Durante os anos de 2005 e 2006 participei da chamada Teia do Saber promovida pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e também do chamado Letra e Vida, este voltado para a utilização do método elaborado pela pesquisadora Emília Ferrero.
Os encontros da Teia aconteciam sempre aos sábados num dos campi da Universidade do Vale do Paraíba - Univap. Nas sessões de Língua Portuguesa enfocavam-se disciplinas relacionadas com a Línguística: Semiótica, Narratologia, Análise do Discurso (francesa) e Gramática, sempre revisando livros publicados por professores da Unicamp. Todas as disciplinas com as quais adquiri familiaridade durante o curso de Letras - mais por iniciativa pessoal em buscar leituras, participar de congressos, interrogar professores estrangeiros visitantes - compunham um Currículo de estudos que pretendia apresentar novidades - eles diziam aprofundamento - ao assistentes.
Ora, apresentavam-nos apostilas dispersas e sem encadernação a cada sessão. Ao final de quatro horas sentados encontravamo-nos totalmente exaustos, com os ouvidos retinindo os ecos da sala. Havia intervalo com lanche em que cada professor recebia um pacote com sanduíche, uma fruta e um suco ou refrigerante. E tome mais uma sessão de quatro horas. Enfim, o que pretendia ser uma inovação na formação de professores, repetia exaustivamente os mesmos métodos empregados sem sucesso na rede escolar pública.