Os educandos deficientes hoje, assim como a sociedade, vivem um momento de transição em relação às "normas e posturas", pois agora por conta das novas legislações, eles ocupam lugares antes impensáveis (o que é muito bom). A escola deveria fazer o papel do processo inicial de inclusão depois da família, no entanto a  maior dificuldade tem sido em relação ao preparo dos educadores em trabalhar com determinadas situações para as quais não foram preparados.
Como ensinar sobre tanta complexidade, inclusão, preconceito, intolerância e outras interfaces que não foram objetos de formação na academia? O princípio norteador de qualquer profissional, mais do que pelas convicções passa pela formação. Portanto o professor é vítima do despreparo social em lidar com os seus deficientes, que gozam de uma apregoada igualdade apenas em forma de leis.
Em um passado recente, os deficientes eram escondidos pelos seus familiares e era invisível para a sociedade. Isso tem mudado, não na velocidade necessária, mas temos avanços.
É preciso institucionalizar uma disciplina que trate da inclusão do deficiente no processo de formação dos educadores, será uma maneira de desmistificar mitos e dificuldades.
Não basta querer auxiliá-los em determinadas situações, é preciso conhecer para poder lidar a contento em uma sociedade dita pós- moderna, mas que ainda não aprendeu lidar com o dia-a-dia dos seus diferentes.
É possível deduzir que o olhar dos gestores, educadores e "especialistas" em grande escala continua ultrapassado, pois não é o educando deficiente que tem que ser incluído na escola, é a escola que tem que ser inclusiva, ou seja, reciclar-se continuamente, para firmar-se como verdadeiramente inclusiva.