UNIVERSIDADE VALE DO ACARAÚ-UVA

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: práxis pedagógica do ensino de educação física na 4ª etapa da educação de jovens e adultos.

Jane Mara Morais de Souza Rodrigues*

Kacia Priscila de Souza Teixeira*

Milcelene Pimentel Bezerra*

    Denize Ferreira Colares do Carmo**

 

RESUMO

 

       Este estudo tratou da Educação Física Escolar, no que diz respeito á práxis pedagógica do Ensino de Educação Física na 4ª etapa da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Esta pesquisa teve como objetivo Investigar a práxis pedagógica do ensino de educação física na 4ª etapa da EJA da Escola Antônio João na turma 432. Esta pesquisa teve como característica uma abordagem Bibliográfica e de Campo. Este estudo teve como problemática: Está ocorrendo à práxis pedagógica da educação física na EJA? E de que forma? Os resultados desta pesquisa mostraram-se divergentes com a hipótese considerada: De que à práxis pedagógica do ensino em Educação Física não está ocorrendo na escola. Pode-se elencar algumas sugestões para a Práxis Pedagógica do ensino da Educação Física na 4ª etapa da EJA: Os recursos de ensino devem ser os mais diversificados possíveis para motivar e facilitar a aprendizagem; escolher uma ou mais Abordagens de Ensino de acordo com a realidade da escola e com o dinamismo da práxis pedagógica; Motivar os alunos, acreditar neles, explorar seus potenciais, na Educação de Jovens e Adultos; Diversificar e inovar o conteúdo da educação física com outros assuntos de importância social e pedagógica. Como sugestão para futuras pesquisas tem-se a ampliação deste estudo para outras escolas públicas ou privadas com vistas a uma comparação de resultados.

 

Palavras-chaves: Práxis Pedagógica. Observações. Entrevistas. Abordagens e Métodos.

INTRODUÇÃO

 

                   O Presente estudo tratou da Educação Física Escolar, no que diz respeito á práxis pedagógica do Ensino de Educação Física na 4ª etapa da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Hoje as escolas públicas, possuem profissionais de ensino

com diferentes qualidades profissionais. Seguir um modelo de ensino ainda é considerado uma problemática para alguns profissionais. São muitos os desafios enfrentados pelos professores em geral. Ter competência para ministrar aulas que possam atingir a aprendizagem do educando requer objetivos, metodologias adequadas ao conteúdo da grade curricular, uso de recursos e avaliações através de um ensino moderno e democrático, onde todos possam estar inseridos. Na área da educação física conhece-se diversas formas didáticas de como trabalhar com as teorias e práticas do conhecimento. O profissional da educação física precisa chamar a atenção dos alunos para sua aula, os alunos precisam estar motivados. A aula deve ser interessante, interativa, onde todos possam participar de forma individual e coletiva. Os professores de EF buscam formas de como agir em relação á Práxis Pedagógica, mas o que significa á Práxis Pedagógica? Conforme Konder (1992, p.116 apud FREITAS, 2005, p. 144) para respaldar as nossas reflexões:

Práxis e teoria são interligadas, interdependentes. A teoria é um momento necessário da práxis; e essa necessidade não é um luxo: é uma característica que distingue a práxis das atividades meramente repetitivas, cegas, mecânicas, “abstratas”. [...] a práxis é a atividade que, para se tornar mais humana, precisa ser realizada por um sujeito mais livre e mais consciente.

       Dessa forma a práxis pedagógica possui vínculo com a teoria, a prática de uma atividade física depende do bom andamento teórico do que se quer praticar pedagogicamente. Ambas, segundo o autor dependem uma da outra, precisa caminhar juntas para se alcançar o objetivo daquela aula, e para se fugir diretamente da forma tradicional e direta do ensino, apenas pela prática. E todo esse intercâmbio para que ocorra de forma humanista reflete no trabalho das aulas ministradas pelo professor de EF. E essa transformação só acontecerá mesclando-se a teoria á pratica educacional.

                   Buscando-se ter uma visão mais ampla a esse respeito, no que se trata a práxis pedagógica do ensino, na educação física escolar, em especial ao ensino Fundamental da EJA. E que se fez às seguintes indagações: Está ocorrendo à práxis pedagógica da educação física na EJA? E de que forma?O desejo de investigar o tema proposto sobre a práxis pedagógica do ensino em educação física das escolas públicas deu-se por meio de estudo da disciplina Organização Didático-pedagógico em Educação Física do curso de Licenciatura em Educação Física na Universidade Vale do Acaraú, onde se fez refletir acerca das leis, da inclusão, dos projetos, das metodologias, temas transversais, dos direitos do aluno à educação e dos objetivos da educação física no que desfere á práxis pedagógica que se iniciou um levantamento bibliográfico de tudo que esteja relacionado ao assunto. No ensino da educação de jovens e adultos (EJA), os alunos possuem as mais diferentes faixas etárias, existem turmas com diferentes níveis culturais e a maioria possui algum tipo de trabalho que muitas das vezes chega a atrapalhar os estudos, alunos que chegam atrasados na escola por trabalharem até as 19 horas de cada dia. Segundo Picawy e Wandscher (2006 apud SANTOS; JÚNIOR, 2013, p. 186) afirma que:

A Educação de Jovens e Adultos – EJA – é uma das políticas nacionais a que vem contribuírem para a inclusão social, para encurtar a distância entre incluídos e excluídos das novas formas de conhecimento que são indispensáveis para o mundo do trabalho, para a organização de trabalhadores, para os novos processos de produção, para cidadãos partícipes de uma sociedade em constante evolução e principalmente visando à qualidade de vida.

                   Nesse sentido notou-se a necessidade de se averiguar possibilidades que vieram a ajudar esses alunos no sentido de sua permanência na escola. São situações como essa que faz com que o aluno se evada das atividades escolares, principalmente com relação à educação física, agora obrigatória no turno da noite. A diferente forma metodológica que o professor utilizou em suas aulas faz muita diferença quando se trabalha com esse tipo de clientela.

       Segundo Dietrich (2001 apud SILVA; RIBEIRO, 2011, p.5) relata que “o método global tem sido muito utilizado no processo de ensino aprendizagem, pois essa metodologia respeita os princípios das séries de exercícios e procura, em cada jogo ou forma de jogar, uma idéia central do jogo.

       Dessa forma pode-se afirmar que o professor precisa antes de tudo conhecer a realidade de seu aluno, para conseqüentemente atribuir-lhe algum tipo de tarefa, que esteja ao seu alcance, daí a necessidade do uso de adequar metodologias e da seleção de conteúdos programáticos que possam ser vistos e explorados da melhor maneira possível pelo professor e com possível absorção pelos alunos.  Muitos professores utilizam como fundamento principal nas aulas de educação física, e até mesmo como único instrumento ativo em suas aulas, o futebol, esquecendo que existem diferentes modalidades a serem vistas, trabalhando-se suas teorias como mais eficácia para enfim colocá-las em prática. O futebol de salão, por exemplo, é muito utilizado nas escolas, mas mesmo com a sua permanente freqüência muitos alunos jogam por jogar, por ser o único esporte oferecido, e assim mesmo muitos desconhecem suas técnicas e teorias. O aluno característico de trabalho pesado em seu cotidiano deve-se ter mais atenção no que tange a sua história como pessoa. A educação física não se restringe apenas a jogos. O trabalho de relaxamento físico e mental também se deve ser utilizado com mais freqüência, através da ginástica laboral e jogos educativos em todos os turnos, mais principalmente no turno da noite.

                   Foi percebendo o quanto é importante à práxis pedagógica do ensino em educação física quanto aos aspectos qualitativos, educativos e sociais que nos embrenhamos nessa pesquisa. Conforme Correia (1996, p. 45) comenta que:

Se a educação física se propõe a desenvolver essa capacidade, ou seja, uma educação sobre movimento, onde alem de promover experiências motoras, também promoveria entendimentos e conhecimentos sobre as implicações do movimento humano, nos mais diversos níveis, do nível biológico ou sócio-cultural, teríamos então, a missão de estabelecermos o que e quando sobre movimento e motricidade, sistematizaríamos no contexto da educação escolarizada. Esta é uma questão para ser remetida aos que atuam na formação de professores e também para os que produzem conhecimento.

       Nesse sentido, observou-se que o principal alvo do autor é a sintonia entre movimento, corpo e vida sócio-cultural do adolescente. Onde através de estudos possa fazer a sistematização dessas características para um contexto de educação escolarizada. Empenha-se nesse desafio é criar formas de pesquisa que venham de encontro a essas necessidades no campo da educação física.

                   Pode-se considerar o modelo apresentado como o primeiro pontapé na busca desse paradigma para a educação no ensino de educação física. O autor trás a importância de se rever a educação física escolar como um todo. Deve-se pensar desse modo que a educação precisa ser mudada ou trabalhada de forma diversificada. Espera-se, com tudo, contribuir para uma reflexão à práxis pedagógica do ensino de educação física na escola publica e em outras áreas do conhecimento.

             Esta pesquisa teve como objetivo geral em relação ao professor, do qual investigou- se á práxis pedagógica do ensino de educação física na 4ª etapa da EJA da Escola Antônio João na sala de aula, onde verificou- se o processo de seleção dos conteúdos que são utilizados em sala de aula pelo professor, identificou- se teorias que abordassem práticas pedagógicas inovadoras, reconheceu- se as metodologias utilizadas em sala de aula, pela professora de Educação Física e descreveu-se a participação e motivação dos alunos nas aulas de Educação Física. Segundo Oliveira (2011, p. 37 apud TCC & CIA, 2011) “os objetivos específicos fazem o detalhamento do objetivo geral e devem ser iniciados com o verbo no infinitivo.”

             Neste sentido, observou-se que os objetivos específicos são mais detalhistas sobre o que se queria alcançar. Os objetivos específicos foram iniciados por verbos no infinito. Segundo o autor verbos tais como: analisar, avaliar, discutir, diagnosticar, investigar. São alguns dos verbos que podem ser utilizados a caráter de trabalhos científicos.

             Neste estudo partiu-se da hipótese de que à práxis pedagógica do ensino em educação física não está ocorrendo na escola. Os professores não selecionam bem os conteúdos, não utilizam metodologias adequadas para o ensino da Educação Física, não usam recursos coerentes ao ministrar suas aulas e suas avaliações não correspondem de forma pedagógica à aprendizagem do educando.

       Atualmente se fala muito em dimensões: Conceitual, Procedimental e Atitudinal. Neste sentido relata-se que:

Após o lançamento dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, começa-se a discutir com mais ênfase as três dimensões dos conteúdos nas aulas de Educação Física na escola. Sendo assim, o papel desse componente curricular ultrapassou o ensino dos temas da cultura corporal, como apenas seus fundamentos e técnicas (dimensão procedimental). O professor também necessita pensar nos conceitos que estão ligados aos procedimentos selecionados (dimensão conceitual) e nos valores e atitudes (dimensão atitudinal) que os alunos devem ter nas práticas corporais ensinadas (DARIDO et al., 2001 apud MALDONADO et al., 2014, p. 547-548).

                   Com base neste autor, notou-se que aquele aluno que o professor trabalhava apenas o desenvolvimento do conteúdo da cultura corporal estava ultrapassado, o aluno precisa abranger seus conhecimentos de forma conceitual, ou seja, precisa-se saber fazer para se atingir seu objetivo ou melhorar sua postura, condicionamento e também se auto-conhecer, ter dimensão atitudinal, adquirir valores para puder se socializar e se comportar perante o meio social.

 

PROCEDIMENTOS METODOLOGICO

                  

                   Este estudo teve como característica da pesquisa uma abordagem Bibliográfica e de Campo. Em relação à pesquisa bibliográfica, Fonseca (2009, p. 21) afirma que: “A pesquisa bibliográfica não é mera repetição do que já foi dito ou escrito sobre certo assunto, mas propicia o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem, chegando a conclusões inovadoras”.

                   Com base neste autor, observa-se que, a pesquisa bibliográfica é tudo o que foi pesquisado em livros, artigos, periódicos, tornando a pesquisa do tema mais enriquecedora com idéias novas na visão de diferentes autores. É por meio da pesquisa bibliográfica que o tema proposto passou a ser investigado com todo contexto que se aproxime de sua realidade, evidenciando-se fatos com possíveis análises.

       Quanto à pesquisa de campo que também será executada durante a pesquisa. Segundo Fonseca (2009, p.22) afirma que:

Esse tipo de pesquisa consiste na observação de fatos e fenômenos tal como ocorrem espontaneamente, na coleta de dados a eles referentes e no registro de variáveis que se presumem relevantes para os analisar. Não deve ser confundida com a simples coleta de dados.

       Com base nesse autor, as observações devem ser reais e espontâneas. Dessa forma a pesquisa de campo ocorreu por meio das observações que foram feitas durante o período que se esteve no local da pesquisa, fazendo-se levantamentos de dados e anotações pertinentes ao tema proposto para futura análise.

                   A pesquisa foi realizada na Escola Estadual Antônio João, localizada na Rua Hildemar Maia, 674, no bairro Santa Rita. A amostra foi uma turma da 4ª etapa da EJA, onde foram entrevistados 20 alunos e 01 professor de EF.

                   A forma de coleta de dados deu-se por meio de observações e entrevistas. Conforme Junior (2000 apud Darido, 2001, p. 62) afirma que:

procurou analisar a situação da Educação Física no Ensino de Fundamental/ 1° segmento, a partir da observação e entrevista com as professores de sala (PEB 1). Os resultados indicaram que as intervenções destas professoras nas aulas são muito poucas, restringindo-se a entregar a bola, informar os alunos sobre o tempo restante das aulas, ou separar alguma discussão dos alunos.

                   Antes da aplicação do questionário foi feita uma visita á escola para se conversar com o diretor sobre a pesquisa e possível aplicação do questionário aberto e fechado, por meio de um oficio, onde se pediu autorização para realização da pesquisa na escola. A quantidade de questionários correspondeu á quantidade de alunos da turma usada como amostra. Foi feita uma breve explicação do por que desses questionários, e em seguida foram repassados aos alunos presentes para seu devido preenchimento. Os alunos faltosos foram também computados.

UM BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO FISICA ESCOLAR

                  

                   A mais antiga notícia sobre a Educação Física em terras brasileiras data o ano de sua descoberta, 1500. Tal fato se deve ao relato de Pero Vaz de Caminha, que em uma de suas cartas, que relatam indígenas dançando, saltando, girando e se alegrando ao som de uma gaita tocada por um português. A primeira aula de ginástica e recreação relatada no Brasil ocorreu nesse período. Foi na época do Brasil Império que surgiram os primeiros tratados sobre a Educação Física. O Início da Educação Física escolar no Brasil, inicialmente denominada Ginástica, ocorreu oficialmente com a reforma Couto Ferraz, em 1851. Foi no Brasil República que a Educação Física é inserida na constituição brasileira e surgem leis que a tornam obrigatória no ensino secundário. Dentre uma das importantes medidas que impactaram a Educação Física no período contemporâneo, está a obrigatoriedade da Educação Física/Esportes no ensino do 3º Grau, por meio do decreto lei no 705/69. Atualmente, coexistem na Educação física, diversa concepções, modelos, tendências ou abordagens, que tentam romper com o modelo mecanicista, esportivista e tradicional que outrora foi embutido aos esportes. Em 1996, com a reformulação dos PCNs, é ressaltada a importância da articulação da Educação Física entre o aprender a fazer, o saber por que se está fazendo e como relacionar-se nesse saber.   

ABORDAGENS E MÉTODOS NO ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

 

                    As aulas de EF na sua teoria e prática requerem abordagens para a práxis pedagógica. Segundo Costa e Nascimento (2004, p. 50) afirmam que: “As abordagens tradicionais para o ensino de técnica é bastante comum tanto nos treinamentos quanto na realidade educacional”.

                   Com base nesse autor, nota-se que para os treinamentos das aulas práticas de educação física há necessidade de se trabalhar de forma mecânica determinadas atividades físicas em função de exigirem o uso desta ferramenta educacional e que é muito comum nos dias de hoje.

                   O professor de EF poderá adotar algum tipo de abordagem para trabalhar com seus alunos, além da tradicional existem outras para a área de EF. Segundo Barbieri, Porelli e Mello (2008, p. 227) afirmam que a Abordagem fenomenológica em Âmbito escolar: “tem como foco o movimentar-se humano e a relação do indivíduo com o meio: sujeito-espaço, sujeito-tempo, sujeito-objetos, etc”.

                   Com base neste autor, percebe-se que esta abordagem possui uma relação muito próxima com o ser humano, com isso parti-se da necessidade do aluno buscar sua própria autonomia para determinadas tarefas, para depois socializar com o grupo. Além de fazer relações de distâncias longitudinais, temporais dentro da área que o sujeito esteja inserido.

                   Outra abordagem que pode-se trabalhar em EF é a metodologia Crítico-Superadora. Conforme Oliveira (1997, p. 25) afirma que o enfoque metodológico dessa abordagem: “Propõe olhar para as práticas constitutivas da cultura corporal como práticas sociais, vale dizer, produzidas pela ação (trabalho) humana com vistas a atender determinadas necessidades sociais”.

                   Dessa forma, nota-se que essa abordagem destaca como principio de estudo a cultura corporal do homem e da mulher, como danças, ginásticas, enfim, todo conteúdo que os abranja historicamente, dando-se importância não só ao conhecimento dessa cultura como também á sua prática social. Haja vista que esta que abordagem se propõe a confrontar a cultura do corpo com algum fato social que se vivencia no meio escolar de forma interligada.

                   É interessante apresentar um aspecto teórico que evidencie a presença da privatização no meio educacional da disciplina de educação física. Conforme Bracht (1999, p. 81) aponta que:

Para as teorias progressistas da EF citadas (pedagogia critico-superadora e crítico-emancipatória), as formas culturais dominantes do movimentar-se humano reproduzem os valores e princípios da sociedade capitalista industrial moderno sendo o esporte de rendimento paradigmático nesse caso.

                   Nessas condições, nota-se que a questão do lhe dar com identidade real da educação física ainda são um desafio. A valorização da educação física se restringe a aspectos econômicos e de investimento naquilo que traz beneficio para poucos, ou seja, para os grandes empresários da época da sociedade capitalista, principalmente aqueles ligados ao mundo esportivo. Os professores em sala de aula devem buscar no aluno a conscientização crítica, de modo que todos possam agir de maneira livre e crítica no que concerne a esfera da cultura corporal ou de movimento. Para a partir daí, terem autonomia em ações que possam transformar a sua vida como cidadãos. Os métodos que o profissional de educação física utiliza para o ensino da disciplina também são fundamentais para o bom andamento das aulas do dia a dia, precisa-se conhecer. Conforme Singer (1988 apud SHIGUNOV, 1997, p. 34) aponta que:

o método global é o melhor para o ensino de esportes individuais que o método parcial. O método parcial seria usado com a vantagem de suprir problemas de fadiga e aborrecimentos, se o todo envolvesse prática de longas sessões, porém os alunos maduros e mais inteligentes parecem obter melhores resultados com o método global.

                  

                   Neste sentido, observa-se que o método global pode ser trabalhado em esportes como o salto com vara, corrida de 100, 200 e 400 metros, maratonas de pequena, média e grandes distâncias no atletismo, lançamento de dardos, enfim com esportes individuais enquanto que o parcial em atividades mais longas que envolvem todo um coletivo e se exige mais treino e busca da perfeição por meio da sintonia do grupo, segundo o autor o método global tem maior aceitação pelo aluno por ser mais centrado nele. Existem conteúdos que precisam de um trabalho metodológico que abranja todo um conjunto.

                   Conforme Xavier (1986 apud TENROLLER; MERINO, 2005, p. 23), afirmam que o método misto:

consiste na sincronia dos métodos global-parcial-global. Primeiramente acontece a execução do gesto como um todo. Em seguida, o gesto é parcializado com o objetivo de proceder a "correções" do movimento ou dos movimentos. Finalmente, volta-se à prática completa dos movimentos. Desse modo, a segunda parte servirá, com base no que foi observado no primeiro momento, para que o professor faça a demonstração do exercício e, assim, a partir da terceira parte, aconteça o gesto completo. Trata-se de uma metodologia bastante rica sob o ponto de vista didático, com mais fatores positivos do que negativos.

                   Dessa forma, nota-se que o professor de EF ao desenvolver o método misto nas suas aulas, primeiro faz-se uso do método global, onde o aluno fica á vontade para executar a tarefa sozinho, em seguida o professor usa o método parcial para corrigir os erros cometidos durante essa execução pelos alunos por meio de demonstrações para posteriormente retornar para o método global com suas devidas correções e ajustes. De forma geral o aluno tenta executar a tarefa, em seguida o professor corrige os erros e o aluno conserta os erros para finalizar a tarefa ou prática pedagógica. É importante ressaltar que o imobilismo pedagógico dentro da área da Educação Física se restringe a

Falta de preparo que têm o professores para o enfretamento de novas estratégias metodológicas, a falta de interesse em vivenciar novas abordagens metodológicas, comodismo, a condição de refratário do conhecimento que os docentes assumem no ensino, o medo da instabilidade frente a novos conteúdos e estratégias metodológicas, pois seria um risco assumir a duvida frente ao aluno, quando no entendimento tradicional o professor tem de saber e o aluno apenas aprender (OLIVEIRA, 1997, p. 22).

                  

                   Desse modo, observa-se que é muito difícil para os professores aceitarem ás novas tendências metodológicas, em função de ser algo novo. Que depende da coragem individual de cada membro desse processo de renovação agir de forma pedagógica para buscar o conhecimento do novo e por em prática esse conhecimento até então desconhecido no meio social.

                   Conforme Fusari (1992, p. 28), salienta que: “nas ultimas décadas, pesquisas realizadas têm demonstrado com nitidez a falência da formação dos educadores para uma atuação competente nas escolas públicas do ensino fundamental e médio.”

       Nessas condições nota-se que com a exclusão do magistério a nível médio muito estudantes da classe média e médio-alta da sociedade brasileira deixaram suas aspirações pelo magistério um pouco mais distantes. Há de ressaltar, no entanto que o professor com nível superior, assim como os professores de todas as outras classes precisam ser bem mais valorizados, notados e respeitado por toda sociedade brasileira. Conforme Darido (2001, p. 22) afirma que:

Esta percepção possibilita a compreensão, por parte do aluno, de que a produção da humanidade expressa uma determinada fase e que houve mudanças ao longo do tempo. Esta reflexão pedagógica é compreendida como sendo um projeto político-pedagógico.

                   Dessa forma os profissionais da educação têm a função de elaborar propostas que incentivem e intervenham na diretriz dos projetos educacionais de forma positiva, buscando a possibilidade de reflexão sobre o que o homem determina para que haja mudanças na educação. O professor de educação física deve se inserir neste propósito no intuito de contribuir e fizer parte das propostas educacionais na sua área de ensino.

 

CONTEÚDOS NO ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

 

                   É interessante apresentar o esporte moderno como conteúdo da educação escolar no Brasil, principalmente a partir dos anos 30:

Aos homens era permitido jogar futebol, basquete e judô, esportes que      exigiam maior esforço, confronto corpo a corpo e movimentos violentos; as mulheres, a suavidade de movimentos e a distancia de outros corpos, garantidas pela ginástica rítmica e pelo voleibol (SOUSA; ALTMAN, 1999, p. 57-58).

                   Dessa forma, pode-se observar que os homens e as mulheres nesta época não interagiam entre si as modalidades esportivas, havia uma separação do que cada gênero podia ou não podia fazer. Os homens agora jogam vôlei, participam de competições com diversos tipos de ginástica e as mulheres jogam futebol de campo. Um belo exemplo de práxis pedagógica.

                   Conforme Rosário e Darido (2005, p. 3) comentam que: “Os professores de Educação Física, ainda influenciada, sobretudo pela concepção esportivista, continuam restringindo os conteúdos das aulas aos esportes mais tradicionais, como por exemplo, basquete, vôlei e futebol”.

       Neste sentido, a Educação Física não pode se restringir apenas aos conteúdos tradicionais do esporte. Existem outros conteúdos importantes também na grade curricular da disciplina de Educação Física que podem ser desenvolvidos com o aluno. Como por exemplo, as lutas, danças e outros conteúdos que possam envolver o grupo como um todo. Todos os conteúdos são importantes para o currículo dos alunos.

       Os alunos de EF tem paixão pelo esporte. “Nesse núcleo temático, foi unânime a exemplificação do esporte como conhecimentos-habilidades privilegiados nas aulas” (MUNIZ; RESENDE; SOARES, 1998, p.22).

                   Desse modo, nota-se que os alunos ainda continuam tendo preferência pelas habilidades esportivas. Diante desse fato é bem mais pratico trabalhar com projetos que sejam do gosto particular e cultural de nossa sociedade brasileira. Conforme Silveira (2002, p. 10) afirma que: “A partir do momento em que os conteúdos tiverem uma ligação orgânica com as realidades sociais, será possível, proporcionar condições para a emancipação dos educando e para a transformação do projeto de sociedade”.

       Neste sentido, nota-se que o professor de educação física além de selecionar bem os conteúdos também precisar fazer relações desses conteúdos com questões sociais na qual o educando está inserido. Há de ressaltar, neste sentido que o educando deve-se ficar em primeiro plano na educação.

       O conteúdo proposto pelo professor de EF deve ser bem selecionado, antes que possa ser colocado em prática em sala de aula, principalmente aos alunos da EJA, mas de que forma o professor pode fazer essa seleção? Os procedimentos para esta etapa requer atenção, observação, conhecimento e planejamento. Segundo Ministério da Educação e Cultura (s.d, p. 237) aponta que:

A seleção dos conteúdos está vinculada à relevância que essas práticas têm na cultura corporal de movimento do povo brasileiro. A aprendizagem dessas práticas, enquanto conteúdo, deve ser ampliada, considerando as dimensões conceituais, procedimentais e atitudinais, que ampliem as capacidades de interação social, o usufruto das possibilidades de lazer, a promoção da saúde pessoal e coletiva. É importante também, sempre que possível, estabelecer vínculos com os temas transversais, atendendo à demanda social, sem perder de vista as características do aluno de EJA.

                  

                   Neste sentido, nota-se que a seleção dos conteúdos no ensino da EJA na disciplina de EF deve-se levar em conta diversos fatores que venham fortalecer no aluno, os conceitos, procedimentos e atitudes pedagógicas quanto ao seu aspecto coletivo, pessoal, onde possa se sentir á vontade para brincar, jogar, estudar com responsabilidade. Atentando-se também a outras formas de trabalhos que contemplem o uso de temas transversais nas aulas de educação física. Salientando que o aluno que estuda na Educação de Jovens e Adultos requer uma atenção maior quanto aos aspectos de sua vivência social, buscando retratar temas coniventes com sua realidade moral, ética e social. O aluno da EJA precisa ser valorizado e suas necessidades devem ser atendidas conforme a comunidade na

qual esteja inserido.

A METODOLOGIA DO ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA

 

                   Segundo Silveira (2002, p. 11) aponta que: “Uma aula de Educação Física metodologicamente tradicional vem a ser, muitas vezes, o determinante para a aversão à sua prática social”.

       Com base neste autor, nota-se que a forma metodológica com a qual o professor de educação física trabalha em sala de aula influencia muito para a qualidade do ensino, assim como para o andamento das práticas de educação física escolar no campo mais aberto da prática de ensino.

                   Conforme Martins (2002, p. 181) identifica que: “O princípio metodológico que nasce dessa nova proposta é o da problematização da prática social traduzida na forma pedagógica”.

                   Caracteriza-se, nesse sentido, que o professor de educação física para por em prática um método inovador precisa antes de tudo observar no aluno o que ele já tem de experiência. Daí em diante, faz-se o confronto dessas experiências com o conhecimento cientifico.

                   Segundo Ghiraldelli (1998, p. 17) afirma que: “Existem pelo menos um ponto em comum entre várias concepções de educação física: a insistência na tese de educação física como atividades capaz de garantir a aquisição e manutenção da saúde individual”.

                   Desse modo, nota-se que a educação física trabalha o corpo do individuo de forma individual com intuito de manter também a saúde mental. Há de ressaltar, no entanto, que o professor de educação física trabalha em diferentes níveis de ensino, com diferentes faixas etárias, significando que para cada grupo de alunos existirá um mecanismo apropriado no trato do corpo e da mente do individuo. Para as crianças uma forma de trabalho, para os adolescentes outra forma, para os mais velhos outra forma de se trabalhar o condicionamento físico para se adquirir a manutenção do equilíbrio físico e bem estar da mente e do corpo.

RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS NO ENSINO DA EDUCAÇÃO FISICA

                  

                   Outro fator relevante nas aulas de EF é do uso de recursos humanos e materiais nas aulas. Segundo Karling (1991, p. 245 apud FERREIRA, 2007, p. 25), afirma que:

os recursos de ensino são recursos humanos e materiais que o professor utiliza para auxiliar e facilitar a aprendizagem. São também chamados de recursos didácticos, meios auxiliares, meios didácticos, materiais didácticos, recursos audiovisuais, multimeios ou material institucional. Preferimos, porém, “recursos de ensino”, por ser mais abrangente.

                   Dessa forma, nota-se que os recursos humanos são os alunos e materiais todos os recursos que auxiliam o professor e suas aulas como livros, vídeos, apitos, cones, bolas, notebook, enfim, recursos esses que devem fazer parte do convívio material do professor na escola onde trabalha, ou de porte pessoal utilizado para facilitar a aprendizagem do aluno e sua aula também. As escolas por sua vez, precisam estar preparadas com esses materiais para que o profissional de educação física possa utilizá-los em sua aula. As aulas de educação física se tornaram bem mais dinâmicas e atraentes com uso desses recursos materiais e conseqüentemente o objetivo da aula será alcançado com mais eficiência bem como a aula terá mais qualidade e os alunos participarão com mais motivação e empenho.

                  

AVALIAÇÃO NO ENSINO DE EDUCAÇÃO FISICA

 

                   O professor de EF deve buscar meios alternativos e criteriosos para avaliar seus alunos. Alcançar os objetivos de uma aula requer conhecimento sobre como avaliar bem uma turma, tanto de forma individual como coletiva. Este conhecimento é fundamental para o professor. Conforme Betti e Luziani (2002, p. 79) afirmam que:

Os processos avaliativos incluem aspectos informais e formais, concretizados em observação sistemática/assistemática e anotações sobre o interesse, participação e capacidade de cooperação do aluno, auto-avaliação, trabalhos e provas escritas, testes para avaliação qualitativa e quantitativa de habilidades e capacidades físicas, resolução de situações problemáticas propostas pelo professor, elaboração e apresentação de coreografias de dança, exercícios ginásticos ou táticas de esportes coletivos, etc.

                   Dessa forma, nota-se que os critérios avaliativos se resumem em avaliações que fazem parte do sistema escolar, ou seja, tudo que é avaliado dentro da escola ou pela disciplina, levando-se em conta o que o aluno traz de sua convivência familiar, ou o tem de conhecimento informal. Essas observações como participação, interesse, respeito ao professor devem ser feitas pelo professor de EF durante suas aulas de acordo com o conteúdo proposto. O professor também precisa fazer a sua parte, buscando principalmente alternativas para aqueles alunos que não gostam de participar das atividades.

ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

      

       Este capítulo apresenta as análises e discussões dos resultados das entrevistas realizadas com a professora de Educação Física Maria Santana Maduro dos Santos, das observações realizadas na Escola Antonio João na turma 432 da 4ª Etapa da Educação de Jovens e Adultos e das entrevistas realizadas com os alunos.

Entrevista da Professora de Educação Física

                   O questionário da professora foi aplicado no dia 17/12/2014, com a professora Maria Santana Maduro dos Santos, Maria Santana é natural do Pará, tem 30 anos de idade. Seu grau de instrução é o 2ª grau em magistério e Licenciatura Plena em Educação Física.  A ela foram feitas as seguintes perguntas:

Qual método costuma trabalhar com seus alunos?

                  

                   Quando questionada sobre o método que trabalha com seus alunos, a professora afirmou que utiliza com seus alunos o método misto. O método misto, segundo Rochefort (1998 Apud COSTA; NASCIMENTO, 2004, p. 52), “é a síntese do método global e parcial. Nesse método, a técnica é aplicada de forma separada, e quando se atingir um nível adequado, executa-se o jogo por completo”.

Neste sentido notou-se que a professora procura envolver os métodos global e parcial em suas aulas, tendo uma visão individual e coletiva quanto a sua forma de ensino.

De que forma seleciona os conteúdos para a 4ª etapa da eja?

                   Quando questionada sobre de que forma seleciona os conteúdos da 4ª Etapa da EJA, a professora afirmou que seleciona os conteúdos para a turma através da proposta curricular apresentada pela escola com base nos PCN’s e que também busca auxílio via internet. Segundo Catarino (s. d, p.14) afirma que:

Nas orientações metodológicas é proposto que um modelo pedagógico próprio para a EJA seja organizado. Tendo em vista que a seleção dos conteúdos e as respectivas metodologias para o seu desenvolvimento representam um ato político, pedagógico e social.

                   Dessa forma observou-se que a seleção dos conteúdos para a EJA requer cuidados especiais e organização, obedecendo a padrões políticos existentes, como é o caso dos PCN’s, de planejamento pedagógico e o professor deve levar em conta o educando como principal alvo na busca de seus objetivos e conseqüente aprendizagem do aluno, preparando-o para o meio social. A de considerar que a professora procura seguir as normas de sua escola, baseando-se nos Parâmentros Curriculares Nacionais e que ao utilizar a internet como recurso na busca de conteúdos, torna suas aulas bem mais dinâmicas.

Que tipo de recursos utiliza em suas aulas?

                   Quando questionada sobre os recursos de ensino, a professora afirmou que utiliza o quadro magnético e a sala de vídeo.

                   Atualmente notou-se que a escola possui quadro magnético nas salas de aula, o que facilita mais o trabalho do professor quanto a qualidade da escrita e evitando-se manchas brancas na pele provocadas pelo pó de giz. Conforme Xavier (1986 Apud TENROLLER; MERINO, 2005, p. 15) relata que:

Como exemplos de recursos humanos cita o professor, o educando, o pessoal técnico administrativo e a comunidade. Já  como recursos materiais, mencionam recursos naturais (campo, bosques...), instrumental da escola (bolas de handebol, rede, colchões, plinto, medicinebol...) da comunidade (local, praças ginásios, biblioteca...), instrumental do professor (livros,transparências, cronômetro, apito...) e instrumental do educando (camiseta,tênis, caneta, caderno...).

       Com base neste autor, notou-se que a professora utiliza instrumentos da escola, haja vista que faz uso do quadro magnético e sala de vídeo. Outros instrumentos humanos e materiais não foram citados pela professora, tais como: alunos, apito, redes, bolas, data show, caixa amplificada, notebooks, Cd’s, vídeos.

Durante suas aulas que tipo de abordagem metodológica costuma trabalhar?

                   A professora afirmou que a abordagem metodológica que trabalha é a abordagem Construtivista. Conforme Barbieri, Porelli e Mello (2008, p. 229) afirma que: “ Os jogos e brincadeiras que estimulem a cognição, a motricidade, socialização e afetividade da criança, bem como a utilização de materiais alternativos, são os conteúdos privilegiados nas aulas de Educação Física pautadas nessa concepção”.

                   Neste sentido, notou-se que a professora , no seu cotidiano de trabalho com a disciplina de Educação Física costuma priorizar os jogos e brinquedos como fator predominante para o desenvolvimento motor, psicológico e social dos alunos.

Quais os critérios de avaliação que utiliza para avaliar seus alunos?

 

       A professora afirmou que seus critérios avaliativos com o aluno é através da participação, assiduidade, interesse, respeito ao professor e avaliação escrita. E a sua forma de avaliar o aluno é definida através de um objetivo a ser alcançado em determinada aula. Segundo ela, a avaliação é o instrumento de verificação para constatar se o objetivo foi atingido. Conforme Freire (1994, p. 202 apud BRATIFISCHER, 2003, p. 23), a historia da educação física está ligada a historia das medições. Qualquer que seja o instrumento adotado para a avaliação, este apresenta inúmeras limitações. Assim:

 

Se for um instrumento quantitativo, logo se poderá perceber que a atividade humana é imensurável e que só poderá fornecer dados que ajudem numa avaliação também quantitativa. Se for um instrumento qualitativo, faltar-lhe-á a objetividade, o que exigirá de quem o aplicar, um conhecimento mais amplo do sujeito avaliado.

        

                   Com base neste autor, nota-se que existem dois tipos de avaliação que o professor de educação física deve levar em conta, uma que procura medir a capacidade, as habilidades que o aluno possui e outra que requer um conhecimento mais aprofundado do professor a respeito daquele aluno, onde possa buscar novas capacidades, novas habilidades, criatividades, pensamento crítico e outras competências que o aluno poderá desenvolver. Neste sentido a professora busca alcançar seus objetivos por meio das avaliações que são propostas a seus alunos, garantido que os instrumentos avaliativos são fundamentais para se adquirir a participação, a assiduidade, o respeito do aluno para com o professor, o interesse pela disciplina.

O nível da aprendizagem de uma turma depende de que?

                   Quando questionada sobre o nível de aprendizagem da turma, em relação á idade, a professora afirmou que o nível de aprendizagem da turma independe da idade, todos podem aprender, nunca é tarde para se adquirir conhecimento. De acordo com os PCN’s (1997 Apud SILVA, 2012, p. 20) “a Educação Física escolar deve dar oportunidades a todos os alunos para que desenvolvam suas potencialidades, de forma democrática e não seletiva, visando seu aprimoramento como seres humanos”.

                   Com base nesta visão que a professora tem sobre essa questão, há de se admitir que este pensamento sobre a aprendizagem do aluno ser independente de sua idade, já a torna uma professora de educação física preocupada com a questão social, com as diferenças culturas, morais e éticas no que concerne ao contexto educacional do ensino da Educação de Jovens e Adultos. Motivar os alunos, acreditar neles, explorar seus potenciais, são recursos e objetivos que o professor de Educação Física deve buscar no aluno que freqüenta a EJA nos dias atuais.

                   Durante a pesquisada de campo foi observada a primeira aula, em que a professora trabalhou com os alunos textos, onde fizeram leituras, análises sobre trechos dos textos e pediu à turma que formassem grupos para escreverem o que entenderam a respeito de suas respectivas partes, de forma discursiva, no final os avaliou sobre o que foi discutido e analisado por eles durante o debate. Os textos falavam sobre o Atletismo, danças e lutas e também estavam ligados a outros temas relacionados à ética, moral e cidadania. Segundo Cidade (2008, p. 33) afirma que:

É preciso compreender que a educação precisa oferecer uma visão da totalidade, considerando que o processo educativo decorre da interação entre as dimensões: física, biológica, mental, psicológica, cultural, social, além dos fenômenos da natureza. Assim, os problemas educacionais devem ser vistos de forma integrada e não isolada.

                   Dessa forma, observou-se que existe a necessidade da interação e da relação entre as disciplinas de forma conjunta, com trabalhos teóricos e práticos envolvendo a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade. Por meio dessas observações notou-se que a professora procura diversificar e inovar o conteúdo da educação física com outros assuntos de importância social e pedagógica.

       A professora realizou uma aula prática na quadra poliesportiva com os alunos, conversou com eles para que formassem dois grupos grandes, com duas opções de jogos, uma para uma partida de futebol de salão e outra para uma queimada. Diante dessas opções, a quadra foi divida em duas partes. De um lado meninos jogavam futebol com poucas meninas envolvidas e do outro lado as meninas jogavam queimada com alguns meninos envolvidos. A professora procurou trabalhar com os alunos sem separação de gêneros. Segundo Marzinek (2004 apud LIMA, 2013, p. 4) considera dois tipos de motivação:

a motivação extrínseca são os fatores externos que levam os alunos a fazer algo, como por exemplo a influência dos colegas e professores. A motivação intrínseca são fatores internos que o levam a fazer determinadas coisas, como por exemplo a vontade de fazer, o prazer, a satisfação.

                   Neste sentido, notou-se que a participação dos alunos em uma aula de educação física depende muito do tipo de motivação que está sendo investida, a motivação requer iniciativa tanto do professor como também do aluno na busca de seus objetivos. Tais motivações foram percebidas nesta aula da professora, no entanto, apesar dos alunos terem participado da atividade física até o final faltou um pouco mais de atenção da professora durante a atividade, que deveria participar mais ativamente de todo o processo de ensino.

                    

Entrevistas com os alunos

                    A faixa etária dos alunos é entre 15 e 44 anos. Observou-se que a diferença de idades entre os alunos é muito grande e também muito comum em se tratando de turmas da EJA, apesar da diferença de idade os alunos são bastante entrosados e possuem uma boa relação dentro da sala de aula, entre eles e com a professora. Demonstraram ter uma boa convivência com a professora. Aos alunos foram feitas algumas perguntas:

Há quantos anos está sem estudar?

 

Fonte: Discentes da Escola Estadual Antônio João

                  

                   Deste percentual notou-se que 55% dos alunos, ou seja, a maioria estava sem estudar e repetindo o ano. Segundo Cerrati (2008, p.13) afirma que: “Às vezes a falta de interesse do aluno, traduzida na evasão escolar é uma maneira de mascarar sua incapacidade para se esforçar”.

                   Dessa forma observou-se que a evasão escolar está retratada na falta de interesse do aluno. Quando na verdade não se questiona o que levou este aluno a se evadir? Observa-se neste caso que o trabalho da escola como um todo, e de quem está mais diretamente ligado a ele é muito importante, o professor por sua vez, deve tornar suas aulas interessantes, motivadoras para que o aluno se sinta capaz de prosseguir, ir até o final.

                   E de acordo com este percentual mostrado no gráfico acima, observou-se que essa turma precisa de mais atenção, metodologias e recursos inovadores para se alcançar seus objetivos e que possam em sua maioria, ter um rendimento satisfatório no final do ano, evitando-se futuras evasões do âmbito escolar. Assim como reprovações desses alunos.

Você concorda com a forma de ensino da professora de educação física?

 

Fonte: Discentes da Escola Estadual Antônio João

                   Notou-se que a maioria da turma, ou seja, 90% estão satisfeita com o trabalho que a professora vem executando em sua turma. E apenas 10% não concordam ou concorda parcialmente com o seu trabalho metodológico com a turma. Assim a metodologia que ela está usando surte focos positivos. Conforme Costa e Nascimento (2004, p. 52) afirmam que:

A aprendizagem não pode ser associada somente às metodologias existentes. Dessa forma, outros fatores devem ser considerados: como as capacidades cognitivas e motoras, a motivação para a atividade, a relação professor-aluno e a complexidade das tarefas.

                   Dessa forma a aprendizagem além das metodologias comuns, o professor precisa buscar nos alunos suas competências cognitivas, motoras e precisa estar motivado para aquela aula, bem como buscar essa motivação nos seus alunos para que possam participar e sentir capazes de aprender. E os alunos estão de acordo com a metodologia que a professora trabalha com a turma.

A professora de educação física utiliza recursos tecnológicos em sala aula?

 

Fonte: Discentes da Escola Estadual Antônio João

                  

                   Em relação aos recursos de ensino que a professora trabalha em sala com seus alunos, nota-se conforme o gráfico que: 13 alunos disseram que a professora de educação física utiliza o data-show como recurso tecnológico em sala de aula, 3 alunos afirmam que a professora usa caixa amplificada, 3 que ela utiliza o notebook, 4 dizem que a professora utiliza a sala de computação, 3 alunos responderam outros, porém não citaram o tipo de recurso que a professora utiliza e 3 alunos não responderam.

                   Com base nesses dados notou-se que a maioria afirma que a professora utiliza em suas aulas o data-show e outros recursos, tais como, caixa amplificada, notebook, sala de computação, com menos freqüência, mas em todo caso os utiliza.  Segundo Sena e Burgus (s. d, p. 14) apontam que:

A equipe pedagógica escolar precisa estar capacitada, atualizada e conectada com o desenvolvimento tecnológico da sociedade, além de conhecer o momento ideal de inserir as mídias nas atividades de ensino-aprendizagem. Já os alunos precisam de orientação diante da quantidade e da qualidade das informações em suas vidas, condicionando seu pensar, agir, sentir para um uso consciente das mídias.

                  

                   Dessa forma o computador, assim como o celular podem ser considerados como recursos materiais que podem ser trabalhados em sala de aula pelo professor de educação física, desde que haja um controle sobre o uso desses objetos de forma consciente tanto por parte do professor como do aluno. E para que isso ocorra toda equipe escolar precisa estar atualizada para o uso favorável da tecnologia no meio educacional. E foi notório que a professora faz uso dos principais meios tecnológicos durante suas aulas. Recursos estes, que facilitam muito a motivação e aprendizagem do aluno na disciplina de Educação Física.

De que forma a professora de educação física avalia as atividades realizadas em sala de aula e na quadra poliesportiva?

      

 

Fonte: Discentes da Escola Estadual Antônio João 

                  

                   Quanto à forma de avaliação que a professora costuma trabalhar com seus alunos em seus tanto na sala de aula como nas aulas práticas realizadas na escola, verificou-se que 11 alunos afirmam que a professora os avalia em suas atividades pela participação nas aulas, 3 pela freqüência durante as atividades, 6 pelo interesse e responsabilidade e 5 pelo trabalho coletivo. Em relação a esses dados observados quanto aos critérios avaliativos que a professora utiliza com seus alunos, relata-se que:

As pesquisas realizadas na área da Educação Física escolar indicam que, atualmente, a perspectiva tradicional, aquela que prioriza o produto, a quantificação e a avaliação por meio de testes vem sendo substituída por uma visão mais processual, abrangente e qualitativa (DARIDO, 1999 Apud DARIDO, 2012, p. 129).

                   Neste sentido, observou-se que as avaliações atualmente já não são tão tradicionais. Com o surgimento de novas abordagens metodológicas, percebe-se o uso de outros meios de avaliação, com requisitos avaliativos mais qualitativos. Mais conforme o gráfico acima, foi notório que a professora dá mais importância a participação durante as aulas, enquanto que outros requisitos avaliativos como freqüência, interesse e responsabilidade e trabalho em equipe foi afirmado com menos freqüência pelos alunos entrevistados.

                   Com base nesses dados, notou-se que a professora trabalha dentro de uma visão mais processual, mais qualitativa, ou seja, mais atual, pois, dá bastante importância à participação nas suas aulas, mas não abre mão de outros requisitos básicos como à freqüência, o interesse, a responsabilidade e o trabalho coletivo. Tais requisitos são de suma importância para se conhecer o rendimento quantitativo e qualitativo do aluno. Suas competências e Habilidades. E é por meio deste processo avaliativo que a professora busca inovar com sua práxis na disciplina de Educação Física.

Você acha que os conteúdos de ef como atletismo, danças, ginásticas são importantes para seu conhecimento?

 

Fonte: Discentes da Escola Estadual Antônio João     

                  

                   Neste sentido, notou-se que os alunos dessa turma da EJA foram bastante seguros em afirmar que, em sua grande maioria (95%) almejam ter conhecimento a respeito desses conteúdos como Atletismo, Danças, Ginásticas, que muita das vezes, não é trabalhada pelos profissionais de Educação Física. Quanto aos Planos Curriculares Nacionais, em relação à Educação Física:

Explicita-se a seguir a lista daqueles que continuam a ser abordados além dos que deverão começar a ser desenvolvidos nesse ciclo e poderão ser aprofundados e/ou tornarem-se mais complexos nos ciclos posteriores: utilização de habilidades motoras nas lutas, jogos e danças; desenvolvimento de capacidades físicas dentro de lutas, jogos e danças, percebendo limites e possibilidades (PCNS, 1997, p.54);

       Dessa forma, notou-se que para o aluno tenha habilidades e desenvolva suas capacidades físicas dentro das lutas, danças, por exemplo, há a necessidade de esses conteúdos fazerem parte do currículo dos alunos.

       Com base nos dados do gráfico acima percebeu-se que os esportes de atletismo, tais como: Corrida de 100, 200 e 400 metros, lançamento de dardos, natação, salto em altura, salto em distância, salto com vara; Danças como: Capoeira, marabaixo, carimbo; Ginástica como: Artística, rítmica, e outros conteúdos devem ser ministrados de forma teórica e colocados em prática, pois, esses conteúdos são fundamentais ao currículo do aluno.

Você acha que possui habilidades esportivas para as tarefas que o professor realiza em suas aulas?

 

 

Fonte: Discentes da Escola Estadual Antônio João

                  

                   Em relação a esse fato observado no gráfico quanto ás habilidades em Educação Física, ficou notório que uma pequena minoria (5%) não possui habilidades para a prática esportiva e a maioria (95%) afirmou que possui habilidades para as aulas de Educação Física. Conforme Unesco (2000 Apud SILVA; ARRUDA, 2012, p. 115) apontam que:

A EJA representa uma possibilidade de efetivar um caminho de desenvolvimento a todas as pessoas, de todas as idades, permitindo que jovens e adultos atualizem seus conhecimentos, mostrem habilidades, troquem experiências e tenham acesso a novas formas de trabalho e cultura.

                   Neste sentido, notou-se que a turma apresentou bastante interesse pela disciplina de educação física, o que a torna apta para sua prática e absorção dos conteúdos, visto que os alunos demonstram possuir habilidades para as suas aulas práticas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES

                  

                   A Educação Física passou por vários processos de evolução, processos que datam desde a época do Brasil Colônia, com suas primeiras manifestações relacionadas a ela, passando pelo Brasil Imperial, Brasil República. Momentos históricos que marcaram a sua trajetória com o surgimento da Educação Física escolar, onde a partir daí, tornou-se obrigatória nos ensinos médio e superior. Foi neste período que deu-se início a Práxis pedagógica no ensino de Educação Física ainda com pouca descrição. Sua estrutura pedagógica se tornou mais sólida a partir dos tempos atuais com a origem das Tendências e Abordagens pedagógicas. A partir deste momento surgiram pensadores e estudiosos que trouxeram à tona novas conquistas pedagógicas, como é o caso dos Parâmetros curriculares nacionais e artigos relacionados á Práxis pedagógica em Educação Física. Os critérios avaliativos usados em suas aulas são convergentes. Por que sua forma de avaliar o aluno é definida através de um objetivo a ser alcançado em determinada aula. Neste sentido foi observado que a professora busca alcançar seus objetivos por meio das avaliações que são propostas os seus alunos, garantido que os instrumentos avaliativos são fundamentais para se adquirir a participação, a assiduidade, o respeito do aluno para com o professor e o interesse pela disciplina. Segundo a professora o nível de aprendizagem de uma turma independe da idade, ou seja, todos são capazes de aprender. Diante do exposto, foi notado que motivar os alunos, acreditar neles, explorar seus potenciais, são recursos e objetivos que o professor de Educação Física deve buscar no aluno que frequenta a Educação de Jovens e Adultos nos dias atuais. Durante as observações nas aulas da professora foi verificado que a professora procura diversificar e inovar os conteúdos da Educação Física com outros assuntos de importância social e pedagógica. Foi notado que a maioria dos alunos estava sem estudar ou repetindo o ano. E de acordo com este percentual foi observado que essa turma precisa de mais atenção, metodologias e recursos inovadores para se alcançar seus objetivos, evitando-se futuras evasões do âmbito escolar. Foi notório que a maior parte da turma concorda com a metodologia de ensino da professora, o que demonstra ter uma boa relação entre professor-aluno, assim como possui uma boa aceitação por parte dos alunos. Porém tais critérios são utilizados, o que os torna importantes na visão desta professora. Foi constatado que a maioria da turma possui habilidades para as aulas de Educação Física. Esse interesse já facilita sua prática e absorção dos conteúdos.

                   Conclui-se que os resultados desta pesquisa mostraram-se divergentes com a hipótese considerada: De que à práxis pedagógica do ensino em educação física não está ocorrendo na escola. Haja vista que a professora seleciona bem os conteúdos, utiliza metodologias adequadas para o ensino da Educação Física, usa recursos coerentes ao ministrar suas aulas e suas avaliações correspondem de forma pedagógica à aprendizagem do educando. Como base nestes resultados pode-se elencar algumas sugestões resultantes dos apontamentos que realizou-se no decorrer deste estudo para a Práxis pedagógica do ensino da educação física na 4ª etapa da EJA: A Práxis pedagógica pode ser ministrada pelo professor de educação física por meio de uma ou mais abordagens metodológicas; Os recursos de ensino devem ministrados na sua prática de acordo com o conteúdo que está sendo trabalhada, cada aula é uma aula; Os métodos tradicionais não devem ser descartados durante o processo de ensino aprendizagem, pois é muito útil até os dias atuais; As aulas de educação física na sua Práxis de ensino devem ser bem planejadas com base nos PCNS, seguindo a Leis de Diretrizes e Bases da Educação; Os conteúdos para a EJA em Educação Física precisam se sustentar na Legislação e devem atender as necessidades básicas dos alunos quanto ao seu currículo escolar no que diz respeito à Práxis pedagógica do ensino de educação física na 4ª etapa da EJA; Para que a Práxis pedagógica tenha sucesso nas aulas de educação física o professor precisa motivar os seus alunos para que possam se envolver e participar ativamente das aulas; Durante a Práxis Pedagógica de educação física o professor necessita criar um clima harmonioso com seus alunos, para que possam interagir e ter uma boa relação professor-aluno e uma dessas formas é dialogando, buscando alternativas e aceitando idéias; Durante a Práxis pedagógica no ensino de educação física da EJA é importante buscar diversas formas de avaliação de maneira a absorver tudo o que o aluno possa trazer de produtivo e processual.

       Como sugestão para futuras pesquisas tem-se a ampliação deste estudo para outras escolas públicas ou privadas com vistas a uma comparação de resultados.

ABSTRACT

This study dealt with the school physical education with regard to pedagogical praxis of teaching of physical education in the fourth stage of youth and adult education (EJA). This study aimed to investigate the pedagogical praxis of teaching of physical education in the fourth step of the EJA Antônio João school in class 432. This research had as a characteristic a Bibliographic and field approach. This study had as problematic: is occurring to the pedagogical praxis of physical education in the EJA? And in what way? The results of this research were divergent with the hypothesis considered: that the pedagogical praxis of teaching in physical education is not occurring at the school. You can list some suggestions for Pedagogical praxis of teaching of physical education in the fourth step of the EJA: teaching resources must be the most diverse possible to motivate and facilitate learning; choose one or more educational Approaches according to the reality of school and with the dynamism of the pedagogical Praxis; Motivate students, believe them, explore their potential, in adult and youth education; Diversify and innovate the content of physical education with other subjects of social and pedagogical importance as suggestion for future research is the expansion of the study to other public or private schools with a view to a comparison of results.

Keywords: Pedagogical Praxis. Observations. Interviews. Approaches and methods.

 

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* Graduandos do Curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Vale do Acaraú (UVA)-Ap.

** Professora do Colegiado do Curso de Licenciatura em Educação Física, Especialista em Gestão e Docência do Ensino Superior.