O COMPUTADOR E A SALA DE AULA
Publicado em 21 de fevereiro de 2011 por Marilucia Oliveira Rocha
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS - UNIMONTES
CURSO DE PÓS?GRADUAÇÃO LATO SENSU EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO
MARILUCIA OLIVEIRA ROCHA
O COMPUTADOR E A SALA DE AULA
MONTES CLAROS ? MG
OUTUBRO / 2009
MARILUCIA OLIVEIRA ROCHA
O COMPUTADOR E A SALA DE AULA
Trabalho de Conclusão de Curso de Pós-Graduação Lato-Sensu em Mídias na Educação da Universidade Estadual de Montes Claros, como requisito parcial à obtenção do título de Especialista.
Orientadora: Prof. Ms. Eliana de Freitas Soares
MONTES CLAROS ? MG
OUTUBRO/ 2009
MARILUCIA OLIVEIRA ROCHA
Trabalho de Conclusão de Curso de Pós-Graduação Lato-Sensu em Mídias na Educação intitulada "O COMPUTADOR E A SALA DE AULA" apresentada ao Programa de Formação Continuada em Mídias na Educação da Universidade Estadual de Montes Claros, como requisito parcial à obtenção do título de Especialista, aprovada pela Banca Examinadora constituída pelos seguintes professores:
________________________________________________________________
Orientadora: PROFA. Ms. Eliana de Freitas Soares ? Unimontes
________________________________________________________________
Titular: PROFA. Ms. Rita Tavares de Mello - Unimontes
_________________________________________________________________
Titular: PROFA. Ms. Karen Torres Corrêa Lafetá de Almeida - Unimontes
MONTES CLAROS ? MG
OUTUBRO / 2009
A Deus, por tudo...
Aos meus pais, que nunca mediram esforços para me auxiliarem e estiveram sempre presente em todos os momentos de minhas realizações.
Aos meus irmãos e sobrinhos, para os quais me esforço para ser exemplo.
Aos meus filhos, Luciano e Djalma, sempre presentes em minha vida, enchendo-me de alegria e entusiasmo.
AGRADECIMENTOS
Ao MEC-EPROINFO/UNIMONTES/SME que oportunizaram a minha participação neste curso.
Aos professores tutores, Eros de Medeiros Marques e Eliana de Freitas Soares, que com seu carinho, atenção e dedicação me incentivaram a prosseguir com entusiasmo e perseverança.
À minha irmã, Marilene Almeida Oliveira, companheira fiel, durante toda a realização deste curso.
Às amigas, Fátima Vieira Lopes e Márcia Teixeira Frota pelo companheirismo e os muitos momentos de alegria compartilhados.
T E A R
No tear da vida
o tecer do dia
o principiar da sorte
o querer da mente
somente
No tear da mente
o tecer de idéias
o desejar de sempre
o fazer diferente
e o ser simplesmente
gente
No girar da roca
o tecer consciente
de propriamente ser agente
e assim novamente
continuar:
Tecer e pensar.
(Guia do processo de ensino-aprendizagem, 2003)
RESUMO
Esta pesquisa teve por objetivo, promover a utilização dos computadores na Escola Estadual Professora Helena Prates como ferramenta educativa. A pesquisa de natureza interventiva fundamentou-se nos pressupostos da pesquisa-ação e teve como base a idéia de uma relação dialética entre pesquisa e ação. Supondo ainda, que a pesquisa deve ter como função a transformação da realidade, procurou-se aplicar o projeto de intervenção oportunizando, aos alunos e professores a conhecerem o computador como ferramenta educativa, através do desenvolvimento de atividades pedagógicas em sala de aula e no laboratório. Pesquisa esta realizada na sala do 6º ano do Ensino Fundamental, da escola citada acima e a metodologia de coleta de dados foi através das técnicas de questionários e observação. Ao analisar os dados coletados, percebeu-se que apesar do computador fazer parte da vida diária dos professores e alunos, dessa escola, o mesmo ainda não faz parte do cotidiano escolar. O objetivo do trabalho foi alcançado através da execução do projeto de intervenção o qual oportunizou o desenvolvimento de várias atividades escolares mediada pelo computador. Porém, quanto ao problema levantado "Os computadores da Escola Estadual Professora Helena Prates estão sendo utilizado como ferramenta educativa", pôde-se constatar que os professores e alunos não utilizam o computador como recurso que auxilia a aprendizagem.
Palavras?chave: Computador. Sala de aula. Prática pedagógica. Professor/Aluno. Mídias na Educação.
ABSTRACT
This research had for objective to promote the use of the computers in the State Escola Estadual Professora Helena Prates as educative tool. The research of intervening nature, was based on the estimated ones of the research-action. The idea of a relation had as base dialectic between research and action, assuming despite the research must have as function the transformation of the reality. It was looked to apply the intervention project being aimed at to opportunity to the students and professors to know the computer as educative tool, through the development of pedagogical activities in classroom and the laboratory. Year of Basic schooling was carried through in the room of 6º and the collection of data involved the techniques of questionnaires and comment. Through the collected data one perceived that although the computer to be part of the daily life of the professors and pupils, the same not yet is part of the daily pertaining to school. How much to objective of work, that was to contribute so that pupils and professors of 6º of schooling of the school knew as the computer could be used as educative tool, was reached through the execution of the intervention project which opportunity the development of some pertaining to school activities mediated by the computer. However, to the raised problem "the computers of the Escola Estadual Professora Helena Prates are being used as educative tool", we could evidence that the professors and students do not use the computer as resource that assists the learning.
Key-words: computer. classroom. pedagogical practices. teacher and student. Media in Education
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 09
CAPÍTULO 1 ? O COMPUTADOR E A SALA DE AULA 11
1.1 A importância das Mídias 11
1.2 Tecnologias e suas contribuições para o ensino 12
1.3 O computador e a sala de aula ...........................................................................................14
1.4 Possibilidades do uso do computador como ferramenta educativa ...................................17
CAPÍTULO 2 ? CONTRIBUIÇÕES METODOLÓGICAS PARA O USO DO COMPUTADOR EM SALA DE AULA 20
2.1 A pesquisa de campo e seus participantes 20
2.2 Análise e tabulação dos dados 23
2.3 Resultados ..........................................................................................................................31
CONSIDERAÇÕES FINAIS 35
REFERÊNCIAS 36
APÊNDICE 38
APRESENTAÇÃO
Este trabalho de pesquisa tem como tema, o computador como ferramenta educativa, e como delimitação, a utilização do computador como ferramenta educativa na sala de aula do 6º ano do Ensino Fundamental, na Escola Estadual Professora Helena Prates, no turno vespertino, no ano de 2009. E como objetivo, promover a utilização dos computadores da Escola Estadual Professora Helena Prates como ferramenta educativa.
A Escola Estadual Professora Helena Prates, localizada na zona norte de Montes Claros, possui laboratório de informática e é utilizado pelos alunos do Ensino Médio, em horários extra-turno, para adquirir princípios de funcionamento do computador, noções de programação e implicações sociais do uso do computador na sociedade. Assim, o aluno é introduzido ao mundo digitalizado e informatizado dando-lhe suporte e preparo para a concorrência no mundo do trabalho.
Diante do exposto, nos pegamos a pensar no computador, nos seus avanços e possibilidades, vantagens e desvantagens do seu uso como ferramenta educacional. Se os professores conhecem o poder da máquina, enquanto aparato educacional, podendo funcionar como meio criador de ambientes de aprendizagem e como facilitador do processo de desenvolvimento intelectual do aluno.
Diante destas questões surgiram as indagações: Os computadores da Escola Estadual Professora Helena Prates são utilizados como ferramenta educativa? Os professores conhecem a versatilidade que o computador poderá dar às suas aulas?
Valente (1993) coloca que atualmente surge um modelo de educação, onde a aprendizagem é promovida, e o aprendiz têm toda a responsabilidade e cooperação no desenvolvimento da sua aprendizagem, e o computado auxilia o professor na compreensão que o processo ensino-aprendizagem não é somente a transferência de conhecimento, mas um processo de construção do conhecimento pelo aluno, como produto do seu próprio engajamento intelectual ou do aluno como um todo.
Foi desenvolvida a pesquisa "O computador e a escola" visando oportunizar aos alunos e professores, conhecerem o computador como ferramenta educativa e a versatilidade que poderá dar às suas aulas. Assim, todos serão sensibilizados de que o computador pode ser usado como um instrumento de aprendizagem, onde o aluno atua e participa do seu processo de construção do conhecimento de forma ativa, interagindo com o objeto de aprendizagem.
O trabalho perpassou por estudo das teorias de vários autores que discutem sobre as relações, uso do computador como ferramenta educativa e o desenvolvimento da aprendizagem como Valente (1993), Borges (1999), Almeida (2000), Kalinke (2003) dentre outros, possibilitando, assim, um conhecimento teórico que ajudará colher informações do tema.
Apresentamos no primeiro capítulo, definição de mídias, tecnologia e a importância do computador como ferramenta educativa e suas vantagens e contribuições no seu uso na sala de aula. Kalinke destaca a importância do computador na escola:
Como ferramenta do professor em seu processo mediador no processo de construção do conhecimento. Se adequadamente usado, torna-se um instrumento capaz de favorecer a reflexão do aluno, viabilizando a sua interação ativa com determinado conteúdo de uma disciplina ou de um conjunto de disciplinas." A Internet mostra-se como um recurso significativo para a aprendizagem, pois possibilita o acesso à informação em horários mais adequados ao usuário. O computador viabiliza a comunicação de estudantes de localidades diferentes. Sabe-se que um site educacional pode ser utilizado por diversos usuários e cada um analisará conforme sua expectativa individual. (KALINKE 2003, p.43).
O segundo capítulo trata da metodologia que foi utilizada no desenvolvimento desse trabalho. Foi utilizado como técnica de coletas de dados a entrevista e o questionário, a e observação, envolvendo corpo docente e discente e esperando conseguir resultados quanto ao uso do computador através de atividades inovadoras, avaliando as reações e avanços dos professores e alunos.
CAPÍTULO I
O COMPUTADOR E A SALA DE AULA
O presente capítulo constitui-se de um levantamento bibliográfico sobre as possibilidades e vantagens do uso do computador na sala de aula buscando discutir, em um primeiro momento, a temática o uso do computador como ferramenta educativa, onde vários autores apontam alguns elementos de reflexão para práticas e pesquisas na área. Em seguida, apresentamos algumas considerações sobre o projeto de intervenção aplicado na Escola Estadual Professora Helena Prates.
1.1 A Importância das Mídias
No ano de 2007, nos textos do Módulo Introdutório, Integração de Mídias na Educação, encontramos Almeida (2005) que Tecnologia é um conceito com múltiplos significados, que variam conforme o contexto (Reis, 1995). Por isso, a tecnologia pode ser vista como artefato, cultura, atividade com determinado objetivo, processo de criação, conhecimento sobre uma técnica e seus respectivos processos etc. Japiassu e Marcondes (1993, p. 232) acentuam o sentido da palavra técnica na ciência moderna como a "aplicação prática do conhecimento científico teórico a um campo específico da atividade humana.
Assim, tecnologia é tudo o que fazemos para tornar nossa vida mais fácil, ágil e melhor.
Encontramos ainda, no ano 2007, no Módulo Introdutório Integração de Mídias na Educação a seguinte definição do termo mídia: "literalmente ?mídia? é o plural da palavra ?meio?, cujos correspondentes em latim são ?media? e ?medium?, respectivamente". Na atualidade, mídias é uma terminologia usada para suporte de difusão e veiculação da informação (rádio, televisão, jornal) e para gerar informação (máquina fotográfica e filmadora). A mídia também é organizada pela maneira como uma informação é transformada e disseminada (mídia impressa, mídia eletrônica, mídia digital), além do seu aparato físico ou tecnológico empregado no registro de informações (fitas de videocassete, CD-ROM, DVDs).
Então, a comunicação entre as pessoas por meios das capacidades de expressão, inúmeras linguagens constituídas de signos orais, textuais, gráficos, imagéticos, sonoros, entre outro as Mídias passam a ser uma nova maneira para as pessoas se interagirem. Em 2007, no Módulo Gestão Integrada das Mídias temos "A interação homem-máquina é tão intensa, que ao mesmo tempo o homem produz a tecnologia, com ela interage, se transforma nessa interação e se expande como pessoa por meio das conexões que estabelece." A convivência e manuseio do computador se faz de maneira tão forte que passa a fazer parte da sua vida, sempre presente em suas relações de trabalho, amorosa e de lazer.
Dentro desta linha de pensamento Luft afirma que:
A manipulação dos computadores, tratamento, armazenamento e processamento dos dados estão relacionados com a idéia de informática. O termo informática vem da aglutinação dos vocábulos informação + automática. Buscando um sentido léxico, pode-se dizer que Informática é: "conjunto de conhecimentos e técnicas ligadas ao tratamento racional e automático de informação (armazenamento, análise, organização e transmissão), o qual se encontra associado à utilização de computadores e respectivos programas (LUFT, 2006, p.365).
Diante dessas definições, a informática surge com um papel importante de ferramenta educativa e é, atualmente, uma das áreas mais fortes da Tecnologia Educacional.
Valente (1993) coloca que o computador deve ser utilizado como um catalisador de uma mudança do paradigma educacional onde a aprendizagem é promovida ao invés do ensino, colocando o controle do processo de aprendizagem nas mãos do aprendiz, auxiliando o professor a entender que a educação não é somente a transferência de conhecimento, mas um processo de construção do conhecimento pelo aluno, como produto do seu próprio engajamento intelectual ou do aluno como um todo.
Então temos, a tecnologia, as mídias, as informações automáticas e a comunicação ao alcance das nossas mãos, para levarmos ao espaço escolar, e tentarmos construir uma educação mais atrativa e que desperte a atenção dos alunos para a construção do seu próprio conhecimento, auxiliado pelo aparato computacional e tendo o professor como o seu condutor no caminhos nesta tarefa nova que é descobrir novas formas de ensinar e aprender .
1.2 Tecnologias e suas Contribuições para o Ensino
Encontramos nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN?s) que os meios de comunicação estão constantemente presentes na nossa vida. Na sociedade em geral e em particular na escola, cabendo a nós, educadores, a tarefa de educar crianças e jovens para a recepção desses meios. Assim, para o desenvolvimento de uma ação mais efetiva, é preciso ultrapassar alguns estereótipos e considerar que:
A relação dos receptores com os meios não é unilateral, mas mediada pela inserção social do sujeito e por suas estruturas cognitivas; a recepção é um processo, não é o ato de usar um meio. Inicia-se antes dele, com as expectativas do sujeito, e segue-se a ele, pois incorpora os comentários e discussões a respeito do que foi visto. O significado de um meio não é único, é produzido pelos diversos receptores. (BRASIL, 1998, p. 89)
Diante do avanço das tecnologias da informação e comunicação ? TIC?s ‐ está sendo difundido como uma forte tendência para o uso de tais tecnologias na educação. Atualmente, é preciso pensar, refletir e superar determinados mitos quanto à inserção de tecnologias como computador e internet na educação. "Hoje é necessário questionar os paradigmas e estar habilitado para lidar com as mudanças, na forma de produzir, armazenar e transmitir o conhecimento, que dão origem as novas formas de fazer, pensar e aprender". (BRASIL, 1998, p.154).
Segundo os PCNs (1998), a informática educacional está sendo definida como uma área de estudo voltada para o desenvolvimento da educação e deve estar de acordo com os objetivos definidos no plano pedagógico. A informática educacional oportuniza a comunidade escolar um novo ambiente de aprendizagem. Além disto, a informática educacional tem desempenhado surpreendente papel de estímulo aos alunos para a busca de novos conhecimentos com a união dos recursos da informática e os objetivos particulares das diversas disciplinas, possibilitando, ainda, o desenvolvimento de projetos interdisciplinares e cooperativos.
Valente (1993) fala que as novas modalidades de uso do computador na educação apontam para uma nova direção: o uso desta tecnologia não como "máquina de ensinar", mas como uma nova mídia educacional:
O computador passa a ser uma ferramenta educacional, uma ferramenta de complementação, de aperfeiçoamento e de possível mudança na qualidade do ensino. Isto tem acontecido pela própria mudança na nossa condição de vida e pelo fato de a natureza do conhecimento ter mudado. Hoje, nós vivemos num mundo dominado pela informação e por processos que ocorrem de maneira muito rápida e imperceptível. Os fatos e alguns processos específicos que a escola ensina rapidamente se tornam obsoletos e inúteis. Portanto, ao invés de memorizar informação, os estudantes devem ser ensinados a buscar e a usar a informação. Estas mudanças podem ser introduzidas com a presença do computador que deve propiciar as condições para os estudantes exercitarem a capacidade de procurar e selecionar informação, resolver problemas e aprender independentemente. (VALENTE, 1993, p.6)
Tanto os PCNs como Valente colocam que a escola precisa mudar para acompanhar os processos de transformação da sociedade. E o computador serve de mediação quando possibilita novas relações para a construção do conhecimento e novas formas de atividade mental.
Ainda segundo Valente (1993), estes recursos devem ser usados de formas diferenciadas e em sala de aula. Pode vir a ser uma introdução de determinado tema a ser estudado, pode servir para registro e documentação de projetos, práticas envolvendo produções em vídeo e auxiliar na avaliação. Poderá também, trazer para a sala de aula documentários e informações diversas da televisão e do cinema.
Compreender as potencialidades inerentes a cada tecnologia e suas contribuições ao ensinar e aprender poderá trazer avanços substanciais à mudança da escola, que se relaciona com um processo de conscientização e transformação que vai além do domínio de tecnologias e traz subjacente uma visão de mundo, de homem, de ciência e de educação. (ALMEIDA, 2006).
Segundo o autor, é importante que a comunidade escolar não apenas conheça as novas mídias, mas ter o domínio de suas possibilidades de uso transformando a todos os envolvidos em cidadãos plenos.
1. 3 O Computador e a Sala de Aula.
Para a maioria das escolas, os meios comunicação e informação computadorizados ainda são considerados como novos, porém, são largamente utilizados pelos diversos segmentos da sociedade. E a escola, como membro integrante e muito importante desta sociedade, tem que procurar cumprir sua função de contribuir para a formação de indivíduos que possam exercer plenamente sua cidadania, participando dos processos de transformação e construção dessa nova realidade.
Rocha (2008) fala que, tornou-se trivial o comentário de que, a tecnologia está presente em todos os lugares. Entretanto, a informática, de forma mais ou menos agressiva, tem intensificado a sua presença em nossas vidas e o computador vai tornando-se um aparelho corriqueiro em nosso meio social. "Paulatinamente, todas as áreas vão fazendo uso deste instrumento e fatalmente todos terão de aprender a conviver com essas máquinas na vida pessoal assim como também na vida profissional".
Diante do exposto, a escola pode contribuir muito neste processo de mudanças, oportunizando em seus espaços, formação adequada às novas exigências da vida moderna.
Segundo Valente (1993), o computador está causando grandes mudanças no mundo educacional, pois está interferindo diretamente no processo de ensino-aprendizagem. Para tal, uma das razões é o fato das mídias serem capazes de ensinar. Ele ainda expõe que o uso dos computadores como ferramenta na educação trouxe debates acerca dos métodos e práticas de ensino. Há também, as questões levantadas por professores despreparados para uso do computador na sala de aula. Em destaque, o tão comum medo do homem, no caso o professor, de ser substituídos pela máquina.
Fato que constantemente acontece nas nossas escolas, é principalmente a subutilização dos recursos tecnológicos para funções básicas devido à falta de conhecimento por parte de quem os usa. E, escutamos com freqüência, educadores que preferem não utilizá-los, porque não querem desenvolver habilidades para o manuseios do computador, apesar de ter esta tecnologia em sua casa.
Segundo Valente (1993, p.01) "para a implantação dos recursos tecnológicos de forma eficaz na educação são necessários quatro ingredientes básicos: o computador, o software educativo, o professor capacitado para usar o computador como meio educacional e o aluno", atendidos os ingredientes básicos, os problemas apontados estarão resolvidos.
Valente (1993) ainda afirma que, "o computador não é mais o instrumento que ensina o aprendiz, mas a ferramenta com a qual o aluno desenvolve algo e, portanto, o aprendizado ocorre pelo fato de estar executando uma tarefa por intermédio do computador" (p.13). para que tal prática aconteça, e com ela parte da resolução dos problemas apontados, requer a qualificação do professor.
Como foi colocado por Valente, a incorporação das inovações tecnológicas deverá contribuir para a melhoria da qualidade do ensino, a partir do momento em que servir para enriquecer o ambiente escolar, oportunizando a construção de conhecimentos por meio de uma atuação ativa, crítica e criativa por parte de alunos e professores.
Rocha (2008) coloca que quando o próprio aluno cria, faz, age sobre o software, decidindo o que melhor solucionaria seu problema, torna-se um sujeito ativo de sua aprendizagem. O computador ao ser manipulado pelo indivíduo permite a construção e reconstrução do conhecimento, tornando a aprendizagem uma descoberta. Quando a informática é utilizada a serviço da educação emancipadora, o aluno ganha em qualidade de ensino e aprendizagem.
A Informática Educativa se caracteriza pelo uso da informática como suporte ao professor, como um instrumento a mais em sua sala de aula, no qual o professor possa utilizar esses recursos colocados a sua disposição. Nesse nível, o computador é explorado pelo professor especialista em sua potencialidade e capacidade, tornando possível simular, praticar ou vivenciar situações, podendo até sugerir conjecturas abstratas, fundamentais a compreensão de um conhecimento ou modelo de conhecimento que se está construindo (BORGES, 1999, p. 136).
Rocha (2008), Borges (1999) e Valente (1993), quando discutem a função do computador no educacional e do papel do professor concordam que a informática educacional não tem a função de ensinar. Ela deve ser usada como recurso para criar condições de aprendizagem. Pois, o bom professor não é repassador de conhecimento, segundo os autores, isso fica a cargo do computador. Cabe a ele criar ambientes de aprendizagem e ser facilitador do processo de desenvolvimento intelectual do aluno.
Ainda, segundo Rocha (2008), cabe aos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem dominar as ferramentas tecnológicas e explorá-las de modo ao máximo colaborar na aquisição de conhecimento. O autor ainda destaca que o educando é o fim, para quem se aplica o desenvolvimento das práticas educativas, levando-o a se inteirar na construção do conhecimento.
Nota-se que o computador tem assumido rapidamente um uso mais democrático em nosso meio social, pois são várias as áreas de atuação social que estão aderindo cada vez mais o seu uso. Consequentemente, num futuro bastante breve, todos que compõem o meio social deverão aprender o seu eficiente uso.
Almeida (2000, p. 79) pontua que o computador é, "uma máquina que possibilita testar idéias ou hipóteses, que levam à criação de um mundo abstrato e simbólico, ao mesmo tempo em que permite introduzir diferentes formas de atuação e interação entre as pessoas." Isto é, consiste em um a máquina com diversas funções e possibilidades infinitas. Entendemos, que esse uso na educação poderá sim, levar a criação de novos modos no processo de ensino e aprendizagem, assim como expõe autor. Assim como já acontece no uso da Internet, as ferramentas de interação como MSN, Chats, e outros tornam possível ligar-nos, podendo conversas ?ao vivo?, com pessoas em grandes distâncias e a baixo custo. Com esses novos modos de interação, ignorar o espaço físico, aprender vendo e ouvindo diferentes culturas, com textos e imagens em movimento, e ainda, ao mesmo tempo ouvir música.
Observa-se que a tecnologia dos computadores desenvolveu grande capacidade de armazenamento de dados com facilidades na sua manipulação e transporte. Cabe agora, à escola usar o computador desenvolvendo práticas pedagógicas. Neste contexto, destaca-se a figura do professor que deve ter um olhar crítico e buscar essas novas teorias e práticas pedagógicas. Buscar o uso da tecnologia para uma educação mais dinâmica, contextualizada, auxiliando professores e alunos no processo de ensinar e aprender, mas não perdendo de vista que o computador deve ter um uso adequado e significativo, pois Informática Educativa nada tem a ver com as aulas de computação para executar os programas do computador.
Neste sentido, encontramos em Valente (1993, p. 16), que "na educação de forma geral, a informática tem sido utilizada tanto para ensinar sobre computação, o chamado computer literacy, como para ensinar praticamente qualquer assunto por intermédio do computador".
Como tem acontecido em escolas que introduziu nos currículos escolares, o ensino da informática como modernidade.
1.4 Possibilidades do uso do computador como ferramenta educativa
São várias as ferramentas computacionais utilizadas para o processo ensino-aprendizagem. A Internet é, certamente uma das inovações, uma das ferramentas educacionais que possui potencialidade de acrescentar valor e destaca a importância dos docentes. As ferramentas computacionais aparecem como uma forma a mais na busca da melhoria do ensino. O emprego das técnicas computacionais podem contribuir positivamente como recurso pedagógico, quando o seu uso é planejado e que tenha um profissional de apoio qualificado.
Kalinke (2003) coloca que os professores devem usar computadores como mediador no processo de construção do conhecimento, utilizando como ferramentas para auxiliar os alunos na exploração e descoberta de conceitos, na transição de experiências concretas para as idéias matemáticas abstratas, na prática de rotinas, e no processo de resolução de problemas. É fundamental que, além de se apropriar da tecnologia, o docente saiba como utilizar e direcionar o seu bom uso, bem como seus recursos. Entendê-los e dominá-los é o primeiro passo para utilizá-los com sucesso. E completa:
Dentro os vários recursos e possibilidades destacados como aspectos positivos do uso da Internet nos processos educacionais, vamos nos ater alguns que julgamos merecedores de mais destaque: a interação que ela permite, que seja entre alunos, do aluno com o professor ou do aluno com a máquina, a facilidade de comunicação, a possibilidade de publicação de materiais e a facilidade de acesso à informação (KALINKE, 2003, p.42).
A comunicação mediada por computador associa a linguagem desenvolvida pelos outros meios de comunicação em massa e apresenta novos gêneros de texto, hipertextos, que culminam em novas estratégias de produção e de leitura. A convergência entre a mídia, a Internet e a utilização de tecnologias de realidade virtual digital que possibilitaram a transmissão de fonte aberta e descentralizada, a livre divulgação, a interação fortuita, a comunicação propositada e a criação compartilhada, o que para Castells (2003, p. 165) representaria a promessa da multimídia: a emergência de um hipertexto eletrônico numa escala global.
Para Santos (2001)
[...] o ciberespaço é como a realidade virtual, que está repleta de imagens representadas nas formas eletrônicas, e que simbolicamente representam o mundo físico. É, portanto, real e imaginário; um tipo de sonho coletivo e um lugar onde pessoas se encontram e partilham experiências que interferem seriamente na vida delas e deixam conseqüências em suas existências (comunicação não neutra). O ciberespaço é, assim, um espaço sem dimensões, um universo de informações navegáveis de forma instantânea e reversível. Ele é hoje um espaço de comunhão, colocando em contato, através do uso de técnicas de comutação eletrônica, pessoas do mundo todo. ( SANTOS, 2001, P.90)
Dentro desse imaginário proposto pelo autor, cabe a criação para os imaginários a serem criados para atender às necessidades do processo de ensino e aprendizagens de todo o mundo, entendido na visão globalização
Camargo e Bellini (1995) apontam para atividades e benefícios que podem ser produzidas com a mediação do computador:
? Simulações: Estão entre os mais interessantes usos da informática na educação. Estes softwares permitem estudar conteúdos difíceis de demonstrar com giz e palavras como [...] reações bioquímicas. Benefícios: as simulações expandem o universo do aluno. Permitem o tratamento de conceitos complexos abstratos.
? Apoio: Existem softwares (programas) que, embora não tenham sido desenvolvidos para a educação, podem ser úteis. São editores de texto (que transformam os micros em máquinas de escrever mais versáteis) e planilhas (para fazer tabelas e cálculos). Benefícios: permitem a elaboração de relatórios e de textos...
? Jogos: Os jogos têm estreita ligação com o lazer e a descontração. Mas podem ser muito instrutivos em sala de aula. Alguns jogos favorecem atividades multidisciplinares e permitem exercícios paralelos, pois vêm com material de apoio para trabalho em sala. Benefícios: são muito motivadores e servem para quebrar resistência às novas tecnologias.
? Logo: Especialmente criada para o ensino, o Logo é uma linguagem matemática muito simples desenvolvida segundo preceitos do construtivismo. Com esta linguagem, os alunos aprendem a desenvolver seus próprios programas. O trabalho com o Logo exige o treinamento constante dos professores. Muitas escolas o abandonaram por outros softwares.
? Telemática: Um dos usos mais promissores da informática. Os sinais elétricos do computador são transformados em sinais digitais e enviados à distância ? como um telefonema. [...] laboratório da Nasa, sem sair da escola.
? Benefícios: troca de experiências, acesso a informações remotas.
? Enciclopédias: A informática mudou as enciclopédias. Especialmente as que vêm gravadas em CD-ROM. Nelas, podem-se ver algumas imagens que têm movimento ou comparar versões sonoras sobre um mesmo tema, como ouvir um soneto de Shakespeare recitado por vários atores.
Benefícios: informações mais completas e atraentes do que as enciclopédias de papel. (CAMARGO; BELLINI, 1995, p.13)
Corretamente Camargo e Bellini (1995), descrevem vários pontos positivos que não podem ser desprezados pelo mundo comercial e também no mundo educacional. Sendo agora completado por Parente (1993), que a nova sociedade de conhecimento tem como suporte principal o desenvolvimento digital. Ele afirma que "as novas tecnologias de produção, captação, transmissão, reprodução, processamento e armazenagem da imagem estão aí, como uma realidade incontrolável [...]".
Conforme a citação do autor, com o uso das ferramentas tecnológicas da informática os alunos poderão fazer incontroláveis viagens e conhecer museus, o espaço sideral, estudar microorganismos. Poderá, ainda, como sujeito autor de sua ação no processo de ensino e aprendizagem construir programas de gráficos, criar sites e home pages, participar de atividades online, etc. Neste contexto, o professor precisa refletir e bem planejar o uso que fará dos recursos da informática podendo contribuir promovendo a aprendizagem na nova realidade escolar. Mas é importante destacar que muitas vezes há um descompasso entre o que aprendemos na escola e o que necessitamos na vida.
Marques, Mattos e Taille citam as vantagens da utilização do computador:
? É um recurso audiovisual superior aos demais por ser interativo. [...] pode solicitar e responder às intervenções do aluno, evitando que este permaneça passivo e, conseqüentemente, que se disperse para outros aspectos não relevantes da situação;
? [...] possui a vantagem de poder obedecer ao ritmo próprio de cada aluno, por exemplo, repetindo uma mesma explicação o número de vezes que o aluno desejar, ou, esperando o tempo necessário por uma resposta dos alunos;
? [...] ao trabalhar com um determinado conteúdo, digamos, por exemplo, fixação da ortografia de determinadas palavras, o aluno tem uma avaliação imediata sobre aquelas que precisa exercitar mais para um completo domínio do assunto (MARQUES; MATTOS; TAILLE, 1986, p. 35).
A citação se encaixa novamente dentro da qualificação necessária ao professor para trabalhar com o computador na sala de aula, abusando das vantagens e ficar alerta para os usos incorretos e dentro da perspectiva e necessidade de cada aluno.
CAPÍTULO II
CONTRIBUIÇÕES METODOLÓGICAS PARA O USO DO COMPUTADOR EM SALA DE AULA
2.1 A Pesquisa de Campo e os Participantes
Thiollent (2005) fala que Projeto-intervenção tem como sustentação a pesquisa-ação, baseada na idéia de uma relação dialética entre pesquisa e ação, com função de transformação da realidade. No campo educacional, essa pesquisa tem relevância devido seu caráter pedagógico: os sujeitos, ao pesquisarem sua própria prática, produzem novos conhecimentos e, ao fazê-lo, apropriam-se e re-significam sua prática, produzindo novos compromissos, de cunho crítico, com a realidade em que atuam. Nesse tipo de pesquisa, a prática é compreendida como práxis. Tanto pesquisador como pesquisados estão diretamente envolvidos em uma perspectiva de mudança.
De acordo com Thiollent (2005):
Pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema
coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou
problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. (THIOLLENT, 2005, p. 16)
Ainda de acordo com o Thiollent (2005), o que qualifica uma pesquisa como sendo "pesquisa-ação" é a presença efetiva de uma ação por parte das pessoas ou grupos implicados no problema proposto como alvo de intervenção. Nesse tipo de pesquisa, os pesquisadores desempenham um papel ativo na resolução dos problemas identificados, no acompanhamento e na avaliação das ações desenvolvidas para sua realização.
Podemos definir pesquisa-ação, tomando como referência Benne, Bradforf e, Lippitt, que afirmam que a pesquisa-ação é:
Uma aplicação da metodologia científica à clarificação e à resolução dos problemas práticos. É também um processo de mudança pessoal e social planejada. Em ambos os sentidos constitui um processo de aprendizagem que dá particular relevo à qualidade da colaboração no planejamento da ação e na avaliação dos resultados (BENNE, BRADFORF E, LIPPITT, 1964, p.33).
Esse tipo de pesquisa permite apontar, não as respostas, mas os caminhos possíveis para superar os desafios da inserção da pesquisa na internet nas práticas de sala de aula. Em síntese, para Thiollent, a pesquisa-ação se caracteriza:
a) por uma ampla e explícita interação entre pesquisadores e pessoas implicadas na situação investigada;
b) desta interação resulta a ordem de problemas a serem pesquisados e das soluções a serem encaminhadas sob forma de ação concreta;
c) o objeto de investigação não é constituído pelas pessoas e sim pela situação social e pelos problemas de diferentes naturezas encontradas nessa situação;
d) o objetivo da pesquisa-ação consiste em resolver ou, pelo menos em esclarecer os problemas da situação observada;
e) há, durante o processo, um acompanhamento das decisões, das ações e de toda a atividade intencional dos atores da situação;
f) a pesquisa-ação não se limita a uma forma de ação (risco de ativismo). Pretende-se aumentar o conhecimento dos pesquisadores e o conhecimento, ou o ?nível de consciência?, das pessoas e dos grupos considerados. (BENNE, BRADFORF E, LIPPITT, 2005, p.18)
A pesquisa de campo se desenvolveu através da execução do projeto de intervenção "O Computador e a Sala de Aula", interligado ao projeto Meio Ambiente, desenvolvido pela escola, na turma do 6º ano de escolaridade do Ensino Fundamental, da Escola Estadual Professora Helena Prates, no turno vespertino, ano 2009. No primeiro momento foi pedido a autorização do diretor da escola para execução do presente estudo. Logo em seguida foi realizado um encontro de planejamento com os professores para repasse do Projeto de Intervenção. Seu desenvolvimento deu-se no período de junho a setembro de 2009, com a aplicação de diversas estratégias abaixo descritas.
No segundo momento foi feita a excursão à Estação de Tratamento de Água/Morrinhos. Foi ministrada uma palestra sobre a água, sua importância e rede de abastecimento com ênfase na necessidade de preservação do meio ambiente. Houve também, a visitação de todos os setores do sistema de abastecimento, desde os tubos de captação de água até aos tanques de distribuição de água para toda a cidade. Durante a excursão foram tiradas fotos para construção do vídeo, usando a ferramenta movie maker e repasse do mesmo, para a turma, utilizando o computador e o datashow. No terceiro momento realizou-se uma visita ao córrego local para verificação in locu da situação de degradação em que se encontra. Logo após, foi construído o relatório de visita, no laboratório de informática, utilizando a ferramenta Word, e confecção de desenhos dos ambientes visitados, utilizando a ferramenta Wordpad. O quarto momento ocorreu no laboratório de informática com a presença da pesquisadora e a professora de ciência, com visitas a sites de pesquisas sobre meio ambiente e acesso ao ambiente virtual http://crv.educacao.mg.gov.br/ do Centro de Referência Virtual do Professor para acessar jogos sobre o meio ambiente. . O laboratório de informática foi preparado antecipadamente, pois o site necessitava de senha do professor para acessá-lo. Quando os alunos chegaram já encontraram as máquinas abertas na página que trabalhamos. Coube aos alunos acessarem os jogos de ciência relacionados ao meio ambiente, seguindo as instruções da professora. Após terem aprendido a acessar os jogos foi uma alegria geral. Os alunos além de acessarem os jogos solicitados passaram a acessar jogos de outros conteúdos. Neste momento foi extremamente perceptível demonstração de conhecimentos adquiridos pelos alunos, a relação de interação entre aluno/aluno, aluno/máquina, aluno/professor e professor/conhecimento/aluno/máquina. Houve uma troca intensa entre estes atores onde todos eram protagonistas no momento.
O universo da pesquisa foi 111 (cento e onze) alunos do 6º ano de escolaridade do Ensino Fundamental, e 09 (nove) professores da Escola Estadual Professora Helena Prates, que é um forte ponto de referência na comunidade em que está inserida, localizada na região norte de Montes Claros - MG. É uma escola bem equipada, voltada para o conforto e bom atendimento aos alunos. Possui três blocos de prédios: um térreo, outro com dois pavimentos, com salas de aula amplas e arejadas, e um bloco em parceria com a Universidade Estadual de Minas Gerais ? UFMG que funciona o curso de licenciatura a distância. Uma diretoria, secretaria, sala de professores, refeitório e cantina bem adequados. Os alunos dispõem de espaço para recreação e quadra de esportes. A escola funciona em três turnos: matutino, vespertino e noturno. A clientela de maneira geral é advinda de famílias de baixa renda que sofrem de todos os tipos de mazelas sociais.
A amostra foi composta por uma sala de 37 alunos do 6º ano de escolaridade do Ensino Fundamental e todos os professores. A amostra foi escolhida tendo como base o objetivo desse estudo: de promover a utilização dos computadores da Escola Estadual Professora Helena Prates como ferramenta educativa. Além desse fato, destaca-se o fato que a amostra constitui-se a "menor representação de um todo maior, o universo". (BARROS; LEHFELD, 1990, p.34). Ou melhor, tendo em vista a dificuldade ? tempo, recursos ? de se trabalhar com todos os elementos da população ou do universo.
Utilizou-se para alcançar tal fim, a pesquisa de campo. "O investigador na pesquisa de campo assume papel de observador e explorador, coletando diretamente dos dados no local (campo) que se deram ou surgiram os fenômenos". (BARROS; LEHFELD, 1990, p.34)
A pesquisa constitui-se pelo levantamento de dados objetivos e subjetivos, já que se prendeu a coleta de opiniões e constatações de fatos através de questionários, como já mencionado.
Foi utilizado como técnica de pesquisa um questionário contendo 09 (nove) perguntas fechadas para o aluno e um questionário para os professores, contendo 05 (cinco) perguntas fechadas e observação, envolvendo corpo docente e discente e esperou-se conseguir resultados quanto ao uso do computador através de atividades inovadoras, avaliando as reações e avanços dos professores e alunos.
2.2 Análise e Tabulação dos dados
Este capítulo tem como objetivo apresentar a análise dos dados coletados da entrevista, à luz do referencial teórico discutido no Capítulo I deste trabalho. Foram entrevistados 37 alunos e 09 professores. A entrevista foi respondida individualmente, no período de 21 a 25 de setembro de 2009 e o instrumento de coleta de dados foi o questionário, (Apêndice A).
GRÁFICO 1 ? Computador X Casa
Fonte: Questionário aplicado aos alunos em setembro de 2009.
Na primeira pergunta: você tem computador em casa, 18,91% dos alunos responderam que possuem computador em casa e 81,09 % não possuem computadores em sua residência. Comprovando este fato encontramos na caracterização dos participantes "A clientela de maneira geral é advinda de famílias de baixa renda que sofre de todos os tipos de mazelas sociais."
GRÁFICO 2 - Lugares de Acesso
Fonte: Questionário aplicado aos alunos em setembro de 2009.
Na segunda pergunta: no seu cotidiano você tem acesso ao uso do computador, 18, 91% dos alunos responderam que acessam computadores em casa, 81,09% acessam em lan house e nenhum aluno acessa o computador na escola. Apesar de serem poucos alunos que possuem computadores em casa, a maioria dos alunos acessam em Lan Houses. Rocha (2008) confirma este acesso quando coloca que se tornou trivial o comentário de que a tecnologia está presente em todos os lugares. Entretanto, a informática, de forma mais ou menos agressiva, tem intensificado a sua presença em nossas vidas e o computador vai tornando-se um aparelho corriqueiro em nosso meio social. "Paulatinamente, todas as áreas vão fazendo uso deste instrumento e fatalmente todos terão de aprender a conviver com essas máquinas na vida pessoal assim como também na vida profissional".
GRÁFICO 3-Computador X Atividades Escolares
Fonte: Questionário aplicado aos alunos em setembro de 2009.
Na terceira pergunta: Tem utilizado o computador para trabalhos escolares, a maioria dos os alunos, respondeu que não tem utilizado o computador para os trabalhos escolares e somente 13,52 % respondeu às vezes. Fato que comprova que o computador não é utilizado nas atividades escolares na Escola Estadual Professora Helena Prates e não é prática do professor desenvolver atividades extra-classe envolvendo o uso do computador.
GRÁFICO 4 ? Motivo do Acesso ao computador
Fonte: Questionário aplicado aos alunos em setembro de 2009.
Na quarta pergunta: O motivo de seu acesso ao computador foi maior para a interação, conversa no MSN, Orkut e em segundo lugar os jogos e raramente acessam para pesquisas escolares. A informática já faz parte do cotidiano dos alunos, porém ainda não faz parte dos trabalhos escolares.
.
GRÁFICO 5 ? Computador e a Sala de Aula
Fonte: Questionário aplicado aos alunos em setembro de 2009.
Na quinta pergunta, 94,5% dos alunos respondeu que raramente é utilizado o computador para aulas diversificadas e somente 5,1% dos alunos respondeu às vezes. Esta questão comprova que os computadores não são utilizados como ferramenta educativa no espaço escolar. Somente os professores que participaram do Projeto de Intervenção puderam ter acesso aos computadores durante a execução do mesmo. Esta resposta está consoante a Valente (1993) "(...) Há também, as questões levantadas por professores despreparados para uso do computador na sala de aula. Em destaque, o tão comum medo do homem, no caso o professor, de ser substituídos pela máquina." "(...) Fato que constantemente acontece nas nossas escolas, é principalmente a subutilização dos recursos tecnológicos para funções básicas devido à falta de conhecimento por parte de quem os usa. "
GRÁFICO 6 - Avaliação da Aula no Laboratório
Fonte: Questionário aplicado aos alunos em setembro de 2009.
Na sexta pergunta: como você avalia as aulas que aconteceram no laboratório de informática, 67,58% responderam que foram ótimas e 32,42% que foram muito boas comprovando que os alunos gostam e tem interesse por aulas diferenciadas e inovadoras.
GRÁFICO 7- Computador x Dificuldades
Fonte: Questionário aplicado aos alunos em setembro de 2009.
Na sétima pergunta: durante a aula pelo computador você teve dificuldades, a maioria dos alunos respondeu que tiveram dificuldades em lidar com a máquina. Fato que reafirma a pergunta nº 1, não possuem computadores em casa, apresentando esta dificuldade em lidar com linguagem computacional. E somente a minoria dos alunos que possuem computadores em casa responderam que não apresentaram dificuldades.
GRÁFICO 8- O Que Mais Gostou nas Aulas Com o Computador
Fonte: Questionário aplicado aos alunos em setembro de 2009.
Na oitava pergunta: na realização da aula com computador o que você mais gostou, os alunos em sua totalidade responderam todas as alternativas acima, porque foi oportunizado aos alunos o uso de diferentes programas como ferramenta educativa, comprovando com estas respostas que os alunos gostam de aulas diferentes das tradicionais. Reforçando e comprovando esta resposta Kalinke destaca a importância do computador na escola: " (...)Se adequadamente usado, torna-se um instrumento capaz de favorecer a reflexão do aluno, viabilizando a sua interação ativa com determinado conteúdo de uma disciplina ou de um conjunto de disciplinas." A Internet mostra-se como um recurso significativo para a aprendizagem (...)." (KALINKE 2003, p.43).
GRÁFICO 9 - Mudou Opinião Sobre o Uso do Computador
Fonte: Questionário aplicado aos alunos em setembro de 2009.
Na nona pergunta: aula no laboratório de informática mudou sua opinião sobre o uso do computador, os alunos responderam em unanimidade que aprenderam novas opções do computador para o uso escolar. Os alunos aprenderam a usar as ferramentas computacionais como Word, Wordpad, Movie Maker, internet etc.
Paralelamente foram entrevistados 09 professores da turma do 6º ano de escolaridade do Ensino Fundamental. A entrevista foi respondida individualmente, no período de 21 a 25 de setembro de 2009 e o instrumento de coleta de dados foi o questionário (Apêndice B), abaixo analisado e tabulado.
GRÁFICO 10 - Utilização do Laboratório X sala de aula
Fonte: Questionário do Professor
A maioria dos professores responderam que não utilizam o laboratório de informática. O Laboratório é utilizado pelos alunos do Ensino Médio para os cursos de inclusão digital. Poucos professores utilizaram o laboratório de informática durante a realização do projeto de intervenção. Segundo Valente (1993), é "tão comum medo do homem, no caso o professor, de ser substituídos pela máquina. " "(...)E, escutamos com freqüência, educadores que preferem não utilizá-los, porque não querem desenvolver habilidades para o manuseios do computador, apesar de ter esta tecnologia em sua casa."
GRÁFICO11 ?Utilização do Laboratório
Fonte: Questionário do Professor
Os professores na sua grande maioria, não sabem qual é a utilização do laboratório de informática, apesar de terem sido informados sobre os cursos, e alguns professores serem capacitados para ministrarem os cursos para os alunos do Ensino Médio, uma parte dos professores respondeu que se destina para a inclusão digital dos alunos.
GRÁFICO 12 - Motivo da não Utilização do Laboratório
Fonte: Questionário do Professor
A maioria dos professores respondeu que o laboratório de informática não é disponibilizado para a utilização do trabalho pedagógico e a outra parte, também significativa respondeu que falta o apoio da direção para o uso do mesmo. Esta resposta comprova que não há a utilização do computador como ferramenta educativa, na práxis do professor.
GRÁFICO 13 ? Participação em Curso de Informática aplicada à educação
Fonte: Questionário do Professor
A maioria dos professores respondeu que não participaram de curso de capacitação e somente uma minoria que participou de curso. Este fato comprova que os professores não conhecem as potencialidades do computador como ferramenta educativa. Segundo Valente (1993, p.01) "para a implantação dos recursos tecnológicos de forma eficaz na educação são necessários quatro ingredientes básicos: o computador, o software educativo, o professor capacitado para usar o computador como meio educacional e o aluno", atendidos os ingredientes básicos, os problemas apontados estarão resolvidos.
GRÁFICO 14 ? Professor X Aquisição de conhecimento de Informática aplicada à educação
Fonte: Questionário do Professor
Os professores foram unânimes em responder que querem adquirir conhecimentos sobre o uso do computador na sala de aula. Os professores apesar de não conhecerem as potencialidades do computador, sabem que precisam deste conhecimento para acompanhar as mudanças ocorridas em todos os setores da sociedade e oportunizar aos alunos aulas mais atrativas, criativas e que despertem a atenção dos alunos.
GRÁFICO 15 - Adquirir conhecimentos X Computador e Sala de aula
Fonte: Questionário do Professor
Os professores querem participar de cursos de informática aplicada a educação, para motivar os alunos e melhorar a prática pedagógica. A minoria dos professores ainda não sabe lidar com a máquina e respondeu que querem adquirir conhecimento para a sua inclusão digital.
2.3 Resultados
A relação entre os dados coletados e a discussão teórica realizada demonstrou que apesar do computador fazer parte da vida diária dos professores e alunos, o mesmo ainda não faz parte do cotidiano escolar. Quanto ao objetivo do trabalho, que foi contribuir para que alunos e professores do 6º de escolaridade do Ensino Fundamental da escola Estadual professora Helena Prates conhecessem como o computador poderia ser utilizado como ferramenta educativa foi alcançado através da execução do projeto de intervenção o qual oportunizou desenvolver várias atividades escolares mediada pelo computador. Porém, quanto ao problema levantado os computadores da Escola Estadual Professora Helena Prates estão sendo utilizado como ferramenta educativa, pudemos constatar que os professores e alunos não utilizam o computador como recurso que auxilia nas suas atividades diárias e educacionais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste trabalho procuramos apresentar algumas informações a cerca da informática aplicada à educação e, esperamos ter ajudado o professor a conhecer sobre as potencialidades do uso do computador na sala de aula.
Através dos dados coletados, percebemos que houve o envolvimento dos alunos e dos professores na execução do projeto, fato que nos permitiu a incorporação do computador através da utilização da tecnologia em atividades simples na sala de aula, cumprindo-se ao objetivo proposto. E quanto a problemática levantada de como utilizar os computadores como ferramenta educativa, foi oportunizado aos alunos a utilização das ferramentas word, wordpad, internet, movie maker para desenvolvimento das atividades propostas no projeto de intervenção. Os alunos participaram das atividades com entusiasmo e interesse. Era palpável a alegria demonstrada quando puderam dividir com os colegas a produção do vídeo e dos desenhos criados. As vantagens do trabalho pedagógico apoiado na tecnologia do computador proporcionou um trabalho colaborativo, despertando o interesse do aluno na participação das atividades, facilitando a construção do conhecimento, melhorando o nível de aprendizagem.
Recomenda-se que sejam realizados cursos regulares de capacitação para os professores sobre informática aplicada a educação visando despertar para a efetiva elaboração e execução de aulas aproveitando o espaço e a tecnologia oferecida pela escola promovendo a mudança de hábitos, quebra de preconceitos a fim de serem mais atuantes no laboratório de informática e para que os mesmos possam refletir sobre sua prática e criar novas estratégias de ensino informatizadas.
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guia para a iniciação científica. 2. ed. São Paulo: Pearson Education, 2000.
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CASTELLS, Manuel. A galáxia da Internet. Reflexões sobre a Internet, os negócios e
a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS. Curso de Pós-Graduação em Mídias em Educação. Módulo Gestão Integrada de Mídias. Montes Claros, 2007. CD-ROM. (Parceria com a MEC/SEED) .
KALINKE, Marco Aurélio. Internet na Educação: como, quando, onde e por quê. Curitiba: Expoente, 2003. p. 42-44.
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PARENTE, André. Imagem máquina: A era das tecnologias do virtual. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993. 304 p.
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SANTOS, Gildásio Mendes dos. A realidade do virtual. Campo Grande: UCDB, 2001.
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VALENTE, José Armando. Computadores e conhecimento: repensando a educação. Campinas: UNICAMP, 1993.
APÊNDICE A ? QUESTIONÁRIO DO ALUNO
Como atividade de conclusão de curso de Pós-Graduação Mídias na Educação, pretendo realizar minha pesquisa monográfica.
Neste sentido, estou solicitando a sua valiosa contribuição respondendo as questões abaixo.
Agradeço muitíssimo a sua atenção, sinceridade e disponibilidade.
____________________________________
Marilucia Oliveira Rocha
1. Você tem computador em casa?
a- ( ) sim b-( ) não
2. No seu cotidiano você tem acesso ao uso do computador em
a-( ) casa b- ( ) lan hause c ( ) na escola
3. Tem utilizado o computador para trabalhos escolares?
a-( ) sim b- ( ) não c ( )as vezes
4.O motivo de seu acesso ao computador é maior para:
a-( ) pesquisas escolares na internet
b-( ) Interação ( MSN, bate papo, Orkut etc)
c-( ) jogos
5. No cotidiano escolar o professor tem utilizado o computador para aulas diversificadas?
a-( ) sempre b-( ) às vezes c-( ) raramente
6. As aulas que aconteceram no laboratório de informática você avalia como:
a-( ) ótima
b-( ) muito boa
c-( )Boa
d-( )Regular
7. Durante a aula pelo computador você teve dificuldades:
a-( ) no domínio do conhecimento e a utilização da linguagem computacional
b-( ) no aprendizado do conteúdo específico da matéria
c-( ) apresentei dificuldade nas duas alternativas acima
d-( ) não apresentei nenhuma dificuldade
8. Na realização da aula com computador o que você mais gostou:
a-( ) oferecer novos modos para estudar
b-( ) aprender novas utilizações para o uso do computador
c-( ) motivou-me para os estudos
d-( ) todas as alternativas acima
9. Aula no laboratório de informática mudou sua opinião sobre o uso do computador
a-( ) sim, porque aprendi novas opções para o seu uso
b-( ) um pouco, porque já utilizava para fazer pesquisas
c-( ) não, porque não gosto de computadores
APÊNDICE B ? QUESTIONÁRIO DO PROFESSOR
Como atividade de conclusão de curso de Pós-Graduação Mídias na Educação, pretendo realizar minha pesquisa monográfica.
Neste sentido, estou solicitando a sua valiosa contribuição respondendo as questões abaixo.
Agradeço muitíssimo a sua atenção, sinceridade e disponibilidade.
____________________________________
Marilucia Oliveira Rocha
Nome do Entrevistado ____________________________________________
Sexo ( ) feminino ( ) masculino Idade: _______________
Local de Aplicação: ____________________________________ Data: ______
1- Você já utilizou o laboratório de informática para o desenvolvimento de sua aula?:
a- ( ) sim b- ( ) não
2- O laboratório de informática é utilizado para:
a-( ) auxiliar no desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem
b- ( ) somente para pesquisas a sites educativos
c- ( ) introdução ao mundo digitalizado e informatizado
d- ( ) Não sei qual a sua utilização.
3- Qual o motivo da não utilização do laboratório de informática?.
a- ( ) falta do professor auxiliar de informática.
b-( ) falta da internet.
c-( ) falta da disponibilidade do laboratório.
d-( ) falta da direção liberar o uso do laboratório.
4 ? Você já participou de algum curso de capacitação sobre o uso do computador na escola.
a- ( ) sim
b- ( ) não
5 - Você gostaria de adquirir mais conhecimentos sobre o uso do computador na sala de aula:
a- ( ) sim
b- ( ) não
6 ? Para que você gostaria de adquirir mais conhecimentos sobre o uso do computador na sala de aula:
a- ( ) a motivação dos alunos.
b-( ) inclusão digital
c-( ) melhorar a práxis.
CURSO DE PÓS?GRADUAÇÃO LATO SENSU EM MÍDIAS NA EDUCAÇÃO
MARILUCIA OLIVEIRA ROCHA
O COMPUTADOR E A SALA DE AULA
MONTES CLAROS ? MG
OUTUBRO / 2009
MARILUCIA OLIVEIRA ROCHA
O COMPUTADOR E A SALA DE AULA
Trabalho de Conclusão de Curso de Pós-Graduação Lato-Sensu em Mídias na Educação da Universidade Estadual de Montes Claros, como requisito parcial à obtenção do título de Especialista.
Orientadora: Prof. Ms. Eliana de Freitas Soares
MONTES CLAROS ? MG
OUTUBRO/ 2009
MARILUCIA OLIVEIRA ROCHA
Trabalho de Conclusão de Curso de Pós-Graduação Lato-Sensu em Mídias na Educação intitulada "O COMPUTADOR E A SALA DE AULA" apresentada ao Programa de Formação Continuada em Mídias na Educação da Universidade Estadual de Montes Claros, como requisito parcial à obtenção do título de Especialista, aprovada pela Banca Examinadora constituída pelos seguintes professores:
________________________________________________________________
Orientadora: PROFA. Ms. Eliana de Freitas Soares ? Unimontes
________________________________________________________________
Titular: PROFA. Ms. Rita Tavares de Mello - Unimontes
_________________________________________________________________
Titular: PROFA. Ms. Karen Torres Corrêa Lafetá de Almeida - Unimontes
MONTES CLAROS ? MG
OUTUBRO / 2009
A Deus, por tudo...
Aos meus pais, que nunca mediram esforços para me auxiliarem e estiveram sempre presente em todos os momentos de minhas realizações.
Aos meus irmãos e sobrinhos, para os quais me esforço para ser exemplo.
Aos meus filhos, Luciano e Djalma, sempre presentes em minha vida, enchendo-me de alegria e entusiasmo.
AGRADECIMENTOS
Ao MEC-EPROINFO/UNIMONTES/SME que oportunizaram a minha participação neste curso.
Aos professores tutores, Eros de Medeiros Marques e Eliana de Freitas Soares, que com seu carinho, atenção e dedicação me incentivaram a prosseguir com entusiasmo e perseverança.
À minha irmã, Marilene Almeida Oliveira, companheira fiel, durante toda a realização deste curso.
Às amigas, Fátima Vieira Lopes e Márcia Teixeira Frota pelo companheirismo e os muitos momentos de alegria compartilhados.
T E A R
No tear da vida
o tecer do dia
o principiar da sorte
o querer da mente
somente
No tear da mente
o tecer de idéias
o desejar de sempre
o fazer diferente
e o ser simplesmente
gente
No girar da roca
o tecer consciente
de propriamente ser agente
e assim novamente
continuar:
Tecer e pensar.
(Guia do processo de ensino-aprendizagem, 2003)
RESUMO
Esta pesquisa teve por objetivo, promover a utilização dos computadores na Escola Estadual Professora Helena Prates como ferramenta educativa. A pesquisa de natureza interventiva fundamentou-se nos pressupostos da pesquisa-ação e teve como base a idéia de uma relação dialética entre pesquisa e ação. Supondo ainda, que a pesquisa deve ter como função a transformação da realidade, procurou-se aplicar o projeto de intervenção oportunizando, aos alunos e professores a conhecerem o computador como ferramenta educativa, através do desenvolvimento de atividades pedagógicas em sala de aula e no laboratório. Pesquisa esta realizada na sala do 6º ano do Ensino Fundamental, da escola citada acima e a metodologia de coleta de dados foi através das técnicas de questionários e observação. Ao analisar os dados coletados, percebeu-se que apesar do computador fazer parte da vida diária dos professores e alunos, dessa escola, o mesmo ainda não faz parte do cotidiano escolar. O objetivo do trabalho foi alcançado através da execução do projeto de intervenção o qual oportunizou o desenvolvimento de várias atividades escolares mediada pelo computador. Porém, quanto ao problema levantado "Os computadores da Escola Estadual Professora Helena Prates estão sendo utilizado como ferramenta educativa", pôde-se constatar que os professores e alunos não utilizam o computador como recurso que auxilia a aprendizagem.
Palavras?chave: Computador. Sala de aula. Prática pedagógica. Professor/Aluno. Mídias na Educação.
ABSTRACT
This research had for objective to promote the use of the computers in the State Escola Estadual Professora Helena Prates as educative tool. The research of intervening nature, was based on the estimated ones of the research-action. The idea of a relation had as base dialectic between research and action, assuming despite the research must have as function the transformation of the reality. It was looked to apply the intervention project being aimed at to opportunity to the students and professors to know the computer as educative tool, through the development of pedagogical activities in classroom and the laboratory. Year of Basic schooling was carried through in the room of 6º and the collection of data involved the techniques of questionnaires and comment. Through the collected data one perceived that although the computer to be part of the daily life of the professors and pupils, the same not yet is part of the daily pertaining to school. How much to objective of work, that was to contribute so that pupils and professors of 6º of schooling of the school knew as the computer could be used as educative tool, was reached through the execution of the intervention project which opportunity the development of some pertaining to school activities mediated by the computer. However, to the raised problem "the computers of the Escola Estadual Professora Helena Prates are being used as educative tool", we could evidence that the professors and students do not use the computer as resource that assists the learning.
Key-words: computer. classroom. pedagogical practices. teacher and student. Media in Education
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 09
CAPÍTULO 1 ? O COMPUTADOR E A SALA DE AULA 11
1.1 A importância das Mídias 11
1.2 Tecnologias e suas contribuições para o ensino 12
1.3 O computador e a sala de aula ...........................................................................................14
1.4 Possibilidades do uso do computador como ferramenta educativa ...................................17
CAPÍTULO 2 ? CONTRIBUIÇÕES METODOLÓGICAS PARA O USO DO COMPUTADOR EM SALA DE AULA 20
2.1 A pesquisa de campo e seus participantes 20
2.2 Análise e tabulação dos dados 23
2.3 Resultados ..........................................................................................................................31
CONSIDERAÇÕES FINAIS 35
REFERÊNCIAS 36
APÊNDICE 38
APRESENTAÇÃO
Este trabalho de pesquisa tem como tema, o computador como ferramenta educativa, e como delimitação, a utilização do computador como ferramenta educativa na sala de aula do 6º ano do Ensino Fundamental, na Escola Estadual Professora Helena Prates, no turno vespertino, no ano de 2009. E como objetivo, promover a utilização dos computadores da Escola Estadual Professora Helena Prates como ferramenta educativa.
A Escola Estadual Professora Helena Prates, localizada na zona norte de Montes Claros, possui laboratório de informática e é utilizado pelos alunos do Ensino Médio, em horários extra-turno, para adquirir princípios de funcionamento do computador, noções de programação e implicações sociais do uso do computador na sociedade. Assim, o aluno é introduzido ao mundo digitalizado e informatizado dando-lhe suporte e preparo para a concorrência no mundo do trabalho.
Diante do exposto, nos pegamos a pensar no computador, nos seus avanços e possibilidades, vantagens e desvantagens do seu uso como ferramenta educacional. Se os professores conhecem o poder da máquina, enquanto aparato educacional, podendo funcionar como meio criador de ambientes de aprendizagem e como facilitador do processo de desenvolvimento intelectual do aluno.
Diante destas questões surgiram as indagações: Os computadores da Escola Estadual Professora Helena Prates são utilizados como ferramenta educativa? Os professores conhecem a versatilidade que o computador poderá dar às suas aulas?
Valente (1993) coloca que atualmente surge um modelo de educação, onde a aprendizagem é promovida, e o aprendiz têm toda a responsabilidade e cooperação no desenvolvimento da sua aprendizagem, e o computado auxilia o professor na compreensão que o processo ensino-aprendizagem não é somente a transferência de conhecimento, mas um processo de construção do conhecimento pelo aluno, como produto do seu próprio engajamento intelectual ou do aluno como um todo.
Foi desenvolvida a pesquisa "O computador e a escola" visando oportunizar aos alunos e professores, conhecerem o computador como ferramenta educativa e a versatilidade que poderá dar às suas aulas. Assim, todos serão sensibilizados de que o computador pode ser usado como um instrumento de aprendizagem, onde o aluno atua e participa do seu processo de construção do conhecimento de forma ativa, interagindo com o objeto de aprendizagem.
O trabalho perpassou por estudo das teorias de vários autores que discutem sobre as relações, uso do computador como ferramenta educativa e o desenvolvimento da aprendizagem como Valente (1993), Borges (1999), Almeida (2000), Kalinke (2003) dentre outros, possibilitando, assim, um conhecimento teórico que ajudará colher informações do tema.
Apresentamos no primeiro capítulo, definição de mídias, tecnologia e a importância do computador como ferramenta educativa e suas vantagens e contribuições no seu uso na sala de aula. Kalinke destaca a importância do computador na escola:
Como ferramenta do professor em seu processo mediador no processo de construção do conhecimento. Se adequadamente usado, torna-se um instrumento capaz de favorecer a reflexão do aluno, viabilizando a sua interação ativa com determinado conteúdo de uma disciplina ou de um conjunto de disciplinas." A Internet mostra-se como um recurso significativo para a aprendizagem, pois possibilita o acesso à informação em horários mais adequados ao usuário. O computador viabiliza a comunicação de estudantes de localidades diferentes. Sabe-se que um site educacional pode ser utilizado por diversos usuários e cada um analisará conforme sua expectativa individual. (KALINKE 2003, p.43).
O segundo capítulo trata da metodologia que foi utilizada no desenvolvimento desse trabalho. Foi utilizado como técnica de coletas de dados a entrevista e o questionário, a e observação, envolvendo corpo docente e discente e esperando conseguir resultados quanto ao uso do computador através de atividades inovadoras, avaliando as reações e avanços dos professores e alunos.
CAPÍTULO I
O COMPUTADOR E A SALA DE AULA
O presente capítulo constitui-se de um levantamento bibliográfico sobre as possibilidades e vantagens do uso do computador na sala de aula buscando discutir, em um primeiro momento, a temática o uso do computador como ferramenta educativa, onde vários autores apontam alguns elementos de reflexão para práticas e pesquisas na área. Em seguida, apresentamos algumas considerações sobre o projeto de intervenção aplicado na Escola Estadual Professora Helena Prates.
1.1 A Importância das Mídias
No ano de 2007, nos textos do Módulo Introdutório, Integração de Mídias na Educação, encontramos Almeida (2005) que Tecnologia é um conceito com múltiplos significados, que variam conforme o contexto (Reis, 1995). Por isso, a tecnologia pode ser vista como artefato, cultura, atividade com determinado objetivo, processo de criação, conhecimento sobre uma técnica e seus respectivos processos etc. Japiassu e Marcondes (1993, p. 232) acentuam o sentido da palavra técnica na ciência moderna como a "aplicação prática do conhecimento científico teórico a um campo específico da atividade humana.
Assim, tecnologia é tudo o que fazemos para tornar nossa vida mais fácil, ágil e melhor.
Encontramos ainda, no ano 2007, no Módulo Introdutório Integração de Mídias na Educação a seguinte definição do termo mídia: "literalmente ?mídia? é o plural da palavra ?meio?, cujos correspondentes em latim são ?media? e ?medium?, respectivamente". Na atualidade, mídias é uma terminologia usada para suporte de difusão e veiculação da informação (rádio, televisão, jornal) e para gerar informação (máquina fotográfica e filmadora). A mídia também é organizada pela maneira como uma informação é transformada e disseminada (mídia impressa, mídia eletrônica, mídia digital), além do seu aparato físico ou tecnológico empregado no registro de informações (fitas de videocassete, CD-ROM, DVDs).
Então, a comunicação entre as pessoas por meios das capacidades de expressão, inúmeras linguagens constituídas de signos orais, textuais, gráficos, imagéticos, sonoros, entre outro as Mídias passam a ser uma nova maneira para as pessoas se interagirem. Em 2007, no Módulo Gestão Integrada das Mídias temos "A interação homem-máquina é tão intensa, que ao mesmo tempo o homem produz a tecnologia, com ela interage, se transforma nessa interação e se expande como pessoa por meio das conexões que estabelece." A convivência e manuseio do computador se faz de maneira tão forte que passa a fazer parte da sua vida, sempre presente em suas relações de trabalho, amorosa e de lazer.
Dentro desta linha de pensamento Luft afirma que:
A manipulação dos computadores, tratamento, armazenamento e processamento dos dados estão relacionados com a idéia de informática. O termo informática vem da aglutinação dos vocábulos informação + automática. Buscando um sentido léxico, pode-se dizer que Informática é: "conjunto de conhecimentos e técnicas ligadas ao tratamento racional e automático de informação (armazenamento, análise, organização e transmissão), o qual se encontra associado à utilização de computadores e respectivos programas (LUFT, 2006, p.365).
Diante dessas definições, a informática surge com um papel importante de ferramenta educativa e é, atualmente, uma das áreas mais fortes da Tecnologia Educacional.
Valente (1993) coloca que o computador deve ser utilizado como um catalisador de uma mudança do paradigma educacional onde a aprendizagem é promovida ao invés do ensino, colocando o controle do processo de aprendizagem nas mãos do aprendiz, auxiliando o professor a entender que a educação não é somente a transferência de conhecimento, mas um processo de construção do conhecimento pelo aluno, como produto do seu próprio engajamento intelectual ou do aluno como um todo.
Então temos, a tecnologia, as mídias, as informações automáticas e a comunicação ao alcance das nossas mãos, para levarmos ao espaço escolar, e tentarmos construir uma educação mais atrativa e que desperte a atenção dos alunos para a construção do seu próprio conhecimento, auxiliado pelo aparato computacional e tendo o professor como o seu condutor no caminhos nesta tarefa nova que é descobrir novas formas de ensinar e aprender .
1.2 Tecnologias e suas Contribuições para o Ensino
Encontramos nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN?s) que os meios de comunicação estão constantemente presentes na nossa vida. Na sociedade em geral e em particular na escola, cabendo a nós, educadores, a tarefa de educar crianças e jovens para a recepção desses meios. Assim, para o desenvolvimento de uma ação mais efetiva, é preciso ultrapassar alguns estereótipos e considerar que:
A relação dos receptores com os meios não é unilateral, mas mediada pela inserção social do sujeito e por suas estruturas cognitivas; a recepção é um processo, não é o ato de usar um meio. Inicia-se antes dele, com as expectativas do sujeito, e segue-se a ele, pois incorpora os comentários e discussões a respeito do que foi visto. O significado de um meio não é único, é produzido pelos diversos receptores. (BRASIL, 1998, p. 89)
Diante do avanço das tecnologias da informação e comunicação ? TIC?s ‐ está sendo difundido como uma forte tendência para o uso de tais tecnologias na educação. Atualmente, é preciso pensar, refletir e superar determinados mitos quanto à inserção de tecnologias como computador e internet na educação. "Hoje é necessário questionar os paradigmas e estar habilitado para lidar com as mudanças, na forma de produzir, armazenar e transmitir o conhecimento, que dão origem as novas formas de fazer, pensar e aprender". (BRASIL, 1998, p.154).
Segundo os PCNs (1998), a informática educacional está sendo definida como uma área de estudo voltada para o desenvolvimento da educação e deve estar de acordo com os objetivos definidos no plano pedagógico. A informática educacional oportuniza a comunidade escolar um novo ambiente de aprendizagem. Além disto, a informática educacional tem desempenhado surpreendente papel de estímulo aos alunos para a busca de novos conhecimentos com a união dos recursos da informática e os objetivos particulares das diversas disciplinas, possibilitando, ainda, o desenvolvimento de projetos interdisciplinares e cooperativos.
Valente (1993) fala que as novas modalidades de uso do computador na educação apontam para uma nova direção: o uso desta tecnologia não como "máquina de ensinar", mas como uma nova mídia educacional:
O computador passa a ser uma ferramenta educacional, uma ferramenta de complementação, de aperfeiçoamento e de possível mudança na qualidade do ensino. Isto tem acontecido pela própria mudança na nossa condição de vida e pelo fato de a natureza do conhecimento ter mudado. Hoje, nós vivemos num mundo dominado pela informação e por processos que ocorrem de maneira muito rápida e imperceptível. Os fatos e alguns processos específicos que a escola ensina rapidamente se tornam obsoletos e inúteis. Portanto, ao invés de memorizar informação, os estudantes devem ser ensinados a buscar e a usar a informação. Estas mudanças podem ser introduzidas com a presença do computador que deve propiciar as condições para os estudantes exercitarem a capacidade de procurar e selecionar informação, resolver problemas e aprender independentemente. (VALENTE, 1993, p.6)
Tanto os PCNs como Valente colocam que a escola precisa mudar para acompanhar os processos de transformação da sociedade. E o computador serve de mediação quando possibilita novas relações para a construção do conhecimento e novas formas de atividade mental.
Ainda segundo Valente (1993), estes recursos devem ser usados de formas diferenciadas e em sala de aula. Pode vir a ser uma introdução de determinado tema a ser estudado, pode servir para registro e documentação de projetos, práticas envolvendo produções em vídeo e auxiliar na avaliação. Poderá também, trazer para a sala de aula documentários e informações diversas da televisão e do cinema.
Compreender as potencialidades inerentes a cada tecnologia e suas contribuições ao ensinar e aprender poderá trazer avanços substanciais à mudança da escola, que se relaciona com um processo de conscientização e transformação que vai além do domínio de tecnologias e traz subjacente uma visão de mundo, de homem, de ciência e de educação. (ALMEIDA, 2006).
Segundo o autor, é importante que a comunidade escolar não apenas conheça as novas mídias, mas ter o domínio de suas possibilidades de uso transformando a todos os envolvidos em cidadãos plenos.
1. 3 O Computador e a Sala de Aula.
Para a maioria das escolas, os meios comunicação e informação computadorizados ainda são considerados como novos, porém, são largamente utilizados pelos diversos segmentos da sociedade. E a escola, como membro integrante e muito importante desta sociedade, tem que procurar cumprir sua função de contribuir para a formação de indivíduos que possam exercer plenamente sua cidadania, participando dos processos de transformação e construção dessa nova realidade.
Rocha (2008) fala que, tornou-se trivial o comentário de que, a tecnologia está presente em todos os lugares. Entretanto, a informática, de forma mais ou menos agressiva, tem intensificado a sua presença em nossas vidas e o computador vai tornando-se um aparelho corriqueiro em nosso meio social. "Paulatinamente, todas as áreas vão fazendo uso deste instrumento e fatalmente todos terão de aprender a conviver com essas máquinas na vida pessoal assim como também na vida profissional".
Diante do exposto, a escola pode contribuir muito neste processo de mudanças, oportunizando em seus espaços, formação adequada às novas exigências da vida moderna.
Segundo Valente (1993), o computador está causando grandes mudanças no mundo educacional, pois está interferindo diretamente no processo de ensino-aprendizagem. Para tal, uma das razões é o fato das mídias serem capazes de ensinar. Ele ainda expõe que o uso dos computadores como ferramenta na educação trouxe debates acerca dos métodos e práticas de ensino. Há também, as questões levantadas por professores despreparados para uso do computador na sala de aula. Em destaque, o tão comum medo do homem, no caso o professor, de ser substituídos pela máquina.
Fato que constantemente acontece nas nossas escolas, é principalmente a subutilização dos recursos tecnológicos para funções básicas devido à falta de conhecimento por parte de quem os usa. E, escutamos com freqüência, educadores que preferem não utilizá-los, porque não querem desenvolver habilidades para o manuseios do computador, apesar de ter esta tecnologia em sua casa.
Segundo Valente (1993, p.01) "para a implantação dos recursos tecnológicos de forma eficaz na educação são necessários quatro ingredientes básicos: o computador, o software educativo, o professor capacitado para usar o computador como meio educacional e o aluno", atendidos os ingredientes básicos, os problemas apontados estarão resolvidos.
Valente (1993) ainda afirma que, "o computador não é mais o instrumento que ensina o aprendiz, mas a ferramenta com a qual o aluno desenvolve algo e, portanto, o aprendizado ocorre pelo fato de estar executando uma tarefa por intermédio do computador" (p.13). para que tal prática aconteça, e com ela parte da resolução dos problemas apontados, requer a qualificação do professor.
Como foi colocado por Valente, a incorporação das inovações tecnológicas deverá contribuir para a melhoria da qualidade do ensino, a partir do momento em que servir para enriquecer o ambiente escolar, oportunizando a construção de conhecimentos por meio de uma atuação ativa, crítica e criativa por parte de alunos e professores.
Rocha (2008) coloca que quando o próprio aluno cria, faz, age sobre o software, decidindo o que melhor solucionaria seu problema, torna-se um sujeito ativo de sua aprendizagem. O computador ao ser manipulado pelo indivíduo permite a construção e reconstrução do conhecimento, tornando a aprendizagem uma descoberta. Quando a informática é utilizada a serviço da educação emancipadora, o aluno ganha em qualidade de ensino e aprendizagem.
A Informática Educativa se caracteriza pelo uso da informática como suporte ao professor, como um instrumento a mais em sua sala de aula, no qual o professor possa utilizar esses recursos colocados a sua disposição. Nesse nível, o computador é explorado pelo professor especialista em sua potencialidade e capacidade, tornando possível simular, praticar ou vivenciar situações, podendo até sugerir conjecturas abstratas, fundamentais a compreensão de um conhecimento ou modelo de conhecimento que se está construindo (BORGES, 1999, p. 136).
Rocha (2008), Borges (1999) e Valente (1993), quando discutem a função do computador no educacional e do papel do professor concordam que a informática educacional não tem a função de ensinar. Ela deve ser usada como recurso para criar condições de aprendizagem. Pois, o bom professor não é repassador de conhecimento, segundo os autores, isso fica a cargo do computador. Cabe a ele criar ambientes de aprendizagem e ser facilitador do processo de desenvolvimento intelectual do aluno.
Ainda, segundo Rocha (2008), cabe aos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem dominar as ferramentas tecnológicas e explorá-las de modo ao máximo colaborar na aquisição de conhecimento. O autor ainda destaca que o educando é o fim, para quem se aplica o desenvolvimento das práticas educativas, levando-o a se inteirar na construção do conhecimento.
Nota-se que o computador tem assumido rapidamente um uso mais democrático em nosso meio social, pois são várias as áreas de atuação social que estão aderindo cada vez mais o seu uso. Consequentemente, num futuro bastante breve, todos que compõem o meio social deverão aprender o seu eficiente uso.
Almeida (2000, p. 79) pontua que o computador é, "uma máquina que possibilita testar idéias ou hipóteses, que levam à criação de um mundo abstrato e simbólico, ao mesmo tempo em que permite introduzir diferentes formas de atuação e interação entre as pessoas." Isto é, consiste em um a máquina com diversas funções e possibilidades infinitas. Entendemos, que esse uso na educação poderá sim, levar a criação de novos modos no processo de ensino e aprendizagem, assim como expõe autor. Assim como já acontece no uso da Internet, as ferramentas de interação como MSN, Chats, e outros tornam possível ligar-nos, podendo conversas ?ao vivo?, com pessoas em grandes distâncias e a baixo custo. Com esses novos modos de interação, ignorar o espaço físico, aprender vendo e ouvindo diferentes culturas, com textos e imagens em movimento, e ainda, ao mesmo tempo ouvir música.
Observa-se que a tecnologia dos computadores desenvolveu grande capacidade de armazenamento de dados com facilidades na sua manipulação e transporte. Cabe agora, à escola usar o computador desenvolvendo práticas pedagógicas. Neste contexto, destaca-se a figura do professor que deve ter um olhar crítico e buscar essas novas teorias e práticas pedagógicas. Buscar o uso da tecnologia para uma educação mais dinâmica, contextualizada, auxiliando professores e alunos no processo de ensinar e aprender, mas não perdendo de vista que o computador deve ter um uso adequado e significativo, pois Informática Educativa nada tem a ver com as aulas de computação para executar os programas do computador.
Neste sentido, encontramos em Valente (1993, p. 16), que "na educação de forma geral, a informática tem sido utilizada tanto para ensinar sobre computação, o chamado computer literacy, como para ensinar praticamente qualquer assunto por intermédio do computador".
Como tem acontecido em escolas que introduziu nos currículos escolares, o ensino da informática como modernidade.
1.4 Possibilidades do uso do computador como ferramenta educativa
São várias as ferramentas computacionais utilizadas para o processo ensino-aprendizagem. A Internet é, certamente uma das inovações, uma das ferramentas educacionais que possui potencialidade de acrescentar valor e destaca a importância dos docentes. As ferramentas computacionais aparecem como uma forma a mais na busca da melhoria do ensino. O emprego das técnicas computacionais podem contribuir positivamente como recurso pedagógico, quando o seu uso é planejado e que tenha um profissional de apoio qualificado.
Kalinke (2003) coloca que os professores devem usar computadores como mediador no processo de construção do conhecimento, utilizando como ferramentas para auxiliar os alunos na exploração e descoberta de conceitos, na transição de experiências concretas para as idéias matemáticas abstratas, na prática de rotinas, e no processo de resolução de problemas. É fundamental que, além de se apropriar da tecnologia, o docente saiba como utilizar e direcionar o seu bom uso, bem como seus recursos. Entendê-los e dominá-los é o primeiro passo para utilizá-los com sucesso. E completa:
Dentro os vários recursos e possibilidades destacados como aspectos positivos do uso da Internet nos processos educacionais, vamos nos ater alguns que julgamos merecedores de mais destaque: a interação que ela permite, que seja entre alunos, do aluno com o professor ou do aluno com a máquina, a facilidade de comunicação, a possibilidade de publicação de materiais e a facilidade de acesso à informação (KALINKE, 2003, p.42).
A comunicação mediada por computador associa a linguagem desenvolvida pelos outros meios de comunicação em massa e apresenta novos gêneros de texto, hipertextos, que culminam em novas estratégias de produção e de leitura. A convergência entre a mídia, a Internet e a utilização de tecnologias de realidade virtual digital que possibilitaram a transmissão de fonte aberta e descentralizada, a livre divulgação, a interação fortuita, a comunicação propositada e a criação compartilhada, o que para Castells (2003, p. 165) representaria a promessa da multimídia: a emergência de um hipertexto eletrônico numa escala global.
Para Santos (2001)
[...] o ciberespaço é como a realidade virtual, que está repleta de imagens representadas nas formas eletrônicas, e que simbolicamente representam o mundo físico. É, portanto, real e imaginário; um tipo de sonho coletivo e um lugar onde pessoas se encontram e partilham experiências que interferem seriamente na vida delas e deixam conseqüências em suas existências (comunicação não neutra). O ciberespaço é, assim, um espaço sem dimensões, um universo de informações navegáveis de forma instantânea e reversível. Ele é hoje um espaço de comunhão, colocando em contato, através do uso de técnicas de comutação eletrônica, pessoas do mundo todo. ( SANTOS, 2001, P.90)
Dentro desse imaginário proposto pelo autor, cabe a criação para os imaginários a serem criados para atender às necessidades do processo de ensino e aprendizagens de todo o mundo, entendido na visão globalização
Camargo e Bellini (1995) apontam para atividades e benefícios que podem ser produzidas com a mediação do computador:
? Simulações: Estão entre os mais interessantes usos da informática na educação. Estes softwares permitem estudar conteúdos difíceis de demonstrar com giz e palavras como [...] reações bioquímicas. Benefícios: as simulações expandem o universo do aluno. Permitem o tratamento de conceitos complexos abstratos.
? Apoio: Existem softwares (programas) que, embora não tenham sido desenvolvidos para a educação, podem ser úteis. São editores de texto (que transformam os micros em máquinas de escrever mais versáteis) e planilhas (para fazer tabelas e cálculos). Benefícios: permitem a elaboração de relatórios e de textos...
? Jogos: Os jogos têm estreita ligação com o lazer e a descontração. Mas podem ser muito instrutivos em sala de aula. Alguns jogos favorecem atividades multidisciplinares e permitem exercícios paralelos, pois vêm com material de apoio para trabalho em sala. Benefícios: são muito motivadores e servem para quebrar resistência às novas tecnologias.
? Logo: Especialmente criada para o ensino, o Logo é uma linguagem matemática muito simples desenvolvida segundo preceitos do construtivismo. Com esta linguagem, os alunos aprendem a desenvolver seus próprios programas. O trabalho com o Logo exige o treinamento constante dos professores. Muitas escolas o abandonaram por outros softwares.
? Telemática: Um dos usos mais promissores da informática. Os sinais elétricos do computador são transformados em sinais digitais e enviados à distância ? como um telefonema. [...] laboratório da Nasa, sem sair da escola.
? Benefícios: troca de experiências, acesso a informações remotas.
? Enciclopédias: A informática mudou as enciclopédias. Especialmente as que vêm gravadas em CD-ROM. Nelas, podem-se ver algumas imagens que têm movimento ou comparar versões sonoras sobre um mesmo tema, como ouvir um soneto de Shakespeare recitado por vários atores.
Benefícios: informações mais completas e atraentes do que as enciclopédias de papel. (CAMARGO; BELLINI, 1995, p.13)
Corretamente Camargo e Bellini (1995), descrevem vários pontos positivos que não podem ser desprezados pelo mundo comercial e também no mundo educacional. Sendo agora completado por Parente (1993), que a nova sociedade de conhecimento tem como suporte principal o desenvolvimento digital. Ele afirma que "as novas tecnologias de produção, captação, transmissão, reprodução, processamento e armazenagem da imagem estão aí, como uma realidade incontrolável [...]".
Conforme a citação do autor, com o uso das ferramentas tecnológicas da informática os alunos poderão fazer incontroláveis viagens e conhecer museus, o espaço sideral, estudar microorganismos. Poderá, ainda, como sujeito autor de sua ação no processo de ensino e aprendizagem construir programas de gráficos, criar sites e home pages, participar de atividades online, etc. Neste contexto, o professor precisa refletir e bem planejar o uso que fará dos recursos da informática podendo contribuir promovendo a aprendizagem na nova realidade escolar. Mas é importante destacar que muitas vezes há um descompasso entre o que aprendemos na escola e o que necessitamos na vida.
Marques, Mattos e Taille citam as vantagens da utilização do computador:
? É um recurso audiovisual superior aos demais por ser interativo. [...] pode solicitar e responder às intervenções do aluno, evitando que este permaneça passivo e, conseqüentemente, que se disperse para outros aspectos não relevantes da situação;
? [...] possui a vantagem de poder obedecer ao ritmo próprio de cada aluno, por exemplo, repetindo uma mesma explicação o número de vezes que o aluno desejar, ou, esperando o tempo necessário por uma resposta dos alunos;
? [...] ao trabalhar com um determinado conteúdo, digamos, por exemplo, fixação da ortografia de determinadas palavras, o aluno tem uma avaliação imediata sobre aquelas que precisa exercitar mais para um completo domínio do assunto (MARQUES; MATTOS; TAILLE, 1986, p. 35).
A citação se encaixa novamente dentro da qualificação necessária ao professor para trabalhar com o computador na sala de aula, abusando das vantagens e ficar alerta para os usos incorretos e dentro da perspectiva e necessidade de cada aluno.
CAPÍTULO II
CONTRIBUIÇÕES METODOLÓGICAS PARA O USO DO COMPUTADOR EM SALA DE AULA
2.1 A Pesquisa de Campo e os Participantes
Thiollent (2005) fala que Projeto-intervenção tem como sustentação a pesquisa-ação, baseada na idéia de uma relação dialética entre pesquisa e ação, com função de transformação da realidade. No campo educacional, essa pesquisa tem relevância devido seu caráter pedagógico: os sujeitos, ao pesquisarem sua própria prática, produzem novos conhecimentos e, ao fazê-lo, apropriam-se e re-significam sua prática, produzindo novos compromissos, de cunho crítico, com a realidade em que atuam. Nesse tipo de pesquisa, a prática é compreendida como práxis. Tanto pesquisador como pesquisados estão diretamente envolvidos em uma perspectiva de mudança.
De acordo com Thiollent (2005):
Pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema
coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou
problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. (THIOLLENT, 2005, p. 16)
Ainda de acordo com o Thiollent (2005), o que qualifica uma pesquisa como sendo "pesquisa-ação" é a presença efetiva de uma ação por parte das pessoas ou grupos implicados no problema proposto como alvo de intervenção. Nesse tipo de pesquisa, os pesquisadores desempenham um papel ativo na resolução dos problemas identificados, no acompanhamento e na avaliação das ações desenvolvidas para sua realização.
Podemos definir pesquisa-ação, tomando como referência Benne, Bradforf e, Lippitt, que afirmam que a pesquisa-ação é:
Uma aplicação da metodologia científica à clarificação e à resolução dos problemas práticos. É também um processo de mudança pessoal e social planejada. Em ambos os sentidos constitui um processo de aprendizagem que dá particular relevo à qualidade da colaboração no planejamento da ação e na avaliação dos resultados (BENNE, BRADFORF E, LIPPITT, 1964, p.33).
Esse tipo de pesquisa permite apontar, não as respostas, mas os caminhos possíveis para superar os desafios da inserção da pesquisa na internet nas práticas de sala de aula. Em síntese, para Thiollent, a pesquisa-ação se caracteriza:
a) por uma ampla e explícita interação entre pesquisadores e pessoas implicadas na situação investigada;
b) desta interação resulta a ordem de problemas a serem pesquisados e das soluções a serem encaminhadas sob forma de ação concreta;
c) o objeto de investigação não é constituído pelas pessoas e sim pela situação social e pelos problemas de diferentes naturezas encontradas nessa situação;
d) o objetivo da pesquisa-ação consiste em resolver ou, pelo menos em esclarecer os problemas da situação observada;
e) há, durante o processo, um acompanhamento das decisões, das ações e de toda a atividade intencional dos atores da situação;
f) a pesquisa-ação não se limita a uma forma de ação (risco de ativismo). Pretende-se aumentar o conhecimento dos pesquisadores e o conhecimento, ou o ?nível de consciência?, das pessoas e dos grupos considerados. (BENNE, BRADFORF E, LIPPITT, 2005, p.18)
A pesquisa de campo se desenvolveu através da execução do projeto de intervenção "O Computador e a Sala de Aula", interligado ao projeto Meio Ambiente, desenvolvido pela escola, na turma do 6º ano de escolaridade do Ensino Fundamental, da Escola Estadual Professora Helena Prates, no turno vespertino, ano 2009. No primeiro momento foi pedido a autorização do diretor da escola para execução do presente estudo. Logo em seguida foi realizado um encontro de planejamento com os professores para repasse do Projeto de Intervenção. Seu desenvolvimento deu-se no período de junho a setembro de 2009, com a aplicação de diversas estratégias abaixo descritas.
No segundo momento foi feita a excursão à Estação de Tratamento de Água/Morrinhos. Foi ministrada uma palestra sobre a água, sua importância e rede de abastecimento com ênfase na necessidade de preservação do meio ambiente. Houve também, a visitação de todos os setores do sistema de abastecimento, desde os tubos de captação de água até aos tanques de distribuição de água para toda a cidade. Durante a excursão foram tiradas fotos para construção do vídeo, usando a ferramenta movie maker e repasse do mesmo, para a turma, utilizando o computador e o datashow. No terceiro momento realizou-se uma visita ao córrego local para verificação in locu da situação de degradação em que se encontra. Logo após, foi construído o relatório de visita, no laboratório de informática, utilizando a ferramenta Word, e confecção de desenhos dos ambientes visitados, utilizando a ferramenta Wordpad. O quarto momento ocorreu no laboratório de informática com a presença da pesquisadora e a professora de ciência, com visitas a sites de pesquisas sobre meio ambiente e acesso ao ambiente virtual http://crv.educacao.mg.gov.br/ do Centro de Referência Virtual do Professor para acessar jogos sobre o meio ambiente. . O laboratório de informática foi preparado antecipadamente, pois o site necessitava de senha do professor para acessá-lo. Quando os alunos chegaram já encontraram as máquinas abertas na página que trabalhamos. Coube aos alunos acessarem os jogos de ciência relacionados ao meio ambiente, seguindo as instruções da professora. Após terem aprendido a acessar os jogos foi uma alegria geral. Os alunos além de acessarem os jogos solicitados passaram a acessar jogos de outros conteúdos. Neste momento foi extremamente perceptível demonstração de conhecimentos adquiridos pelos alunos, a relação de interação entre aluno/aluno, aluno/máquina, aluno/professor e professor/conhecimento/aluno/máquina. Houve uma troca intensa entre estes atores onde todos eram protagonistas no momento.
O universo da pesquisa foi 111 (cento e onze) alunos do 6º ano de escolaridade do Ensino Fundamental, e 09 (nove) professores da Escola Estadual Professora Helena Prates, que é um forte ponto de referência na comunidade em que está inserida, localizada na região norte de Montes Claros - MG. É uma escola bem equipada, voltada para o conforto e bom atendimento aos alunos. Possui três blocos de prédios: um térreo, outro com dois pavimentos, com salas de aula amplas e arejadas, e um bloco em parceria com a Universidade Estadual de Minas Gerais ? UFMG que funciona o curso de licenciatura a distância. Uma diretoria, secretaria, sala de professores, refeitório e cantina bem adequados. Os alunos dispõem de espaço para recreação e quadra de esportes. A escola funciona em três turnos: matutino, vespertino e noturno. A clientela de maneira geral é advinda de famílias de baixa renda que sofrem de todos os tipos de mazelas sociais.
A amostra foi composta por uma sala de 37 alunos do 6º ano de escolaridade do Ensino Fundamental e todos os professores. A amostra foi escolhida tendo como base o objetivo desse estudo: de promover a utilização dos computadores da Escola Estadual Professora Helena Prates como ferramenta educativa. Além desse fato, destaca-se o fato que a amostra constitui-se a "menor representação de um todo maior, o universo". (BARROS; LEHFELD, 1990, p.34). Ou melhor, tendo em vista a dificuldade ? tempo, recursos ? de se trabalhar com todos os elementos da população ou do universo.
Utilizou-se para alcançar tal fim, a pesquisa de campo. "O investigador na pesquisa de campo assume papel de observador e explorador, coletando diretamente dos dados no local (campo) que se deram ou surgiram os fenômenos". (BARROS; LEHFELD, 1990, p.34)
A pesquisa constitui-se pelo levantamento de dados objetivos e subjetivos, já que se prendeu a coleta de opiniões e constatações de fatos através de questionários, como já mencionado.
Foi utilizado como técnica de pesquisa um questionário contendo 09 (nove) perguntas fechadas para o aluno e um questionário para os professores, contendo 05 (cinco) perguntas fechadas e observação, envolvendo corpo docente e discente e esperou-se conseguir resultados quanto ao uso do computador através de atividades inovadoras, avaliando as reações e avanços dos professores e alunos.
2.2 Análise e Tabulação dos dados
Este capítulo tem como objetivo apresentar a análise dos dados coletados da entrevista, à luz do referencial teórico discutido no Capítulo I deste trabalho. Foram entrevistados 37 alunos e 09 professores. A entrevista foi respondida individualmente, no período de 21 a 25 de setembro de 2009 e o instrumento de coleta de dados foi o questionário, (Apêndice A).
GRÁFICO 1 ? Computador X Casa
Fonte: Questionário aplicado aos alunos em setembro de 2009.
Na primeira pergunta: você tem computador em casa, 18,91% dos alunos responderam que possuem computador em casa e 81,09 % não possuem computadores em sua residência. Comprovando este fato encontramos na caracterização dos participantes "A clientela de maneira geral é advinda de famílias de baixa renda que sofre de todos os tipos de mazelas sociais."
GRÁFICO 2 - Lugares de Acesso
Fonte: Questionário aplicado aos alunos em setembro de 2009.
Na segunda pergunta: no seu cotidiano você tem acesso ao uso do computador, 18, 91% dos alunos responderam que acessam computadores em casa, 81,09% acessam em lan house e nenhum aluno acessa o computador na escola. Apesar de serem poucos alunos que possuem computadores em casa, a maioria dos alunos acessam em Lan Houses. Rocha (2008) confirma este acesso quando coloca que se tornou trivial o comentário de que a tecnologia está presente em todos os lugares. Entretanto, a informática, de forma mais ou menos agressiva, tem intensificado a sua presença em nossas vidas e o computador vai tornando-se um aparelho corriqueiro em nosso meio social. "Paulatinamente, todas as áreas vão fazendo uso deste instrumento e fatalmente todos terão de aprender a conviver com essas máquinas na vida pessoal assim como também na vida profissional".
GRÁFICO 3-Computador X Atividades Escolares
Fonte: Questionário aplicado aos alunos em setembro de 2009.
Na terceira pergunta: Tem utilizado o computador para trabalhos escolares, a maioria dos os alunos, respondeu que não tem utilizado o computador para os trabalhos escolares e somente 13,52 % respondeu às vezes. Fato que comprova que o computador não é utilizado nas atividades escolares na Escola Estadual Professora Helena Prates e não é prática do professor desenvolver atividades extra-classe envolvendo o uso do computador.
GRÁFICO 4 ? Motivo do Acesso ao computador
Fonte: Questionário aplicado aos alunos em setembro de 2009.
Na quarta pergunta: O motivo de seu acesso ao computador foi maior para a interação, conversa no MSN, Orkut e em segundo lugar os jogos e raramente acessam para pesquisas escolares. A informática já faz parte do cotidiano dos alunos, porém ainda não faz parte dos trabalhos escolares.
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GRÁFICO 5 ? Computador e a Sala de Aula
Fonte: Questionário aplicado aos alunos em setembro de 2009.
Na quinta pergunta, 94,5% dos alunos respondeu que raramente é utilizado o computador para aulas diversificadas e somente 5,1% dos alunos respondeu às vezes. Esta questão comprova que os computadores não são utilizados como ferramenta educativa no espaço escolar. Somente os professores que participaram do Projeto de Intervenção puderam ter acesso aos computadores durante a execução do mesmo. Esta resposta está consoante a Valente (1993) "(...) Há também, as questões levantadas por professores despreparados para uso do computador na sala de aula. Em destaque, o tão comum medo do homem, no caso o professor, de ser substituídos pela máquina." "(...) Fato que constantemente acontece nas nossas escolas, é principalmente a subutilização dos recursos tecnológicos para funções básicas devido à falta de conhecimento por parte de quem os usa. "
GRÁFICO 6 - Avaliação da Aula no Laboratório
Fonte: Questionário aplicado aos alunos em setembro de 2009.
Na sexta pergunta: como você avalia as aulas que aconteceram no laboratório de informática, 67,58% responderam que foram ótimas e 32,42% que foram muito boas comprovando que os alunos gostam e tem interesse por aulas diferenciadas e inovadoras.
GRÁFICO 7- Computador x Dificuldades
Fonte: Questionário aplicado aos alunos em setembro de 2009.
Na sétima pergunta: durante a aula pelo computador você teve dificuldades, a maioria dos alunos respondeu que tiveram dificuldades em lidar com a máquina. Fato que reafirma a pergunta nº 1, não possuem computadores em casa, apresentando esta dificuldade em lidar com linguagem computacional. E somente a minoria dos alunos que possuem computadores em casa responderam que não apresentaram dificuldades.
GRÁFICO 8- O Que Mais Gostou nas Aulas Com o Computador
Fonte: Questionário aplicado aos alunos em setembro de 2009.
Na oitava pergunta: na realização da aula com computador o que você mais gostou, os alunos em sua totalidade responderam todas as alternativas acima, porque foi oportunizado aos alunos o uso de diferentes programas como ferramenta educativa, comprovando com estas respostas que os alunos gostam de aulas diferentes das tradicionais. Reforçando e comprovando esta resposta Kalinke destaca a importância do computador na escola: " (...)Se adequadamente usado, torna-se um instrumento capaz de favorecer a reflexão do aluno, viabilizando a sua interação ativa com determinado conteúdo de uma disciplina ou de um conjunto de disciplinas." A Internet mostra-se como um recurso significativo para a aprendizagem (...)." (KALINKE 2003, p.43).
GRÁFICO 9 - Mudou Opinião Sobre o Uso do Computador
Fonte: Questionário aplicado aos alunos em setembro de 2009.
Na nona pergunta: aula no laboratório de informática mudou sua opinião sobre o uso do computador, os alunos responderam em unanimidade que aprenderam novas opções do computador para o uso escolar. Os alunos aprenderam a usar as ferramentas computacionais como Word, Wordpad, Movie Maker, internet etc.
Paralelamente foram entrevistados 09 professores da turma do 6º ano de escolaridade do Ensino Fundamental. A entrevista foi respondida individualmente, no período de 21 a 25 de setembro de 2009 e o instrumento de coleta de dados foi o questionário (Apêndice B), abaixo analisado e tabulado.
GRÁFICO 10 - Utilização do Laboratório X sala de aula
Fonte: Questionário do Professor
A maioria dos professores responderam que não utilizam o laboratório de informática. O Laboratório é utilizado pelos alunos do Ensino Médio para os cursos de inclusão digital. Poucos professores utilizaram o laboratório de informática durante a realização do projeto de intervenção. Segundo Valente (1993), é "tão comum medo do homem, no caso o professor, de ser substituídos pela máquina. " "(...)E, escutamos com freqüência, educadores que preferem não utilizá-los, porque não querem desenvolver habilidades para o manuseios do computador, apesar de ter esta tecnologia em sua casa."
GRÁFICO11 ?Utilização do Laboratório
Fonte: Questionário do Professor
Os professores na sua grande maioria, não sabem qual é a utilização do laboratório de informática, apesar de terem sido informados sobre os cursos, e alguns professores serem capacitados para ministrarem os cursos para os alunos do Ensino Médio, uma parte dos professores respondeu que se destina para a inclusão digital dos alunos.
GRÁFICO 12 - Motivo da não Utilização do Laboratório
Fonte: Questionário do Professor
A maioria dos professores respondeu que o laboratório de informática não é disponibilizado para a utilização do trabalho pedagógico e a outra parte, também significativa respondeu que falta o apoio da direção para o uso do mesmo. Esta resposta comprova que não há a utilização do computador como ferramenta educativa, na práxis do professor.
GRÁFICO 13 ? Participação em Curso de Informática aplicada à educação
Fonte: Questionário do Professor
A maioria dos professores respondeu que não participaram de curso de capacitação e somente uma minoria que participou de curso. Este fato comprova que os professores não conhecem as potencialidades do computador como ferramenta educativa. Segundo Valente (1993, p.01) "para a implantação dos recursos tecnológicos de forma eficaz na educação são necessários quatro ingredientes básicos: o computador, o software educativo, o professor capacitado para usar o computador como meio educacional e o aluno", atendidos os ingredientes básicos, os problemas apontados estarão resolvidos.
GRÁFICO 14 ? Professor X Aquisição de conhecimento de Informática aplicada à educação
Fonte: Questionário do Professor
Os professores foram unânimes em responder que querem adquirir conhecimentos sobre o uso do computador na sala de aula. Os professores apesar de não conhecerem as potencialidades do computador, sabem que precisam deste conhecimento para acompanhar as mudanças ocorridas em todos os setores da sociedade e oportunizar aos alunos aulas mais atrativas, criativas e que despertem a atenção dos alunos.
GRÁFICO 15 - Adquirir conhecimentos X Computador e Sala de aula
Fonte: Questionário do Professor
Os professores querem participar de cursos de informática aplicada a educação, para motivar os alunos e melhorar a prática pedagógica. A minoria dos professores ainda não sabe lidar com a máquina e respondeu que querem adquirir conhecimento para a sua inclusão digital.
2.3 Resultados
A relação entre os dados coletados e a discussão teórica realizada demonstrou que apesar do computador fazer parte da vida diária dos professores e alunos, o mesmo ainda não faz parte do cotidiano escolar. Quanto ao objetivo do trabalho, que foi contribuir para que alunos e professores do 6º de escolaridade do Ensino Fundamental da escola Estadual professora Helena Prates conhecessem como o computador poderia ser utilizado como ferramenta educativa foi alcançado através da execução do projeto de intervenção o qual oportunizou desenvolver várias atividades escolares mediada pelo computador. Porém, quanto ao problema levantado os computadores da Escola Estadual Professora Helena Prates estão sendo utilizado como ferramenta educativa, pudemos constatar que os professores e alunos não utilizam o computador como recurso que auxilia nas suas atividades diárias e educacionais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste trabalho procuramos apresentar algumas informações a cerca da informática aplicada à educação e, esperamos ter ajudado o professor a conhecer sobre as potencialidades do uso do computador na sala de aula.
Através dos dados coletados, percebemos que houve o envolvimento dos alunos e dos professores na execução do projeto, fato que nos permitiu a incorporação do computador através da utilização da tecnologia em atividades simples na sala de aula, cumprindo-se ao objetivo proposto. E quanto a problemática levantada de como utilizar os computadores como ferramenta educativa, foi oportunizado aos alunos a utilização das ferramentas word, wordpad, internet, movie maker para desenvolvimento das atividades propostas no projeto de intervenção. Os alunos participaram das atividades com entusiasmo e interesse. Era palpável a alegria demonstrada quando puderam dividir com os colegas a produção do vídeo e dos desenhos criados. As vantagens do trabalho pedagógico apoiado na tecnologia do computador proporcionou um trabalho colaborativo, despertando o interesse do aluno na participação das atividades, facilitando a construção do conhecimento, melhorando o nível de aprendizagem.
Recomenda-se que sejam realizados cursos regulares de capacitação para os professores sobre informática aplicada a educação visando despertar para a efetiva elaboração e execução de aulas aproveitando o espaço e a tecnologia oferecida pela escola promovendo a mudança de hábitos, quebra de preconceitos a fim de serem mais atuantes no laboratório de informática e para que os mesmos possam refletir sobre sua prática e criar novas estratégias de ensino informatizadas.
REFERÊNCIAS
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ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. Informática e formação de professores. Brasília: Ministério da Educação, 2000.
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__________.Prática e formação de professores na integração de mídias. Prática pedagógica e formação de professores com projetos: articulação entre tecnologias e mídias. In: ALMEIDA, Maria Elizabeth B. de; MORAN, José Manuel (orgs). Integração das tecnologias na educação. Salto para o futuro. Secretaria de Educação a Distância: Brasília, Seed, 2005. p. 124-127. Disponível em: <http://www.tvebrasil.com.br/salto>. Acesso em: 19 set 2009.
BARROS, A. J. S; LEHFELD, N. A. S. Fundamentos de metodologia científica. Um
guia para a iniciação científica. 2. ed. São Paulo: Pearson Education, 2000.
BENNE, K. D, BRADFORD, L.P & LIPPITT, R. The laboratory method. New York:
John Wiley and Sons, 1964.
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BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/ SEF, 1998.
CAMARGO, Paulo de; BELLINI, Nilza. Computador: o que você precisa aprender para ensinar com ele. Nova Escola, São Paulo, n. 86, p. 8-12, ago. 1995.
CASTELLS, Manuel. A galáxia da Internet. Reflexões sobre a Internet, os negócios e
a sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS. Curso de Pós-Graduação em Mídias em Educação. Módulo Gestão Integrada de Mídias. Montes Claros, 2007. CD-ROM. (Parceria com a MEC/SEED) .
KALINKE, Marco Aurélio. Internet na Educação: como, quando, onde e por quê. Curitiba: Expoente, 2003. p. 42-44.
LUFT, C.P Dicionário Luft. São Paulo: Ática, 2006. p. 365.
MARQUES, Cristina P. C.; MATTOS, M. Isabel L. de; TAILLE, Yves de la. O computador e o ensino: uma aplicação à língua portuguesa. São Paulo: Ática, 1986. 96 p.
PARENTE, André. Imagem máquina: A era das tecnologias do virtual. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993. 304 p.
ROCHA, Sinara Socorro Duarte. O uso do Computador na Educação: a Informática Educativa. Revista Espaço Acadêmico, n. 85, jun. 2008. Disponível em <http://www.espacoacademico.com.br/085/85rocha.htm>. Acesso em: 26 set. 2009.
SANTOS, Gildásio Mendes dos. A realidade do virtual. Campo Grande: UCDB, 2001.
THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. 14. ed. São Paulo: Cortez, 2005, p. 16-33.
VALENTE, José Armando. Computadores e conhecimento: repensando a educação. Campinas: UNICAMP, 1993.
APÊNDICE A ? QUESTIONÁRIO DO ALUNO
Como atividade de conclusão de curso de Pós-Graduação Mídias na Educação, pretendo realizar minha pesquisa monográfica.
Neste sentido, estou solicitando a sua valiosa contribuição respondendo as questões abaixo.
Agradeço muitíssimo a sua atenção, sinceridade e disponibilidade.
____________________________________
Marilucia Oliveira Rocha
1. Você tem computador em casa?
a- ( ) sim b-( ) não
2. No seu cotidiano você tem acesso ao uso do computador em
a-( ) casa b- ( ) lan hause c ( ) na escola
3. Tem utilizado o computador para trabalhos escolares?
a-( ) sim b- ( ) não c ( )as vezes
4.O motivo de seu acesso ao computador é maior para:
a-( ) pesquisas escolares na internet
b-( ) Interação ( MSN, bate papo, Orkut etc)
c-( ) jogos
5. No cotidiano escolar o professor tem utilizado o computador para aulas diversificadas?
a-( ) sempre b-( ) às vezes c-( ) raramente
6. As aulas que aconteceram no laboratório de informática você avalia como:
a-( ) ótima
b-( ) muito boa
c-( )Boa
d-( )Regular
7. Durante a aula pelo computador você teve dificuldades:
a-( ) no domínio do conhecimento e a utilização da linguagem computacional
b-( ) no aprendizado do conteúdo específico da matéria
c-( ) apresentei dificuldade nas duas alternativas acima
d-( ) não apresentei nenhuma dificuldade
8. Na realização da aula com computador o que você mais gostou:
a-( ) oferecer novos modos para estudar
b-( ) aprender novas utilizações para o uso do computador
c-( ) motivou-me para os estudos
d-( ) todas as alternativas acima
9. Aula no laboratório de informática mudou sua opinião sobre o uso do computador
a-( ) sim, porque aprendi novas opções para o seu uso
b-( ) um pouco, porque já utilizava para fazer pesquisas
c-( ) não, porque não gosto de computadores
APÊNDICE B ? QUESTIONÁRIO DO PROFESSOR
Como atividade de conclusão de curso de Pós-Graduação Mídias na Educação, pretendo realizar minha pesquisa monográfica.
Neste sentido, estou solicitando a sua valiosa contribuição respondendo as questões abaixo.
Agradeço muitíssimo a sua atenção, sinceridade e disponibilidade.
____________________________________
Marilucia Oliveira Rocha
Nome do Entrevistado ____________________________________________
Sexo ( ) feminino ( ) masculino Idade: _______________
Local de Aplicação: ____________________________________ Data: ______
1- Você já utilizou o laboratório de informática para o desenvolvimento de sua aula?:
a- ( ) sim b- ( ) não
2- O laboratório de informática é utilizado para:
a-( ) auxiliar no desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem
b- ( ) somente para pesquisas a sites educativos
c- ( ) introdução ao mundo digitalizado e informatizado
d- ( ) Não sei qual a sua utilização.
3- Qual o motivo da não utilização do laboratório de informática?.
a- ( ) falta do professor auxiliar de informática.
b-( ) falta da internet.
c-( ) falta da disponibilidade do laboratório.
d-( ) falta da direção liberar o uso do laboratório.
4 ? Você já participou de algum curso de capacitação sobre o uso do computador na escola.
a- ( ) sim
b- ( ) não
5 - Você gostaria de adquirir mais conhecimentos sobre o uso do computador na sala de aula:
a- ( ) sim
b- ( ) não
6 ? Para que você gostaria de adquirir mais conhecimentos sobre o uso do computador na sala de aula:
a- ( ) a motivação dos alunos.
b-( ) inclusão digital
c-( ) melhorar a práxis.