DO ENSINO MÉDIO PARA O ENSINO SUPERIOR[1]

 

Cauãna Simeoni Barnabé[2]

 

Ao ingressar no ensino superior o aluno tem que ser responsável, dedicado, atencioso, curioso, comprometido, para poder ir buscar de seus objetivos, não ficando apenas no que o professor trás para a sala de aula. Para Maia “os alunos de simples repetidores, passam a criadores de novas atitudes e comportamento, através da construção do próprio conhecimento” (2008,p.03).

O aluno desenvolve seu próprio raciocínio, pesquisado em novas fontes para melhorar seu conhecimento. Assim a pesquisa é o principal método de ajuda para o aluno, pois contribui no auxilio e na construção desse novo raciocínio critico. Para que isso aconteça tem que haver uma mudança de hábitos, “a formação de hábitos requer disposição, determinação e disciplina pessoal” (BASTOS,2012,P.39), cada um deve estar em constante evolução e transformação em seus hábitos de estudos, para aprimorar seus conhecimentos.

Nesta nova etapa não há como o aluno fugir da necessidade de uma construção de novos conhecimentos, do comprometimento, dedicação, de práticas inovadoras e de motivação para realização desses novos hábitos. Tendo assim, uma melhor compreensão de cada assunto trabalhando em sala de aula e que o professor não vai trazer tudo pronto como acontecia nos hábitos estudantis anteriores.

Os acadêmicos dos semestres iniciais se vêem diante de muitas dificuldades para cumprir as exigências desta etapa de formação, devido de uma má escolarização anteriormente. Estes obstáculos deixam os graduandos ansiosos e desanimados, por causa dessas novas mudanças e incorporação de diversos elementos até então desconhecidos, podendo muitas vezes levar estes a abandonar o curso. Com isso Bastos (2012) deixa claro que:

O Ensino Superior deve primar por: iniciativa e liberdade individual; havendo hábitos determinados, agora apela-se pela pontualidade dos indivíduos; as tarefas exigidas jogam como a responsabilidade do aluno; [...] os esquemas agora deverão ser próprios a não do professor; as provas passam a ter caráter de avaliação do conteúdo ministrado, onde contam, principalmente, assimilação e compreensão.

Portanto, a primeira coisa que todo universitário deve aprender é justamente essa diferença do ensino médio para o ensino superior. Quanto antes perceber isso, menos traumática será esta passagem, e mais rápido será sua adaptação.

Depois de analisar a situação chega à conclusão que a situação do ensino médio atual no Brasil passa por varias dificuldades, como os aspectos estruturais que ainda não foram resolvidos, a precariedade desse ensino público, apontando velhos e novos problemas para a sua expansão com um ensino com baixa qualidade. Onde esses alunos do ensino médio e de cursos preparatórios para os vestibulares, apenas são preparados para realizarem as provas, mas não para desenvolver o raciocínio rápido, o senso crítico e o conhecimento de base (MAIA, 2008, p.03-04).

A diferença do ensino médio para o superior é que os professores do colegial cuidam de todo o processo de aprendizagem dos alunos, acompanhando e supervisionando o trabalho individual de estudo de cada aluno, dando as atividades praticamente prontas, deixam os alunos poucas fazes fazerem pesquisas. Já os professores do ensino superior somente indicam os caminhos e o aluno escolhe pelo qual quer prosseguir. Neste momento os alunos se tornam maduros, capazes de assumir uma nova posição de aprendizagem, o aluno escolhe como e quando deve ser esta mudança de hábitos dependendo assim de cada um.

Concluiu Ferreira que a passagem para o ensino superior deve ser encarada como um marco na vida intelectual do aluno, que, normalmente, acaba de deixar o ensino médio. Como toda transação pode ser de um modo positivo ou negativo. No ensino médio o professor esta sempre do lado do aluno, precisando de uma supervisão para a realização de seus estudos e escolhas. Já no ensino superior os alunos se tornam adultos e devem ser capazes de pensar e de fazer suas próprias escolhas, buscando melhorar cada vez mais seus conhecimentos.

Por isso os alunos devem desenvolver hábitos de estudo, organizando seu tempo, definir qual a técnica ou esquemas que serão utilizados para estudar. Salomon (1977) apud Andrade (2010) concluíram que “o esquema traduz atitudes e modo de agir de cada um – varia de pessoa para pessoa”, ou seja, vai de cada um achar a maneira mais fácil de estudar, formando esquemas, recursos gráficos, símbolos, imagens, escrita ou somente pelas palavras, depende de como cada aluno vai se adaptar e encontrar qual é a sua melhor forma para estudar. Depois de fazer esta verificação e se estruturar é só colocar em prática e ótimos estudos.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos na graduação. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2010.

BASTOS, Cleverson Leite. Aprendendo a Aprender: introdução à metodologia científica. 24. Ed. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2012.

FERREIRA, Adriano de Assis. Do ensino médio ao ensino superior.

Disponínel em < http://introducaoaodireito.info/wpid/?p=98 > Acesso em: 25/05/2013. 

                           

MAIA, Rosane Tolentino. A importância da disciplina de metodologia cientifica no desenvolvimento de produções acadêmicas de qualidade no nível superior. Maringá, PR: 2008.



[1] Artigo produzido como exigência da Disciplina de Metodologia Científica do curso de Pedagogia, 1º Semestre.

[2] Cauãna Simeoni Barnabé, acadêmica do 1º semestre do Curso de Pedagogia da Instituição FAEST/UniSerra – Faculdade de Educação de Tangará da Serra, 2013