Fundamentos Antropologicos e Sociais da Educação

Questionário de Auto-avaliação

Para iniciarmos sobre a compreensão e a busca das raizes da palavra “educação.”

A definição do que vem a ser Educação, certamente essa já não é uma tarefa fácil, visto que em cada momento, em cada fase do desenvolvimento histórico da humanidade, a Educação se caracterizou por fatores diferentes, o que implica dizer que, para definir Educação, precisamos antes informar em que contexto a estamos tomando. Nesse caso, pretendo afirmar que, o que buscamos é uma noção geral do termo Educação, sem maiores aprofundamentos, já que teremos oportunidade de fazê-lo em outros momentos da disciplina.

1-O que significam os termos:

a) Educere: compreendem que a educação se origina, de forma ainda mais antiga, do latim Educere que compõe a matriz etimológica de Educare e significa “retirar de dentro”, ou seja, trata-se de uma ação (ou processo) no qual, por uma ação mediadora, o educando (pessoa a quem essa ação ou processo se destina) faz desabrochar de si o conhecimento. (de dentro para fora) precisa de uma situação para você mesma realizar.

b) Educare: Educare vem do latim, onde significava “educar, instruir” e também “criar”. Essa palavra é composta por ex, “fora”, “guiar, conduzir, liderar”. (de fora para dentro) Para alguns autores, como J. Carlos Libâneo (2002), a palavra Educar se origina do latim Educare e significa “conduzir de um estado a outro”, ou seja, é modificar algo para uma direção diferente, e possível. Nesse sentido, podemos dizer que a Educação é uma ação (na verdade é um processo, mas avançaremos nesse conceito mais adiante) de fora para dentro do indivíduo.

Historicamente, essas duas concepções sempre se fizeram presentes na cultura ocidental, ora contemplando a educação como ação externa ao educando, ora contemplando a educação como ação interna do mesmo. Há ainda momentos em que as duas abordagens aparecem juntas.

2-A educação é um crescimento biológico puro? Por quê?

O ser humano não é biologicamente estático. Desde o momento da concepção até a morte, é por demais conhecida a ocorrência de transformações quantitativas e qualitativas, quer no sentido evolutivo e involutivo. Durante as duas primeiras décadas de vida, a principal atividade do organismo humano é crescer e desenvolver,fenomenos simultaneos e condicionados à maior ou à menor velocidade do processo maturacional e de sua interação com indicadores do ambiente.

Com o passar dos anos, são vários os degraus alcançados pelo homem, resumindo as funções básicas inerentes ao crescimento, o desenvolvimento e a maturação.

O crescimento é definido como sendo a transformação quantitativa, ou seja, no que diz respeito ao aspecto biológico, cronológicos (anos) e antropométricos (altura, peso, etc). Ou seja, o crescimento é o aumento na estrutura física realizada pela multiplicação de células.

O desenvolvimento é o aprimoramento de alguns componentes, sendo físico, mental, emocional, social, motor, ou seja, aprimorando o que era simples para um estágio mais evoluído.

A maturação se refere às transformações que capacitam o organismo alçar novos níveis de funcionamento. Com a maturação, cada dia que passa, estamos mais preparados para executar novas tarefas.

É importante ressaltar o verdadeiro papel da educação, que é fazer a mudança necessária na vida da humanidade e, que esses autores sejam e estejam capacitados para atuar dentro de uma nova concepção de aprendizagem. Com isso remete-se a pensar que não se devem somente aprender crescer e desenvolver, mas sim adquirir habilidades para ampliar, identificar, buscar e interagir na sociedade onde habita todos os conhecimentos adquiridos. E pela educação que o ser passa de individual (ao nascer) para o ser social.

3-A educação é um processo de desenvolvimento, maturação.

A maturação biológica alcança níveis intensos de modificação durante a puberdade, em nosso caso, trabalhamos somente com crianças. A maturação biológica pode ser definida como; todas as mudanças morfológicas e fisiológicas que acontecem durante o processo de crescimento devido às transformações físicas, psíquicas e sociais, estabelecendo um elo entre a infância e o final da vida adulta (velhice). Com a criança vemos algumas transformações, mas este estado se torna mais visível na puberdade. Ex: Pessoas que tentam forçar pessoas a aprender com dificuldade e com falta de humanismo como: os canhotos escrever com mão direita, cegos escrever, surdos escutar por ouvido e não sinais.

4-A educação tem como finalidade predominante.

É possível considerar como finalidades educacionais a socialização ou a endoculturação, ao passo que, vista como elemento de diferenciação social, é possível considerarmos a qualificação profissional, por exemplo, como uma das finalidades educacionais.

A educação também pode ser vista e compreendida do ponto de vista de sua finalidade. Sob esse aspecto ela pode ser compreendida como o processo desenvolvido para permitir aos indivíduos a sua inserção no grupo ou pode ser vista como elemento de diferenciação social, no qual o indivíduo tende Enquanto processo de sociabilização, a Educação é exercida nos diversos espaços de convívio social, seja para a adequação do indivíduo à sociedade, do indivíduo ao grupo ou dos grupos à sociedade. Nesse sentido, ela coincide com os conceitos de socialização e endoculturação, mas não se resume a estes.

Enquanto processo de diferenciação social, a Educação acontece em espaços determinados, com atuação específica de componentes técnicos e objetivos bastante determinados.

5-Se a educação é a socialização, porque existem problemas de convivência social?

A convivência entre diferentes é, quase sempre, um problema. Isso também ocorre quando a diferença envolve faixa etária, uma vez que grupos de variadas gerações podem possuir valores e interesses muito distintos. O jovem, por exemplo, visto muitas vezes como um "rebelde sem causa", que age de modo inconsequente e tanto desafia os limites de instituições tradicionais, como a família e a escola são, por outro lado, o mesmo que tem sido caracterizado historicamente como um revolucionário, aquele que se levanta contra uma situação estabelecida. São também os representantes das novas gerações, mais adaptadas às mudanças tecnológicas, que têm promovido grandes avanços nas relações de trabalho do mundo contemporâneo.

6-Escreva as três dimensões em que as estruturas e aprendizado de competências sociais que o aluno deve adquirir em sua opinião.

Segundo Ausubel (1980) a aprendizagem é um processo que envolve a interação da nova informação abordada com a estrutura cognitiva do aluno.
Dessa forma, sempre deve se considerar o conhecimento prévio que o indivíduo possui como ponto de partida para um novo conhecimento.
A aprendizagem ocorre quando a nova informação ancora-se em conceitos ou proposições relevantes, preexistentes na estrutura cognitiva do aprendiz, ou seja, quando este aluno encontra significado no que ouve.
Assim, são necessários pontos de ancoragem, ou subsunções de aprendizagem, que irão relacionar o novo com o que o aluno já sabe.
É necessário que o aluno encontre sentido no que está aprendendo, para que significativamente possa aprender.
É necessário, em sala de aula, partir-se dos conceitos que o aluno já possui.
O aluno deve relacionar entre si os conceitos aprendidos, o que torna significativa a sua aprendizagem.
A definição de conteúdo deve ser feita por meio de uma série hierárquica, a partir de uma avaliação do que o aluno previamente já sabe.
A teoria cognitiva de Ausubel Incentiva o uso de organizadores prévios que sirvam de âncora para a nova aprendizagem.
Materiais introdutórios devem ser apresentados antes do próprio material a ser aprendido.
“Pontes Cognitivas” são elos entre o que o aprendiz já sabe e o que ele deve aprender.
Ausubel é um defensor do construtivismo, ou seja, o aluno é o principal agente construtor de sua aprendizagem.
De acordo com a sua teoria, surgem conflitos cognitivos quando ocorrem contraposição de esquemas prévios e conceitos novos.
Não somente a nova informação, mas também o antigo conceito acaba sofrendo modificações pela interação entre ambos.
O ponto central de sua teoria é o termo SUBSUNÇOR, que pode ser entendido como o ponto cognitivo do aluno que dará sentido a um novo conhecimento.

7. Discuta a seguinte parágrafo e remover implicações para a prática educativa:

Nenhuma educação, mas muito menos a educação em valores pode ser confinado à esfera do conhecimento, não considerar se a tarefa exclusiva da escola, uma vez que o valor comprometido do homem e sua construção profunda como tal na decisão de assumir por conta própria seus compromisos com os demais, com a cultura e com a sociedade. As valorizações que cada homem faz vai tecendo a pessoa compõe a unidade e ainda determinado projeto ou pelo menos suas decisões e ações futuras. Homem vai realizando a valorização constante, não só de ideias, mas também de ideais (Unidaddidáctica, p. 19).

Sendo a educação uma prática social que acontece em várias instituições e atividades humanas (familiar, igrejas, escolas, organizações politicas e sociais, trabalho, nos meios de comunicação de massa, etc.), podemos falar de uma pedagogia familiar, política, etc. E também de uma pedagogia escolar, ampliando, assim, as forças de atuação no ser humano para geração de ser pensante com ideias e ideais.

Atualmente praticamente todas as escolas trabalham, exaustivamente, valores como solidariedade, cooperação, cultura da paz, conservação e preservação do meio ambiente, dentre outros, mas essas ações parecem não atingirem o alunado para que repense suas relações com o outro e com o mundo, pois, percebemos, que a sociedade na qual esse aluno está inserido teria que valorizar e entender esses apelos e no entanto, desconhecem ou ignoram.

8. Desenvolver um comentário sobre cada um dos quatros pilares emergentes da sociedada atual UNESCO propõe:

1ª Aprender a aprender adquirir instrumentos de compreensão, de busca de pesquisa, para a autonomia.

2ª Aprender a conviver, cooperação com os outros em todas as atividades humanas, visando troca de experiencias e respeito as diferenças.

3ª Aprender a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente, sendo agente ativo do processo.

4ª Aprender a ser, conceito principal que integra todos os anteriores, onde deixamos de pensar no ter para entendermos a base dos valores humanos que se encerram no ser.

9. Identifique alguns “centros de interesse" dos estudantes atuais social, a definir o perfil do grupo de estudante, e arbitrar uma ferramenta educacional para usar este centro como um foco central de interesse.

ü Público alvo: estudantes do ensino fundamental II;

ü Centro de interesse: celular

ü Trabalhar em sala de aula com pesquisas no celular sobre temas diversos. Em sala de aula um dos maiores desafios enfrentados pela equipe pedagógica é o uso dos celulares indiscriminadamente em sala de aula, ressignificando esse uso.

ü Motivo: a reclamação dos docentes gera em torno do uso indiscriminado pleos discentes do celular, dispersando-os.

10-A Diferença:

a) De ensino – aprendizagem:

A figura apresentada a cima é para demonstrar a relação entre ensino, treinamento e aprendizagem. “O treinamento se refere a uma mudança nas competências e o ensino como uma mudança no conhecimento. A aprendizagem é um processo em que se adquire com as novas competências e os novos conhecimentos, com o objetivo de se melhorar o desempenho”. Aponta o autor com base em conceitos apresentados por Rosenberg (2001).

b) Ensino – instrução:

Instrução é o domínio dessas informações passadas durante a educação. O ensino é que permite como e onde acontecem educação e instrução, o autor apresenta uma inter-relação entre essas palavras aparentemente iguais.

O ensino, contudo, requer uma intenção que envia a qualquer ser um caráter triádico (o que se ensina, e para quem se ensina) e através disso alcançar um objetivo seja ele de camada cognitiva, afetiva ou motora. Pelo conceito antigo de ensino, tem-se que ele representava a transmissão de conhecimentos o que abrangia, segundo Comeniuns, “a compreensão, memorização e aplicação”. Esse conceito foi revisto e hoje é representado como algo capaz de dirigir tecnicamente a aprendizagem para orientar a atividade em um sentido valioso para a vida.

Instrução, segundo Comeniuns é o conhecimento pleno das coisas, das artes e das línguas, isso se refere à preparação do indivíduo para sua participação numa ou noutra esfera da atividade social. Logo, a instrução não se apresenta como sinônimo de educação ou ensino, mas manifesta-se em ambos de modo a abrangê-los. Essa representação nos remete a vários questionamentos. Será que os conceitos representam a realidade que temos? Será que os diversos conceitos apresentados algum dia já foram postos em prática? É certo que o que conhecemos hoje não é em seu todo absoluto a imagem de definições e significados. Diante disso é imprescindível mostrar como está a educação hoje.

c) Conhecimento - Sabedoria.

Inteligência é algo que já vem conosco desde a concepção, portanto, é algo dado por Deus. E esta pode e deve ser desenvolvida. O homem é inteligente, ele até inventou um meio de medir a inteligência, o famoso QI – quociente de inteligência. Se é que se pode realmente medi-la. Outra definição: Inteligência é a capacidade de utilizar o conhecimento para ação racional e objetiva, com propósito construtivo e altruísta.

Conhecimento é algo que já existe e, que se adquiri com estudo, informações, meditação, visualização, audição, experimento e experiência de laboratório ou outro qualquer. Com o conhecimento exercita-se e desenvolver-se a inteligência e adquire-se a sabedoria.

Sabedoria é o uso adequado, equilibrado da inteligência e conhecimento durante os: um, dois, três, ...dez, trinta, sessenta, setenta, oitenta ou mais anos de vida que o Criador nos dá neste mundo.

Falar de sabedoria, de inteligência e de conhecimento, sem falar algo a respeito do grande Mestre que ensinou e ensina essas coisas, seria uma grande omissão.

O Mestre foi o próprio Deus conosco que Se tornou um ser humano, para nos ensinar o amor, pois Ele é amor. (I João: 4: 8).

d) Profissionalização - Humanização.

A humanização é um processo amplo, demorado e complexo, ao qual se oferecem resistências, pois envolve mudanças de comportamento, que sempre despertam receio e medo. Os padrões conhecidos parecem mais seguros; além disso, os novos não estão prontos nem em decretos, nem em livros, não tendo características generalizáveis pois cada profissional, cada equipe, cada instituição terá seu processo singular de humanização.

A profissionalização é o processo de racionalização e modernização das atividades administrativas, sendo caracterizada pela adoção de um código de conduta num grupo de trabalhadores, a substituição de métodos intuitivos por métodos impessoais e racionais, bem como a substituição de formas de contratação de trabalho arcaicas ou patriarcais por formas assalariadas. Também pode ser entendida como um processo de evolução em direção a um nível maior de formalidade, que pode ser traduzida em termos do desenvolvimento da estrutura organizacional.

e) Teoria-prática.

Teoria é uma palavra de origem grega “theoria” que tinha o significado nessa língua, de contemplar, olhar, especular ou examinar. Com a evolução da linguagem e, consequentemente do significado das palavras, teoria passou a ser o conjunto de princípios fundamentais de uma arte ou de uma ciência, ou a opinião sintetizada de princípios que precisam ser comprovados. Teoria é uma noção geral de hipóteses sobre qualquer fenômeno não conhecido.

O termo teoria pode ser aplicado a muitas áreas do conhecimento humano, podendo ter definições específicas em suas aplicações, mas, de um modo geral, pode ser entendido como uma forma de explicar um fenômeno através da observação de outros fatos.

Pratica é um treinamento sistemático por repetição de uma técnica ou atividade até o seu domínio. A prática vem deste o treinamento. Cumpre a você treinar com quem já é mestre em muitas práticas. Além disso, a prática para a qual você treina deve ser a mais eficiente.

Referências:

AUSUBEL. Psicologia Educacional. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980.

DELORS, Jacques. Educação: Um tesouro a descobrir. Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. São Paulo: Cortez, 1998.

http://br.monografias.com/trabalhos3/educacao-ensino-instrucao/educacao-ensino-instrucao2.shtml Acesso em 13/01/2016 19h6min

LIBÂNEO, J. C. Refletividade e Formação de Professores: outra oscilação do pensamento pedagógico brasileiro. In: PIMENTA, S. G. Saberes pedagógicos e atividade docente. São Paulo: Cortez, 2002.

MOREIRA, Marco Antônio; Teorias de Aprendizagens, EPU, São Paulo, 1995.

ROSEMBERG, M. E-Learning: estratégias para a transmissão do conhecimento na era digital. São Paulo: Makron Books. 2001.