Avança aprendizagem

Enquanto ensaio este artigo, o Brasil está sediando a copa do mundo de futebol 2014. Muito se tem falado nos “prós” e “contras”, da realização deste evento no Brasil. Parece que ao  nos aproximar  do final da referida competição, o “ar” de aprovação e sucesso se intensifica. Neste contexto também ganha força uma nova expressão. Legado. Qual o legado que a realização da copa do mundo  de futebol deve deixar para o Brasil e ou para os brasileiros?

Pois bem, afirmam alguns analistas, “se foi possível realizar um evento da magnitude da copa, e com êxito, também deve ser possível realizar saúde, educação, infra-estrutura, segurança, meio ambiente... com magnitude e êxito padrão FIFA”. Me parece que esta analise é correta e alem disto, um direito por cobrar, de quem é cidadão brasileiro, contribuinte com seu trabalho, impostos...

Quero no entanto ir alem. Por ser da “área” de educação, sonho com escola, com educação... padrão FIFA. Quero sim cobrar dos responsáveis, em suas diferentes esferas, o padrão FIFA. Mas para quem entra e sai da sala de aula, vai para o Conselho de Classe, participa de Formação Continuada, frequenta a sala dos professores... o padrão FIFA não pode só ser cobrado dos governantes legitimamente constituídos. Quero ter o direito de cobrar dos meus alunos, dos meus parceiros professores, de mim professor, uma aprendizagem  padrão FIFA. E se isto acontecer, desaparecera aquela historia que em muitos lugares se houve. “Eu finjo que ensino, tu finges que estás aprendendo...” 

Pois bem, então vamos lá. Aprendizagem com leitura, interpretação, escrita(letra), engajamento, socialização, protagonismo... padrão FIFA. Que a Comunidade Escolar se mobilize. Torne suas ações sustentáveis, democráticas, plurais, justas, ecumênicas, participativas, respeitosas..., do nível local para o global. Sim, cobrar e exigir dos poderes públicos, mas cobrar e exigir, sem medo de ser feliz, também dos que não são hoje poder ou governantes constituídos pois poderão e serão no futuro. É hora de romper este circulo vicioso, impregnado na cultura brasileira de culpar o outro... Desta forma as farsas de marqueteiros políticos não prevalecerão e o futebol ocupara seu devido lugar, permitindo  a nós brasileiros ganhar o jogo da vida, da cidadania, construindo horizontes de igualdade social autônoma, sem demagogia e assistencialismo eleitoreiro, paternalista e clientelista. Avante aprendizagem.