FACULDADE EVANGÉLICA DE TAGUATINGA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CANTINHO DA ARTE: PERSPECTIVA CRIATIVA PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL A PARTIR DE CÉLESTIN FREINET

 

 

 

 

 

Ruth da Silva Souza França

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Taguatinga – DF

2014

 

Ruth da Silva Souza França

 

 

 

 

 

 

 

 

CANTINHO DA ARTE: PERSPECTIVA CRIATIVA PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL A PARTIR DE CÉLESTIN FREINET

 

 

Pré-projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na Faculdade Evangélica de Taguatinga como requisito básico para a conclusão do Curso de Pedagogia.

 

 

Orientadora: Mª Júlia B. de Holanda

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Taguatinga - DF

2014

 

SUMÁRIO

 

1. INTRODUÇÃO – TEMA E PROBLEMATIZAÇÃO.............................................................04

2. JUSTIFICATIVA.................................................................07

3. OBJETIVOS..........................................................................09

3.1 GERAL............................................................................09

3.2 ESPECÍFICOS.................................................. ..............09

4. REFERENCIAL TEÓRICO..............................................................................10

4.1 PENSAMENTO DE CÉLESTIN FREINET SOBRE O CANTINHO DA ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL...............................................................................10

4.2 CANTINHO DA ARTE E O PROCESSO DE INTERAÇÃO E AUTONOMIA DOS ALUNOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL...............................................................................11

4.3 APRENDIZAGEM LIVRE E CRIATIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL...............................................................................12

5. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...............................13

5.1 O TIPO DE PESQUISA............................................................... ............13

5.2 O UNIVERSO DA PESQUISA.............................................................. .............13

5.3 OS INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS...................14

5.4 O MÉTODO DE ANÁLISE.................................................14

 6. CRONOGRAMA ...............................................................15

 REFERÊNCIAS.....................................................................16

 

1. INTRODUÇÃO – TEMA E PROBLEMATIZAÇÃO

 

Este trabalho faz parte de uma investigação bibliográfica que atende a disciplina Pesquisa em Educação onde o tema desenvolvido é: Cantinho da arte: Perspectiva criativa para a Educação Infantil a partir de Célestin Freinet.

Os ambientes inovadores de aprendizagem precisam atender algumas regras para que seja prazeroso o tempo que as crianças irão permanecer neles. A organização do espaço físico se faz importante, pois não adianta oferecer ferramentas sem ter espaço para o trabalho. Os cantinhos originais de Freinet tratavam-se de amplos espaços é essa disposição de ambiente é que traz o caráter de revolucionárias às ideias de Freinet sobre a educação.

Estamos no século XXI é as ideias de Freinet ainda faz parte de uma luta pela melhoria da educação. Para ele a escola deve ser uma oficina de trabalho e não deve aceitar que se manipule ou oprime as crianças diante de seus desenvolvimentos psicossociais. Não se pode aceitar que se crie uma geração de copiadores e repetidores que fazem apenas o que dizem se comportando como tradicionalistas é que ao se comportar desta maneira nunca conseguiremos tirar algo de esplêndido das nossas mãos desajeitadas e do nosso cérebro fútil (FREINET, 2004, p.31).

Sendo assim, Freinet nos auxilia a aproveitar que as tintas guaches faz parte da prateleira escolar e conduzimos nossos alunos às portas encantadas de um mundo diferente, mundo esse que não se proíbe e deixe que se veja com os olhos de poeta, de artistas, de construtores e ao se comportarem desta maneira irá encontrar o caminho do destino de um homem (FREINET, 2004, p. 32).

A prática do cantinho da arte desenvolvida no ano de 2014 atende a necessidade do crescente desenvolvimento populacional a qual as exigências da massa crítica se faz a maioria e com leis que protege e garante um padrão de ensino de qualidade algumas escolas busca renovar o seu papel como uma escola consciente diante da sociedade e uma das perspectivas positiva foi à valorização da Educação artística tendo suas modificações para Ensino de Arte nas propostas da nova LDB 9394/96, artigo 26, § 2º onde diz que “O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá componente curricular obrigatório nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos”.

Antes a arte na Educação Infantil eram apenas reproduções artísticas, as crianças não tinham liberdade para expressar sua criatividade artística o professor tinha o domínio do saber e diante das modificações na educação o Ensino da Arte na Educação Infantil veio tomando novas direções diante dos conceitos e atividades escolares. As escolas têm desenvolvidos propostas já utilizadas pelo educador Célestin Freinet e em uma de suas obras Freinet nos direciona a contribuir com as crianças para que seu interesse pela aprendizagem se torne mais saboroso, ele diz: “Coloquem essa criança num meio vivo, se possível comunitário, com possibilidade de se entregar às atividades que fazem parte da sua natureza” (FREINET, 2004, p.18).

O cantinho da arte é um conceito de Freinet que contradiz o tradicionalismo nas escolas. Para Freinet as escolas devem ser como canteiros de obra onde a organização e cooperação deve existir. Com isso ele propõe que:

 

[...] organize a cooperativa escolar [...] dê aos seus alunos ferramentas de trabalho, uma imprensa, linóleo para gravar, lápis de cor para desenhar, fichas ilustradas para consultar e classificar, livros para ler, um jardim e uma colheita, sem esquecer o teatro e os fantoches (FREINET, 2004, p.104). 

           

            Sendo assim, a cooperação entre as crianças e a liberdade de expressão proporciona uma aprendizagem significativa e através deste desempenho é possível que o professor alcance o objetivo de se ter uma produção individual das crianças de forma digna e saudável.

Diante das propostas de Célestin Freinet faz-se necessário perguntar: Como o cantinho da arte pode ajudar no desenvolvimento escolar do aluno da Educação Infantil a partir de uma perspectiva criativa?

O interesse por esse estudo bibliográfico surgiu com uma proposta de inovação pedagógica de uma escola particular, onde os professores iriam desenvolver os cantinhos com o objetivo de contribuir com a produção de novos conhecimentos a fim de gerar novas experiências no desenvolvimento da criança.

Essa linha de pesquisa contribui para a elaboração de objetivos onde o geral é: Investigar a importância do cantinho da arte no processo de desenvolvimento da criança na Educação Infantil a partir de uma perspectiva criativa segundo Célestin Freinet e os específicos: Analisar o pensamento de Célestin Freinet sobre uma perspectiva criativa para o cantinho da arte na Educação Infantil; Reconhecer a importância do cantinho da arte na sala de aula no processo de interação e autonomia dos alunos na Educação Infantil; Identificar atividades que possibilitem uma aprendizagem de forma livre e criativa na Educação Infantil.

Quanto aos procedimentos metodológicos o tipo de pesquisa terá por caráter o método indutivo, será descritiva e de cunho qualitativo, os métodos de procedimentos técnicos envolvidos na pesquisa é de cunho bibliográfica tendo como universo o professor e aluno, os instrumentos de coleta de dados serão o questionário e a pesquisa documental e bibliográfica e por fim, quanto a análise de método esta será qualitativa.

 

 

 2. JUSTIFICATIVA

A prática educativa se encontra em constante transformação e estudos relacionados nas teorias de grandes teóricos da educação têm levado as escolas da Educação Infantil a refletir no ano de 2014 em propostas de educação que atenda as finalidades da Educação Infantil de acordo com a LDB 9394/96 art. 29 em contribuir com o desenvolvimento integral da criança, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social.

Com isso, o “cantinho” já mencionado por Célestin Freinet em sua primeira edição no livro “A pedagogia do Bom Censo” de 1989, tem feito parte da proposta pedagógica de muitas escolas particular no DF onde seu objetivo e de proporcionar à criança momentos de observações diante das ações realizadas livremente neste espaço. No entanto, Freinet tornou-se o criador dos “cantinhos” onde se dedicou para elaborar técnicas de ensino que levasse as escolas a desenvolverem metodologias de ensino diferente da tendência tradicional, pois para Freinet, “os futuros cidadãos deverão saber enfrentar a vida com eficiência e heroísmo” (FREINET, 2004, p. 18).

A escolha do tema se deu a partir das propostas pedagógicas de uma escola particular onde o cantinho da arte me chamou atenção, pois apesar de ser um espaço prazeroso e enriquecedor de estímulos não deixava de causar certo receio nas crianças na hora de manusear os materiais oferecidos, ora por falta de intimidade artística, ora para evitar sujeira e constrangimentos em casa, entretanto as crianças não deixavam de se expressar suas cognições de maneira livre.

O trabalho com o cantinho da arte tem colocado os professores para repensar sobre sua práxis, pois é necessário que se desenvolva plano de aula que englobe todos os alunos em sala considerando a particularidade de cada um. Nidelcoff diz que: “A escola vai tratar a todos por igual. Entretanto, eles não são iguais” (NIDELCOFF, 1994, p.10).

Esse ambiente escolar se faz importante como auxilio na aprendizagem da criança na Educação Infantil, pois o aluno aprende através da liberdade de expressão a apreciar obras de arte, conhecer artistas que contribuíram para que e Ensino da Arte hoje tenha seus reconhecimentos dento das propostas escolares na Educação Infantil de desenvolver habilidades diante da pintura, expressão corporal e artística. Para Nidelcoff, “ser livre significa ser capaz de expressar-se e de expressar seu mundo [...]” (NIDELCOFF, 1994, p.31).

Esse espaço proporciona experiências, interação do professor com a criança, colaborando com o processo de socialização. É possível também que o aluno conheça obras e histórias de escritores ora já escutado por seus mediadores, porém sem reconhecer quem escreveu ou ilustrou essa história. Freinet já aconselhava os professores sobre a realidade escolar dizendo que é possível diagnosticar alunos com diversas características na sala de aula e para harmonizar e acompanhar indivíduos diferentes é necessário considerar o sistema de trabalho para estimular o mesmo (FREINET, 2004, p. 93).

O cantinho da arte na Educação Infantil tem como característica de oferecer estratégias que respeite o limite das crianças de forma que as estimulem a fazerem experiências, a encontrar respostas para suas dúvidas, a se desenvolverem de forma criativa e libertadora. Nesse espaço a criança aprende a aprender e a ser diante de suas produções artísticas. Nidelcoff afirma que o trabalho manual é, essencial. Quando falamos do que experimentamos e praticamos o saber é o resultante da sua ação (NIDELCOFF, 1994, p. 41).

 

  3. OBJETIVOS

 

De acordo com Marconi e Lakatos (2011, p. 264) “ao se escrever um trabalho o pesquisador deve apresentar com objetividade e clareza os resultados dos dados coletados durante a pesquisa”.

Dessa forma, buscando esclarecer a importância do Cantinho da Arte na Educação Infantil esta pesquisa definiu os seguintes objetivos.

3.1  GERAL

Investigar a importância do cantinho da arte no processo de desenvolvimento da criança na Educação Infantil a partir de uma perspectiva criativa segundo Célestin Freinet.

3.2 ESPECÍFICOS

Analisar o pensamento de Célestin Freinet sobre uma perspectiva criativa para o cantinho da arte na Educação Infantil;

Reconhecer a importância do cantinho da arte na sala de aula no processo de interação e autonomia dos alunos na Educação Infantil;

 Identificar atividades que possibilitem uma aprendizagem de forma livre e criativa na Educação Infantil.

 

 4. REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 PENSAMENTO DE CÉLESTIN FREINET SOBRE O CANTINHO DA ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

            As práticas pedagógicas do pedagogo Célestin Freinet idealizadas já em (1896-1966) são utilizadas por educadores nos dias atuais sem ao menos ter ouvido falar no autor. É o caso dos cantinhos e da troca de correspondência entre as escolas.

Graças a Freinet, novas ideias penetraram e continuam a penetrar nas  escolas, possibilitando a transformação da prática docente. A preocupação com a formação do professor leva Freinet a traçar um raio de ação cooperativo. Via nas trocas entre professores a possibilidade de melhor seleção do método de ensino (ELIAS, 1998, p.73).

Para Freinet segundo Elias, as classes devem ser organizadas de acordo com as características e número de crianças: distribuem-se as mesas, formando cantinhos (oficinas de leitura, música, criação, expressão e comunicação gráfica e/ou artística, experimentação etc.), deixando-se o centro livre para circulação das crianças e do professor (ELIAS, 1998, p.66).

Em seu livro “O método natural II: a aprendizagem do desenho”, Freinet (1977) destaca a importância de um fazer artístico na formação da criança. Para o autor o desenho deve ser um ato de livre expressão e da tentativa, a criança deve por inúmeras vezes ter a liberdade de tentativas ao realizar os rabiscos, pois assim estará desenvolvendo seu fazer artístico sem que seja oprimido.

Deixamos a criança desenhar livremente desde a mais tenra idade, a partir dos dois ou três anos. Vemos o lápis começar por mover-se ao acaso sobre a folha. Depois surge uma semelhança, nasce o primeiro êxito, que a criança repetirá até o automatismo [...] (FREINET, 1997, p. 23).     

            O cantinho da arte exige que o professor tenha um foco diferenciado dentro do ensino, pois esse espaço deve colaborar com as curiosidades artísticas das crianças e deve conduzi-las para dentro de uma realidade que as deixe ser capazes de interpretar seus sentidos e ações através de suas expressões e experiências.                     

4.2 CANTINHO DA ARTE E O PROCESSO DE INTERAÇÃO E AUTONOMIA DOS ALUNOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

 

A Educação Infantil é a fase mais importante na vida escolar de uma criança, pois nela se desenvolve de forma significativa o processo de formação e maturação. Com tudo, esse processo precisa respeitar o limite de cada criança. O cantinho da arte é um suporte utilizado pelo professor que ajuda a criança a caminhar para o caminho de seu crescimento de maturação. Nele a criança consegue interagir com as outras, ter opinião sobre seus gostos diante dos materiais expostos e desenvolve autonomia enquanto explora o espaço.

O papel do professor diante da interação e autonomia para com a criança no cantinho da arte e fundamental. Paulo Freire, um dos seguidores de Célestin Freinet, nos ensina como educadores a respeitar a autonomia da criança. Freire (2014) afirma que o professor que desrespeita a curiosidade do educando, o seu gosto estético, sua linguagem, que põem limites à liberdade do aluno, transgride os princípios éticos de um verdadeiro educador (FREIRE, 2014, p.59).

Segundo Nidelcoff o professor deve incentivar a criança por meio de atitude problematizadora e diante de suas expressões para que se tornem críticas diante das informações e da realidade. [...] “Providencia-lhes os meios para expressarem a si mesmos e a realidade em que vivem – escrevendo, desenhando, pintando, fazendo teatrinho, trabalhando com marionetes, etc.” Agindo dessa forma as crianças irão descobrir que estão criando cultura (NIDELCOFF, 1994, p.75).

No caminho da educação natural, tudo é vida e alegria; nada de esforços inúteis ou tarefas escolares áridas. Basta o desejo de conhecer e a disposição para realizar, de forma concreta, numa estrutura aberta, num clima de liberdade, de afetividade e co-responsabilidade. Freinet defende que a liberdade produz a felicidade; um indivíduo é livre e feliz quando, em contato com os outros, ensina e aprende (ELIAS, 1998, p. 76).

Para Freinet, o principal fim da educação é o crescimento pessoal e social do indivíduo, elevar a criança a um máximo de humanidade, preparando-a não apenas para a sociedade atual, mas para uma sociedade melhor, fazendo-a avançar o mais possível em conhecimento, num constante desabrochar (ELIAS, 1998, p.90).

 

 4.3  APRENDIZAGEM LIVRE E CRIATIVA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

            Para Santos [...], é um tanto quanto difícil definir aprendizagem, dada a complexidade do termo e da vasta literatura existente, muitas vezes repetitiva ou até contraditória [...]. Em psicologia, a definição mais frequente utilizada assegura que:

A aprendizagem envolve mudanças de comportamento e, presumivelmente porque essa mudança de comportamento é relativamente permanente, deve também haver uma mudança relativamente permanente dentro de nós que nos permite, quando aprendemos algo, demonstrar de novo essa aprendizagem mais tarde. Mas, isso não inclui mudanças no comportamento ocasionadas por danos físicos, doenças, drogas ou processo de maturação (HARDY e HEYES, 1980, apud SANTOS, 2012, p.27)

            Freinet diz que para se ter uma aprendizagem significativa é necessário provocar a curiosidade da criança. Não importa os tipos de materiais apresentados à criança para participar de uma produção artística e nem tão pouco suas habilidades, apenas lhe apresente algo que lhe chame a atenção que você vera uma chama inflamar o indivíduo inteiro e essa chama irá devorar todos os materiais que lhe foi apresentado (FREINET, 2004, p.21).

            Para que se tenha uma aprendizagem livre e criativa o professor precisa se dedicar com entusiasmo a estimular as crianças da Educação Infantil, fazendo assim seu trabalho irá se tornar eficiente onde foi preciso pouco para transformar uma aprendizagem em um sorriso amável, uma palavra insinuante, um pouco de calor no coração, uma perspectiva humana, e a liberdade da criança escolher ele mesmo o caminho por onde seguirá (FREINET, 2004, p. 24).

O cantinho da arte é um espaço na Educação Infantil a qual a criança pode expressar de forma livre suas criatividades. O professor precisa se relacionar com as crianças, lhe apresentar formas, cores e tudo que faz parte do seu universo escolar. Para isso Freinet nos levou a pensar. “Você já notou o lugar importante que ocupam as cores, os sons e os sonhos na linguagem e nos escritos das crianças? Tudo é luminoso, aéreo, livre e fresco como agua que corre” (FREINET, 2004, p. 25).

Durante o processo de aprendizagem o mediador precisa ser cauteloso para não ofuscar na criança suas curiosidades e desejos de ir além. Na Educação Infantil a criança e o centro do ensino-aprendizagem, deixe-a ser expressar de forma livre e criativa contribuindo assim para uma infância sem traumas e uma fase adulta sem motivação.

            5. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

 

            Metodologia significa estudo do método. Para Andrade “metodologia é o conjunto de métodos ou caminho que são percorridos na busca do conhecimento”. (ANDRADE, 2010, p. 117).

Esta pesquisa terá, por caráter o método indutivo, será descritiva e de cunho qualitativo onde seu objetivo segundo Marconi e Lakatos (2011) “é entender uma determinada situação em que se dispõe de pouca informação, procura compreender como ocorre e como são usadas as metodologias nas escolas de educação infantil para aplicabilidade do Cantinho da Arte” (MARCONI; LAKATOS, 2011, p. 290).

 Com isso, a metodologia deve apresentar:

 5.1 O TIPO DE PESQUISA

 A fim de compreender a relação e a importância do papel do professor como mediador no processo de aprendizagem da criança diante do Cantinho da Arte se fez importante fundamentar algumas questões que ainda não são desenvolvidas com frequência nas escolas de educação infantil.

Sendo assim, os métodos de procedimentos técnicos envolvidos na pesquisa serão:

            Será uma pesquisa de cunho bibliográfica já tornadas públicas como: livros e artigos disponibilizados pela internet que facilitarão o entendimento sobre o tema escolhido. Para esses fins Marconi e Lakatos afirma que: ”Todo trabalho de graduação é fundamentado em pesquisa bibliográfica; portanto, é indispensável  a apresentação da bibliografia consultada para sua execução”. (ANDRADE, 2010, p. 82).

            Desta forma, a compreensão sobre o pensamento dos autores em relação ao tema possibilita desenvolver a pesquisa de forma crítica e cientifica facilitando assim o levantamento de dados de acordo com o interesse populacional e sem manipulações e a compreensão dos fatos diante do estudo de campo.

 5.2 O UNIVERSO DA PESQUISA

A pesquisa será realizada em escolas particulares, onde a delimitação do universo se limitará nos professores e alunos. Os professores por serem os mediadores das crianças na exploração do Cantinho da Arte e os alunos por ser o sujeito mais importante dentro do espaço escolar segundo os autores estudados.

 Para Andrade “o universo da pesquisa é constituído por todos os elementos de uma classe, ou toda a população. População é o conjunto total e não se refere apenas a pessoas, pode abranger qualquer tipo de elementos” [...] (ANDRADE, 2010, p. 130).

 5.3 OS INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

 Andrade afirma que os “instrumentos da pesquisa são os meios através dos quais se aplicam as técnicas selecionadas [...] a cada pesquisa que se pretende realizar procede-se à construção dos instrumentos adequados” (ANDRADE, 2010, p.130-131).

Quanto aos tipos de instrumentos será utilizado o questionário onde será questionado o ponto mais relevante da pesquisa. Para Andrade o “questionário é um conjunto de perguntas que o informante responde, sem necessidade da presença do pesquisador” (ANDRADE, 2010, p.134).

O questionário estará ligado à formulação do problema e aos objetivos. Torna-se importante também neste trabalho a pesquisa documental e bibliográfica, pois se pode utilizar de documentos, regulamentos, normas, pareceres, cartas, etc os quais enriquecerão a pesquisa.

 5.4 O MÉTODO DE ANÁLISE

 Quanto à abordagem da pesquisa esta será qualitativa por considerar a existência de uma relação dinâmica entre mundo real e sujeito,

Deste modo, sua classificação será de pesquisa descritiva, pois assume, em geral, a forma de pesquisa de levantamento onde se utiliza como instrumento o questionário e a pesquisa documental e bibliográfica.

Para Andrade “é necessário deixar de lado as diferentes definições de análise ou sua conceituação e adotar um ponto de vista que torne mais prático a análise” (ANDRADE, 2010, p. 09).

  REFERÊNCIAS

 

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14724: Informação e documentação. Trabalhos Acadêmicos - Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.

 ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à Metodologia do trabalho científico. São Paulo; Atlas S.A, 2010.

 Brasil. Darcy Ribeiro. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília; Câmara, 2010.

 Elias, Marisa Del Cioppo. Célestin Freinet: Uma Pedagogia de Atividade e Cooperação. Petrópolis-RJ; Vozes, 1997.

 FREINET, Célestin. Pedagogia do bom censo. Tradução J. Baptista. São Paulo; Martins Fontes, 2004.

 FREINET, Célestin. O Método Natural II: A aprendizagem do Desenho. Lisboa, Editorial Estampa, 1977.

 FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro; Paz e Terra, 2014.

 LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia Científica. São Paulo, Atlas, 2011.

.NIDELCOFF, Maria Teresa. Uma escola para o povo. Tradução João Silverio Trevisan. São Paulo; Brasiliense, 1994.

 SANTOS, Marcos Pereira dos. Dificuldades de aprendizagem na escola: um tratamento psicopedagógico. Rio de Janeiro; Wak, 2012.