A educação de jovens e adultos tem o olhar voltado para as classes populares, que não tiveram acesso à escola, na faixa etária considerada adequada para a escolarização (07 aos 14 anos de idade), ou foram evadidos ou expulsos da escola, jovens e adultos que se encontraram marginalizados e excluídos do sistema econômico e social, pessoas vistas pela sociedade como “incapazes”. São pessoas jovens e adultas com experiências de vida, na maioria das vezes trabalhadores assalariados que lutam pela sobrevivência na cidade ou no interior, pessoas que apresentam uma desconfiança em relação à escola ou por não terem tido acesso a ela quando crianças ou por terem sido evadidos. Dessa forma a educação de jovens e adultos apresenta-se como uma especificidade etária e sócio-cultural, na medida em que está dirigida a determinados grupos culturais de pessoas de uma determinada classe social, ou seja, grupos sociais de uma classe economicamente baixa.

A Educação no Brasil é marcada por situações conflituosas, em que apesar da Educação ser um direito de todos, grande parte da população brasileira se vê impedida de ter acesso a tal direito; pessoas que desprovidas dessa oportunidade, passam a viver uma vida marginal, ausente de oportunidades de acesso ao processo  altamente valorizado pelo conhecimento.

Pesquisa nos mostra os dados estatísticos que apontam para o elevado índice de analfabetismo existente em nosso país; sobretudo nas regiões Norte e Nordeste; esse quadro elevado de pessoas que não tem ou não tiveram acesso à educação sistematizada é apontando como uma das causas principais do subdesenvolvimento do nosso país.
Diante do contexto apresentado, torna-se necessário a tomada de algumas ações no sentido de promover a melhoria qualitativa nos processos de alfabetização, em especial aquele destinado a jovens e adultos. Assim, o estudo da problemática da prática da educação de jovens e adultos é relevante no sentido de apresentar novas perspectivas de acesso ao processo de melhorias e alternativas para os estudantes a esta modalidade de ensino, uma vez que o processo de inclusão de todas é desejado para que desta forma possamos reverter a realidade de opressão e dominação de vários segmentos populares.


Objetivamos, sobretudo, contribuir para um repensar da prática educativa por parte dos educadores, levando-os a uma visão transformadora de sua prática em relação à Educação de Jovens e Adultos como oportunidade de transformação social. O contexto social apresentado, em nosso país, coloca o analfabetismo como objetivo de amplas oportunidades de estudos, uma vez que jovens e adultos alfabetizados,  podem contribuir significativamente para o processo de melhoria de sua qualidade de vida.
Este texto veio esclarecer como a educação no Brasil tem passado por deficiências e que alfabetizandos e alfabetizadores são fortemente influenciados por falhas na escola e em outros ambientes de aprendizagem.

O principal fator relacionado ao analfabetismo é o quadro elevado de pessoas que não tem ou não tiveram acesso à educação. Porém, a ausência de escolarização dos jovens e adultos geralmente é justificada pela inadequação dos ensinos no processo de alfabetização. Temos que entender que é preciso respeitar o direito à cidadania, ao aprendizado e assegurar uma educação de qualidade para nossos jovens e adultos.


Sobre o autor: Kelly Vieira Costa Santos é formada em Administração com ênfase em Recursos Humanos, pós-graduada em Metodologia do ensino superior e Gestão Pública. Estudante de Pedagogia.