“NOVO OLHAR AOS PCNS E A EDUCAÇÃO DE ALUNOS DO EJA”

             De acordo com os estudos realizados por meio da redação dos PCNs para a Educação de Jovens e Adultos, percebe-se que a existência da educação compensatória é a forma mais expressiva e relação humanística dos governantes para auxiliar e incentivar aos alunos que não tiveram a oportunidade de continuar seus estudos (por inúmeras razões).

           Sabemos o quanto a educação e a alfabetização são fatores essenciais na vida do cidadão, e o quanto ás pessoas que não conseguiram essa oportunidade acabam sendo excluídas, de qualquer atividade onde a leitura e a escrita se façam necessária. 

          A exclusão e sentimento de inferioridade constituem um dos motivos pelos quais algumas pessoas de mais idade retomem seus estudos.

        Diante desse fato, quando essa exclusão interfere em sua vida e consequentemente com sua autoestima, ele retorna á escola. Em geral a maioria que retorna e vão até o final do curso, porque ali, sente-se importante, percebe-se como atuante no cotidiano da sala de aula, e da sociedade em geral, e isso é muito positivo ao desenvolvimento cultural e senso político-critico dos alunos, que geralmente evitam a fala, porém quando falam, já possuem argumentos concisos e críticos.

            Muitos alunos vão além do esperado, e até causam dúvidas em muitas atividades, especialmente quanto ás nossas expectativas em avaliações diagnósticas. São capazes de ultrapassarem seus limites, alcançando metas, e assim conquistam o pleno sucesso por intermédio da descoberta do conhecimento.

           Segundo Almeida (2005), deve-se educar a todos, em todos os níveis: da educação básica às várias formas de educação compensatória, mesmo que essa educação compensatória não atinja as causas para sanar todos os problemas, mas já constitui um grande avanço na vida dessas pessoas.

          Assim sendo, a conquista do conhecimento proporcionam-lhes o caráter, a dignidade, e o que consideramos o melhor pré-caráter a todos nós, que é a formação do um pensamento crítico.

         Portanto a educação compensatória, ou seja: ela se constitui na necessidade de interação com outro em seu dia a dia, e esse ao decidir retomar seus estudos, constrói dentro de si a habilidade da autonomia, poder de decisão.

          Consequentemente tornam-se responsáveis, assumindo-se como agente transformador da sociedade a partir de seus próprios argumentos, e adquirem falas relevantes formas de expressividade frente aos grupos sociais.

CONSIDERAÇÕES

             Acreditamos que essa produção trouxe outro modo de pensar e refletir sobre o ato de planejamento de nossas aulas direcionadas aos alunos do EJA, pois as análises do estudo e pesquisa nos possibilitaram outras formas de investigações sobre a relação entre alfabetização- letramento e emancipação do sujeito.

               Assim sendo percebemos também que esse tema carece de novas investigações, e propostas de pesquisas acerca da aquisição da alfabetização aos adultos, apesar da visão de mundo, e reformulação dos componentes curriculares e níveis de desempenho avaliados, como objetivo da aprendizagem global o aluno não somente pela escrita, mas também, pela leitura digital possibilitariam o aprofundamento do nossa produção e a socialização de novas práticas pedagógicas visando a inserção dos alunos do EJA numa maior participação social e globalizada na sociedade e no mundo.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, M. E. PROINFO - Educação e Informática - Os computadores na escola, Ed. Cortez, 2005.

_______________              - Informática e Formação de Professores - vol. 1 – Brasília, Ministério da Educação, SEED, 2000.

    BRASIL – Secretaria de Educação Fundamental, PCN´s - Parâmetros         Curriculares Nacionais, Introdução, Volume 1 - Brasília, MEC/SEF, 1997.

OLIVEIRA, M. K. Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem, trabalho apresentado na XXII Reunião Anual da ANPED, Caxambu, Setembro de 1999, in Revista Brasileira de Educação, nº12.

SOARES, M., Letramento – Um Tema Em Três Gêneros, 2ª edição, Ed. Autêntica - Belo Horizonte, 2001.

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - Divisão de Educação de Jovens e Adultos, Prefeitura do Município de São Paulo - Projeto CIEJA elaborado pelo corpo docente dos CIEJAS da Cidade de São Paulo, outubro de 2007.