“O poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente”. Essa é frase que me inspirou a escrever sobre esse assunto. Mas será que é o poder que corrompe o homem, ou ele apenas dá oportunidade para que o homem exteriorize o que já está dentro de si? Eu acredito mais na segunda hipótese. Muitos homens cultivam dentro de si sentimentos de violência, de ódio, de raiva, de vingança, os quais podem ficar ocultos, aguardando o momento oportuno para vir à tona.

Diz um famoso filósofo Indiano chamado Osho, que: “Para ser violento você precisa ser poderoso. Para satisfazer sua avidez você precisa ser poderoso. Para satisfazer suas paixões você precisa ser poderoso. Assim, quando o poder vem às suas mãos, todos os seus cães adormecidos começam a latir. O poder se torna um alimento para você, uma oportunidade. Não é que o poder corrompa; você é que é corrupto”.
A grande verdade é que o poder não corrompe ninguém; a corrupção está dentro do homem. O poder apenas dá oportunidade para o homem fazer tudo que quiser fazer. Jesus usou seu poder para libertar o homem da escravidão do pecado; Pilatos usou o poder para condenar Jesus, que era inocente. O Faraó usou o poder para oprimir um povo; Moisés usou o poder para libertar o mesmo povo. Gandhi colocou o poder a serviço da paz; Hitler usou o poder para matar seres humanos. Assim poderíamos citar inúmeros exemplos ao longo da história que provam que o poder em si não é bom, nem ruim, depende de quem o tem nas mãos.
O poder é neutro; Nas mãos de um homem de bem é uma benção, mas nas mãos de uma pessoa desequilibrada torna-se uma desgraça.
Enquanto o homem não destruir seus instintos egoístas, o mundo continuará sofrendo as conseqüências de suas ações, porque é certo que todos nós exercemos algum tipo de poder, seja como pai, mãe, sacerdote, pastor, prefeito, vereador, juiz, promotor, professor, etc.
O ser humano não precisa ser detentor de grande poder para mostrar quem ele é de verdade. Muitas vezes um simples funcionário de uma empresa muda seu comportamento ao ocupar um cargo de chefia. Se este funcionário não for bem resolvido consigo mesmo, seus subordinados certamente sofrerão as conseqüências de seus atos. Muitas vezes um simples servente, sentado do lado de fora do escritório do patrão, comporta-se como se fosse o presidente da empresa.
Portanto, se você ocupa algum cargo em qualquer segmento da sociedade que lhe dá certo poder, faça urgentemente uma auto-análise e, se necessário for, arranque de dentro de seu coração tudo que possa torná-lo instrumento de opressão, discórdia, perseguição. Use o poder que você tem para promover o ser humano, jamais para escravizá-lo.

JOÃO VITOR MARIANO
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Uraí - Paraná