Você sabia que a titulação oferecida por um mestrado profissional, tem a mesma validade de um mestrado acadêmico, com as mesmas prerrogativas e o mesmo grau em ambos os cursos, inclusive para o exercício da docência?

Hoje em dia muitos estudantes, profissionais “recém-formados”, e até mesmo aqueles profissionais com bastante experiência no mercado tem descoberto nos cursos de mestrado profissional aquele “algo a mais” que estavam procurando para seu aperfeiçoamento técnico e intelectual.

Essa modalidade de curso de pós-graduação, que ainda hoje é muito confundida com MBA (sigla inglesa para Master in Business Administration), foi criada no Brasil em 2009, pelo Ministério da Educação, com o objetivo de estreitar as relações entre as universidades e o setor produtivo, oferecendo profissionais altamente qualificados para atender as áreas mais diretamente vinculadas ao mundo do trabalho e ao sistema produtivo, como os órgãos públicos e privados, empresas, cooperativas e organizações não governamentais, com vistas ao desenvolvimento socioeconômico e cultural do País.

Diferente da maior parte dos cursos de especialização, que no Brasil são enquadrados na categoria de cursos de pós-graduação “Lato Sensu”, onde após um mínimo de 360 horas/aulas os alunos recebem um certificado comprovando a conclusão do curso, no mestrado profissional, que já é uma pós-graduação Stricto Sensu, além de precisar de um tempo maior de dedicação ao curso, que pode chegar a três anos, e da obrigatoriedade de desenvolver um trabalho de conclusão, o aluno recebe um diploma com o “título de mestre” em determinado tema.

Já em comparação ao mestrado acadêmico, a grande diferença está nos resultados do trabalho de pesquisa desenvolvido, pois enquanto o trabalho de pesquisa acadêmica resulta em uma dissertação, normalmente direcionada ao desenvolvimento da ciência, o trabalho de mestrado profissional é direcionado a aplicações práticas do conhecimento no atendimento das diferentes demandas da sociedade, e seu resultado pode ser apresentado em diferentes formatos, tais como dissertação, revisão sistemática e aprofundada da literatura, artigo, patente, registros de propriedade intelectual, projetos técnicos, publicações tecnológicas; desenvolvimento de aplicativos, de materiais didáticos e instrucionais e de produtos, processos e técnicas; produção de programas de mídia, editoria, composições, concertos, relatórios finais de pesquisa, softwares, estudos de caso, relatório técnico com regras de sigilo, manual de operação técnica, protocolo experimental ou de aplicação em serviços, proposta de intervenção em procedimentos clínicos ou de serviço pertinente, projeto de aplicação ou adequação tecnológica, protótipos para desenvolvimento ou produção de instrumentos, equipamentos e kits, projetos de inovação tecnológica, produção artística; sem prejuízo de outros formatos, de acordo com a natureza da área e a finalidade do curso, desde que previamente propostos e aprovados pela CAPES (Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), que é o órgão vinculado ao Ministério da Educação, que regula e fiscaliza os cursos de pós-graduação no país.

Em resumo, o mestrado profissional busca formar especialistas que saiam um pouco do ambiente universitário para abordar temas que estejam mais conectados ao mundo do trabalho, ou seja, profissionais que possam colocar em prática os conhecimentos adquiridos na universidade para a resolução de temas de interesse público, e estreitar as relações entre as universidades e o setor produtivo.

Mais informações sobre os cursos podem ser obtidas em: http://www.capes.gov.br/cursos-recomendados

Bons Estudos!

 

Prof. Dr. Daniel Bertoli Gonçalves

Coordenador do Curso de Mestrado Profissional em Processos Tecnológicos e Ambientais da Universidade de Sorocaba – UNISO -  http://pta.uniso.br/