JULIO Groppa e Rosely Sayão, da caserna ao parque de diversão vídeo documentário.
SERRAT, Laura Monte Barbosa. O papel da escola no século xxi. Pcn v3. Curitiba: bela escola, 2002.p.1115-122.
CANDAU, Vera Maria e outros. Linguagens, espaços e tempos no ensinar e aprender - Rj. Dp&a. 2000.

Julio Groppa Aquino docente da graduação e pós-graduação da faculdade de Educação da USP (Área de Psicologia da Educação); Psicólogo com mestrado e Doutorado em Psicologia Escolar pelo Instituto de psicologia da USP. Autor de confrontos na sala de Aula (1996), e organizador/co autor de Indisciplina na Escola (1996), Sexualidade na escola (1997), Erro e fracasso na escola (1997), Diferenças e preconceito na escola (1998), Drogas na escola (1999), Transtornos emocionais na escola (1999) e Autoridade e autonomia na escola (1999), editado pela Summus.
Rosely Sayão, psicóloga e consultora educacional, têm mais de 30 anos de experiência em clínica, supervisão e docência. Foi colunista dos jornais Folha de S.Paulo (caderno Folha teen) e Notícias Populares e, desde 2000, escreve para o caderno Equilíbrio, também da Folha. Autora dos livros 'Sexo: Prazer em Conhecê-lo' (Artes e Ofícios, 1995) e 'Sexo é Sexo' (Companhia das Letras, 1997), Rosely Sayão presta consultoria em empresas e escolas, dissertando sobre cidadania e sobre educação de crianças e de adolescentes.
Laura Monte Serrat Barbosa - graduação em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (1972) e mestrado em Educação pela Universidade Federal do Paraná (1993). Tem formação em Psicopedagogia (1993) e Teoria e Técnica de Grupos Operativos (1994) pelo Centro de Estudos Psicopedagógicos de Curitiba. Atualmente é professora convidada da Universidade Paranaense, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, da Universidade Católica de Goiás, da Universidade Católica do Salvador, da Faculdade Integrado de Campo Mourão, da Faculdade de Artes do Paraná. É sócia da Síntese - Centro de Estudos, Aperfeiçoamento e Desenvolvimento da Aprendizagem. É associado titular e conselheira da Associação Brasileira de Psicopedagogia. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Psicopedagogia, atuando principalmente nos seguintes temas: projeto de aprender, atuação Psicopedagogia, dificuldade de aprendizagem, avaliação Psicopedagogia institucional, instituição escolar, inclusão, relação professor/aluno, operatividade na aprendizagem e desenvolvimento simbólico no processo de aprender. É autora de livros e artigos na área de Psicopedagogia e Educação.

O Papel da Escola Hoje.
Percebe-se que desde início a educação ocorria em vários lugares, em casa, nas ruas, nas igrejas. Sem ter um lugar pré-definido para ocorrência de aulas, nesse período todo conhecimento estava arraigado ao conhecimento popular, à escola como estabelecimento é uma invenção recente.
Com o compromisso de proporcionar a criança a uma leitura real de mundo, sem perder o foco de suas próprias raízes. Estimular que a criança interaja com o adulto e com as outras crianças levando a um desenvolvimento cognitivo. Apesar de a escrita ser levada mais á sério que a língua, não devemos esquecer da fala que é ainda mais necessária para construção do conhecimento.
Nos dias atuais a educação em nosso país se transformou mais todos esses avanços não foram necessários para sanar uma preocupação que ronda o meio educacional, o analfabetismo, apesar do índice esta diminuindo gradativamente ainda não é suficiente para elevar o nível educacional no país. Vários estudos foram proporcionados há educadores, profissionais e simpatizantes para discutirem meios e maneiras de solucionar tal problema, tal estudo mostrou que atrelado a esse problema está à evasão escolar, um dos fatores que colaboram para essa realidade é a desigualdade social e de que maneira a escola pode contribuir para minimizar esse índice.
A nova escola com salas lotadas, salários defasados e um grande índice de indisciplinas, além de lidar com essa realidade a escola preocupam-se com o desenvolvimento do individuo, seja no campo emocional, psicológico e intelectual, o homem em sua essência, além de todos esses fatores nos deparamos com as escolas que muitas das vezes adotam tendências pelo simples fato de mostrar resultado perante a sociedade muitas delas nem sabem o que realmente significa, ser construtivista ou sócio construtivista, a dúvida, incerteza, insegurança ronda o estabelecimento escola permanecendo longe do realmente, é necessário que o gestor, educador e todos que contribuem para o funcionamento da escola sejem valorizado, estimulado a diferenciar o que é pratica escolar e fundamentação teórica.
Apesar do grande movimento que abrange a educação, percebe-se que muitos que ali estão não vestem a camisa da mudança, do amor pelo que faz. O aluno dessa nova escola também mudou e é papel da escola estar preparada para suprir novas necessidades que surgiram no decorrer do processo, preparar o mesmo para ser atuante na construção de uma sociedade igualitária e na busca de soluções de problemas que se apresente no seu dia-dia.
Mesmo com todas essas preocupações, a nova escola agregou varias funções. Para Aquino (2000, p121) a concepção:

"Trata-se da proposta de que as regras de convivência, muitas vezes implícitas, que orientam o funcionamento da sala de aula, e daquele campo de conhecimento em particular, precisam ser explicitas e compartilhadas por todos".
Percebe-se esse absurdo na entrada e saída dos alunos, que a maioria dos responsáveis esquece do horário estipulado pela escola, obrigando a escola ficar responsável do aluno até o momento que eles julgam ser correta, concordo com essa realidade, pois é visível para a sociedade crianças sozinhas, trancadas na área de saída esperando pelos pais seja na hora do almoço, seja ao entardecer, devemos tomar uma atitude que mude esse comportamento arbritário dos pais ou responsáveis pela criança.
A escola nova virou um parque de diversões, onde deve acatar a demanda dos clientes ou a demanda do mercado, a sociedade tem que aprender a lidar com o fato de que cada estabelecimento escolar, residencial e outros possuem suas políticas e normas e devem ser cumpridas, olhando por este lado se esta situação continuar o ensino escolar estará comprometido.
O ensino teve muitas mudanças mais o que se percebe é que não basta à escola inovar, se aperfeiçoar, acreditar que um ensino de qualidade é possível, sem a colaboração da sociedade, conscientizar, refletir sobre seu papel.
Sayão afirma que a escola é um lugar de construção onde todos devem estar conscientes de seu papel escolar, compartilhar do mesmo pensamento. Uma escola não anda sem seus colaboradores, incentivadores e principalmente aqueles que amam educar, não é uma tarefa fácil e se dedicar a ela é o maior desafio.
O mesmo acontece com as escolas particulares, que apesar de ser uma instituição que visa o lucro tem por obrigação fornecer um ensino de qualidade com diferencial, a meu ver o ensino particular não difere nada do ensino público, levando a sociedade a uma ruptura de âmbitos públicos e privados. A indiferença cresce tanto institucional, quanto pessoal ocasionando o empobrecimento nas praticas escolares em sala de aula, a escola nova perdeu sua autonomia:
Segundo Aquino (2000, p139) Com isso a escola tem-se despotencializado como instituição educativa deixando-se capturar por demandas que a rigor, nada tem a ver imediatamente com seu papel esperado e possível.
A erradicação do analfabetismo deve ser uma preocupação de todos, pois a luta pela transformação da conservação é necessária o comodismo deve ficar bem longe, pois é a ferramenta que empobrece o desenvolvimento intelectual e pessoal do individuo.
A priorização do ensino fundamental foi um acerto, pois, a ampliação do segmento de oito anos para nove anos é um marco. A nova Escola é voltada para uma formação continuada de seus professores auxiliando seus alunos para desenvolver competências e Profissionalização.
Ter clareza de que o futuro de qualquer nação depende da competência de seus professores, valorizarem a classe, proporcionar um ambiente de qualidade, dar oportunidades a todos, aprender implica em elaborar, construir e resolver problemas e que nessa trajetória os caminhos de cada um são diferentes, cabe aos nossos governantes ter consciência de que os investimentos para área educacional são necessários para viabilizar a solução desses e outros, fatores que surgirem pelo caminho.
Candau discorre que o ambiente influencia bastante no processo de aprendizagem dos alunos, e que o mesmo condiciona a integração, e para que flua a aura da escola, depende sim de seus espaços e de seus atores. As múltiplas e diferenciadas linguagens que se perpetuam no âmbito escolar, transforma o pensamento racional.
Surge uma nova ferramenta, que tanto contribui para o desenvolvimento do país, a era tecnológica facilitou na construção do conhecimento em todas as áreas, a comunicação é de ponta e pode chegar em qualquer ponto do mundo e a qualquer hora, mais toda tecnologia ainda não é utilizada corretamente em sala de aula, e que ponto nossos educadores estão aptos a desenvolver mais essa função.
A escola nova compartilha de que juntos podemos melhorar o ensino no país, escola, família e comunidade, se cada um cumprir com seu papel o ensino só tem a crescer, trabalhar o aluno, respeitando suas diferenças, e lhe proporcionar um ambiente onde possa se desenvolver de maneira coerente com os princípios que regem a natureza humana, são sonhos a serem alcançados, utopia ou realidade?
Porém, é necessário que estejamos abertos para aceitar e respeitar o diferente com todos os seus acertos e erros. Esse seria o ponto de partida que tanto se discuti se conseguirmos vencer esta etapa será um marco para a evolução da educação brasileira.



Referencia Bibliográfica Complementar

AQUINO, Groppa, Junior. Do cotidiano escolar, (ensaios sobre a ética e seus avessos). Ed. Summus, 2ª Ed. São Paulo, 2000.p.7-211.