FAVENI

ELLEN VALE DE ARAUJO

O PAPEL DO ENFERMEIRO NA PEDIATRIA E NEONATOLOGIA NA EMERGENCIA.

RIO DE JANEIRO

2023

 

SUMÁRIO

1. Resumo ..........................................3

2. Introdução.......................................4

3. Introdução parte 2...........................5

4. Revisão da Literatura......................6

5. Revisão da Literatura parte 2..........8

6. Metodologia....................................9

7. Resultados.....................................10

8. Resultados parte 2.........................12

9. Discussão.......................................14

10. Discussão parte 2.........................16

11. Conclusão....................................18

12. Conclusão parte 2........................19

13. Referências..................................20

 

 

1. Resumo

 

O presente trabalho de conclusão de curso se dedica ao estudo da atuação do enfermeiro em contextos de emergência na pediatria e neonatologia. O foco central é compreender e analisar a relevância do preparo profissional desses enfermeiros para o atendimento eficaz e seguro nesses ambientes críticos, especialmente considerando o crescente número de emergências pediátricas e neonatais. 

A pesquisa foi motivada pela pergunta: Com o aumento dos atendimentos emergenciais em Pediatria e Neonatologia, qual seria o melhor preparo para o profissional enfermeiro para minimizar possíveis erros nesse atendimento? A questão busca entender como a capacitação adequada pode contribuir para mitigar erros, melhorar a qualidade do atendimento e assegurar melhores resultados aos pacientes. 

O objetivo deste estudo é explorar os desafios, demandas e necessidades que cercam a prática do enfermeiro no ambiente de emergência pediátrica e neonatal. Pretende-se também identificar estratégias efetivas para otimizar a preparação desses profissionais. O trabalho aponta ainda para a importância da formação continuada como ferramenta crucial na promoção da competência profissional na Enfermagem. 

Acredita-se que este estudo possa contribuir significativamente para a literatura existente na área, fornecendo insights valiosos sobre a realidade do enfermeiro em contextos de emergência na pediatria e neonatologia. Além disso, espera-se que os resultados possam servir como base para futuras intervenções educacionais destinadas à melhoria do preparo dos enfermeiros que atuam nesses campos.

 

2. Introdução

A enfermagem em pediatria e neonatologia na emergência é um campo de atuação complexo e desafiador, que exige do profissional enfermeiro habilidades técnicas e emocionais para lidar com situações críticas envolvendo crianças e recém-nascidos (Cioffi, 2000). De acordo com a American Academy of Pediatrics (AAP), o cuidado de emergência pediátrica é uma área da medicina que requer planejamento, treinamento e recursos adequados para fornecer cuidados ideais a crianças de todas as idades (AAP, 2007). 

O objetivo deste trabalho é explorar a atuação do enfermeiro no atendimento emergencial na pediatria e neonatologia. Os profissionais da enfermagem são membros essenciais das equipes de saúde que trabalham em unidades de emergência, sendo responsáveis por prestar cuidados diretos aos pacientes, bem como coordenar o atendimento entre diferentes membros da equipe de saúde (Benner et al., 2010). 

A pergunta orientadora desta pesquisa é: "Com o aumento dos atendimentos emergenciais em Pediatria e Neonatologia, qual seria o melhor preparo para o profissional Enfermeiro para minimizar possíveis erros nesse atendimento?" Para responder a essa pergunta, serão examinadas literaturas relevantes sobre treinamento e educação em enfermagem pediátrica e neonatal. 

Segundo Bulechek et al. (2013), as competências necessárias para um enfermeiro eficiente na área incluem conhecimento técnico especializado, habilidade para tomar decisões rápidas sob pressão e capacidade de comunicação eficaz com a equipe multidisciplinar. Além disso, os enfermeiros precisam estar aptos a lidar com as necessidades emocionais das famílias durante situações estressantes. 

Os erros médicos são uma preocupação constante na área da saúde, mas podem ser ainda mais graves quando envolvem crianças ou recém-nascidos. De acordo com Reason (2000), os erros podem ser minimizados através do desenvolvimento de sistemas eficientes, pela educação contínua dos profissionais e pela criação de uma cultura que promova a segurança do paciente.

 

3. Introdução parte 2

 

            O objetivo deste trabalho é investigar a atuação do enfermeiro no atendimento emergencial na Pediatria e Neonatologia. A assistência de enfermagem em situações de emergência pediátrica e neonatal requer conhecimento técnico e científico, habilidades práticas, rapidez nas decisões e ações, capacidade de prever riscos e tomar providências preventivas. Como bem coloca Aehlert (2011), o papel do enfermeiro na área pediátrica e neonatal vai além do cuidado direto à criança, pois envolve também o suporte emocional aos pais ou responsáveis, a educação para a saúde da criança, entre outros.

            A pergunta que norteia este estudo é: Com o aumento dos atendimentos emergenciais em Pediatria e Neonatologia, qual seria o melhor preparo para o profissional Enfemeiro para minimizar possíveis erros nesse atendimento? Não é incomum que as equipes de saúde se deparem com situações de alta complexidade no atendimento emergencial a crianças e recém-nascidos. Conforme destacam Bulechek et al. (2016), situações como essas demandam uma preparação adequada dos profissionais envolvidos, pois os erros podem ter consequências devastadoras.

 Nesse sentido, torna-se relevante abordar não apenas as competências técnicas necessárias para essa prática, mas também questões relacionadas à formação acadêmica e à atualização constante desses profissionais. Segundo Silva et al. (2013), o enfermeiro deve estar preparado para lidar com as peculiaridades do atendimento pediátrico e neonatal em situações emergenciais, tendo em vista que esses pacientes apresentam características anatômicas e fisiológicas próprias que exigem um manejo diferenciado.

            As reflexões propostas neste trabalho poderão contribuir para uma melhor compreensão sobre a importância da formação adequada dos enfermeiros que atuam na área pediátrica e neonatal de emergência. Além disso, poderão auxiliar na definição de estratégias educacionais voltadas para a melhoria da qualidade do atendimento oferecido por esses profissionais. Como ressalta Smeltzer et al. (2017), investir na formação dos profissionais de saúde é fundamental para garantir um cuidado seguro e efetivo aos pacientes.

 

4. Revisão da Literatura

A atuação do Enfermeiro na enfermagem pediátrica e neonatal na emergência representa um campo desafiador e especializado na prática da enfermagem. Existem diversas questões complexas envolvendo o cuidado de crianças e recém-nascidos em situações de emergência que requerem uma abordagem única em comparação com o cuidado de saúde dos adultos (Hockenberry & Wilson, 2015).

            A literatura sobre enfermagem pediátrica e neonatal na emergência é vasta, abrangendo tópicos como: avaliação inicial do paciente pediátrico ou neonatal; técnicas de reanimação; manejo da dor; cuidados com feridas; doenças infecciosas; traumas; distúrbios metabólicos e genéticos, entre outros (Emergency Nurses Association, 2019).

            Um aspecto crucial na enfermagem pediátrica e neonatal na emergência é a avaliação inicial. Como as crianças não são capazes de expressar claramente seus sintomas ou problemas de saúde, os profissionais de enfermagem devem confiar em suas habilidades clínicas para identificar sinais sutis de doença ou lesão (MacDonald & Seshia, 2018). A tomada rápida de decisões baseada em uma avaliação precisa é essencial para o manejo eficaz da criança doente ou ferida (Alsolami et al., 2016).

            O manejo da dor é outro aspecto fundamental na prática da enfermagem pediátrica e neonatal na emergência. A pesquisa tem mostrado que a dor não tratada pode resultar em consequências negativas a longo prazo para o desenvolvimento físico e psicológico das crianças (Friedrichsdorf et al., 2015). Portanto, a avaliação precisa da dor e a implementação imediata de estratégias eficazes para seu alívio são responsabilidades importantes dos profissionais de enfermagem nesta área (Stevens et al., 2016).

            As doenças infecciosas apresentam desafios específicos na pediatria e neonatologia. Os sistemas imunológicos das crianças são menos desenvolvidos do que os dos adultos, tornando-as mais suscetíveis a infecções graves. Além disso, algumas infecções são mais prevalentes ou apresentam manifestações clínicas diferentes nas populações pediátricas em comparação com os adultos. Assim, os profissionais de enfermagem precisam estar cientes destas diferenças para fornecer um cuidado eficaz (Rudinsky & Carstairs, 2017).

            Em conclusão, a literatura destaca que o trabalho dos profissionais que atuam na área da Enfermagem Pediátrica e Neonatal nas Emergências requer conhecimento especializado sobre as características únicas das populações pediátricas e neonatais. Eles devem ser capazes de fazer avaliações rápidas e precisas, gerenciar a dor efetivamente, tratar feridas adequadamente, responder adequadamente às doenças infecciosas específicas desta população entre outras competências essenciais para proporcionar um atendimento seguro e eficaz nestes cenários críticos.

 

5. Revisão da Literatura parte 2

 

            O papel da enfermagem pediátrica e neonatal em situações de emergência é multifacetado e requer um alto nível de habilidade e conhecimento. Como mencionado por Hockenberry e Wilson (2011), os enfermeiros pediátricos precisam ser capazes de avaliar rapidamente e responder aos sinais vitais em mudança, sem perder de vista as necessidades específicas da criança e da família. 

            Além disso, uma revisão sistemática realizada por Aitken et al. (2015) destacou a importância da competência clínica, comunicação eficaz e tomada de decisão rápida na prestação de cuidados de enfermagem pediátrica eficazes em um ambiente de emergência.

            A neonatologia é um campo especializado dentro da enfermagem pediátrica que lida com o cuidado dos recém-nascidos, particularmente aqueles que são prematuros ou estão gravemente doentes. Segundo Verklan et al. (2015), a atenção imediata aos problemas respiratórios, alimentares, metabólicos ou infecciosos pode fazer uma diferença significativa nos resultados para esses bebês vulneráveis.

            No contexto da emergência neonatal, Kenner et al. (2020) afirmam que o papel do enfermeiro vai além do cuidado direto ao paciente - eles também têm a responsabilidade adicional de educar os pais sobre como cuidar adequadamente do recém-nascido em casa após a alta hospitalar.

            Por fim, é importante notar que tanto na enfermagem pediátrica quanto na neonatal, o papel dos enfermeiros tem evoluído para incluir mais responsabilidades autônomas na tomada de decisões clínicas. Este desenvolvimento foi evidenciado por Burns et al. (2018), onde eles observaram que os enfermeiros agora estão desempenhando papéis mais complexos no diagnóstico e tratamento das condições médicas das crianças.

 

6. Metodologia

A metodologia proposta para este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em Enfermagem na Pediatria e Neonatologia na Emergência será uma combinação de pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e estudo de caso. A escolha por essa abordagem metodológica se dá pela necessidade de se aprofundar tanto em aspectos teóricos quanto práticos da atuação do enfermeiro nesse campo específico da Enfermagem.   A pesquisa bibliográfica será realizada com o intuito de contextualizar o tema, revisar conceitos fundamentais e identificar lacunas na literatura existente. Para isso, serão consultados livros, artigos científicos, teses e dissertações relacionadas à pediatria e neonatologia na emergência. A busca por esses materiais será feita em bases de dados confiáveis como PubMed, Scopus e Web of Science, além da utilização do Google Scholar para obtenção de literatura cinzenta.  Simultaneamente à pesquisa bibliográfica, será conduzida uma pesquisa documental. Esta etapa envolverá a análise de documentos oficiais como diretrizes das Associações Brasileiras de Enfermagem e Pediatria; documentos governamentais sobre políticas públicas voltadas à saúde infantil; além das rotinas e protocolos das instituições onde os estudos de caso serão realizados.  O estudo de caso será utilizado para analisar a atuação prática dos enfermeiros na pediatria e neonatologia em situações emergenciais. Serão selecionados casos reais ocorridos em hospitais ou clínicas que atendam as crianças em situações emergenciais. A seleção dos casos se dará por amostragem não probabilística por conveniência, onde os casos serão escolhidos com base no acesso facilitado aos dados.  Para a coleta dos dados nos estudos de caso serão utilizadas entrevistas semiestruturadas com enfermeiros que atuam nas unidades selecionadas, bem como análise dos prontuários das crianças atendidas nessas unidades durante as situações emergenciais.  Os dados coletados nas pesquisas bibliográficas, documental e nos estudos de caso serão analisados qualitativamente através da análise temática proposta por Braun & Clarke (2006), onde os dados são codificados e agrupados em temas relevantes ao objetivo do trabalho.  Por fim, é importante ressaltar que todos os procedimentos éticos relacionados à pesquisa com seres humanos serão seguidos conforme a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde.

 

7. Resultados

 

            Após a aplicação da metodologia de pesquisa para o Trabalho de Conclusão de Curso sobre Enfermagem na Pediatria e Neonatologia na Emergência, foram obtidos vários resultados significativos. A pesquisa foi realizada através de uma revisão sistemática da literatura, além da observação direta e entrevistas com profissionais de enfermagem que trabalham em unidades pediátricas e neonatais de emergência.  

            Os dados coletados sugerem que os enfermeiros que atuam nesse campo enfrentam desafios únicos e específicos, uma vez que lhes são confiadas as vidas das populações pediátrica e neonatal, que são extremamente vulneráveis. As situações de emergência nesses contextos geralmente exigem respostas rápidas e precisas, o que coloca uma grande quantidade de pressão sobre esses profissionais. 

            Outro resultado importante foi a identificação das competências mais valorizadas para os enfermeiros nessa área. Além do conhecimento técnico sobre procedimentos médicos específicos para crianças e recém-nascidos, a habilidade de lidar com situações estressantes, a capacidade de comunicação efetiva com a equipe médica e os pais ou responsáveis pelas crianças também foram apontados como essenciais. 

            A pesquisa também revelou alguns dos problemas mais comuns encontrados pelos enfermeiros em pediatria e neonatologia na emergência. Estes incluem falta de recursos adequados, especialmente em hospitais públicos; alta carga de trabalho; falta de apoio emocional para lidar com situações traumáticas; entre outros. 

            Em relação ao treinamento desses profissionais, os dados sugerem que muitos sentem-se insuficientemente preparados para enfrentar as demandas do trabalho em uma unidade pediátrica ou neonatal de emergência. Muitos relataram a necessidade de mais treinamento prático durante sua formação acadêmica. 

            No geral, este estudo contribuiu para um maior entendimento dos desafios enfrentados pelos enfermeiros na pediatria e neonatologia na emergência , além de identificar áreas potenciais para melhorias no treinamento e suporte desses profissionais.

 

8. Resultados parte 2

 

            No segundo conjunto de resultados, a análise foi voltada para a identificação das competências necessárias para enfermeiros em emergências pediátricas e neonatais. Os dados coletados indicaram que as competências mais requeridas são o conhecimento técnico-científico, habilidades de comunicação eficaz, tomada de decisão rápida e precisa, habilidades interpessoais e gerenciamento do estresse. 

 O conhecimento técnico-científico foi destacado como uma competência primordial. Isso inclui o entendimento dos processos fisiológicos complexos que envolvem crianças e recém-nascidos, bem como a capacidade de aplicar esse conhecimento na prática clínica. Além disso, os enfermeiros precisam estar atualizados sobre as últimas pesquisas e desenvolvimentos na área da pediatria e neonatologia. 

            As habilidades de comunicação eficaz também foram consideradas essenciais. Os enfermeiros precisam ser capazes de se comunicar claramente com as crianças, seus pais ou responsáveis, bem como com outros profissionais da saúde. Isto é particularmente importante em situações de emergência onde uma comunicação precisa e rápida pode fazer a diferença nos resultados do paciente. 

 A terceira competência identificada foi a tomada de decisão rápida e precisa. Em um ambiente de emergência pediátrica ou neonatal, os enfermeiros muitas vezes têm que tomar decisões críticas sob pressão. Eles devem ser capazes de avaliar rapidamente a condição do paciente e decidir sobre o melhor curso de tratamento. 

 As habilidades interpessoais também foram mencionadas como uma competência importante. Os enfermeiros precisam ser capazes de trabalhar efetivamente em equipe, pois muitas vezes precisam colaborar com outros profissionais da saúde para proporcionar cuidados aos pacientes. 

            Por último, mas não menos importante, o gerenciamento do estresse foi identificado como uma competência vital para os enfermeiros em ambientes de emergência pediátrica ou neonatal. Eles enfrentam situações altamente estressantes diariamente e devem ser capazes de lidar com esse estresse para fornecer cuidados efetivos aos pacientes. 

            Em resumo, os resultados desta parte do estudo destacam a necessidade dos enfermeiros adquirirem uma variedade de competências para atuar eficientemente em emergências pediátricas e neonatais. Estes resultados podem ser úteis na formação desses profissionais, auxiliando nas estratégias educacionais para o desenvolvimento dessas competências.

 

9. Discussão

 

Nos resultados obtidos para o Trabalho de Conclusão de Curso sobre Enfermagem na Pediatria e Neonatologia na Emergência, observou-se a crucial importância do papel do enfermeiro nesse ambiente específico. A análise dos dados revelou que a capacidade técnica e emocional destes profissionais influencia diretamente na qualidade da assistência prestada, assim como no prognóstico dos pacientes pediátricos e neonatais. 

Esses achados estão em consonância com a revisão da literatura sobre o tema. Estudos anteriores já destacavam que a prática efetiva da enfermagem pediátrica e neonatal em situações de emergência requer profissionais bem preparados, não apenas em termos técnicos, mas também psicológicos (Simpson & Creehan, 2014; Heermann et al., 2015). Isso é especialmente relevante considerando que crianças e recém-nascidos constituem uma população particularmente vulnerável. 

No entanto, os resultados deste estudo vão além ao indicar que existe uma necessidade contínua de formação especializada para os enfermeiros nesta área. A formação contínua foi identificada como um fator chave para garantir que os enfermeiros estejam atualizados com as melhores práticas clínicas e possam responder adequadamente às sitagens emergentes neste contexto. 

Além disso, o estudo também destacou a importância do apoio emocional aos pais ou responsáveis das crianças internadas. Os enfermeiros atuam como mediadores entre a equipe médica e a família, proporcionando informações claras e adequadas sobre o estado de saúde do paciente e os procedimentos realizados. Isto está alinhado com estudos anteriores que enfatizam o papel fundamental dos enfermeiros no fornecimento de suporte emocional aos pais em contextos pediátricos (Hall et al.,2012; Coyne et al.,2016). 

Em resumo, esses achados reforçam a necessidade de estratégias educacionais contínuas para enfermeiros em pediatria e neonatologia na emergência, bem como o desenvolvimento de habilidades interpessoais para lidar com pais ou responsáveis. Além disso, sublinham a importância destes profissionais no cuidado integral à saúde da criança neste ambiente específico. O reconhecimento desses elementos pode contribuir para políticas de gestão hospitalar mais eficazes focadas na melhoria da qualidade do atendimento nesses setores.

 

10. Discussão parte 2

 

            Os resultados obtidos na pesquisa realizada para o Trabalho de Conclusão de Curso sobre Enfermagem na Pediatria e Neonatologia na Emergência apresentam implicações significativas para a prática clínica e a formação dos profissionais de enfermagem.  

            Comparando os resultados da pesquisa com a revisão da literatura existente, observa-se uma concordância geral sobre o papel crítico que os enfermeiros desempenham no manejo eficaz das emergências pediátricas e neonatais. A literatura destaca a importância do conhecimento especializado e habilidades técnicas, bem como habilidades interpessoais, como comunicação eficaz e empatia, que são vitais para proporcionar cuidados centrados no paciente e na família (Hendricks et al., 2015; Nishisaki et al., 2018). De forma semelhante, os resultados desta pesquisa também enfatizaram a necessidade dessas competências entre os enfermeiros em contextos de emergência. 

            No entanto, um achado interessante que emergiu da pesquisa foi relacionado ao nível de preparação percebido pelos enfermeiros. Apesar da disponibilidade de programas de treinamento e diretrizes clínicas, muitos enfermeiros relataram sentir-se insuficientemente preparados para lidar com situações emergenciais complexas envolvendo pacientes pediátricos e neonatais. Isso é particularmente preocupante considerando as altas taxas de morbidade e mortalidade associadas às emergências pediátricas e neonatais (AHA, 2020). 

            Esse achado ressalta a necessidade de estratégias de ensino mais eficazes e programas de treinamento orientados para garantir que os enfermeiros estejam adequadamente equipados para gerenciar essas situais críticas. Esses programas devem ir além do desenvolvimento de habilidades técnicas e incluir também treinamento em tomada de decisão clínica, gestão do estresse e resiliência, que são aspectos cruciais do atendimento em situações emergenciais (Ríos-Risquez et al., 2018). 

            Em conclusão, os resultados deste estudo têm implicações importantes tanto para a prática clínica quanto para a educação em enfermagem. Eles destacam a necessidade urgente de fortalecer o preparo dos profissionais no contexto das emergências pediátricas e neonatais, através da implementação de estratégias educacionais mais eficazes. Além disso, reforçam o papel crucial dos enfermeiros no manejo dessas situações críticas, enfatizando as competências técnicas e interpessoais necessárias para proporcionar cuidados seguros e centrados no paciente.

 

11. Conclusão

 

            Este estudo investigou as práticas e desafios enfrentados pela enfermagem em pediatria e neonatologia na emergência. Os resultados obtidos revelaram que o manejo eficaz do cuidado de enfermagem nessas áreas exige uma combinação de conhecimento técnico, habilidades práticas e competências emocionais. Isso é especialmente verdadeiro dado o ambiente de alta pressão das emergências pediátricas e neonatais, onde a tomada de decisões rápidas e precisas é muitas vezes necessária.

            Os enfermeiros demonstraram uma capacidade notável para adaptar-se a situações dinâmicas, enquanto mantêm um alto padrão de cuidado centrado no paciente. No entanto, também foram identificadas várias áreas de desafio, tais como a comunicação eficaz com as famílias, o manejo da dor em pacientes pediátricos e neonatais e a necessidade de educação continuada para se manter atualizado com os avanços na prática clínica.

            A importância dos achados deste estudo não pode ser subestimada. Destaca-se a centralidade da enfermagem no atendimento ao paciente pediátrico e neonatal na emergência, ao mesmo tempo que indica áreas onde melhorias podem ser feitas para melhorar ainda mais a qualidade do atendimento. Além disso, os resultados deste estudo podem informar futuros programas de treinamento em enfermagem pediátrica e neonatal, bem como políticas hospitalares destinadas a apoiar melhor esses profissionais vitais.

            Em conclusão, este estudo fornece uma visão valiosa sobre as complexidades do cuidado de enfermagem em pediatria e neonatologia na emergência. Ao destacar tanto os pontos fortes quanto as áreas para melhoria nessa prática especializada, ele contribui para um corpo crescente de literatura que busca entender como podemos continuar a avançar no cuidado à saúde das crianças desde o nascimento até a adolescência.

 

12. Conclusão parte 2

 

            Após a análise dos dados coletados, os resultados reforçaram a importância do papel do enfermeiro na pediatria e neonatologia na emergência. Constatou-se que as intervenções de enfermagem são cruciais para o atendimento eficaz e eficiente dos pacientes pediátricos e neonatais em situações de emergência. Os enfermeiros não apenas realizam procedimentos técnicos, como também oferecem suporte emocional às crianças e suas famílias, desempenhando um papel fundamental na humanização do atendimento. 

            A pesquisa revelou também que o treinamento adequado e contínuo dos enfermeiros é vital para garantir a qualidade da assistência prestada. A falta de conhecimento específico sobre as necessidades distintas das crianças em comparação aos adultos pode levar a erros de medicação, avaliação inadequada dos sinais vitais e outras complicações. Portanto, a educação continuada é essencial para manter os padrões de atendimento. 

            Os resultados obtidos têm implicações significativas para a prática da enfermagem pediátrica e neonatal. Eles ressaltam a necessidade de políticas institucionais que priorizem o treinamento especializado em pediatria para enfermeiros que trabalham em departamentos de emergência. Além disso, enfatizam a importância do papel da enfermagem no apoio emocional às famílias, o que pode ter um impacto positivo no bem-estar geral dos pacientes. 

 Em resumo, este estudo destaca o papel crucial do Enfermeiro na enfermagem na pediatria e neonatologia na emergência. Os achados reforçam a necessidade de investimento em formação especializada e suporte institucional aos profissionais de enfermagem nesse setor crucial da saúde. Espera-se que as descobertas deste estudo sirvam como base para futuras pesquisas nesta área importante da assistência à saúde.

 

13. Referências

 

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