Adriana Cláudia de Melo Nogueira e Schilze dos Santos

Escola Estadual Bento Alexandre dos Santos.

Pedagogas: [email protected] e [email protected]

  Devido as constantes  transformações que está acontecendo em nossa sociedade vimos a importância de se trabalhar o tema Drogas, pois a falta de esclarecimento pode fazer do primeiro contato um caminho sem volta para o vício. Pesquisas mostram que a maioria das pessoas procuram as drogas por curiosidade e a melhor maneira de acabar com a curiosidade é a informação.

 De acordo com Gilda Maria Pompéia Soares a questão do uso de drogas, feito por alunos dentro e fora da escola tem deixado de ser uma exceção e passado a fato corriqueiro nos últimos anos. As festas do antigo ginásio já não podem acontecer se não houver um vinho, uma cervejinha. Outro tipo de uso e abuso de drogas muito freqüente é o da automedicação. Num instante de dor, por exemplo, sempre há alguém com um remedinho ao alcance da mão para aliviar o mal-estar de um colega, de um amigo, de um aluno.

    Os programas de prevenção devem considerar a realidade das pessoas envolvidas visando sempre seu contexto histórico, sociocultural e econômico nos quais os sujeitos envolvidos estão inseridos, o sucesso destas intervenções preventivas depende do conhecimento da realidade do consumo e das motivações que a sustentam.

    As drogas, representam um agressor entre outros presentes na vida moderna, o uso de drogas não constitui, pois, um mero processo de alienação social ou de entrega ao "vício", mas sim um dos fatores que prejudicam a formação equilibrada dos jovens, que deveria habilitá-los a agir com independência, criticar criteriosamente e participar de construções coletivas.

 É imprescindível, pois, fazer uso de  programas de prevenção que permeiam todo o currículo escolar, estimulando o professor para ser mediador deste processo, desenvolvendo assim ,  atitudes positivas promovendo  o equilíbrio familiar e  a saúde, pois são fatores de proteção frente ao uso das drogas, a serem impulsionados através de atitudes e posturas coerentes de todo o corpo docente e administrativos da escola. Desta forma, segundo fulano de tal, revela que:

As drogas, ai, representam um agressor entre outros presentes na vida moderna; o uso de drogas não constitui, pois, um mero processo de alienação social ou de entrega ao “vício”, mas sim um dos fatores que prejudicam a formação equilibrada dos jovens, que deveria habitá-los a agir com independência, criticar criteriosamente e participar de construções coletivas.(pág. 13)

Sendo assim, é difícil tratar deste tema, por ser este um processo que deva ser trabalhado continuamente, com perspectivas de prevenção, para que provoque o despertar nos educandos, de forma reflexiva e que consolide a opinião própria dos mesmos sobre a construção de uma vida sem abusos de qualquer tipo de drogas presentes na atualidade.

A família nestes casos, seja ela qual for sua configuração particular, tem bastante influencia na prevenção ou redução do uso de drogas. Assim, a autora Hints, revela que:

        Uma das atitudes de amor é a capacidade dos pais de dizer sim e não de forma equilibrada, não permitindo a sua falta ou seu exagero na formação do filho. Saber limitar ou frustrar adequadamente é uma habilidade que deve ser trabalhada pelos pais. O jovem que foi educado com excessos de sim tem dificuldade em desenvolver defesas internas para também dizer não e cede mais facilmente à oferta do prazer proporcionado pela droga. (pag. 39)

Desta forma, “as famílias em que a autoridade é compartilhada e respeitada, com um funcionamento democrático, tem os menores indícios quanto ao uso de drogas”(pag. 39), pois assim, vê-se a necessidade dos pais  manterem diálogos com seus filhos, reforçando os valores pessoais de cada um, a fim de fortalecer a capacidade de defesa interna do filho.

De acordo com Aaron T. Beck existem duas temáticas de início ao uso das drogas que são  denominadas crenças de desamparo e crenças de desamor.”Sou um fracasso” ou “ Sou incapaz de ser amado”. Crenças essas com pouca perspectiva de vida futura e feliz, isso condiciona a um padrão automático de resposta a estímulos desagradáveis (internos ou externos) e ao desenvolvimento insuficiente de habilidades adequadas para lidar com a frustração.Os traços mencionados podem estar presentes antes de o problema com drogas desenvolver-se.

Dentro da concepção de valorização da qualidade de vida, é necessário primeiramente o apoio  incondicional da família e um tratamento no que se refere às crenças, diminuir a força das crenças permissivas e aumentar a força das crenças de controle.Isto é absolutamente essencial no trabalho cognitivo efetivo com dependentes químicos, pois representa o nível de mudanças mais profundo e duradouro. Existem alguns itens essenciais no tratamento e no equilíbrio de dependentes químicos familiarização com o modelo cognitivo, avaliação das crenças, prevenção da recaída, rede social, cônjuge, terapeuta e família. Desta forma segundo  Fernando Amarante Silva (1993) revela que :

                 “ Estamos diante de uma civilização na qual                                            modificar o estado de humor através de uma droga, se converteu em algo habitual e corriqueiro.estamos vivendo a civilização química.”

Familiares e amigos não usuários antes  evitados e negligenciados durante o uso  ativo, podem se tornar parceiros em busca de recurso e apoio,seja qual for a droga, o indivíduo, com sua personalidade, suas angústias, aflições, ansiedades e emoções, é que estáem jogo. Há que se levar em consideração a pessoa, a droga e o meio social em que estiver se dando o uso. Se a droga é lícita ou ilícita, realmente não importa. Hoje em dia, alguns médicos afirmam que o tratamento da dependência do álcool e de ansiolíticos (drogas lícitas) é o mais difícil que existe. É importante considerar também que estamos hoje diante de uma nova ameaça: o crack. Da mesma forma, grupos de auto ajuda podem ser essenciais na reconstrução de relacionamentos saudáveis e apoiadores.

Uma das atitudes de amor é a capacidade dos pais de dizer “sim ou não” de forma equilibrada, não permitindo a sua falta ou o seu exagero na formação do filho. Os pais no convívio diário, sem se darem conta, utilizam de condutas aditivas, usando de forma abusiva medicamentos, tabaco, café, álcool e até mesmo comida e trabalho. Essas condutas são modelos em que não há um controle ou limite, e induzem ao desenvolvimento de um ambiente que possibilita o uso abusivo de drogas, portanto, são modelos que devem ser reconsiderados e evitados.

Evidencia se que é a família que pode se fazer responsável por uma prevenção contínua e evolutiva através de laços familiares fortes e seguros. É nela que o ser humano vive suas primeiras relações de amor, aprende a confiar, expressar afeto, a amar e ser amado.É nela que deposita suas angustias e ansiedades, buscando o amparo para seus momentos de dor. Segundo Salete Vizzolto :

                                                                                 “ Nunca antes houve tantas crianças    brincando com drogas e se expondo aos perigos a elas inerentes.”

   Portanto a droga é um tema para ser discutido não apenas por programas de prevenção, mas por todos os seguimentos sociais independente de cor, raça, classe social ou religião. Precisamos falar sobre as drogas lícitas e ilícitas pois, falar não é estimular e sim preparar os jovens para um perigo que  está na atualidade.

Bibliografia:

Álcool, outras drogas, informação: o que cada profissional precisa saber/ Gilda Pulcherio, Carla Bião: o que cada profissional precisa saber/ Gilda Pulcherio, Carla Bicca,  Fernando Amarante Silva, Organizadores. – São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002.

Brasil. Ministério da Educação e do Deporto. Secretaria de Projetos Educacionais Especiais. Diretrizes para uma política educacional de prevenção ao uso de drogas / Secretaria de Projetos Educacionais Especiais. – Brasília : MEC/SEPESPE, 1994.