LAZER HOSPITALAR

EDUCAÇÃO FÍSICA

Arlene Pereira de Oliveira

Estelvany Ferreira da Silva

Natália da Silva Franscisco

Nayhara Ramos de Almeida

Wellyda de Souza Batista

Resumo:

A proposta desse trabalho se dá através do V Seminário da disciplina Lazer II do curso de Educação Física da UNIVALE- MG. No entanto o Projeto Brilharte é de caráter fictício, embora as pesquisas para a sua formulação fossem realizadas Instituto de Nefrologia do Hospital Samaritano.

Pensar no lazer dentro do ambiente hospitalar propõe efeito paradoxal, pela maneirade que o tema é construído, propiciando uma idéia de incompatibilidade entre lazer e hospital, incitando questionamento sobre a possível realização de atividades de lazer em um local conectado ao sofrimento e dor, relacionados não apenas em aspectos físico. Visualizando os impactos, que a doença, podecausar tanto nos enfermos, como em seus familiares, o Projeto Briharte surgiuno intuito de possibilitar o lazer aos pacientes da Hemodiálise, buscandooportunizar atividades lúdicas, dentro do tema Lazer Hospitalar.

Summary:

The proposal of this work if of the one through the V Seminary of disciplines Leisure II of the course of Physical Education of UNIVALE- MG. However the Brilharte Project is of fictitious character, even so the research for its formularization was carried through Institute of Nefrologia of the Samaritano Hospital.

To think inside about the leisure of the hospital environment, they consider effect paradoxical, ahead in the way that the subject is constructed in the common census, propitiating an idea of incompatibility between leisure and hospital, stirring up questioning on the possible accomplishment of activities of leisure in a connected place to the suffering and pain, related.

1-Introdução

Antes de adentrarmos no tema Lazer Hospitalar, vislumbramos a necessidade de esboçar sucintamente a origem dos hospitais. Inicialmente o hospital nasce como local de isolamento, onde vários templos serviam de abrigo aos pobres, velhos e enfermos. Precedendo ao século XVIII, o hospital era uma instituição de assistência dirigida aos pobres, pois os ricos levavam os recursos médicos para suas casas, atribuindo a estes a função de promovedor de exclusão social. O pobre tinha necessidade de assistência e se fosse doente, a doença poderia ser contagiosa, representando um sinal de perigo. Então o hospital existia tanto para acolher os pobres quanto para proteger a sociedade do perigo que ele representava.Para Oliveira (1998) remodela-se o hospital que se configura inicialmente como um morredouro, um espaço de controle e coerção dos desvalidos, onde a função principal é remetida à salvação da alma e não à cura. Somente no final do século XVIII o hospital torna-se um instrumento destinado a curar, onde a mudança é assinalada pela realização de visitas com a observação sistemática e comparada dos hospitais. A medicina moderna nasce no século XIX, onde a prática do saber médico se vincula à racionalidade cientifica, " As descobertas em diversos campos das ciências da natureza como a biologia, anatomia, bacteriologia e outras disciplinas começam a afastar a medicina do seu empirismo e constrói o hospital cientifico moderno" Ribeiro, 1993: 25). Ribeiro salienta também que,

"O hospital contemporâneo não é apenas uma instituição que evoluiu. É muito mais, é uma instituição nova. Suas missões são outras, conquanto resguardadas algumas que precederam. Mudaram suas características, suas finalidades, sua administração, seus sujeitos, seus instrumentos e processos de trabalho. O elemento mais constante dessa trajetória tem sido o homem que sofre e morre" (Ribeiro, 1993;31).

No entanto ao consideramos o sofrimento sinônimo da palavra dor, queressoa,como algo relacionado ao corpo físico, indicandouma sensação de desconforto e desestabilização do organismo do individuo. Essa dor "física", enviada diretamente pelas conexões nervosas para informações, nos envia, automaticamente, respostas que demandam proteção, defesa e cuidados imediatos. Porém  Associada às emanações dessa dor física, propicia fatores de outra ordem acoplada que se faz presente e conseqüentementecamufla a doença orgânica,expõem o sujeito à vivência do desamparo, gerandoangústia, medo,insegurançae incertezas.

Diante de levantamentos bibliográficos nota-se que as raízes da ciência atual tiveram sustentação substancial no positivismo (séc. XVII), o que possibilitou o avanço galopante do conhecimento e hoje não se questiona o fato da tecnologia médica ter tido avanços inimagináveis, criando as principais condições que mudaram o estilo de vidas das pessoas. Em razão desse desenvolvimento tecnológico, na medicina, em particular, alguns aspectos mais sublimes do paciente, como suas emoções, crenças e valores, ficaram em segundo ou terceiro planos. Apenas sua doença é o objeto do saber cientificamente reconhecido, monopolizando a atenção do ato médico, portanto, com esse enfoque eminentemente técnico a medicina se desumanizou, segundo abordagem do VII simpósio de relacionamento Terapeuta-paciente do Hospital Américo (Bairral, 2004).

Em 1997 o Ministério da Saúde criou o Programa Nacional de Educação Continuada em Dor e Cuidados Paliativos para os Profissionais da Saúde, e em 2000, sensibilizados pelo número, significativo, de queixas dos usuários referentes aos maus tratos nos hospitais, tomou a iniciativa de convidar profissionais da área de saúde mental para elaborar uma proposta de trabalho voltada à humanização dos serviços hospitalares e de saúde. Estes profissionais constituíram um Comitê Técnico que elaborou um Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH), com o objetivo de promover uma mudança na cultura do atendimento da saúde no Brasil. Portanto, com a proposta de melhorar a qualidade do atendimento hospitalar, muitos hospitais aderiram ao trabalho voluntário para minimizar os efeitos que as doenças provocam nos pacientes. De acordo com as considerações delineadas até o momento, elucidamos que consideramos tal proposta como ponto de possibilidade para a oferta e aplicabilidade do lazer no ambiente hospitalar. Salientamos, também, que a relação lazer e hospital, propõem um efeito paradoxal, ao considerarmosque para muitas pessoas existe umaincompatibilidadeentre o temao que acaba por dificulta a implementação de atividades que ampliem as possibilidades de vivências lúdicas no hospital.

Alguns programas hospitalares que utilizam a recreação visam, geralmente, a ocupação do tempo ocioso, propondo aatividade lúdica como instrumento terapêutico a serviço da intervenção médica, como é o caso das intervenções da psicologia. Outros trabalhos como Doutores da alegria, Pintando sete, Doutores da folia,Projeto Brincar, que são voltados somente para a ala infantil de vários hospitais. Porém o que se percebe dentro do leque de possibilidades de atuação da Educação Física e lazer, poucos são os trabalhos dedicados ao tema. No entanto, parafraseando Isayama (2005:5), a educação física pode ser entendida como: "A partir de uma concepção abrangente, e comprometida com vivencias lúdicas diversificadas que podem ser desenvolvidas enquanto meio e fim educativo", a assertiva instiga-nos a elaboração de um projeto que contemple o lazer, reconhecendo-o em seu duplo aspecto educativo norteado em duas constatações: na primeira o lazer pode ser entendido como um veículo privilegiado de educação; já na segunda,para a prática das atividades de lazer é necessário o aprendizado, o estímulo, a iniciação aos conteúdos culturais, que possibilitem a superação do conformismo pelacriticidade e criatividade.

2- Diagnóstico

A motivação é uma força que controla e ativa o nosso comportamento, de acordo com a necessidade ou do desejo de alcançar um determinado objetivo; neste contexto o 6º período de educação física, apresenta a proposta de inserir no Hospital Samaritano, o Projeto "Brilharte", no intuito de possibilitar o lazer aos pacientes da Hemodiálise, buscandooportunizar atividades lúdicas, o que segundo Werneck (2003) citado por Isayama:

O lúdico é uma das essências da vida humana que instaura e constitui novas formas de fruir a vida social marcada pela exaltação dos sentidos e das emoções, misturando alegria e angustia, relaxamento e tensão, prazer e conflito, liberdade e concessão etc. Cabe destacar ainda que, o lúdico não possui somente uma dimensão "subjetiva", pois é construído culturalmente e cerceado por diferentes fatores (organizações sociais e políticas, normas educacionais, princípios morais, condições concretasde existência). Por razão, ele varia conforme os valores e as referencia que orientam um determinado grupo social em diferentes contexto e épocas.

Pensar em vivência lúdica no espaço hospitalar tem constituído um desafio para muitos educadores, o que propicia medo e incertezas, ciente disso, propor o lazer hospitalar requer muita dedicação e responsabilidade, por essa razão não podemos encará-locomo uma tarefa fácil, porémarraigados na importância do lazer que enseja o desenvolvimento social e pessoal do individuo, difundimoso seu significado, na tentativa de esclarecer a sua importância,incentivar a participação e transmitir informações que tornepossível o desenvolvimento do lazer, almejando que essas práticas ultrapassem a esfera hospitalar, e passe a ser aplicada no cotidiano dos nefropatas .

3- Público Alvo

O Projeto Brilharte foi elaborado para o Instituto de Nefrologia do Hospital Samaritano, na cidade de Governador Valadares – MG. O referido instituto atende aproximadamente 100 pacientes portadores de insuficiência renal, sendo estes moradores da cidade local e região. A assistência oferecida aos nefropatasesta vinculada ao Sistema Único de Saúde ( SUS), haja vista, que a maioria dos pacientes possuem pouco poder aquisitivo,possuem baixo nível de escolaridade, e são raros os planos de saúde que cobrem esse tipo de tratamento, que é vitalício. Destacamos, também, que a faixa etária dos pacientes está entre 14 a 82 anos com certa predominância dos pacientes idosos, e do sexo masculino.

 As pessoas que sofrem de insuficiência renal crônica necessitam do transplante, ou seja, a doença crônica é irreversível e progressiva, que consiste na incapacidade dos rins em filtrar e eliminar substâncias tóxicas devido à destruição dos néfrons. Logo a ser detectada a patologia o paciente entra na fila de espera para ser transplantado, porém o número de rins disponíveis sejam eles de doadores, familiares ou de cadáveres, são insuficientes para atender a demanda.

No Brasil, os pacientes esperam em média,26 meses para receber um rim, segundo dados da Escola Paulista de Medicina (UNIFESP, 2004). Tal fato impõe a necessidade de alternativa, enquanto isso não ocorre, o nefropata passa por tratamento de diálise, que pode ser feita com introdução de sonda na região peritonial, realizada na própria residência da pessoa, oupor meio de uma máquina de hemodiálise, que artificialmente, efetua o trabalho dos rins, onde o sangue é obtido de um acesso vascular cateter venoso central, que é um acesso temporário (através da jugular ou subclávia) até o período de maturação da F.A. V ( fístula artério-venosa)e impulsionado por uma bomba até o filtro de diálise, também conhecido como dialisador.

No dialisador, o sangue é exposto à solução de diálise (também conhecida como dialisato) através de uma membrana semipermeável, permitindo assim, as trocas de substâncias entre o sangue e o dialisato. Após ser retirado do paciente e passado através do dialisador, o sangue "filtrado" é então devolvido ao paciente pelo acesso vascular. Essas terapias dialíticas têm se mostradas eficientes no aumento da expectativa de vida dos pacientes renais crônicos. Masfaz-se necessário que o paciente tome uma postura ativa diante de suas limitações.

Esse tratamento vincula o paciente ao hospital, devendo ir, pelo menos, três vezes por semana, numa média de quatro horas por dia, consequentemente o nefropata precisa lidar com uma nova rotina, de imobilidade e dependênciaquetem repercussões muito mais do que as fisiológicas, impostaspela doença, na qualidade de vida.

Essas privações significam o afastamento de casa, dos familiares, emprego e escola, gerando um estado de desequilíbrio, ondeo mesmo passa por um processo de tensão e ansiedade, que pode chegar a altos níveis, uma vez que, sente uma ameaça constante e verdadeira, à sua integridade. Para CICONELLI (1981, p. 51), o paciente necessita de estabilidade emocional suficiente para continuar vivendo com certa integridade e algum grau de utilidade como ser social.

4- Justificativa

A vida de um nefropata depende de hemodiálise, com meio de sustentar a vida, porém, com limitações. TOREZAN (2003) faz um apontamento esclarecedor ao considerar que:"o adoecimento e a hospitalização podem remeter o individuo á angustia" e associadas ("...) no corpo e às perdas e limites envolvidos". Contudo, a necessidade de se adaptar a novos horários, lidar com medicamento, agulhas e etc, permanecer em uma sala, relacionar com todo o processo que envolveo tratamento,mudar a rotina,adequar-se asituação. De certa formaessa implicaçõesdescritas, parecem ser inevitáveis,o que com o tempo torna a hemodiálise cansativa, promovendo uma série de complicações, principalmente socioculturais e psicológicas. Entretanto entendemos como fundamental, a criação de mecanismo na tentativa de atenuar os impactos advindos do tratamento.

Com a Constituição de 1988, o lazer passou a ser direito de todos os cidadãosbrasileiros e uma das obrigações do Estado. Destacamos também que esse é reconhecido pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (1995), assim comono CAPÍTULO V , artigo20. "o idoso tem direito a educação, cultura, esporte, lazer, diversões, espetáculos, etc. Entretanto, ressaltamos que embora o hospital apresente indicações de um ambiente supostamente impróprio para a prática do lazer, reconhecendo que apesar do mal estar e outras limitações, decorrentes da hemodiálise , o interesse pela atividade lúdica deve ser mantido na tentativa de tornar-se motivo de superação dessas dificuldades.

Nesse contexto a justificativa do Projeto Brilharte propugna-sepelo direto ao lazer, onde consolidasegundo a afirmação de Vinícius Cavallari, professor de educação física e turismo hospitalar são eminentemente direcionados para o público infantil. Esse fato suscita-nos questionamento, onde através dessa proposta buscamos alcançar possíveis respostas.

Ressaltamos a importância da especialização em recreação e lazer sócio-cultural, o homem que não recreia é um animal doente, e todos precisam de lazer, fundamentalmente para o bem estar físico, mental, psicológico e espiritual, que é a verdadeira definição de saúde.

Outra particularidade desse projeto foi enfatizar grupos de pacientes nas fases: adolescentes, adulta e idosa, uma vez que a maioria dos trabalhos, estudos e intervenções realizados no ambiente hospitalar, em função do seu impacto emocional pode constituir um risco igual ou maior que aquele que a própria doença originou segundo Duarte (1997), citado por Isayama (2005). Diante disso consideramos o lazer como meio potencial que pode proporcionar uma vivência mais favorável desta fase, prevenindo ou reduzindo a ocorrência de traumas em função do próprio tratamento, dessa maneira escoltamos aidéia de considerar o lazer um tempo privilegiado para vivência devalores que contribuam para mudanças de ordem moral e cultural, necessárias para a implantação da nova ordem social.

6- Objetivo Geral

O presente Projeto tem como objetivo geral, promovero lazer, tentando amenizar o quadro dos pacientes nefropatas que se encontram instigando o despertar de novas possibilidades de lazer por meio de intervenções lúdicas, assim como, o desenvolvimento pessoal e social deste grupo, utilizando como ferramenta o duplo aspecto educativo norteador do lazer.

 

 

 

 

 

7- Objetivos específicos

Em termos socioculturais pretendemos proporcionar atividades lúdicas visando oportunizar uma melhoria na qualidade de vida frente às angústias e tensões em decorrência da patologia, bem como promover integração, buscando situações de sociabilidade. Como também a.

Na esfera educacional, ampliar e diversificar as possibilidades atividades lúdicas cuja utilização venha ocorrer não apenas noespaço hospitalar, como tambémno cotidiano, visando mudança no estilo de vida.

8- Problematização

Entendemos ser de fundamental importância o conhecimento da realidade dos pacientes nefropatas,para a implementação e o desenvolvimento doProjeto Briharte, conscientes desse principio, elaboramos uma pesquisa-ação, (que pressupõem a participação do pesquisador, por meio de intervenção na realidade), aplicada como questionário-diagnóstico ao público alvo, possibilitando interpretação das dimensões sociais, culturais, psicológicas, patológicas, econômica e política, intervenientes para a implementação do lazer hospitalar.Dessa maneira efetuamos interpretações entendidas como provedoras de entraves diretamente ligados a vida destes pacientes.

Alguns aspectos culturalmente construídos na vida desses pacientes estão intimamente conectados com a compreensão sobre o lazer, e a forma que compreendem os espaços eequipamentos de lazer.

Observamos que em relação ao nível de escolaridade,a maiorias dos pacientes não concluíram o ensino primário (1ª à 4ª série do ensino fundamental), como tambémnão estão vinculados á nenhuma instituição de ensino, apresentando o desconhecimento da palavra lazer em seu sentido concreto.

Os argumentos que atenuam a possibilidade de lazer para esses pacientes associam-se ao "estar doente", dificultando o entendimento, dos mesmos, a promoção do lazer durante a hemodiálise. Também fatos inerentes ao tratamento, posicionamento do corpo e cuidados com a fístula.Observamos que a hemodiálise sugere cuidados relativos nas intervenções, tanto das entrevistas ³ quanto das atividades lúdicas, exigindo uma adequação dos proponentes,as regras deste ambiente.

Portanto os aspectos citados e podem ser conferidos em anexo, somam-se ao destaque e atribuem dificuldades, podendo ser pensadas como problemas que precisam de reflexões, para que se possam efetuar as intervenções, dentro do Projeto Brilharte.

9- Procedimento Operacional

O Projeto Briharte, é uma proposta dos acadêmicos do curso de Educação Física da UNIVALE, elaborado para os pacientes portadores de insuficiência renal do Instituto de Nefrologia do Hospital Samaritano. O referido projeto é de caráter Voluntário, e segundo a definição das Nações Unidas,

"o voluntário é o jovem ou adulto que, devido a seu interesse pessoal e seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividade, organizadas ou não, de bem estar social, ou outros campos...".

As intervenções de lazer serão efetuadas duas vezes por semana, especificamente na segunda e quinta- feira, em três turnos com duração de sessenta minutos cada sessão. Sendo que a reunião destinada à organização da metodologia, planejamento e avaliaçãodo trabalho acontecerão na sexta-feira à noite na biblioteca da Univale.

Nos procedimentos metodológicos para a promoção deste Projeto, serão desenvolvidas atividades lúdicas como: jogos, teatro,grupo musical, leituras, folhetos explicativos, palestras, filmes.

Em relação aos jogos pretendemos oferecer em um primeiro momento jogos de tabuleiro comuns como; dominó, dama, xadrez. Serão utilizados, também, quebra cabeça, vareta, jogo da velha, baralhos. Ressaltamos que para a realização desses jogos serão necessárias algumas adaptações, como suporte ( de alumínio) para colocar os jogos, em todas as peças foi colado com imãs.

Sobre aos filmes em um primeiro momento serão selecionados (anexo ), visto que baseado no campo de observação direcionaremos a busca de temas que trate de doenças eas possibilidades de superação.

No teatro contaremos com a participação de grupos convidados, que trabalhará com narração de histórias, cujo, o tema sugerido pelo os organizadores de acordocom a necessidade dos pacientes. Também teremos a participação musical de artistas voluntários, que terão repertórios diversificados ( a gosto dos pacientes). Pretendemos ainda trabalharcom a músicano Pedido 100, e de acordo com a eleição que será efetuada uma vez por mês, estimularemos a participação de todos pacientes com sugestões de música do mês para serem tocadas em rádio no momento da hemodiálise.

As leituras serão feitas de duas formas: individual e histórias contadas, haja vista, alguns pacientes são analfabetos (anexo). Também serão ministradas palestras, que buscarão trabalhar com as questõesrelacionadascom, o estar doentes e estar vivo. As palestras serão realizadas 2 vezes por mês.

Nos folhetos educativos serão exemplificados os equipamentos e os espaços de lazer reconhecidos, e como os pacientes podem explorar os mesmos dentro e fora do hospital. No mural da recepção constará a programação da semana, e esperamos que esse processo se efetuasse de forma recípocra, que será aberto aos pacientes a possibilidade de propor alguma atividade de desejar, ampliando as vivências lúdicas dos proponentes como dos próprios pacientes.

Esse projeto terá uma parceria doscursos de psicologia, e educação física, pois entendemos necessário o suporte psicológico para os neofopatas.

10- Avaliação

A avaliação implica julgamento, estimativa, classificação e interpretação, tão fundamentais ao processo educacional total, sendo um processo contínuo com objetivos globais de educação," (Mathweus citado por FREIRE). Dentro do projeto iremos avaliar o processo como um todo, utilizando de métodos como o diálogo direto com os pacientes questionando-os quanto às atividades lúdicas desenvolvidas, visando assim à percepção em relação ao alcance dos objetivos traçados pelos proponentes.

11- Conclusão:

O presente trabalho foi proposto com objetivo de apresentar o lazer, num ambiente hospitalar, enfatizando o lúdico, como função de amenizar a dor dos pacientes e a angústia da espera por um novo órgão.

O sofrimento, a dor são antagônicos do lazer, percebidos nas entrevistas aos pacientes, uns demonstraram tanta indiferença que, sequer deram atenção á proposta apresentada, outros não sabiam o significado da palavra lazer e tampouco conheciam os equipamentos do lazer.

A proposta da intervenção apresentada nos procedimento operacionais, em um olhar rápido, torna-se aparentemente infecundodiante das limitações, que corrompem integridade e utilidade dos pacientes como ser social, mas ao mesmo tempo possibilita o entendimento que a dor de ser e estar doente se transformou em opção de vida, onde a alegria é inexistente. Tal fato mostra o quantoo lazer hospitalar é importante, e tem aplicabilidade, numa tentativa de amenizar o sofrimento uma vez visto no teor educativo, buscando e resgatando o lúdico, ensejando a alegria de estar vivo.

Portanto,devido às dificuldades demonstradas, o Projeto Brilharte foi elaborado para levar aos pacientes o lazer através de vivências lúdicas tendo função preponderante a esfera psicológica, resgatando as lembranças lúdicas levando em consideração a idade dos pacientes que se encontram entre fase de vida adulta e idosa. Contudovislumbramos umprojeto singelo, alicerçado em metodologias palpável,cujo seu resultado será fruto de um trabalho em longo prazo.

Anexo

Roteiro de entrevista

Considerações

 

De acordo com osdados fornecidos peloinstituto de nefrologia sobre o numero de pacientes atendidos pelo mesmo constava o total 106pacientes nefropatas,porém durante a pesquisa- ação, notificamos que essa relação não estava atualizada, implicando algumas justificativas onde explanamos que:

a)alguns pacientes vieram a óbito,

b)outros foram transplantados,

c)alguns mudaram de cidade consequentemente de local de hemodiálise,

d)outros se reservaram a não participar da pesquisa.

Ressaltamosque apesar de termos respeitado a horário estabelecido pelo instituto para a realização da pesquisa, muitos pacientes se encontravam dormindo. Embora nos foi explicado que os nefropatas não podem faltar a uma sessão de hemodiálise, percebemos porém que nos dias em que realizamos a pesquisa muitos pacientes estavam ausentes. Contudo temos um total de 80 pacientes, apenas 41 participaram da pesquisa.

Tabelas dos questionários

Tabela nº 1 – relação da idade e o número de pacientes

14 a 24 anos

25 a 35 anos

36 a 46 anos

47 a 57 anos

58 a 68 anos

69 a 79 anos

80 à 90anos

14= 2 pessoas

29 =3 pessoas

37 = 3 pessoas

47 = 1 pessoa

58 =1 pessoa

69=1 pessoa

82=1 pessoa

18 = 2 pessoas

30 = 1 pessoa

39 = 5 pessoas

48 =3 pessoas

59=2 pessoas

70= 5pessoas

19 = 2 pessoas

33= 1 pessoa

40 =1 pessoa

49= 2 pessoas

60 =2 pessoas

71=1 pessoa

22= 1 pessoa

34 = pessoas

42 =3pessoas

50 =1 pessoa

61 = 2 pessoas

73=1pessoa

23 = 3 pessoas

43 =1 pessoa

51 = 2 pessoas

62 = 1 pessoa

75=2 pessoa

24=1 pessoa

45 =3 pessoas

52 = 5 pessoas

64=1 pessoa

76=1 pessoa

46 = 2 pessoas

55 = 1 pessoa

65=2 pessoas

77=1 pessoa

56 = 2 pessoas

66=1 pessoa

78=1 pessoa

57=1 pessoas

67 =5 pessoa

68 = 1 pessoa

Conclusão:

Percebe-se que a doença renal atinge um público diferenciado atingindo desde adolescente até o idoso, sendo que prevalece uma grande concentração entre a idade de 37 a 82 anos de idade.

Tabela 2 Relação ao sexo

Sexo

Feminino

Masculino

35mulheres

45 homens

Tabela 3 Cidade onde moram os pacientes

Cidade

Número de pacientes

Alto São José

1 paciente

Capitão Andrade

2 pacientes

Central de Minas

1 paciente

Conselheiro Pena

2 pacientes

Divino do Traíra

1 paciente

Divino das Laranjeiras

1 paciente

Engenheiro Caldas

1 paciente

Frei Inocêncio

1 paciente

Governador Valadares

19 pacientes

Itainhomi

2 pacientes

Jampruca

1 paciente

Mantena

5 pacientes

Periquito

2 pacientes

São Geraldo do Tumiritinga

1 paciente

São José do Divino

1 paciente

Tabela 4-Nível de Escolaridade

Nível de Escolaridade

Número de paciente

Analfabeto

5 pacientes

Semi- analfabeto

1 paciente

1ª série primário

1 paciente

2ª série primário

1 paciente

3ª série primário

5 pacientes

4ª série primário

6 pacientes

6 ª série

1 paciente

7 ª série

3 pacientes

8ª série

4 pacientes

2º grau completo

7 pacientes

2º grau incompleto

3 pacientes

Superior completo

1 paciente

Superior incompleto

1 paciente

Diante dos dados apresentados percebemos que em se tratando do nível de escolaridade o nosso público alvo variado, sendo que a grande maioria não chegou a completaram o ensino fundamental.

Tabela 5Importância da prática do lazer durante a hemodiálise para os pacientes

Consideram importantes

Não consideram importantes

38 pacientes consideram importantes

3 pacientes não consideram importantes

Tabela 6 -O que os pacientes entendem como lazer?

Descrições

Número

Distração

8 paciente

Não fazer nada

1 paciente

Passear

8 pacientes

Pescar

3 pacientes

Futebol

5 pacientes

Não entendem nada sobre o lazer

2 pacientes

Jogar sinuca

1 paciente

Viajar

2 pacientes

Brincar

5 pacientes

Caminhar

1 paciente

Ir ao Clube

2 pacientes

Sair com a família

2pacientes

Trabalhar

2 pacientes

Cuidar de animais

5 paciente

Referências

BRASIL.Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente ( CNDCA) Resolução nº 41, de 13 de outubro de 1995.

Disponívelem: http://www.lazer.eefd.ufrj.br/animadorsociocultural/pdf/ac311.pdf

Disponívelem: http://www.sinpro-rs.org.br/extra/jul98/educa2.htm

Disponívelem: http://www.pucrs.br/uni/poa/faenfi/producao_cientifica/tcc_enf_2003.htm

Disponívelem: http http://www.fefisa.com.br/pdf/pp_resumo_2002.pdf