Era noite e na base da sustentação do telhado da igreja havia um ninho e no ninho havia um pássaro, que não se incomodava com o culto que acontecia onde os louvores, aplausos e pregações que faziam tremer seu lar.
Ao observar esta cena fui esclarecido pelo Espírito que aquela encenação retratava alguns momentos de nossas vidas "o pássaro tem o ninho por interesse". Quando está escuro e a noite prejudica o vôo e a liberdade se torna sinônimo de risco para a ave, ela retorna ao ninho onde é um lugar seguro, lá ele espera a tempestade e a escuridão passar, no ninho ela se aquece melhor e pode gerar com segurança.
Mas quando amanhece e os riscos não são mais evidentes, a sensação de liberdade retorna ao ninho e o pássaro começa a desejar as límpidas águas dos ribeiros e as doces frutas dos bosques e o refrescante ar da alvorada, então ele abandona o ninho para viver regaladamente.
Os pássaros são como os homens que se aninham nas asas do Altíssimo por interesse, quando o terror os acomete e o perigo é uma realidade procura a proteção divina,mas quando a tempestade passa logo vem o desejo de desfrutar dos prazeres que o mundo oferece e se entregam às vontades da carne.
Não se deve ter a proteção divina por interesse, deve-se amar a Deus incondicionalmente e dizer como Simão Pedro quando muitos discípulos se retiraram Jesus perguntou: não quereis vós outro retirar-vos? Pedro respondeu: Senhor, para quem iremos? Tu tens a palavra de vida eterna e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus. Jo 6:66-69.


Pastor Jezias Ferreira da Silva