Andreia Aparecida Suzigan
Psicopedagoga pelo Unasp campus de Engenheiro coelho ? SP.
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Resumo: Este trabalho apresenta reflexões nas divergências da alfabetização aplicadas a pré-adolescência, onde ressalta a importância da afetividade e auto-estima do educando. O objetivo dessa investigação foi proporcionar fonte de ensino eficiente que auxilie no árduo processo de decodificar símbolos escritos, captar significados e interpretar seqüências de idéias, elaborar um trabalho que possa ser utilizado para novas pesquisas e traga esclarecimentos sobre a problemática apresentada, estabelecendo uma estratégia de ensino mediante a intervenção psicopedagógica apropriada a cada faixa etária, transpondo barreiras e proporcionando uma forma de ensino pratica e eficiente, para a aprendizagem de forma espontânea e prazerosa. Relatando a prática e através de pesquisa bibliográfica este estudo aborda uma perspectiva psicopedagógica que tenta encontrar o equilíbrio de uma atividade de extensão acadêmica de forma clara e concisa, para fundir o conhecimento e poder tornar fácil, tanto a vida de quem necessita ensinar, quanto de quem precisa aprender.

Palavras-chave: Alfabetização, pré-adolescência, afetividade e auto-estima, sociabilidade.

Abstract: This work shows the reflection on the divergences of the literacy applied to the preadolescence where it points the importance of the student?s affectionateness and self-esteem out. The objective of this research was to provide an efficient teaching source that helps in the hard process of decoding written symbols, grasping meanings and interpreting the idea sequences, to draw a work up that can be used to new researches and brings explanations about the problematic showed, establishing a teaching strategy through the psychoeducation intervention appropriated to each age group, crossing over the barriers and providing an efficient and practice teaching type for the learning in a pleasurable and spontaneous way. Relating the practice and though the bibliographic research, this study deals with a psychoeducation perspective that tries to find the balance of an academic extent activity in a concise and clear way, to unite the knowledge and make easier as much the life of who needs to teach as who needs to learn.

Key -words: Literacy, preadolescence, affectionateness and self-esteem, sociability.

Introdução

A prática profissional como professora de ensino infantil e fundamental trouxe questionamentos sobre alunos não alfabetizados na educação fundamental.
Partindo de tais inquietudes esta pesquisa nasceu com o objetivo de encontrar resposta para a real situação desses alunos, uma vez que são incapazes de ampliar seus referenciais de mundo e trabalhar simultaneamente com as habilidades de decodificar símbolos escritos, captar significados e interpretar seqüências de idéias.
O uso dessas habilidades atende a exigências sociais que conduzem o indivíduo ao processo social e individual.

O uso das habilidades de leitura e escrita para o funcionamento e a participação adequada na sociedade e para o sucesso pessoal, o letramento é considerado como responsável por produzir resultados importantes: desenvolvimento cognitivo e econômico, mobilidade social, progresso profissional e cidadania. (SOARES, 1998, p.74)

Focando esta realidade e diante da necessidade e constante busca, educarei o olhar para a reflexão das divergências encontradas na escola em trabalhar com alunos em idade que já passaram da fase de alfabetização, considerando a baixa auto-estima do educando, na qual coloca sua capacidade em dúvida, alfabetizar os pré-adolescentes que estão em situação de desconforto e desvalorização pode gerar ou agravar sérios problemas de conduta.
Diante do comprometimento com a educação acredito que temos o poder e o dever de valorizar o ser humano proporcionando atalhos significativos para que haja a interação com a realidade, dando condições ao crescimento pessoal, confiabilidade de forma intensa e o valor atribuído a si.
O intuito dessa pesquisa consiste em encontrar um caminho viável para intermediar o processo de construção do conhecimento, elaborando um trabalho com foco psicopedagógico que traga estratégia para transpor as barreiras inimagináveis, que possibilite ao educador eficácia e sucesso no processo de alfabetizar os alunos na pré-adolescência, resgatando a auto-estima do educando, uma vez que as dificuldades específicas, não estão traçadas nas expectativas dos professores, as quais somente serão vencidas através da interação entre afetividade e auto-estima, onde se resgata os alunos não alfabetizados de um prolongado sentimento de desvalorização.
Considero esta abordagem riquíssima e de extrema importância para a preparação básica da infância e adolescência, o que traz quesitos para encontrar diversos caminhos de busca e facilitar o dia-a-dia do educador nesta árdua tarefa da alfabetização na pré-adolescência; estabelecendo estratégias de ensino, mediante intervenção psicopedagógica para a faixa etária referente a idade em questão.

Alfabetização.

O surgimento da escrita dá-se há mais de 5.000 anos antes da era Cristã, como código de representação do pensamento.
Enfatizando a função social da escrita, a alfabetização cobre uma vasta gama de habilidades e capacidades.
Segundo Soares (1998, p.74):

O uso das habilidades de leitura e escrita para o funcionamento e a participação adequados na sociedade, e para o sucesso pessoal, o letramento é considerado como responsável por produzir resultados importantes: desenvolvimento cognitivo e econômico, mobilidade social, progresso profissional e cidadania.

Completando a idéia da autora, o uso destas habilidades conduz o individuo ao processo social e individual, onde o caminho a percorrer de mãos dadas é: criança, família e escola.
É sabido que se estimulada de forma correta, a criança tem mais possibilidades de ter um bom desenvolvimento cognitivo e emocional.
Leite (2005, p.29) nos diz que:

Assumindo-se a escrita pela sua dimensão simbólica e enfatizando os seus usos sociais, entende-se que o processo de alfabetização inicia-se muito antes do período formal da escolarização. Através principalmente da mediação do adulto, a criança vai gradualmente identificando a natureza e as funções da escrita, num processo cujos ritmos e excelência são determinados pela quantidade e qualidade das interações do sujeito com a escrita. Em outras palavras, a quantidade das mediações interativas vai determinar as concepções que uma criança apresenta sobre a escrita; desta forma entendem-se as diferenças que as crianças apresentam, com relação às concepções de escrita, no período de inicio da escolarização.

A alfabetização escolar varia entre cinco e sete anos, mediante diversos níveis de percepção.
Com base nos autores exposto, devemos salientar a importância de respeitar a fase correta para alfabetização e interagir com suas habilidades, proporcionando a criança uma formação critica e construtiva.
Vale ressaltar que:

É preciso promover a reflexão sobre a escrita para que ela seja compreendida, nos usos e nas funções sociais presentes no cotidiano. Cabe aos educadores oferecer oportunidades para essa reflexão por meio do grande desafio que é alfabetizar letrando! (LEITE, 2005, p.70).

Alguns fatores podem desencadear a impossibilidade da alfabetização não ocorrer, então se depara com a impossibilidade de aprendizagem que desencadeia um processo de frustração e expectativa para pais e alunos.
Os alunos entram em conflitos emocionais onde a dificuldade de aprendizagem gera indisciplina, envolvimento com drogas e violência; esses fatores somados a carência material e falta de assistência familiar resultando em vivencias marcantes que são incorporadas a bagagem cultural de cada indivíduo, inviabilizando a prática pedagógica, agravando ainda mais a situação.
Através de diagnósticos e observação, aferiu-se que estes alunos apresentam baixa auto-estima, dificuldade de socialização, falta de limite e confiança, carência e resistência a toques.
Devido à dificuldade e constrangimento, os alunos encontram como mecanismo de defesa, a alegação que não precisam ler e escrever em sua vida cotidiana.
Uma vez que o professor identifica um objetivo educacional adequado ao aluno, o conhecimento da teoria da aprendizagem revelará o meio mais eficaz e econômico de atingir esse objetivo.

O desafio

Os alunos obtêm sucesso fazendo atividades que lhe interessam, no entanto alguns pré-adolescentes se interessavam por morte, sexo, agressões físicas e verbais e muitas maldades.
Para os que estão distantes da alfabetização, encontram-se displicentes e indisciplinados, suas dificuldades e diferenças gradativamente são acirradas por não serem capazes de acompanhar os conteúdos aplicados.
Vistos como alvo de brincadeiras inoportunas, atrelado a falta de sucesso e a tensão produzida pelo fracasso gera sentimento de desprazer que resulta numa atitude de sentimento neutra de "não se importar" o que leva o pré-adolescente à defasagem, mostrando-se desinteressado agravando ainda mais seu processo de alfabetização, conhecimento e sucesso escolar, fato que os impede de atingir a construção da escrita e compartilhar dos usos sociais da leitura que ocorrem sob circulação de uma enorme gama da diversidade da comunicação através de folhetos de divulgação, propagandas, documentos, jornais revistas textos e tantos outros disponíveis.
A neutralidade deixa propício o não tentar durante tempos e agrava o atraso distanciando a chance de sucesso. Essa falta de motivação torna a alfabetização do pré-adolescente muito complicada "quase impossível".
Embora o educador se aplique, ele depara com situações de difíceis soluções diante da demanda dos alunos e se vê obrigado a repensar numa prática embrutecida.
Com a finalidade de proporcionar condições para ampliação, desenvolvimento na habilidade da leitura, da escrita do raciocínio lógico, de valores que implicam em crescimento e valorização pessoal e atender as diferentes necessidades de aprendizagens, até então distantes do convencional estabelecido para os ciclos é extremamente importante a interação entre alunos, professores, pais e toda a equipe escolar; para que os pré-adolescentes não desistam do árduo processo e sejam encorajados, valorizados fazendo-os perceber que são importantes e integrantes do processo escolar, e assim verem alem do que já não imaginavam conseguir.

Projeto: O brinquedo maluco - Reciclável
Compreendendo a função da escrita.
Fazendo bilhete para arrecadar materiais recicláveis para a construção do brinquedo

Na busca de estratégias para atender o objetivo de alfabetizar os pré-adolescentes, o Projeto iniciou e se instalou com um olhar específico voltado as dificuldades. O trabalho foi norteado pela diversidade, interagindo ludicidade com atividades reflexivas de leitura e escrita, em espaços de trabalhos coletivos e significativos para os alunos.
Diante da realidade e consciência do professor como agente responsável pela aprendizagem, da busca de estratégias e dos estudos fundamentados em continuidade do processo de escrita atrelado com a dificuldade de aprendizagem (considerando as dificuldades, os transtornos os problemas) e falta de interesse, buscou-se o sucesso através da motivação e interesse.
As pessoas obtêm mais sucesso nas atividades que lhe interessam e o sucesso por sua vez, tende a aumentar o interesse, que consideravelmente aumenta a motivação, e o processo se interage com o a superação da dificuldade e o auge da concretização do objetivo.
A idéia inicial não motivou muito os educandos, pois ainda não haviam se conscientizado da real importância e função da escrita.
À medida que as embalagens solicitadas iam sendo arrecadadas e chegando à sala de aula, a dificuldade de ler os pormenores das embalagens, gradativamente compreendiam os objetivos do educador.

Desenvolvimento metodológico das oficinas
Selecionando os materiais coletados e recebidos

Ao selecionar os materiais, é notória a atenção focada pelos rótulos, e as figuras geométricas que as caixas proporcionam analisar ao manusear.
A visualização mental facilita e instiga os pré-adolescentes. Partindo desta descoberta, da escrita que necessariamente deve conter as informações precisas e corretas para proporcionar ao consumidor rápida visualização do seu interesse, e usando a criatividade com a ajuda do educador, os alunos vão dando diversas formas nas sucatas até atingirem as criações mentais e elaborarem os brinquedos malucos.
Num ambiente tão tumultuado e indisciplinado, aparecem os primeiros indícios de solidariedade e partilha os alunos deparam com a necessidade de dividir os materiais, ajudar uns aos outros a construírem suas obras, e nomear tanto o objeto, quanto colocar o próprio nome em seu pertence (o brinquedo maluco).
Torna-se possível observar que realmente a atividade instiga! Atentamente os alunos tentam ler os rótulos, embalagens e "jornal" que possibilitou outra atividade para oficina.
Os brinquedos vão adquirindo formas e com eles a percepção de que os pré-adolescentes são capazes; a auto estima começa se elevar, acoplada à admiração e a iniciativa de dar vida, a arte de colorir e brincar com os brinquedos.
Instala-se o desejável ponto de equilíbrio e a importância do educador estar presente de "corpo e alma" e interagir com a dificuldade e a superação, estando juntos no momento de suposta diversão onde tudo é focado para a alfabetização de forma sutil.

Rumo a finalização

Devido aos elogios, participação da equipe escolar e auxilio direto de outra profissional competente que, enviou cartas, visitou a sala e motivou a construção dos brinquedos colocando-os inclusive em exposição, profissional essa comprometida com a educação que me auxiliou, instruiu amparou e participou ativamente para o projeto maluco acontecer.
Foi com espontaneidade que realizou ativamente a real função e intervenção psicopedagógica, sem embasamento teórico, mas por solidariedade e comprometimento
O brinquedo maluco despertou nos alunos a iniciativa de ensinarem e a conscientização de que para isso, se faz necessário o domínio da leitura e escrita.

O sucesso

O grau de sucesso tornou-se uma variável importante na motivação. O sucesso esta instalado e a motivação ocupou o lugar da insegurança e indisciplina.
Novo desafio se instaura, a comparação entre os bons e os maus leitores, que se torna instrumento útil para a prática de ensino do professor.
Brincadeira e felicidade; a indisciplina já não é mais o principal atrativo dos pré-adolescentes.

A união e as brincadeiras... Novas visões e perspectivas

O grupo se torna "motivado e empenhado pela escrita, após entender sua real importância."
O findar do ano se aproximava. Vínculos afetivos seriam desfeitos, a tristeza tomará conta da distância, dando vazão à saudade.
Os bons momentos serão lembrados com muito carinho e bastante aprendizado!
A falta de recursos serviu para comprovar que houve assimilação do conteúdo estudado e da criatividade que agora é intrínseca.
Papel higiênico, dedos e tinta guache tiveram a função de expressar os sentimentos dos pré-adolescentes, que grafaram tristemente lindas frases de agradecimento á educadora.
A estratégia de resgatar a auto-estima superou positivamente o desafio de alfabetizar na pré-adolescência.

Metodologia

Se trata de pesquisa bibliográficas a partir dos autores: Drescher, Leite, Sánchez e Soares, que ricamente contribuíram com referencial teórico e pesquisa de campo alicerçada no cotidiano e prática relatada pela pesquisadora a partir da observação dos alunos de uma sala multiseriada do 5º ano em escola pública na cidade de Cosmópolis com pré-adolescentes ainda não alfabetizados.

Considerações finais

Ao concluir este trabalho, podemos salientar que a psicopedagogia está presente em todos os momentos da vida humana, configurando-se numa rica fonte de pesquisa gestual e educacional.
Compreendo que a psicopedagogia vem contribuir com a formação do ser humano, no sentido de resgatar o belo e o lúdico no processo pedagógico, proporcionando o resgate de suas habilidades onde o educando se relacione com o mundo através das descobertas da expressão de diversas formas que ultrapassam as barreiras do convencional. Assim deve-se respeitar o desenvolvimento das crianças nos aspectos motor, cognitivo e sócio-afetivo e proporcioná-las a minimização de seus conflitos nas abordagens educacionais.
Tem se tornado cada vez mais evidente que a presença da psicopedagogia na escola contribui com a prática pedagógica dos profissionais que atuam com a aprendizagem humana, porém, se faz necessário que esta venha acompanhada de conhecimentos e experiências significativas em favorecimento do desenvolvimento do aluno.
Professores assessorados pelos psicopedagogos oportunizam vivências, desenvolvem atividades onde se integra parcerias planejamento e reflexões sobre a prática com alunos e resultam em planejamento fundamentado focando desenvolver competências idéias e trabalhos em grupo.
O autor Sanchez (2004, p. 135) nos afirma que:

Como a escrita exige um grande esforço mental e grandes doses de atenção, não é de estranhar que custe tanto aos alunos enfrentarem a tarefa de escrever ou de compor um texto, principalmente em uma situação educativa de abandono praticamente completo de ensino explícito e sistemático da escrita ou de seu uso por meio do currículo para a aprendizagem de outras disciplinas. Os problemas apresentados por todos os alunos na escrita se agravam nos alunos com dificuldades de aprendizagem (Das), comprometendo seriamente o rendimento escolar em geral. A escrita tem de ser o foco de ensino explícito e via para oi ensino de outras disciplinas escolares.

Salientamos que para sistematizar seu ensino, o professor alfabetizador deve ter profundo conhecimento da diversidade metodológica, do sistema oral e escrito da Língua Portuguesa, pois vai trabalhar com distintas realidades escolares com o agravante das dificuldades de aprendizagem envolvidas no processo de leitura e escrita e entender as dificuldades lingüísticas de seus alunos para auxiliá-los na superação das mesmas de modo mais seguro e competente.
Para tal, o educador deve explorar a diversidade de aprendizagens, e apresentar diferenças nos conteúdos curriculares, no qual será preciso algumas modificações para sua superação. As ações precisas para a eliminação podem partir de uma mudança no uso de instrumentos educativos, tais como livros-textos e materiais diversos que não fujam da realidade escolar (livros software, vídeos) e tecnologia eletrônica. A inovação de alguns traços alternativos ao tradicional projeto.
Deve-se voltar o olhar às atuações psicopedagógicas nas diferentes instituições escolares, com supervisões e aprofundamentos de forma a integrar equipes multidisciplinares; e gerar projetos de apoio aos profissionais, num clima de solidariedade, cooperação orientando não somente, mas especificamente, as dificuldades tende a afetar as interações da criança com o ambiente físico e social em que vive e, por sua vez, os aspectos do ambiente são alterados como conseqüência do preconceito, a capacidade de conhecer sua nova situação e gerenciá-la de modo otimista, produtiva e saudável pode fazer toda diferença na realização futura dessa pessoa.
Vale salientar que as intervenções não se limitam somente aos alunos com dificuldades de aprendizagem, mas a todos que apresentam alguma limitação, não só na escolaridade, mas em todos os aspectos decorrentes do afastamento necessário do seu cotidiano, por vezes traumático, emocional e educacional do curso do seu desenvolvimento.
Durante o período estudado atrelado a pratica vivenciada, após a análise do produto final e a atuação dos alunos proporcionaram o direcionamento do olhar, com foco na diversidade de estratégias, proporcionando estudos que poderão ampliar e aprofundar algumas constatações e propostas aqui sugeridas, resultando na motivação e êxito educacional.
No contexto psicopedagógica destaco grande importância em integrar conhecimento e proporcionar a diversidade de estratégias, posso caracterizar o projeto brinquedo maluco como resgate da auto-estima e caracterizá-lo como uma atividade que não visa performance, embora não a exclua, envolvendo os conhecimentos e utilizando o potencial educativo da arte. Esse universo configura-se numa representação capaz de superar dificuldades, onde deparam no cotidiano, sejam atividades recreativas, sociais ou de qualquer outra natureza, que gere novos atalhos para a aprendizagem.
O desafio é ser diferente, sem render-se às dificuldades de modificar concepções e comportamentos, voltados ao convívio escolar, não só com mais conhecimento, mas também com dúvidas e esperanças.
Partindo do projeto Brinquedo Maluco com sucata sugiro algumas atividades que nasceram da elaboração dos brinquedos, desenhos com jornais, a leitura dos jornais, a mistura de tintas para cores primárias, escrita, leitura dos rótulos, embalagens, utilização da informática com conversas via MSN, e-mails onde inicia o processo de interesse, e miniminiza a indisciplina.
Embora seja consciente dos problemas de caráter educacional, é sabido que alguns fatores são bastantes peculiares ao nosso sistema e algumas defasagens já fazem parte dos problemas enfrentados pelos educadores. Essa perspectiva ressalta a importância da psicopedagogia na educação e confirma a necessidade de uma eficaz estratégia metodológica para uma ação multidisciplinar. Sabemos que os programas e projetos deverão ser múltiplos, para que nossa proposta de trabalho educacional possibilite uma relação significativa com o mundo, contribuindo para que o aluno possa assumir sua autonomia.
O assunto destacado traz consigo o objetivo de despertar para outros estudos, novas visões acadêmicas.
Que novas pesquisas sejam elaboradas salientando a importância do contexto psicopedagógico nas mais diversas vertentes.

Referência bibliográfica

DRESCHER, John. Quando seu filho tem entre 6 e 12 anos. Tradução de Rubens Castilho. Campinas SP: United Press, 2000.

LEITE, Sérgio Antônio da Silva. Alfabetização e letramento. Campinas, SP: Komedi, 2005.

SÁNCHEZ, Jesús-Nicasio Garcia. Tradução de Ermani Rosa. Dificuldades de aprendizagem e intervenção psicopedagógica. Porto Alegre: Editora Artmed, 2004.

SOARES, M. Letramento, um tema de três gêneros. 2ª edição. Belo Horizonte: Editora autêntica, 1998.