1 INCLUSÃO: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

1.1 BREVE HISTÓRICO SOBRE INCLUSÃO

Para entendermos o processo de inclusão de pessoas com necessidades especiais na escola é preciso conhecer seu processo histórico de sua evolução em todo o mundo.

De acordo com os estudos de Pessot (1984, apud Silva 2010):

As crianças com deficiência física ou mental nascidas na Esparta eram eliminadas ou abandonadas, já que eram consideradas subumanas.  Dessa forma antes mesmo de ficarem sob os cuidados dos familiares, em Esparta, as crianças passavam por uma inspeção do Estado para que se verificasse se elas eram sadias e fortes. Após a inspeção as crianças consideradas doentes, frágeis ou deficientes eram abandonadas até a morte. (p. 15)

A educação dos surdos se desenvolveu de forma preconceituosa, pois os mesmos eram vistos como aberrações, pessoas incapazes, desqualificadas e sem direitos. Na antiguidade, as crianças que nasciam com algum tipo de deficiência eram executadas, essa prática era comum na época, muitos acreditavam que o deficiente era possuído pelo demônio, o que torna aconselhável o exorcismo com flagelação.

Na Idade Média, conforme princípios da doutrina cristã, o homem passa a ser visto como criatura divina e a prática execução de crianças com deficiência passou a ser condenada.

Conforme Silva, o cristianismo foi um grande marco, pois influenciou de forma positiva o acolhimento de pessoas com deficiência.

Destaca que, se, por um lado, com o cristianismo a pessoa com deficiência deixou de ser abandonada, passou a receber abrigo e alimentação nos asilos e conventos, por outro, exigências éticas e religiosas passaram a ser cobradas desses indivíduos. (2010, p. 16)

A educação inclusiva vem sendo amparada por leis que garantem o acesso a crianças com deficiência no ensino regular, cujas leis estão apresentadas abaixo:

Ao assinar a Declaração Universal de Direitos Humanos (1948), o Brasil optou por um sistema de educação inclusiva que defende a igualdade de direito a todos os cidadãos.

De acordo com Góes (2007) a Declaração de Salamanca (1994), refere-se aos direitos das pessoas com deficiência em ter acesso ao ensino regular. A responsabilidade em garantir esse direito é do poder público, assim sendo é considerado crime recusar a matricula de alunos com deficiências em escolas, devendo a mesma estar aberta e adaptada para atender as necessidades específicas de cada um.