIGUEIREDO, Souza Erica. O PROCESSO DE AVALIAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO. Alto Araguaia MT 2015.