FARMÁCIA CLÍNICA: UMA IMPORTÂNCIA AO IDOSO

 

                                      Bruno Rogério Ferreira [email protected]

                                                                Especialista                                                      farmacoterapia na farmácia clínica.     

 

  

    

 

RESUMO

Várias literaturas reconhece que, com a pessoa idosa, a predisposição com o consumo de medicamentos aumenta; Tanto os prescritos quanto não prescritos.

Considerando que com a idade avançada existem modificações da composição corporal, e a redução da função renal e hepática, no entanto alterando a farmacocinética e farmacodinâmica de diversos fármacos, fazendo com que pessoas idosas estejam suscetíveis com maior frequência a efeitos adversos e terapêuticos mais intensos.

Este artigo mostra com precisão, que a farmácia clínica no idoso, interfere em todo o tratamento no qual é submetido. Diminuindo as reações adversas, interações medicamentosas alterando as reações farmacocinéticas e farmacodinâmicas; Levando estes pacientes a uma melhor adesão no tratamento e uma qualidade de vida satisfatória.

 

Palavras Chaves: Interações medicamentosas, idoso, farmácia clínica.

 

ABSTRACT

Several literature recognizes that with the Elder, the predisposition to drug use increases; both prescription and non prescription.

Whereas with advanced age are changes of the body, and reducing the renal and hepatic function, however altering the pharmacokinetics and pharmacodynamics of different drugs, causing older persons are more often susceptible to adverse effects and therapeutic more intense.

This article shows accurately the clinical pharmacy in the elderly, interferes throughout the treatment to which it is subjected. Decreasing adverse reactions, drug interactions altering the pharmacokinetic and pharmacodynamics responses; Taking these patients better treatment adherence and a satisfactory quality of life.                                                                                                                     

 

Key Words: Interactions, elderly, clinical pharmacy.

INTRODUÇÃO

Medicamentos embora seja uma questão importante em todas as faixas etária, o grupo de pacientes idosos tem suas peculiaridades que devem ser assistidas de uma maneira mais clinica e responsável pelo farmacêutico.

No Brasil, dados de 1999 indicavam que a quantidades de pessoas com 60 anos ou mais era de 9,05%, Devendo alcançar 13% em 2020 (IBGE, 1998, 1999). Com essa proporção levará o Brasil na sexta posição de população idosa do mundo, e para acompanhar esse crescimento terá que demandar melhorias no sistema de saúde principalmente na assistência farmacêutica prestada a população (FONSECA E CARMO, 2000).

Pacientes idosos são assistidos por uma demanda maior de médicos, com isso o leva ao uso de vários medicamentos levando a grandes efeitos adversos, interações medicamentosas prescrições inadequado, não adesão ao tratamento, superdosagem e ou subdosagem (ANDERSON E KERLUKE, 1997).

Portanto deve se levar em consideração que o organismo do idoso apresenta mudanças das suas funções fisiológicas e não deve ser desconsideradas, pois podem levar a uma farmacocinética diferenciada e maior sensibilidade.

O uso de medicamentos constitui-se hoje epidemia entre idosos; cuja ocorrência o aumento exponencial da prevalência de doenças crônicas e das sequelas que acompanham o avançar da idade, o poder da indústria farmacêutica e do marketing dos medicamentos e a medicalização presente na formação de parte expressiva dos profissionais de saúde; atingindo o impacto de âmbito clinico e econômico e repercutindo na segurança do paciente (SECOLI, S.R, 2010).

A farmácia clinica constitui uma pratica profissional para o paciente, com o objetivo de que este receba o melhor tratamento medicamentoso possível, sendo o principal beneficiário das ações do farmacêutico. O objetivo do trabalho é ressaltar a importância da farmácia clinica no idoso relatando o uso de polifarmacia e algumas principais reações adversas e interações medicamentosas de algumas classes terapêuticas. Esse trabalho é um estudo baseado em referências bibliográficas e fontes de informações BIREME, LILACS, MEDLINE. Utilizando os seguintes descritores: Farmácia clínica, Idoso, Interações farmacológicas, polifarmácia. A revisão foi ampliada através de busca no site da ANVISA e Ministério da Saúde, referencias citadas nos artigos obtidos e livros. Os critérios de inclusão foram pacientes de ambos os sexos com idade acima de 60 anos, artigos com máximo de 10 anos de publicação e idioma em português e inglês. O total de artigos atendendo esses critérios foi de 20 artigos.

1. DESENVOLVIMENTO  

1.1 FARMÁCIA CLÍNICA

O conceito de farmácia clínica está imbuído pela filosofia de que o farmacêutico deve utilizar seu conhecimento profissional para promover o uso seguro e apropriado de medicamentos para os pacientes, em trabalho conjunto com outros profissionais da área da saúde. O farmacêutico passou a ter maior participação nas áreas de atenção ao paciente, incluindo componentes clínicos em seus serviços e tornando necessária sua integração na equipe multidisciplinar de atendimento ao paciente. Como consequência do desenvolvimento da indústria farmacêutica, que trouxe um grande aumento no numero de fármacos sintéticos disponíveis no mercado, verificou- se um aumento na frequência de problemas relacionados ao uso de medicamentos. A farmácia clinica surgiu com a finalidade de reduzir a ocorrência de tais problemas e por uma necessidade de mercado. O acesso dos pacientes aos serviços de saúde está prejudicado pelo grande número de usuários do sistema que têm frequentemente dificuldade de marcar consultas e retornos. O farmacêutico que está presente nas drogarias dos bairros próximas as suas casas é muito mais acessível (STORPIRTIS, SILVA, 2008).

1.2 PACIENTES IDOSOS

O principal motivo pelo qual a idade afeta a ação das drogas reside no fato de que o metabolismo das drogas e a função renal são menos eficientes nos idosos; de modo que, com algumas exceções, as drogas tendem a produzir efeitos maiores e mais prolongados. Outros fatores relacionados com a idade, como variação na sensibilidade farmacodinâmica, também são importantes para algumas drogas. Os fatores fisiológicos e os fatores patológicos, que são mais comuns em indivíduos idosos, podem influenciar os efeitos das drogas. A

composição corporal modifica- se com a idade, e a gordura passa a constituir uma maior proporção da massa corporal nos idosos, com  consequentes alterações no volume de distribuição das drogas. Além disso, as pessoas idosas consomem mais drogas que os adultos mais jovens, de modo que aumenta também o potencial de interações farmacológicas (RANG, H.P, 2001).

2. ALTERAÇÕES FARMACOCINÉTICAS

       Alterações no PH, devido à menor produção do ácido gástrico, afetam parte da população geriátrica, sendo que a maior parte dela mantém a produção gástrica durante toda vida. Em relação à motilidade gastrintestinal, podem ocorrer alterações, como redução no esvaziamento gástrico e redução no peristaltismo (WILEY, 2002).

      Apesar de essas mudanças fisiológicas no trato gastrintestinal serem evidentes, sua influencia na biodisponibilidade dos fármacos ainda não foi totalmente esclarecida. Acredita-se que essas alterações possam interferir em maior grau na biodisponibilidade do que possuam uma menor solubilidade e permeabilidade (HOFFAMAN, 2004).

     A massa muscular e reduzida com consequente diminuição do volume de distribuição de fármacos hidrofílicos, como a aspirina e muitos antimicrobianos. Sendo assim, doses semelhantes às empregadas em indivíduos jovens poderão resultar em maiores concentrações plasmáticas, aumentando a probabilidade da ocorrência de reações adversas (FRANCO ET AL, 2007). 

 Em acréscimo, a massa adiposa aumenta em 18 a 36% nos homens e em 33 a 45% nas mulheres (VESTAL 1997). Isso leva a um aumento no volume de distribuição de fármacos lipossolúveis, como os anestésicos gerais e benzodiazepínicos, que acabam por ser armazenados por mais tempo nesse tecido, resultando no tempo de meia vida mais longo e consequentemente prolongando seus efeitos (HOFFAMAN, 2004).

Na metabolização, os pacientes idosos podem apresentar redução da massa hepática com diminuição na quantidade de hepatócitos funcionais e redução do fluxo sanguíneo hepático (MONTAMAT ET AL. 1989)

Então afirma se que as mudanças mais frequentes em relação ao metabolismo envolvem o sistema microssomal hepático (fase l),com pouca ou nenhuma alteração no metabolismo de conjugação (fasell).( STEINER,1996; SOTANIEMI ET al.,1997).

Os benzodiazepínicos, que sofrem biotransformação por processo de oxidação (fase l) como, por exemplo, o alprazolam, diazepam, bromazepam, etc., apresentam redução da metabolização. Já nos benzodiazepínicos, que são metabolizados por glicuronidação ou nitro redução (fase ll), como o lorazepam,nenhuma alteração  farmacocinética em relação a idade foi observada. (GREEBLATT ET AL, 1991).

Alterações na filtração glomerular, fluxo sanguíneo renal e secreção tubular podem apresentar uma redução na função renal em pacientes idosos. A taxa de filtração glomerular é considerada a mudança farmacocinética mais importante em idosos, reduzindo 25 a 40%, além disso, o fluxo sanguíneo renal é decrescido em quase 1% ao ano,com redução da secreção e da capacidade de reabsorção tubular(MUHBERG E PLATT,1999).

2.1 ALTERAÇÕES FARMACODINÂMICAS

As interações farmacodinâmicas são as que fazem entre dois ou mais fármacos, através de seus próprios mecanismos de ação, ou competindo junto aos receptores específicos ou independentes de receptores (OGA, 2003b).

Apesar do amplo conhecimento com relação à resposta farmacocinética nos idosos, poucas respostas foram encontradas quanto às mudanças farmacodinâmicas. A resposta farmacodinâmica está relacionada ao número de receptores específicos na resposta intracelular à ocupação do receptor pelo fármaco (transdução de sinais) e nos processos que regulam a homeostase, preservando o equilíbrio funcional do organismo. Estudos têm mostrado que as alterações nos receptores farmacológicos se constituem em uma das principais causas da mudança da resposta nos idosos. Ocorre que a concentração plasmática para medicamentos hipnóticos (diazepam) seja diminuída 2 a 3 vezes entre as idades de 20 a 80 anos; o mesmo acontece com o midazolam (VUYK, 2003).

Pacientes idosos têm seus parâmetros farmacocinéticos e farmacodinâmicos alterados com a idade isso faz com que estes pacientes sejam mais sensíveis aos efeitos hipnóticos dos fármacos propofol (SCHNEIDER ET AL. 1998,1999).

A frequência de efeitos adversos co o uso de efeito antiflamatórios não esteroidais (AINES) no trato gastrintestinal e nos rins aumenta com a idade, sendo que 3 a 4% dos pacientes em tratamento com AINEs apresentaram sangramento em comparação com 1% dos indivíduos Jovens (AGS Panel on chronic Pain in Older Persons, 1998; et al., 1999).

3. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Interações medicamentosas são ações recíprocas dos componentes ativos dos medicamentos. Os efeitos resultantes podem ser benéficos quando melhoram a eficácia terapêutica ou reduzem seus efeitos adversos. As interações são prejudiciais quando aumentam exageradamente os efeitos farmacológicos dos princípios ativos, ou estes se antagonizam a ponto de anular, mesmos que parcialmente, seus efeitos terapêuticos.

Vários medicamentos comumente usados por idosos como, por exemplo, antiiflamatórios esteroidais (AINES), beta- bloqueadores, inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA), diuréticos, digoxina, antilipidêmicos, depressores do sistema nervoso central são potencialmente interativos. Há,ainda, os indutores(fenitoína,carbamazepina)e inibidores enzimáticos como, por exemplo, cimetidina, omeprazol que,frequentemente, encontram se envolvidos nas interações medicamentosas, que ameaçam à saúde do idoso.(PRYBYS KM, 2002).

É fundamental que os profissionais conheçam esses medicamentos potencialmente interativos, no intuito de prevenir eventos adversos decorrentes da combinação terapêutica. Apesar do difícil estabelecimento de relação causal, é possível predizer algumas interações medicamentosas.

A terapia combinada do AINEs e diuréticos tiazídicos, bem como dos IECA e AINEs pode causar alterações da função renal, desequilíbrio eletrolítico, alem de afetar a eficácia da terapia antihipertensiva. (GALVÃO, 2006).

A amiodarona e a digoxina usadas por muitos idosos que apresentam doenças cardiovasculares são implicadas em interações medicamentosas graves que podem causar respectivamente cardiotoxicidade e intoxicação digitálica. Muitas das interações medicamentosas apresentam grande impacto podendo resultar morte, hospitalização, injúria permanente do paciente ou insucesso terapêutico.

CLASSE TERAPÊUTICA /MEDICAMENTO

REAÇÕES ADVERSAS

CONSEQUÊNCIA CLÍNICA

Anti-inflamatórios não-esteroidais

Irritação e úlcera gástrica, nefrotoxicidade.

Hemorragia, anemia, insuficiência renal, retenção de sódio.

Anticolinérgicos

Redução da motilidade do TGI, boca seca, hipotonia vesical, sedação, hipotensão ortostática, visão borrada.

Constipação, retenção urinária, confusão, quedas.

Benzoadizepínicos

Hipotensão, fadiga, náusea, visão borrada, rash cutâneo.

Fratura de quadril, quedas, prejuízo na memória e confusão.

Beta-bloqueadores

Redução da contratilidade miocárdica, da condução elétrica e da frequência cardíaca, sedação leve, hipotensão ortostática.

Bradicardia, insuficiência cardíaca, confusão, quedas.

Digoxina

Redução da condução elétrica cardíaca,

Distúrbios no TGI.

Arritmias, náusea, anorexia.

Neurolépticos

Sedação, discinesia tardia, redução dos     efeitos anticolinérgicos, distonia.   

Quedas, fratura de quadril, confusão, isolamento social.

TGI: trato gastrintestinal _ SECOLI,SILVIA REGINA (2010)

Quadro 1. Medicamentos e classes terapêuticas associadas a reações adversas em idosos.

 

 

 

 

MEDICAMENTO

INTERAÇÃO COM

DESFECHOS CLÍNICOS

Amiodarona         

Anticoagulantes

Cisaprida

Tioridazina

Aumento do efeito anticoagulante

Risco de arritmias cardíacas

Risco de arritmias cardíacas

Anti-inflamatórios não

esteroidais.

Beta-bloqueadores

Diuréticos tiazidicos (clortalidona, hidroclorotiazida)

Redução do efeito hipotensor

Aumento do efeito anticoagulante

Aumento de reações adversas no TGI

Beta-bloqueadores

Bloqueadores canais de cálcio

(diltiazem, verapamil, anlodipina)

Antidiabéticos orais

Hipotensão

Alterações glicêmicas, hipotensão e sedação.

Digoxina

Amiodarona

Benzodiazepínicos

Hidroclorotiazida

Furosemida

Intoxicação digitálica

Captopril

Diurético poupador de potássio (espironolactona)

Furosemida

Antiácidos (hidróxido de Alumínio, Magnésio)

Alimentos

Sulfato ferroso

Fenotiazidas

(clorpromazina, flufenazina, prometazina)

Hipercalemia e alterações no ECG

Hipotensão

Redução do efeito hipotensor

Redução do efeito hipotensor (redução da biodisponibilidade em 35-40%)

Reações após injeção intravenosa, febre, artralgia. Hipotensão. Após via oral redução do efeito

hipotensor

Efeito aditivo – hipotensão postural

ISRS – inibidores seletivos de recaptação de serotonina, IECA – Inibidores da enzima conversora de angiotensina ECG – eletrocardiograma, TGI – [Trato-

Gastrintestinal] _ SECOLI,SILVIA REGINA (2010)

Quadro 2. Interações medicamentosas potenciais e respectivos desfechos clínicos.

 

CONCLUSÕES

Devido a um avanço significativo dos casos de interações medicamentosas, reações adversas em idosos é preciso incorporar na prática profissional farmacêutica um modelo que garante aos farmacêuticos a responsabilidade com a farmacoterapia e atuar como promotor do uso racional de medicamentos para melhoria da qualidade de vida do idoso.

A farmácia clínica tem um papel extremamente importante, desde o receituário que chega à mão do farmacêutico no balcão da farmácia até a dispensação do medicamento para o paciente; orientando, questionando os medicamentos que já toma, e fazendo um estudo dos medicamentos desses pacientes.

O farmacêutico é o profissional tecnicamente qualificado para otimizar a terapia medicamentosa, prevenindo, detectando e corrigindo problemas relacionados aos medicamentos, racionalizando a terapia medicamentosa e evitando o aparecimento de reações adversas, toxicidade e interações medicamentosas  satisfazendo assim as necessidades sociais ao ajudar os indivíduos a obter melhores resultados, e desta forma garantir o sucesso da terapia farmacológica.

 

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