EDUCAÇÃO COM AFETIVIDADE: UM OLHAR PEDAGÓGICO

¹MARILENE LAURA DOS SANTOS GUERRA

RESUMO

A afetividade envolvida no procedimento de ensino aprendizagem é de fundamental importância no desenvolvimento cognitivo do corpo discente visto que, a efetivação do afeto em sala de aula consiste em uma ponte para que o aluno caminhe e se encante com suas descobertas no processo de construção da cognição. Como problematização a pesquisa enfoca: De que forma os docentes podem enriquecer a relação com os discentes, edificando um ambiente escolar pautado no respeito, na autoestima e na afetividade? A escola precisa da participação dos pais trabalhando em parceria em busca de uma educação de qualidade. Assim expressivamente o lado psíquico dos alunos fortalece-se. O aprendiz envolve-se na construção do conhecimento embasado na relação afetiva entre ele e o professor, que de forma concisa deixará em sua memória a lembrança viva do envolvimento relacional significativo. Sendo assim, os objetivos desta pesquisa serão: Analisar as dimensões afetivas no cotidiano escolar; Verificar a importância da afetividade nas práticas pedagógicas; Averiguar qual a relação entre afetividade e aprendizagem mediadas na relação professor/aluno, a partir da visão de alguns autores como: Almeida (1999), Castro (2011), Chalita (2004), Cury (2003), Schettini Filho (2010),             entre outros. A metodologia da pesquisa será bibliográfica.

Palavras chave: Afetividade. Família. Autoestima. Educação. Aprendizagem.

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¹Marilene Laura dos Santos Guerra, email: [email protected]

Mestranda em Ciências da Educação pela Instituição Unigrendal

INTRODUÇÃO

Os professores em sua arte de educar devem usar a sabedoria na qualidade da relação com os alunos, visando estratégias que norteiem a formação de cidadãos dentro de uma relação pedagógico-afetiva. Esta afetividade deverá ser traduzida em: troca, segurança, diálogo e atitudes de respeito para definir uma interação autônoma entre discente e docente. Para isso a criança merece ter oportunidade para pronunciar-se, num espaço onde possa ser compreendida, respeitada e amada sob um novo “olhar”.

Falar em “Afetividade com um olhar pedagógico” é acreditar em uma escola construída a partir da compreensão mútua. É nesse ambiente escolar que se aprende e se cresce na diferença.

Estas questões serão devidamente ponderadas ao longo deste trabalho focando responder a seguinte tese: De que forma os docentes podem enriquecer a relação com seus discentes, edificando um ambiente escolar pautado no respeito, na autoestima e na afetividade?

Assim, esse estudo tem como objetivos: Analisar as dimensões afetivas no cotidiano escolar; Verificar através de pesquisa bibliográfica sobre o tema, a importância da afetividade nas práticas pedagógicas; Averiguar qual a relação entre afetividade e aprendizagem mediadas na relação                                                professor/aluno.

Nesta perspectiva, esta observação justifica-se pela real necessidade de ser investigado o tema proposto apontando ideias e práticas no processo educativo, estabelecendo uma relação dialética entre professor e aluno, assegurando empatia com base na educação como construção afetiva e cognitiva. Realizar-se-á uma pesquisa bibliográfica, tendo como fundamentação teórica a contribuição de alguns autores tais como: Almeida (1999), Castro (2011), Chalita (2004), Cury (2003), Fontoura (2010), Freire (1996), Mafra (2010), Morales (1999), Pádua (2010), Palomares (2010), Simka (2010), Tiba (2002), tentaremos extrair conclusões que abordem o tema escolhido.

Neste aspecto a pesquisa será elaborada em três capítulos. O primeiro trata sobre a Interação-professor-aluno-família; em seguida abordaremos a relação existente entre afetividade e aprendizagem; e o terceiro capítulo nos indaga sobre o que os professores deixarão na memória dos seus alunos.

1 A INTERAÇÃO PROFESSOR-ALUNO-FAMÍLIA

A escola contemporânea bem como seus profissionais tem passado por um mundo de transformações acentuadas e velozes ocorridas no Brasil e no mundo acerca da Educação. Neste sentido, à escola e aos seus profissionais é delegada uma infinidade de aspectos visando à concretização satisfatória do domínio cognitivo, psicológico e afetivo, para a formação integral à vida do educando. Isso, de certa forma, sobrecarrega o professor e intensifica seu ritmo de trabalho.

Cabe ao professor o ato de educar com o objetivo de formar uma humanidade mais autônoma. É preciso acreditar no poder transformador da educação. Através dela é possível formar seres humanos conscientes e capazes de evoluir como indivíduos éticos, responsáveis, criativos, solidários, críticos, participativos e confiantes. Vale ressaltar que toda educação começa primeiro naquele que educa. Partindo desse princípio, a formação do educando será completa existindo a interação família-escola envolvida intensamente no processo construtivo do saber.

Em tempos passados a escola cumpria com as funções requisitadas de maneira integral porque elas se restringiam ao âmbito acadêmico e diferentemente dos tempos atuais, tinha como sua aliada a família.

A família, a base e a célula da sociedade, nas últimas décadas, têm sido depauperada em suas funções por conta de grandes mudanças em seu modelo. A mulher, por várias razões, ao se inserir no mercado de trabalho, tem deixado seus filhos majoritariamente sob a guarda da escola. Hoje, a família parece ignorar que a formação moral e ética de seus filhos pertence, principalmente, a ela. Abrir mão de uma de suas principais funções faz com que a família fique à mercê da sociedade e corra o risco de, portanto, padecer de seus males. No entanto, é preciso reconhecer que a família e seus membros foram formados na escola. À escola, tem sido delegada não sóa instrução das pessoas mas também a sua formação cultural.(PÁDUA, 2010, p.14)

Quando a família acompanha o progresso escolar do filho na escola e segue na mesma direção, apóia veementemente o ensino-aprendizagem, dando ênfase aos princípios que se deseja atingir de forma simultânea, propicia o desenvolvimento pleno da criança. Este alicerce é primordial à família. Os pais não podem nem devem se esquivar deste fato: os filhos precisam da segurança do seu amor, da sua aceitação e da valorização familiar fundamentadas numa relação harmoniosa.

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