UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL CURSO-LICENCIATURA EM PEDAGOGIA A DISTÂNCIA POLO-ITAQUI/RS ARTIGO Experiência Docente II ACLPD- Kele Vanusa de Souza de Souza TUTORAS PRESENCIAIS- Juliandra Sanchotene e Brunari Meichtry. ITAQUI, RS 2014 RESUMO O trabalho docente é embasado nas ações previstas e planejadas com a intencionalidade de desenvolver saberes significativos que apresentem resultados positivos no âmbito escolar, sendo uma complexa e polêmica relação entre os pensamentos e as linguagens que se misturam a um processo de formação do indivíduo. Não basta apenas planejar se não houver a consideração de uma realidade que exige uma prática atenta às necessidades e que corresponda as expectativas. As variações encontradas em sala de aula, muitas vezes interferem na distribuição dos conteúdos, no entanto, é necessário priorizar as diferenças de ritmos e tempos dos alunos, sendo pertinente por inúmeras vezes a inserção de métodos que potencializem e contemplem de forma significativa o aprendizado, e analiticamente consiga-se perceber as situações em que devam ser promovidas formas avaliativas do desenvolvimento, para que com qualidade, seja possível dar sequencia aos demais segmentos. Em toda a ação do processo educativo, deve-se ter a consciência da importância dos métodos e habilidades que impulsionam o fazer pedagógico, sendo que a maioria dos professores precisam se desfazer de métodos engessados, e apostar no investimento da inovação, criatividade e posteriormente na concretização dos objetivos dando sentido às práticas a serem desenvolvidas. Introdução O objetivo desse artigo é compartilhar as experiências realizadas em nosso estágio, considerando a abordagem e reflexão sobre a mobilização dos saberes experimental na área docente das séries iniciais. As formas de mediação contextualizada trazem consigo resultados imediatos e de relevância nas práticas docente, sendo que o dever do educador é construir um caminho no qual o indivíduo tenha uma formação significativa, e apresente em seu desenvolvimento equilíbrio, coordenando as ações em sala de aula, dando ênfase ao desenvolver das práticas com a intencionalidade de integrar novas descobertas. O planejamento é uma programação antecipada das ações previstas que visam à potencialidade e qualificação, tendo o professor comprometimento na contemplação das necessidades a partir do conhecimento da realidade da turma, sendo ele mediador de estratégias que fazem a diferença na hora de “ensinar” e de “aprender”, pois sabemos que cada criança tem seu próprio ritmo e é de suma importância considerar as demandas existentes no meio. Saindo dos métodos tradicionais de ensino, a busca do professor é incessante no que diz respeito às práticas consideradas adequadas, fazendo com que esteja sempre procurando “algo a mais”, para dar significado no cotidiano da turma, e é nesse momento que entram questões norteadoras que possibilitam a proximidade do aluno/professor, buscando um entendimento que ressalte a compreensão, o aprendizado e adaptação de mecanismos que favoreçam o processo educativo, fortalecendo os laçosde construção e desenvolvimento dos indivíduos. DESENVOLVIMENTO Acredito que a ação pedagógica traz consigo o comprometimento de transmissão de saberes, e também de mediação na construção fundamental para o desenvolvimento dos educandos. Para que seja possível uma aprendizagem eficiente e de qualidade, não são necessários ambientes e recursos especiais, e sim fazer do meio no qual disponibilizam, uma oficina de probabilidades, que transmitam aos alunos mesmo que na simplicidade, formas diversificadas e coerentes para a eficácia de aprender, garantindo o seu crescimento,levando em conta a realidade da turma. As demandas durante o estágio giram em torno das diversidades e heterogeneidades existentes em sala de aula. O professor busca trazer um planejamento que abranja as necessidades de modo geral, portanto, ao depara-se com a realidade, é constatado a importância de mudanças constantes, ou seja, através de análises comportamentais dos alunos é possível diagnosticar a carência e desnível intelectual, não que estejamos desmerecendo alguns alunos, mas sim considerando o tempo e ritmo de cada um. O acompanhamento durante o estágio nos proporcionou uma experiência mais abrangente sobre as ações estratégicas que fazem parte do processo educativo, considerando as inúmeras situações dentro de sala de aula, tais quais: A desatenção, dificuldades de aprendizagem e outros itens que fazem parte desse universo pedagógico. Foram necessárias adaptações que contemplassem as necessidades da turma, por exemplo: Em um mesmo dia agregamos mais atividades e conduzimos de forma relevante e dialógica os conteúdos, para que pudéssemos ter suporte que contribuíssem para o desenvolvimento positivo de nossos objetivos, tornando possível um nível satisfatório após cada dia de aula consolidado. Sabemos que um planejamento, por mais que seja bem elaborado, corre o risco de alterações e sempre haverá como qualificar esse ensino através de improvisos nos quais o professor automaticamente sente a necessidade do mesmo. No planejamento foi considerada a forma de ensinar, buscando ampliar a visão pedagógica e focar nos conceitos educacionais conforme o vínculo criado, no entanto, as estratégias utilizadas foram adequadas para que houvesse maior desenvolvimento da leitura, da escrita e de conceitos matemáticos, bem como também, deveres e direitos sociais, hábitos diários higiênicos e corteses, fatores importantes como o desenvolvimento de habilidades, coordenação motora, raciocínio lógico, desenvolver criações, reaproveitamento de materiais recicláveis, e uma relação afetuosa para com os alunos, pois o educador não é somente um transmissor de conhecimentos, ele é também uma espécie de para-raios, para receber uma grande carga de informações e atitudes, no qual o aluno reflete e transfere (ao professor), através do comportamento em aula como se fossemespelhos de seus problemas, momentos estes, nos quais são atribuídas responsabilidades exclusivas ao educador. O professor tem o dever de seguir as normas da escola, e desenvolver a grade curricular conforme lhes são impostas, no entanto, nem sempre é possível seguir as regras, são encontradas barreiras que promovem alguns atrasos devido aos prazos de distribuição dos conteúdos, pois devem ser considerados a receptividade, interesse e desenvolvimento do aluno, sendo importante visualizar as demandas, e perspectivas que devem estar articuladas a uma atenta e ampliada análise para a realidade, desse modo foi desenvolvido um trabalho dentro da programação dos conteúdos, porém com ações que produziram melhores efeitos na aprendizagem, conduzindo uma metodologia flexível e favorável ao “aprender significativo”. A partir das relações existentes em sala de aula, foi possível detectar a melhor forma de agir, na qual foi evidenciada a aprendizagem e não aprendizagem, através de avaliações prévias, que nortearam nossa linha de trabalho para a complementação das práticas mediante ao planejamento, contemplandoas questões colocadas em pauta, que foram desenvolvidas conforme as alterações necessárias. Acredito que as escolhas de conteúdos potencializaram a aprendizagem devido a variedades de recursos utilizados, pois ao percebermos resultados não muito satisfatórios, sempre eram introduzidas novas estratégias que vinham de encontro com a necessidade do momento. A escola foi um ponto de apoio significativo, disponibilizando recursos e possibilidades que contribuíram para que tivéssemos resultados positivos na busca de novas metodologias que garantissem uma aprendizagem de aspectos qualificativos. Nos primeiros contatos, acredito ser essencial observar as dimensões que envolvem o cotidiano, ou seja, as tomadas de decisões, as propostas políticas e pedagógicas, como se dá o relacionamento entre os sujeitos , a maneira em que são trabalhadas as questões em torno das limitações mediante à realidade vivenciada pela escola, focando na construção e consolidação do projeto gestor, nos inteirando dos métodos funcionais, para que sejam esclarecidas com amplitude o modo em que a escola atua diante de vários setores e suas ações, sendo importante considerar as demandas, Seguindo uma meta dialógica, poderemos compreender nesse processo investigativo as ações que potencializam o andamento da escola, buscando nos aproximar dos sujeitos atuantes (diretor, coordenador, secretários, professores e outros) com o intuito de buscar auxílio no entendimento sobre o desenvolvimento desses mecanismos, e como se definem na construção de uma escola que busca ser o diferencial dentre outras, portanto, devemos nos ater na busca de respostas que inclua em nosso trabalho, além desses importantes conhecimentos sobre o âmbito, uma maneira eficaz de desenvolver nossas aulas dentro dos padrões pedagógicos exigidos . É importante ressaltar que a escola faz uma mediação embasada na interação e construção de conhecimentos, sendo ela um espaço de formação em que a aprendizagem dos conteúdos ali apresentados, sejam favoráveis e relativas no cotidiano, com a intencionalidade de conscientização das questões sociais e culturais, estimulando o aluno ao crescimento e desenvolvimento de suas capacidades, habilidades e compreensão, sendo compromissada a interferir efetivamente para que haja socialização e desenvolvimento, assumindo a valorização cultural e ultrapassando seus limites, sendo propiciado aos alunos de diversas diferenças sociais o mesmo acesso ao saber, para que haja o equilíbrio no “pensar” e desenvolver as propostas de ensino que qualifiquem as práticas pedagógicas tornando-as eficientes e necessárias. PLANEJAMENTO- O planejamento permite ao professor prever as ações e mediar possibilidades, tornando-se um instrumento de percepção da realidade, que serão vivenciadas em sala de aula, sendo elaborado de acordo com o contexto social, respeitando os fatores internos do ambiente, ou seja, é necessária uma elaboração de acordo com a realidade considerando a faixa etária,conhecendo as necessidades e as exigências da escola, mesmo que muitas vezes não se tem como prever ações que correspondem a possíveis intervenções ali apresentadas.As ações de um professor devem ser voltadas ao aprendizado satisfatório de seus alunos, buscando observar através das necessidades individuais e coletivas da turma, e introduzindo meios que os ajudem em suas limitações e dificuldades, ou seja, deve-se avaliar o tempo e ritmos de cada um para que seja possível adaptar formas nas quais os alunos sejam alvos de um objetivo já planejado e para que esse mesmo objetivo tenha um bom resultado. É necessário haver um planejamento que contemple vários ângulos, encaminhando propostas que venham de encontro com as expectativas do aluno/ professor, para que promovam instabilidade e equilíbrio ao meio, sendo utilizados modos simples, porém, significativos na aprendizagem, como por exemplo: a utilização de jogos, quebra-cabeças e outros que despertem a interatividade, a curiosidade e também desenvolva o raciocínio lógico. O planejamento é de certa forma uma “cartada a mais” que os professores têm para garantir o sucesso de seu trabalho mediante a turma, pois é planejando que ocorrem os maiores acertos, mesmo que tenhamos a consciência de que nem tudo que se planeja ocorre da forma desejada.Através de análises relacionadas ao comportamento individual de cada um dos alunos, é possível o professor mediar os meios que possibilitem as formas de aprendizagem, buscando o equilíbrio em sala de aula, através de estratégias que façam acontecer à superação dos limites e também aumentar a produtividade individual, sendo necessário o acompanhamento dessas ações, registrando o aprendizado de modo avaliativo e também podemos dizer de modo comparativo, pois o professor após utilizar métodos de avaliações tem um prognóstico de evolução(ou não) de seus alunos. As diversidades em sala de aula interferem no planejamento de modo que os conteúdos previstos tenham transformações, ou seja, muitas vezes transferidos e modificados, pois é necessário priorizar as diferenças de ritmos e tempos dos alunos, sendo que não há possibilidades do educador ignorar situações nas quais as crianças precisam de mais tempo e atenção para aprender, bem como não se pode ignorar também, situações nas quais há desigualdades do nível intelectual, possuindo diferenças significativas de aprendizagem, que necessitam de mediação nas estratégias que favoreçam o aprendizado de forma que não haja situações negativadas das atividades propostas e que ampliem o interesse dos educandos.O planejamento das aulas em si, podem até serem completos de atividades e alcançarem metas de aprendizagem visivelmente satisfatórias que buscam as melhores formas de ensinar, portanto, na realidade escolar nos deparamos com uma série de carências do dia a dia, que devem ser complementados com métodos emergenciais e improvisados, nos quais dependemos do desenvolvimento e rendimento da turma para que os resultados sejam positivos, e para que as nossas propostas de ensino venham de encontro com o que eles realmente precisam aprender. OBJETIVIDADE- Concordo com a ideia de que é necessário o educando considerar: O quê? Para quê? Como? Qual objetivo que quero alcançar? Através das respostas desse significativo questionário, é possível se ter uma visão ampla e uma meta traçada com a compreensão das necessidades, que irão contribuir e fazer com que as propostas venham de encontro às expectativas que farão a diferença na hora das práticas, com a intencionalidade de obter um segmento favorável para uma aprendizagem de qualidade.Os educadores precisam ter a consciência de que devem se manter em constante busca, que tragam com relevância os aspectos educativos atingindo os objetivos, sempre se perguntando: Que benefícios quero promover? Que forma adequada e motivadora pode utilizar? Para que seja possível através do planejamento adquirir um bom resultado e rendimento com a turma, proporcionando aos alunos estratégias bem definidas que os estimulem durante o ano letivo. As atividades estratégicas que melhor atingem os objetivos são as que se adequam ao perfil dos alunos, que devem ser dinâmicas, organizados, criativos e significativos, fazendo com que os alunos interajam e sejam participativos ao meio. As atividades preferidas das crianças são as que envolvam a ludicidade, uma forma conjunta de associar o prazer ao aprendizado. Podemos citar como exemplo, umas brincadeiras que fizemos no pátio com o jogo de boliche, colocamos números na parte inferior, no qual os alunos (um de cada vez)jogavam e conforme as garrafas derrubadas,reconheciam os números e faziam a soma,dizendo os respectivos resultados, as crianças se divertiram muito e dessa forma foram estabelecendo laços entre o “brincar” e o “aprender”, também utilizamos a brincadeira com placas contendo figuras geométricas que simbolizavam ações referentes ao espaço físico, no qual haviam três (3) círculos (um pequeno, um médio e um grande), sendo que todos ficaram dentro do desenho (círculo que coube todos) ao levantarmos a figura do quadrado, todos tinham que dar um passo fora do círculo e entrar no quadrado maior, no triangulo passariam para o círculo menor, e assim sucessivamente teriam que atingir ao objetivo proposto conforme a figura apresentada, dessa maneira foi possível potencializar o trabalho referentes a noções de espaços e proporcionar aos alunos um modo agradável de aprendizagem com qualidade significativa. Na questão dos elementos e fatores que dificultam o planejamento, é considerada a falta de organização, a desconsideração das características do público-alvo, a falta de apoio e a na incompatibilidade de tempo na organização do cronograma, mediante a realidade de cada aluno. Assim sendo, os professores têm a consciência de que é necessário agregar ao planejamento novos métodos que conciliem e induzamo aluno ao conhecimento do “novo”, sendo que não podem faltar em um planejamento, objetivos bem definidos, estratégias adequadas, cronogramas e organização no desenvolvimento.Planejar é fundamental, levando em conta a pesquisa prévia do que os alunos já sabem de suas realidades, do que têm curiosidade em aprender, é preciso dar voz aos alunos, mesmo que sejam crianças, se o professor instigar, elas se expressam e se percebem sujeitos do processo de ensino, sentem que seus saberes e construção de bagagens adquiridas em casa, são também importantes e auxiliam na autoestima. O planejamento bem feito exige um tipo de processo de mediação e de troca entre professores e alunos. Possibilita que os educandos se aproximem e tenham uma visão ampliada no qual se sentem responsáveis pela intenção de transmitir conhecimentos, ensinar “estes” ou “aqueles” e dar significado aos conteúdos. APRENDIZAGEM Acredito que o professor de educação infantil e anos iniciais necessitam de uma organização prática que dialogue diretamente com a realidade concreta da sua turma, no sentido de partir dos seus conhecimentos e de suas necessidades. Não podemos negar que, mesmo partindo da realidade dos sujeitos, o professor possui uma intenção, um objetivo que pode ser alcançado através de caminhos traçados. Assim, as diferentes situações e propostas organizadas pelos professores para ensinar correspondem a um caminho escolhido para atingir determinados objetivos. Todos têm direito a uma escola de qualidade. Uma escola na qual sejam desenvolvidas opiniões formadoras fazendo com que todos aprendam, trabalhando os desafios, as necessidades e a organização educacional com o objetivo de estabelecer laços produtivos com o processo educativo.O professor tem como principal objetivo, ensinar os alunos a pensar, a refletir sobre a sociedade em que vivem, a ter curiosidades, e para isto, devem ser humildes em admitir que não são sabedores de todas as coisas, estamos sempre em construção e devemos ser espirituosos na questão do sentimento e termos uma mente aberta às novidades futuras para acompanhar os novos alunos que chegam à nossa sala de aula, para que o avanço tecnológico e contextual da contemporaneidade venha de encontro com as expectativas , para que nossas práticas não sejam desatualizadas e acompanhem a evolução intelectual de nossos alunos e não parecermos ultrapassados aos seus olhos. A importância da primeira educação é de tamanha significação na formação do sujeito, que é possível compara-la ao alicerce de uma casa, sendo assim é inegável que a criança necessita também de ligações afetivas que correspondem a um bom crescimento intelectual, criados primeiramente em casa e posteriormente na escola, considerando que toda a informação recebida é registrada e manifestada nos atos das crianças. A ação educativa consiste em considerar o respeito, com o intuito de que haja conexão entre os sujeitos e a educação, buscando aprimorar estes valores de modo que a respeitabilidade seja primordial e indispensável no meio, contribuindo e estando de acordo com as exigências particulares e coletivas, sendo que a educação é a integração do indivíduo ao mundo, uma preparação para o futuro, que concede a cada um, o direito de ter sua própria autonomia.A aprendizagem em qualquer ambiente e ocasião terá importância quando promove as ações de acordo com sua capacidade e habilidade para execução, é necessário o estímulo adequado para que o aluno tenha seu valor e se sinta importante no meio, dessa forma irá adquirir novos conhecimentos com base no que já adquiriu, portanto, a escola deve assumir uma postura de formação que busque ultrapassar seus limites e que proporcionem aos alunos o acesso ao conhecimento, dando-lhes a oportunidade de entrosamento e práticas que desenvolvam o saber.A aprendizagem está relacionada à prática de cidadania, da vida social, efetiva e familiar do indivíduo, sendo que toda a aprendizagem se relaciona com o passado e uma sequencia no qual se encontram acertos, erros e possíveis mudanças de organização pedagógica. É estabelecida no meio um elo de confiança, que transmite ao educando através de uma forma dialógica, a compreensão de comunicação humana. Em sala de aula as situações são diversificadas e devem ter a chance de melhorias, de novas oportunidades de assimilação e de ajustes ao diferente que contemplem uma ação flexiva significativa.O professor carrega consigo uma grande responsabilidade que implicam no desenvolvimento positivo dos alunos, na continuidade de valores e atitudes já construídos em família e na sociedade em que vivem, buscando uma transmissão mediada através de habilidades que se desenvolvem no cotidiano, em buscado equilíbrio que os tornarão mais envolvidos no processo de aprendizagem.Muitas vezes é preciso redefinir as propostas pedagógicas para que se tenha apropriação de resultados positivos. Estratégias Educativas As estratégias são caminhos adequados para chegarmos a um objetivo através de ações que fortaleça uma linha de raciocínio condizente com a realidade imposta. Dentro de uma sala de aula, há várias estratégias a serem inseridas com o intuito de fazer com que o aluno não fique desatento e consiga se desenvolver dentro de um padrão normal de aprendizagem, muitas vezes são estratégias simples como por ex: Não deixar o aluno sentar perto de janelas para que não venha a se distrair, propiciar uma boa visibilidade do quadro, enfim, devem ser eliminados todos os fatores que venham a contribuir para que ele tenha desvio de sua atenção, é necessário complementar o ambiente contribuindo para que tenha uma rotina bem estruturada no qual as regras sejam claras e o seu cumprimento exigido. Além desses itens importantes, o educador deve promover aulas diversificadas, utilizando meios significativos para a execução da mesma. Podemos citar alguns exemplos, tais como: O conto de histórias, no qual fizemos a dramatização das historinhas “Chapeuzinho vermelho” e “Os três porquinhos”, percebemos a interação que positivamente estimularam a corporeidade e desenvoltura das crianças, e também a utilização de materiais coloridos, jogos lúdicos, televisão(DVD educativo), cartazes, músicas, e outras variadas formas criativas e inovadoras que busquem acrescentar ao ensino uma forma prazerosa de aprender. Também existem situações em que manter o aluno atento, foge do controle, sendo necessário forçar a atenção, no qual é extremamente relevante utilizar meios que desenvolva formas de ajustar o ritmo da aula ao modo de compreender do educando, e para que isso aconteça é importante promover um ambiente mais cooperativo e menos competitivo, fazendo com que este trabalho em grupo seja de forma adequada e favorável a proposta que o professor pretende inserir, sendo dentro de uma base que é o ajuste relacionado ao ritmo da aula e na capacidade do aluno em aprender. LEITURA E ESCRITA Aprender a ler e escrever, é uma vivência única para todo o ser humano, na atualidade há grandes transformações na área educativa, através de meios de comunicação e da tecnologia, o professor tem mais opções de organizar propostas didáticas que levem o aluno à práticas prazerosas, aumentando o nível de seu interesse, portanto, enfrenta-se ainda muitos problemas na alfabetização relacionada ao conhecimento e apropriação do letramento, sendo esta uma questão bastante discutida no meio, levando em consideração que a criança já adquire conhecimentos sobre o processo de ler e escrever, mesmo antes de serem inseridos no ambiente escolar, aprendendo a interpretar através de gestos, olhares, palavras e imagens, como por exemplo: Sabem como pegar no lápis e quando pegam livros, “fingem” estarem lendo, a partir dessa iniciação, é instigada a curiosidade e vontade de entender como acontece esse mecanismo utilizados pelos adultos, dando continuidade a este processo no âmbito escolar, cabe aqui ressaltar a importância do educador potencializar uma alfabetização contextualizada, onde a leitura e a escrita tenham sentido com a realidade, focadas nos aspectos de aquisição e desenvolvimento da linguagem oral e escrita, já que a alfabetização vai muito além de apenas ler e escrever, haja vista, que a criança é um ser em construção, que dependem de orientações, sendo que um dos problemas enfrentado nas práticas de ler e escrever é a diferenciação de orientações que atuam cotidianamente dentro e fora das escolas. A alfabetização ensina o alfabeto e utiliza códigos de comunicações, para que o indivíduo construa a gramática e suas variações, esse processo não é resumido apenas na aquisição de habilidades mecânicas do ato de ler(codificação e decodificação),e sim na capacidade de interpretar, compreender, criticar e produzir conhecimentos, bem como a alfabetização envolve também, o desenvolvimento de novas formas de compreender e utilizar a linguagem de uma forma geral. A tarefa do professor é árdua, exige muita dedicação, criatividade e principalmente um olhar ampliado para novos métodos de ensino e práticas adequadas na formação de seus alunos, principalmente nas séries iniciais, na qual se dá a formação de conhecimentos, aprimorando a construção do raciocínio lógico, fazendo com que a criança interaja socialmente com as práticas desenvolvidas, considerando que o letramento é cultural, propiciando à criança a absorção de conhecimentos adquiridos no cotidiano. No processo de alfabetização, observamos de forma ampla, como o sujeito intensifica a relação com a aprendizagem desde muito pequeno, sua inserção no âmbito escolar, aprimora o conhecimento adquirido e agrega novos saberes que ampliam os horizontes de formação da criança. ALFABETIZAÇÃO E HIPÓTESES DA ESCRITA Toda a criança ao aprender a escrever, começa com erros gráficos, processo esse, que está dentro da normalidade na construção da escrita, é o momento em que ela estabelece uma relação com o mundo das letras, aprendendo a reconhecer passo a passo os significados. Para essa fase inicial, a criança passa por hipóteses,sendo elas: HIPÓTESE PRÉ-SILÁBICA; A criança ainda não descobriu que a é representada pela fala e também que se utilizam letras para escrever, ou seja, ela não estabelece vínculo entre fala e escrita. Demonstra sua intensão de escrever através de traçados linear. HIPÓTESE SILÁBICA; Nesta fase, ela já reconhece a ligação das letras para escrever e acredita que para cada sílaba seja utilizada uma letra. HIPÓTESE COM VALOR SONORO; A criança continua a conscientização da utilização das letras para cada sílaba e geralmente relaciona o som da letra com uma vogal ou a uma consoante, ex: Na palavra CAVALO- Ela pode escrever simplesmente AAO, FORMIGA- FMG CAMELO-CML HIPÓTESE SEM VALOR SONORO; A criança começa a ter consciência de que existe alguma relação entre pronúncia e a escrita, começa a desvincular a escrita das imagens e os números das letras, conserva as hipóteses da quantidade mínima e da variedade de caracteres,relaciona a escrita e a fala para cada vez que pronuncia uma sílaba, ela escreve uma letra, porém essa letra não tem relação com o som(Isso ocorre devido ao processo de relação estabelecida com o som). Na teoria esse processo de aquisição tem um significado diferenciado da prática, pois ao nos depararmos com esse desenvolvimento em sala de aula, podemos constatar o avanço mesmo que em rabiscos, que ao ver de muitos são considerados errados, porém para um professor cada forma escrita(mesmo que de modo ;estranho) tem um grande significado no grau de aprendizagem do aluno. Para melhor avaliar,o professor deve aplicar exercícios de sondagem para diagnosticar as fases da escrita em que a criança se encontra e começa a se desenvolver, a forma em que percebemos o desenvolvimento e rendimento dos alunos foi aplicando uma atividade na qual haviam imagens variadas, por exemplo: de lata, tapete, bala, meia, e outros, sendo que eles teriam de escrever, essa atividade ocasionou que eles escreveram da maneira que sabiam, com apropriação das hipóteses, que sabemos ser um processo que se aperfeiçoa com o decorrer da aprendizagem.A criança escreve de acordo com o que ela pensa, utiliza uma letra para cada sílaba, constrói um sistema de escrita de forma estranha que faz parte de um procedimento sistemático. Segundo Piaget.Uma criança aos sete anos desenvolve a capacidade de pensar mediante a uma variação de coisas pertencentes a um universo de descobertas, chegam a uma fase denominada operacional-concreto, a tão falada fase dos ”porquês”, na qual a criança tem entendimento sobre a realidade que o cerca e desenvolve soluções para problemas concretos. Prosseguindo a linha de pensamento de Piaget a criança ao chegar aos doze anos já obtém um discernimento sistematizado, mesmo sem o apoio de objetos concretos, dando vasão aos argumentos e deduções no qual passa a ter noção do certo e do errado, estando este, na fase chamada operacional-formal, passando da fase dos “porquês” e adquirindo a fase em que se acentua o “e” para o que “poderia ser”. Piaget acredita no desenvolvimento da capacidade humana, bem como também no potencial do educador em criar novas possibilidades, traçando metas objetivadas na formação de seres pensantes. Temos aqui uma citação no qual Piaget expressa seu olhar sobre a metodologia educacional: “A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe.” (Jean Piaget) CONCLUSÃO Para concluir, acredito na formação constante dos indivíduos, pois é nesse processo que se constrói conhecimentos que se aprimoram ao longo do tempo, tendo desde pequenos uma concepção de tudo que pertence a seu mundo social e cultural, fazendo com que as experiências adquiridas no cotidiano, tragam um desenvolvimento voltado a uma aprendizagem qualificada. A criança constrói seu conhecimento mesmo antes de ir para a escola, logo após essa inserção, desenvolvem capacidades de autonomia na construção de saberes, que serão desenvolvidos no cotidiano, dando continuidade ao processo de aprendizagem. O professor precisa ter um olhar abrangente, no qual é importante refletir sobre os mecanismos e as concepções que dizem respeito ao processo de ensino e aprendizagem, considerando as demandas com o intuito de romper os modelos engessados e contribuir para que haja novas formas de iniciar ideias que já apontem caminhos, propostas e outros elementos a serem considerados, tais como também a metodologia, que são caminhos adequados para chegar a um objetivo que vislumbre e apontem o concreto e as diferentes maneiras de ensinar, para que o planejamento esteja de acordo com as necessidades, promovendo no âmbito formas que enriqueçam o fazer pedagógico, buscando melhorias nas metodologias e avanços nos resultados. Esse comprometimento implica o desenvolver de práticas que estimulem o “pensar”, sendo o educador, mediador de todo o processo considerado formativo e de relevância para o desenvolvimento intelectual dos educandos. Bibliografias educador.brasilescola.com/trabalho-docente/alfabetizacao.htm) http://www.ufpi.br/subsiteFiles/ppged/arquivos/files/eventos/2006.gt3/GT3_2006_01.PDF pt.wikipedia.org/wiki/Alfabetização redes.moderna.com.br/tag/metodologia-educacional stopescuta.wordpress.com/para-quem/.../estrategias-educativas/ www.ufpi.br/subsiteFiles/ppged/arquivos/files/.../GT3_2006_01.PDF