INTERAÇÃO ENTRE CRIANÇAS COM E SEM NECESSIDADES EDUCACIONAIS

ESPECIAIS: POSSIBILIDADES DE DESENVOLVIMENTO

 

RESUMO

O estudo da educação especial no Brasil tem sido uma questão recorrente nos últimos anos. Esta pesquisa teve por objetivo investigar o processo de interação de uma criança com necessidades educativas especiais e seus colegas de sala de aula. Para a realização desta pesquisa partiu-se do seguinte questionamento: É possível a interação entre uma criança com necessidades educativas especiais e seus colegas em escola regular de ensino? A princípio a pesquisa relata a história da educação especial, mostrando quais fases que a inclusão passou pelo preconceito contra pessoas com algum tipo de deficiência, bem como a evolução da inclusão dos portadores de necessidades educativas especiais com as leis e adaptações curriculares que garantem a estes, a inclusão, a interação e a garantia de serem tratados com igualdade por todos. Sendo assim, o processo de inclusão de crianças com necessidades educativas especiais em escolas regulares de ensino ajuda no desenvolvimento e interação dessas crianças, promovendo o direito de conviver em sociedade.

Palavras-chave: Educação Especial, Necessidades Educativas Especiais, Inclusão e Interação.

INTRODUÇÃO

O estudo da educação especial no Brasil tem se tornado uma questão de grande interesse nos últimos anos. Entendendo a interação entre crianças como construção de aprendizagem nas relações e no exercício da cidadania, buscou-se neste trabalho o objetivo de investigar o processo de interação de uma criança com necessidades educativas especiais e seus colegas de sala de aula. Conversas informais com os alunos e a professora regente possibilitaram o esclarecimento de muitas questões práticas referentes à inclusão, o que proporcionou a delimitação das atividades e revelou algumas dificuldades relacionadas à interação.

A compreensão deste trabalho se deu através da leitura de Leis, de Resoluções, de Referencial Curricular e vários autores, entre estes, Batista e Enumo (2004), os quais foram usados como base para esta pesquisa.

 

EDUCAÇÃO ESPECIAL: História, Interação e Inclusão

Ao longo deste trabalho, apresentou-se a inclusão de uma criança com necessidades educativas especiais em uma escola regular de ensino, no intuito de investigar a interação dessa criança com seus colegas em sala de aula e na hora do recreio. Apesar do amparo legal que tem a educação em todos os níveis educacionais, sabemos que na prática, ainda existem algumas barreiras.

Com esse trabalho, percebeu-se que a criança com necessidades educativas especiais (F.E.) está incluída somente fisicamente na escola, pois ainda há uma considerável resistência por parte da escola, bem como de alguns professores para a inclusão de um aluno especial. Nesse sentido, o processo de desenvolvimento de interações de alunos com necessidades educativas especiais e seus colegas de sala fica muito difícil de acontecer, pois o professor é de suma importância no processo de inclusão bem como da interação entre alunos com necessidades educativas especiais e seus colegas, pois são agentes diretamente ligados com esses alunos. Sabemos que não é só incluir, mas sim agir na prática, adotar políticas públicas educacionais, comprometida com o novo paradigma sejam elas de âmbito Federal, Estadual, Municipal ou do Distrito Federal, em parcerias com Instituições de Ensino Superior e Organizações não-governamentais, que promovam mudanças curriculares, buscando a participação dos pais, funcionários e alunos neste processo, capacitando e apoiando os profissionais da educação.

Assim, buscar desenvolver nessas crianças, seus potenciais sociais e cognitivos, pode ser útil em suas vidas. De acordo com Batista e Enumo (2004) a intervenção junto ao aluno especial não é suficiente, concomitantemente, faz-se necessário a intervenção junto aos colegas que estarão próximos delas, de modo a assegurar uma real inclusão.

No processo de desenvolvimento a interação não só contribui para uma avaliação das conseqüências sociais, como também para auxiliar na prática educacional inclusiva, promovendo uma verdadeira interação e aceitação social de toda a comunidade educacional.

Com base no exposto, acredita-se que trabalhar com criança com necessidades educativas especiais, requer promover uma educação inclusiva eficaz, transformando a realidade e respeitando as diferenças, com a finalidade de formar cidadãos conscientes e participativos, atuantes na sociedade na qual está inserido.

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