A tuberculose é uma doença infectocontagiosa, que acomete principalmente os pulmões, sendo que pode se disseminar para outro órgão de forma linfo-hematogênica. O estudo teve como objetivo analisar a prevalência epidemiológica da tuberculose no município de Juazeiro do Norte Ceará. Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo e transversal. A partir do número de novos casos registrados, foi possível analisar a taxa de incidência da tuberculose no município, sendo possível identificar valores muito próximos da média nacional, o que leva a ser considerado um dos problemas de saúde pública em Juazeiro do Norte, exigindo esforços para acelerar a diminuição do número de novos casos. Percebe-se que o aumento na incidência de TB está relacionado à epidemia de HIV, problemas médicos sociais, abuso de álcool, drogas e qualidade de vida da população. Mesmo com o desenvolvimento estratégias para sua prevenção de controle os números de casos ainda causam preocupação constante dos setores responsáveis. Não se pretendia abranger a totalidade do conhecimento e nem esgotar as discussões sobre o tema, mas dar subsídios científicos que permitissem iniciar-se uma nova e mais aprofundada discussão. Cria-se possibilidade de um aprofundamento nos estudos referentes à Tuberculose e consequentemente incentivar a atuação dos profissionais de saúde.

1 INTRODUÇÃO 

A tuberculose (TB) é uma doença infecto-contagiosa, causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch (BK) (BRASIL, 2011). Existem relatos do aparecimento dessa patologia desde os primórdios, há 5.000 anos já eram descritos sintomas desta, por sua vez o agente causador M. tuberculosis já poderia estar presente há mais de 15.000 anos, após pesquisadores terem encontrado lesões compatíveis com a da tuberculose em múmias do antigo Egito (HIJJAR; PROCÓPIO, 2006). Acredita-se que foram os portugueses, os primeiros a apresentarem a tuberculose, sendo estes os responsáveis por trazê-la para o Brasil. Antes da chegada destes, não havia a doença entre os habitantes brasileiros, desde então a doença se instalou entre os nativos (FOCACCIA, 2009). A Tuberculose ainda é considerada um grave problema de saúde pública. Porém, nos últimos 10 anos, a incidência de casos de tuberculose no Brasil reduziu 20,2%, passando de 38,7 casos/100 mil habitantes em 2006 para 30,9 casos/100 mil habitantes em 2015. Já a taxa de mortalidade passou de 2,2 óbitos para cada 100 mil habitantes, em 2014, contra 2,6 registrados em 2004 (BOGAZ, 2016). A transmissão da Tuberculose é direta, de pessoa a pessoa, principalmente através do ar. Ao falar, espirrar ou tossir, paciente com tuberculose pulmonar lança no ar gotículas, de tamanhos variados, contendo o bacilo. As gotículas mais pesadas caem no solo. As mais leves podem ficar suspensas no ar por diversas horas. Somente os núcleos secos das gotículas (Núcleo de Wells), com diâmetro de até 5µm e com 1 a 2 bacilos em suspensão, podem atingir os bronquíolos e alvéolos e então iniciar a multiplicação (BRASIL, 2011). O diagnóstico é feito a partir da avaliação clínica do paciente. Este achado irá direcionar o profissional para possível conduta a ser adotada. Mais para fechar um diagnóstico de tuberculose deve sempre ser considerado os achados laboratoriais. Os exames associados são baciloscopia, cultura, teste tuberculínico e radiografias do tórax (BRASIL, 2002). Baseado no exposto a realização desta pesquisa tem como justificativa mostrar os números da doença no município de Juazeiro do Norte - CE e contribuir para um melhor conhecimento sobre a tuberculose e consequentemente incentivar a atuação dos profissionais de saúde nas ações de prevenção e controle da doença.