Sonia Maria Costa da Silva

Pesquisadora Iniciação Científica-CNPq/ PIBIC/UNISUAM (2005/2006)

Pedagogia-Gestão Escolar

Psicopedagogia Institucional/Docência Superior

[email protected]

Resumo

O presente relato aborda o avanço das novas tecnologias na área da educação e a importância do aperfeiçoamento que os docentes devem buscar para serem potencializadores das ações pedagógicas, sendo detentores de competências que agregam valor para o alcance dos objetivos institucionais.

Palavra – chave: Internet, Educação e Cyberalunos.

Introdução

"As novas tecnologias, como a Internet, forçam a adaptação ao meio e ao ambiente social. O professor se torna um elo de conhecimento dessas tecnologias inovadoras, transformando o processo de aprendizagem".

(Jakes Charles Andrade de Figueiredo, UFMG, 2006)

A informática deve caminhar buscando um objetivo único: a otimização do processo ensino-aprendizagem.

A invasão do cotidiano, pela Internet, associada a softwares educativos, sites especializados, blogs e orkut, obriga a repensar a relação histórica entre oralidade, memória, aprendizado e suportes da escrita.

Como toda tecnologia de massa, as TICs (Tecnologias da Informação e da Comunicação) não deixam de ter também suas duas pontas. De um lado, seus usuários, que as utilizam com precisão, que conseguem espremer o máximo de suas possibilidades e utiliza-las de acordo com os seus interesses. Do outro lado, os que entregam as máquinas os seus corpos e os seus potenciais, os que mantêm com elas uma relação de gozo imediato, de uma entrega voluptuosa, onde o vencido se põe, imaginariamente, como vencedor.

Cada vez mais, a internet é o principal meio de comunicação e consulta utilizada pelos jovens, crianças e adultos. Formando os "cyberalunos".

Hoje em dia, existem até mesmo sites especializados que contam com professores on-line para tirar dúvidas dos estudantes.

A internet é um poderoso banco de dados, uma enorme biblioteca á disposição dos estudantes. Porém, a má utilização da rede acaba criando uma certa nostalgia em relação à época em que só existiam os livros e enciclopédias para a realização das pesquisas escolares.

De acordo com Andréa Ramal (consultora em educação) é importante que as escolas recomendem aos alunos os sites mais confiáveis e aqueles que podem ser enriquecedores para quem busca conhecimento na internet.

A internet é uma fantástica ferramenta de comunicação e o professor pode se valer disso para levar os estudantes a intercambiar experiências com alunos de outras cidades e países.

O mercado da internet abrange também a terceira idade. A partir de salas de bate-papo, fórum de discussão e mural de recados, os "mais de 50" passam a promover encontros, viagens, bailes, etc. Os cursos de informática já implantaram a "informática para terceira idade", de olho nos mais velhos.

As Novas Tecnologias inseridas na Educação.

Uma vertente na educação é o Ensino á Distância, uma modalidade que vem crescendo no Brasil, facilitando a vida de quem não tinha tempo para estudar.

Muitas instituições do exterior e do país vêm oferecendo cada vez mais oportunidades de atualização e capacitação através do e-learning, utilizando ferramentas da educação á distância.

Segundo a consultora Andréa Ramal, a educação on line, sobretudo no âmbito coorporativo, já é vista como uma necessidade e uma garantia de desenvolver as competências dos profissionais de forma mais eficaz e com custos menores. "Há várias vantagens na educação on-line, como a possibilidade de interagir com pessoas de diversos lugares, com diferentes experiências", diz a consultora e doutora em educação pela PUC-RIO.

A rapidez das buscas; o acesso a todas as culturas do mundo; fazer novas amizades; rever velhos amigos; fazem parte desse mundo virtual. Para alguns profissionais da área da educação a internet está distanciando os alunos dos livros. Dessa forma, os professores devem procurar usar as novas tecnologias com sabedoria e entendimento, direcionando os seus alunos a construírem o conhecimento com capacidade crítica, buscando a interatividade.

A Era do Conhecimento traz como perspectiva para o Novo Milênio a internet.

Não podemos ignorá-la, pois as "lan house" estão espalhadas pelo país, sugando nossas crianças e jovens através dos blogs, jogos, orkut, msn, sites, chats e fóruns, facilitando a vida desse cyberaluno.

A aprendizagem contida no "código internético" não segrega, ela agrega o internauta e suas diferentes contribuições à língua materna em ambientes diferentes.

Portanto, os profissionais de educação, devem reconsiderar e reorganizar nossos procedimentos também pedagógicos quanto à leitura e a escrita dessa geração internética ou de nossos cyberalunos.

Estamos diante de novos espaços de formulação, produção e exposição do pensamento, em comunidade, e em rede.

Sendo assim, devemos nos aprimorar nessa nova vertente na educação, a internet.

È hora de aceitar suas reinvenções de tempo, espaço e lugar em todos os setores, sem medo.

Vivenciamos um novo tempo orgânico. Que está sempre em movimento, moldado pelas características dessa informatização.

Informação rápida. Informática. Internet.

Eis o brinquedo preferido, da Nova Era.

A Era Tecnológica.

Internet

"A Internet é um poderoso banco de dados, uma enorme biblioteca à disposição dos estudantes. Este ponto deve ser aproveitado", afirmou a doutora em Educação pela PUC-RJ, Andréa Ramal. Sendo que, sua má utilização cria certa nostalgia em a época dos livros e enciclopédias para a elaboração de pesquisas escolares.

De acordo com Andréa Ramal, são importantes que escolas recomendem aos alunos os sites mais confiáveis e aqueles que podem ser enriquecedores para quem busca o conhecimento na Internet.

"A Internet é uma fantástica ferramenta de comunicação e o professor pode se valer disso para levar os estudantes a intercambiar experiências com alunos de outras escolas e até mesmo de outras cidades e países. Até o professor pode se beneficiar desse mesmo recurso. O risco é quando a rede é usada de forma superficial e o aluno passa horas navegando sem se aprofundar em nenhum assunto. È como se ele passasse um dia inteiro numa biblioteca, mas só folheando os livros", destacou Andréa Ramal.

Cada vez mais, a ineternet é o principal meio de comunicação e consulta utilizada pelos jovens. Hoje em dia, existem até mesmo sites especializados que contam com professores on-line para tirar dúvidas dos estudantes. Segundo o professor de Educação on-line, da universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Marco Silva, o grande problema não é a Internet e sim o modelo de avaliação proposto pelas escolas.

"As escolas trabalham com o sistema de repetição e não o de criação. Logo, se a própria escola trabalha dessa forma, os alunos apenas estão seguindo o sistema imposto por ela. Porém, se a escola estimulasse, desde o início da carreira estudantil, o aluno a criar e a apresentar coisas novas, o famoso"copia e cola" não existiria", disse.

O educador não é mais aquele que vende seu tempo para a escola, mas sim aquele que detém competências que anexa valores para o alcance dos objetivos Institucionais. O professor que escolheu o caminho das oportunidades incorporou as habilidades e competências para a gestão de mudanças e processos.

O colar fragmentos em si não é problema, porém o professor precisa ajudar o aluno e mostrá-lo que, apesar deste ser um trabalho digno, nem sempre o aluno poderá se valer deste recurso. Muitas vezes ele não terá fragmentos para colar. Ao mesmo tempo em que ele exercita o "recorte e cola", ele pode exercitar a autonomia com base no que tem em mente, sem ter um material de apoio.

Na escola, linguagem e leitura estão engessadas por uma didática cuja estrutura, pensada por uma equipe pedagógica, sem diagnóstico ou compartilhamento, representa nosso código lingüístico com falas criativas e instrumentos flexíveis ou facilitadores da aprendizagem.

A maturidade traz o esquecimento das tantas rebeldias verbais e não-verbais de uma geração. O internauta sabe ler e escrever, e usa muito bem o código para isso. Essas ações o mantém dentro de um padrão, pois, na Internet, o primordial não é a conversa escrita, expressão resultante da articulação entre saberes. E com as novas ferramentas de conversação como o skiper e o parla, leitura e escrita (oralidade e escrita) foram amplamente misturadas.

O papel do professor deve ser o de prepararem-se para atuar nas diferentes modalidades de ensino; aprender a utilizar as NTCI no seu trabalho docente; elaborar materiais didáticos adequados às novas formas de ensinar e aprender; encontrar uma nova forma de ser e de fazer as práticas docentes, coerentes com as concepções que passam a fundamentar o processo educacional; trabalhar com projetos de aprendizagem colaborativa; realizar a mediação como incentivador, motivador, problematizador da aprendizagem; vencer preconceitos relativos ao ensino a distância; propor a utilização de programas aplicados à educação; utilizar a vídeoconferência, o chat, listas de discussão, o correio eletrônico, o CD-ROM, o power-point.

Internet é uma linguagem falada (escrita), representa a transformação da língua portuguesa, acrescenta novas maneiras de se comunicar usando diferentes signos lingüísticos ligados a diferentes "falares" e, segundo Bakthin, o básico é que "cada época tem seus códigos próprios de escrita e de linguagem e que os grupos culturais vão criando os seus códigos".

Conclusão.

O mundo passa por transformações a cada dia minuto devido aos avanços das Novas Tecnologias. Os professores gestor do conhecimento deve ser dinâmico, ousado, inovando sem se distanciar de sua missão de educar para um novo mundo.

A educação passa por reformulações internas e externas, realizadas pelos alunos e professores dentro de um contexto onde a tecnologia possibilita uma ação pedagógica, interagindo, motivando, inovando dentro da educação desenvolvendo o crescimento intelectual desses cyberalunos.

A Internet é uma vertente dentro da educação, exigida pela Era do Conhecimento. Essa geração está orientada dentro de estratégias em cujos objetivos se estruturam as maneiras como utilizarão os diferentes recursos e ferramentas de seu tempo.

Mas é preciso muita disciplina para construir o conhecimento usando as Novas Tecnologias. O professor deve buscar atualizações, em diversas áreas, constantemente para estimular seus alunos na construção do conhecimento utilizando as tecnologias contextualizando o ensino.

A escola da cibercultura pode tornar-se o espaço de todas as vozes, todas as falas e todos os textos. O desafio mais instigante é o do professor, que pode finalmente reinventar-se como alguém que vem dialogar e criar as condições necessárias para que todas as vozes sejam ouvidas e cresçam juntas.

Bibliografia

-Ramal, Andréa Cecília. Ler e escrever na cultura digital. Porto alegre: Revista Pátio, ano 4, n.14, agosto-outubro 2000, p. 21-24.

-www.universiabrasil.net/materia/materia; acesso dia 12/set./2006.

-Educação. Pesquisa ou cópia, virtual ou real? Rio de Janeiro: Folha Dirigida, junho-julho 2006, p.1.

-Belintane, Claudemir. O Cyberaluno. São Paulo: Revista Viver Mente&Cérebro, Suplemento Especial, n.6, 2006, p. 87-97.