O Jogo, o brinquedo e a brincadeira, são importantes ferramentas utilizadas quando o assunto é a formação integral do ser humano. Nesse sentido, e entendendo ser correta essa afirmação, durante o 2º Bimestre letivo de 2012, o profissional responsável pelas aulas da disciplina de Educação Física na escola “Laura Vicunã” de General Carneiro MT realizou com os alunos do ensino médio um trabalho que tinha como meta principal realizar seis perguntas a 20 idosos com idade superior a 60 anos sobre “o que eles brincavam quando eram crianças”. Após a fase das entrevistas, e a análise das mesmas, percebeu-se que havia a existência de um pensamento quase unânime do grupo sobre as perguntas realizadas, atentando para fato de que antigamente as crianças não tinham tantos brinquedos com as de hoje e, por isso a criatividade, a imaginação, e a integração, eram as maiores ferramentas que essas crianças dispunham para brincar e interagir. As brincadeiras ao ar livre, a utilização de toços de madeiras, pedrinhas, legumes e palitos para fazerem animais, dentre outros, além das brincadeiras como amarelinha, bolinha de gude, empinar pipa, correr e jogar bola. Hoje em dia as brincadeiras mudaram muito em relação ao passado, pois as crianças de hoje buscam sua diversão em computadores, vídeo games, brinquedos eletrônicos, o que tornou o ato de brincar em uma expressão mecânica, sem graça e um incentivo a mais para que crianças e jovens aumentem as estatísticas de obesidade e sedentarismo desde a primeira infância. Se tornou comum  e uma preferência entre crianças e jovens o aparelho celular e os jogos que estes oferecem, tomando o lugar da interação, da cooperação e da alegria das brincadeiras, pois nas brincadeiras mais antigas, perdia-se um certo tempo para prepará-las e testá-las como no caso da construção de pipas, de bichinhos com frutas e do jogo de futebol. Hoje em dia, a necessidade da construção e da resposta imediata, características do mundo capitalista e individualista, construíram a necessidade de uma informação em tempo real, tornando o aprendizado mais rápido, sem barreiras de tempo ou distancia, porém muito mais pobre e solitário. Nessa lógica, muitas coisas do passado ficaram esquecidas e ultrapassadas, as brincadeiras ingênuas e sem qualquer tipo de tecnologia criada apenas para a diversão das crianças, se perdeu pelo caminho dando lugar a tecnologia, a falta de tempo e ao egoísmo, frutos do mundo moderno e da competitividade que ele exige.

Palavras Chave: Jogo; Tecnologia; brincadeira.