Síntese do Texto:"O papel da linguagem na formação de conexões temporais e a regulação do comportamento em crianças normais e oligofrênicas"
(A.R.Luria)
O autor inicia o texto descrevendo com uma citação o que diferencia as crianças oligofrênicas - mentalmente atrasadas ? de crianças normais. As crianças mentalmente atrasadas se diferenciam das outras por não se desenvolverem iguais outras crianças na mesma idade. Essas crianças precisam desenvolver suas capacidades afim de compensar suas deficiências.

1- A função fundamental da linguagem
O homem assimila a linguagem oral e posteriormente as experiências histórico-culturais vivenciada por sua espécie, o que é chamado no texto de humano-social, sendo também fator fundamental na sua formação mental, pois a linguagem além de propiciar o desenvolvimento mental também se constitui como base do pensamento, possibilitando a organização dos pensamentos, reflexões sobre atos e atitudes e pensamentos mais complexos nas crianças. Quando a criança compreende o significado de um objeto, ela está usando a experiência de todo gênero humano.

2- O papel da linguagem na formação de novas conexões nas crianças normais e nas mentalmente atrasadas
A criança pequena, com até dois anos e meio, quando submetidas a testes que lhes são precisos seguir ordens verbais, necessita de muito treino e condicionamento para realizar o que lhe é pedido, deixando nítido que suas atitudes e ações não são voluntárias ou seja, fruto de seu pensamento, mas sim um hábito motor adquirido.
Somente após os três anos e meio ou quatro que a criança começa a refletir sobre suas ações e ordens recebidas, formulando mentalmente as regras que são necessárias para realizar a atividade, a partir em que a criança reflete e pensa para determinar a ação seguinte, demonstra que os movimentos da criança deixaram de ser mecânicos e começam a tornar-se conscientes em consequência da mediação da palavra.
Já as crianças mentalmente atrasadas, quando submetidas a esses testes, são incapazes de se utilizar da linguagem para formular pensamentos e realizar ações conscientes como nas crianças normais. Elas formulam perguntas durante as atividades, mas estas por sua vez, são um escape para não precisar pensar suas atitudes e continuam questionando durante todo o teste para que as respostas sejam a orientação para suas ações, pois não conseguem assimilar por suas próprias conexões de pensamento qual será a ação seguinte.
Conclui-se então, que a participação da linguagem na formação de novas conexões é consideravelmente limitada na criança oligofrênica.

3- Regulação verbal das ações na criança normal e na mentalmente atrasada
Investigações demonstraram que a dificuldade criada pelo sistema dinâmico motor da linguagem constitui um fator psicológico importante que criam obstáculos à realização de ações complexas pela criança mentalmente atrasada. Elas até conseguem realizar as ações quando reforçadas verbalmente no momento a ser executada, porém, qualquer estímulo externo desestrutura ação da criança mentalmente atrasada.

Entende-se então, a partir dos estudos, que as crianças normais assimilam a linguagem que se transforma em instrumento de pensamento e em instrumento regulador de seu comportamento.
Já em crianças mentalmente atrasadas é muito diferente, essas crianças também assimilam a linguagem, porém, os processos nervosos apresentam desvios patológicos, inibindo o aparecimento de sistemas complexos e móveis de conexões necessárias para o normal funcionamento da linguagem, no entanto não funciona como regulamentador do comportamento.