JORNAL NA SALA DE AULA
Publicado em 08 de novembro de 2012 por Tarciza Maria Ferreira Lima
ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
ESCOLA ESTADUAL VINÍCIUS DE MORAES
ARTIGO: JORNAL NA SALA DE AULA
Proposta e execução da Equipe do Programa Mais Educação
CARLA DAIANA DE SOUZA BRUZAROSCHI (Informática)
FRANCINEIDE GERALDO DA SILVA (Leitura e Matemática)
TARCIZA MARIA FERREIRA LIMA (Coordenação do Programa)
JORNAL NA SALA DE AULA
INTRODUÇÃO
Atualmente a tecnologia , através dos seus vários instrumentos de mídia tem apresentado à sociedade um grande volume de informações. Como veículo de divulgação utiliza o rádio, a TV, a internet, os CD-ROM, as revistas, jornais, livros entre outros. Cada qual com seu objetivo definido de acordo com sua clientela que por sua vez filtra os canais e até mesmo as informações na busca do seu crescimento intelectual.
Como maneira de diversificar a forma de aprender e ensinar, a Escola aderiu a estas tecnologias. Professores trabalham as informações de acordo com seu plano de trabalho, procurando desenvolver junto aos seus alunos as habilidades de criticar, de sugerir, de ler, de interpretar e até mesmo de escrever sobre o assunto. São habilidades indispensáveis nessa sociedade em que tudo envolve muita interpretação.
O professor como mediador tem papel fundamental na articulação destas informações, principalmente na filtração para o uso na educação. A busca através da pesquisa proporciona muitas descobertas, principalmente quando os mesmos produzem as suas próprias informações. Alunos resgatam sua auto-estima ao descobrir que sua produção pode ser trabalhada por outros colegas, valorizando ainda mais a sua produção. O trabalho com informativos ou jornais escolares são exemplos de produções significativas que vem ganhando campo em muitas escolas, principalmente por possibilitar um universo de abordagens.
O projeto “Jornal na Sala de Aula" da Escola Estadual “Vinicius de Moraes” visa proporcionar informações institucionais e educativas a toda comunidade, onde a finalidade principal está em despertar a produção e participação direta dos alunos, desta forma desenvolvendo os mais variados tipos de habilidades.
DESENVOLVIMENTO
A iniciativa de trabalhar com jornal parte do contexto de leitura e pratica pedagógica na sala de aula em que cada aluno desenvolve aptidões diferentes.
Levando em consideração o ambiente escolar propicio para produção textual e com isso devemos nos apropriar dos meios de comunicação que mais circulam entre os nossos alunos.
Considerando o jornal em meio de comunicação barato, acessível de linguagem fácil e de interesse geral por parte dos alunos em determinado contexto.
Tendo em vista a quantidade de gêneros textuais que compõem o corpo do jornal é imprescindível que a leitura será criteriosa, pois o jornal é apenas um suporte onde se organizam tais gêneros, cada deles com sua peculiaridade.
Portanto, trabalhar os textos jornalísticos na sala de aula é uma tarefa compensadora e eficaz porque o jornal, como fonte primária de informação (FARIA, 2005) pode ser considerado um dos mais importantes instrumentos de comunicação entre alunos e professores, a escola e sociedade. Informar os leitores de assuntos que fazem parte do seu contexto certamente despertará a curiosidade dos leitores envolvidos, principalmente se essa comunicação abordar princípios pedagógicos e de conhecimentos. A interpretação, a produção, os erros ortográficos e gramaticais, a falta de criatividade são fatos que preocupam a educação atualmente, mesmo com tantas inovações metodológicas, a forma com que o sistema avalia nossos alunos continua a mesma. As avaliações que medem os índices de níveis de aprendizados cobram muito a interpretação e a produção. Conseqüentemente professores buscam na medida do possível trabalhar vários tipos de linguagem textual para tentar amenizar os índices. Um jornal como recurso didático possibilita o trabalho com diversos textos, além de despertar nos alunos habilidades como: pesquisar, produzir, criticar, interpretar, discernir, corrigir, etc.
Segundo TAJRA (2001: 137), “A produção de textos é um dos componentes mais importantes para a consolidação de nossos conhecimentos. Quem se expressa, expressa-se em função de alguma situação e finalidade; quem conclui desenvolve uma visão critica sobre algo”.
A LEITURA DO JORNAL E SUAS PARTICLARIDADES
O jornal também proporciona um trabalho interdisciplinar, já que na elaboração do roteiro poderÃO ser distribuídas editorias de outras áreas, além do português. Qualquer produção exige do produtor uma prévia preparação e pesquisa, essa sistematização desperta as habilidades, resgata a auto estima e participa à comunidade os fatos e trabalhos desenvolvidos na escola.
Elencamos alguns dos principais objetivos que nortearam a execução desse trabalho:
- Utilizar a produção do jornal para informar, comunicar, integrar e amenizar os problemas relacionados à composição textual;
- Orientar a leitura dos cadernos do jornal e as principais características;
- Discutir as funções de cada parte do jornal;
- Analisar a estrutura do texto jornalístico;
- Envolver os setores e os segmentos da escola num processo de interação, buscando a efetivação do trabalho interdisciplinar e a aplicação da informática na educação.
- Desenvolvendo habilidades que venham trazer informações construtivas de nível institucional e educacional à comunidade escolar da Escola Estadual "Vinicius de Moraes”.
- Provocar o senso – critico do aluno para questões sociais, culturais e políticas;
- Compreender os diferentes discursos jornalísticos em cada contexto social;
- Conceituar as partes do jornal para maior entendimento do que cada contexto veicula.
- Aprofundar conhecimentos sobre temas transversais;
- Proporcionar ao aluno condições para construir conhecimento frente a situações específicas;
- Utilizar instrumentos e informações proporcionados pela tecnologia;
- Concretizar o trabalho interdisciplinar, envolvendo as disciplinas, seus professores e alunos;
- Comprometer e envolver os diversos segmentos da comunidade escolar na criação, elaboração e edição do jornal;
- Oportunizar ao aluno a experiência de montagem de um jornal.
Incentivar a leitura partindo do interesse do aluno;
ESTRATÉGIAS DE LEITURA E COMPREENÇÃO
A leitura do Jornal na Sala de Aula apresenta teoricamente uma estratégia de aprendizagem significativa, tendo em vista os tipos de textos que nele circulam.
No momento em que se analisa o jornal, a folha de rosto, ou seja, a pagina de abertura é composta por manchetes, editorial, expediente, principais noticias e quais cadernos ou paginas se encontram. Alem da linha fina que aparece abaixo da manchete principal, tendo como função explicar a manchete.
Há ainda o título, slogan, tiragem, preço, data e hora em que as ultimas noticias foram editadas.
Cada uma dessas partes cumprem determinada função e como tal devem ser estudadas.
Ao apresentar o jornal e seus cadernos vários gêneros estão dispostos de maneira concatenada; para que tenhamos maior clareza faz-se necessário conhecer como se estrutura o artigo de opiniões, a entrevista, horóscopo, a previsão do tempo, os classificados, anúncios e propagandas, infográficos e ainda mais legendas das noticias e colunas sociais.
Como cada um desses gêneros têm sua particularidade, sua forma de organização, uso dos tempos e modos verbais é a função a que eles se destinam, como informar, comprar, vender, denunciar, entreter e etc.
O desenvolvimento do projeto terá inicio com a escolha do grupo de trabalho, que poderá ser ou não fixo, podendo ser flexível a cada edição. Será atribuído um nome ao jornal escolar, através de sugestões de alunos da escola e avaliada por votação e equipe de professores e integrantes da equipe do jornal, depois a definição e distribuição das editorias abordadas.
Observando que estas deverão ser redefinidas a cada edição de acordo com o contexto e tema escolhido. E que todas as editorias podem ter ou não a participação de alunos que não fazem parte da edição do jornal.
A pesquisa e produção serão trabalhadas com professor de português responsável.
Em seguida inicia-se a fase de esquematização e designer no laboratório de informática, também com professor responsável. Nessa etapa do projeto serão definidos pelos alunos envolvidos, os padrões, modelos, letras e cores. Só depois de revisado os textos é que será iniciada a digitação do trabalho.
Para finalizar, o projeto terá uma nova revisão seguindo a última fase, a de impressão.
Nesses termos podemos concluir que a leitura do jornal não é apenas passar os olhos pela folha impressa, mas antes de tudo compreender definir o que ele realmente quer dizer.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendo em vista a avaliação como processo de aprendizagem entendemos que não ha como organizá-la dissociada do contexto.
Ela se dá no “chão da escola” no envolvimento recíproco em que alunos e professores, os principais autores envolvidos se redescobrem, reformulam e redirecionam em sua pratica de ensino aprendizagem.
Quando o professor lê o aluno ouve ou quando a ação é inversa ambos se apropriam de um privilégio onde a aprendizagem é uma via de mão dupla.
Enfim, ensinar aprendendo e aprender ensinando constitui a grande riqueza da avaliação.
Como o trabalho passa por várias etapas de revisão, será observada em cada grupo de trabalho a participação ativa em todas as tarefas desenvolvidas, em todas as revisões e visitas no laboratório.
Ao trabalhar caminhos percorridos para a solução do erro (sem saber que errou)
conseguimos encontrar as falhas e corrigí-las sem que ofenda o aluno e/ou diminua sua
auto-estima, desta forma incluir e não excluir nossos alunos.
Toda construção acontece pela verificação e depuração de caminhos.
Ao avaliar, não queremos medir conhecimentos, mas verificar falhas em nossa
prática mediadora e tentar outros métodos e metodologias que nos ajude a corrigí-las
à tempo.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
MATO GROSSO. Secretaria de Estado de Educação Orientações Curriculares: Área de Linguagem: Educação Básica./ Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso. Cuiabá: Defanti, 2010.
Orientações Curriculares Educação Básica Mato Grosso. Cuiabá: Defanti, 2010.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS – TERCEIRO E QUARTO CICLOS DO ENSINO FUNDAMENTAL: LÍNGUA PORTUGUESA. Brasília, Secretaria de Educação Fundamental MEC, 1998.
FARIA , M.A. O jornal na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2000 .SANTOS, M.L. A expressão livre no aprendizado da Língua Portuguesa. São Paulo: Scipione, 1993.