Diante do fracasso escolar dos alunos, existe uma transferência de responsabilidades entre a escola e a família, que ficam num jogo de empurra, empurra para encontrar um culpado. Quando na verdade o que ocorre é uma inversão de papéis, considerando que a família não ficou imune as mudanças sociais e que funções que historicamente eram delegadas a ela, como, formação de valores morais, a criação e o fortalecimento de vínculos e limites foram transferidos para a escola, sendo que deveriam ser parceiros no processo ensino-aprendizagem.

Segundo Luzia Angelino "A relação família-escola deve ser uma relação de parceria. A parceria constitui no encontro de diferentes, para realizar um projeto comum. (...) O que significa assumir juntos essa educação."

Considerando esses aspectos, percebe-se a necessidade de trabalhar nos espaços da escola, propostas que possam nortear esta parceria, que mesmo sabendo das dificuldades e conflitos que poderão ocorrer se faz necessário para tornar viável o processo de aprendizagem dos alunos.

É preciso que as famílias retomem sua função social, que voltem a delegar papel fundamental no desenvolvimento intelectual, político, social e moral das suas crianças e não jogue seus filhos na escola e cobre dos professores o que era seu papel fazer. Depois a culpa é só dos professores! E a família, qual será a sua culpa?