NOSSA VIDA ATUAL – REFLEXO DAS VIDAS ANTERIORES

            A nossa vida atual é o reflexo do que fomos em vidas passadas. Nós projetamos a nossa vida atual e agora passamos a vivê-la. Assim, se fomos muito ricos naquela vida e esbanjamos esta riqueza, teremos uma vida regrada, com o suficiente para vivê-la. Ai daquele que gastar mais. Se abusamos do sexo no passado, tendo parceiros diversos, sexo promíscuo, abusamos de outras pessoas e até de menores, ciúme doentio, vamos ter problemas em nossos relacionamentos atuais e problemas em nossos órgãos sexuais.

            Na espiritualidade fizemos um pacto de cortar tudo aquilo que nos prejudicou na vida precedente. Assim, se eu abusei nos clubes de danças e cometi verdadeiros absurdos quando era dançarino, nesta vida pedimos para nem aprendermos a dançar; se abusamos das festas no passado, sendo o centro de todas as atenções, pedimos para não gostarmos de festas nesta vida; se eu quis ser o centro de todas as atenções, tivesse fama em todos os lugares em que íamos, queríamos ser aplaudidos sempre, pedimos para termos uma vida apagada, com poucos amigos e tremermos quando aparecêssemos em público.

            Se passamos a vida precedente cometendo estelionato, falcatruas, golpes de todos os tipos; desta vez sofreremos as conseqüências e vamos ser estropiado por outros aproveitadores.

            Se quebramos braços ou pernas de alguém, arrancamos olhos, deixamos marcas de fogo, queimamos outras pessoas, nasceremos com problemas nos braços, nas pernas ou nos olhos.

            Tudo aquilo de mau que pratiquei na existência anterior, sofreremos de volta. Se traí, sofrerei traição, se menti, sofrerei os atos da mentira, se roubei, serei roubado. A lei de causa efeito é divina e dela ninguém foge. Estas cobranças podem não ser imediatas, mas está instaurada no carma da pessoa. Assim, não significa que vou pagar os males de agora, logo na vida que começa. Pode ser daqui a 100 anos, a 200, desde que o momento propício apareça.

            Há dois tipos de cobranças que são imediatas. É o caso do aborteiro e do suicida. O aborteiro sofrerá muito na espiritualidade, pois tirou a chance daquele que viria procurar um lugar ao sol. Além dos males que vai sofrer na espiritualidade, toda vez que tentar reencarnar, poderá ter a desdita de ser abortado. Cada aborto que ele fez, sofrerá as conseqüências.

            Os suicidas também podem sofrer algum tipo de aborto, mas geralmente eles renascem com sérios problemas na região onde cometeu o insano ato. Assim se ele bebeu soda, nascerá com sérios problemas no estômago, se praticou o enforcamento, sofrerá com males de doenças respiratórias, se deu um tiro no ouvido, nascerá surdo e com sérios problemas no ouvido, se pulou em um precipício, terá medo de alturas e assim sucessivamente.

            Aqueles que passam a vida enfrentando doenças, significa que na vida precedente ele judiou de muita gente. Os patrões antigos, batiam exageradamente em seus escravos e os deixavam semi-mortos e alguns até mortos. Estes renascem com doenças pelo corpo, ora num lugar, ora em outro. Algumas doenças são diagnosticadas e curadas, mas logo logo aparecerá outra doença em outro lugar do corpo. Assim será sucessivamente até a morte desta pessoa.  

            Mas então se pergunta: se estou pagando um débito de vidas passadas, então não devemos interromper este pagamento e não ir buscar sanar este problema. Não é bem assim. Devemos buscar acabar com este problema sim. Seríamos negligentes se não buscássemos o remédio para os nossos males. Temos que provar a nossa luta nesta vida. Seria muito cômodo se entregar logo. E se os débitos desta pessoa forem tão grandes que ele precisaria de muitas e muitas vidas para sanar todos?

            Aí então é que entra o espiritismo. Dentro do espiritismo temos a oportunidade de sanar os nossos débitos e ajudar a milhares e milhares de espíritos sofredores em todo o mundo. O espiritismo nos dá a possibilidade de irmos trabalhando incessantemente em prol de todos, que passaremos a ter amor ao nosso trabalho. Chegará um dia em que não conseguiremos mais viver sem o nosso trabalho dentro da doutrina. É neste ponto que todos os espíritas devem chegar: trabalhar por amor, sentir falta do trabalho, cultivar o amor fraterno. Mas, estamos falando em trabalhar e não ficar observando os outros trabalharem. Assim numa mesa mediúnica, devemos nos esforçar para atender aos irmãos doentes, sofredores, quebrados que vêm a nossa mesa. Nos estudos doutrinários, devo colaborar com o professor, na sessão pública preciso ajudar no que for possível: fazer prece inicial ou final, dar passe, distribuir mensagens, receber bem a todos que chegam ao centro, orientar, fazer o atendimento fraterno, colaborar com a limpeza, arrumação das mesas e cadeiras, evangelizar as crianças, orientar para a sala de passe e água fluídica. Há também evangelização infanto-juvenil-adulto em outros horários, trabalhos de cura, visitação a creches, escolas, hospitais, asilos, cadeias, etc. Uma boa oportunidade também é o trabalho de divulgação da doutrina de casa em casa.

            Devemos nos esforçar o máximo possível em trazer os nossos parentes atuais a nossa casa espírita: a nossa esposa, ou esposo, os nossos filhos, netos, irmãos. A caridade precisa começar pela nossa casa.

            As nossas casas devem permanecer limpas, bem arejadas; o mesmo com o nosso quintal. A sujeira atrai espíritos inferiores.

            Devemos fazer uma reforma íntima, pelo menos uma vez por semana: ver onde errei ou acertei mais. Procurar acertar o máximo possível para não ter cobranças mais tarde.

            Devo manter o meu coração limpo, sem pensamentos negativos de inveja, ciúme, mentiras, fofocas, azedumes, malquerência. Precisamos melhorar a nossa casa mental para ajudar mais e mais nossos irmãos superiores e sermos ajudados por eles.