AVALIAÇÃO: SUCESSO OU FRACASSO ESCOLAR?

 

Acadêmica Anacelia de Souza Luduvice


Orientadora: Mestre Maria José de Azevedo Araujo

 

RESUMO

Este texto representa o resultado de análises sobre o papel da avaliação escolar A avaliação pode ser entendida como uma medida continua de avaliar a participação do educando, a todo o momento e o desempenho do mesmo, ou pode representar momentos estáticos e tradicionais de avaliação, a exemplo da aplicação de testes e apenas testes sem a diversificação da avaliação.

 

PALAVRAS-CHAVE

Avaliação, escola, educador e educando.

 

ABSTRACT
This text is the result of analysis on the role of school evaluation The evaluation can be understood as a measure continues to evaluate the participation of the student at any time and the performance thereof, or may represent static moments and traditional assessment, such of testing and testing only without the diversification of the evaluation.

 

KEYWORDS
Assessment, school, teacher and student.

 

TESTAR OU AVALIAR?

A compreensão que a sociedade tem atualmente do que vem a ser a escola e de seus principais objetivos, de certa forma determina os modelos adequados de avaliação. Ou seja, o próprio projeto político-pedagógico apresenta paradigmas que constituem-se de normas e procedimentos avaliativos, relacionado ao grande valor que se tem atribuído a nota do aluno.

A avaliação ou, o processo avaliativo, será convertido em notas. Para muitos irá indicar o ‘‘melhor ou pior’’ aluno. Sendo que quanto maior for sua nota, maior será o destaque do aluno com relação aos demais. Porém torna-se pertinente refletir os métodos utilizados para testar a capacidade de aprendizagem de tal aluno.

Será que as formas avaliativas servem para medir a inteligência de um ou de outro aluno?

Primeiramente é importante saber distinguir entre avaliar e testar. Segundo Mary Jane Dias da Silva e Ivanete Carvalho Rocha (Didática - Aracaju: UNIT, 2007.64p) avaliar é comprovar se os resultados desejados foram alcançados, ou até que ponto as metas previstas foram atingidas. Já testar consiste no processo interpretativo que existe um julgamento com base em padrões e critérios.

Refletindo sobre o tema, o teste propriamente dito consiste em medir o quanto o aluno aprendeu em determinada disciplina, que irá transparecer através de sua nota.

A nota pura e simples não reflete aspectos da realidade do aluno, pois não leva em consideração fatores externos que podem ocorrer por ocasionalidade, com o aluno. Ele pode até saber de todo o conteúdo, porém por diversos motivos, poderá levá-lo a uma decorrente frustração, já que encontra-se capaz de melhores resultados.

Por outro lado determinado aluno pode até obter a melhor nota, sendo resultante de uma mera ‘’cola’’, que um colega que estuda lhe forneceu, para este que nem sequer tem conhecimento do conteúdo da matéria.

Teste. Será esta a forma mais justa de testar os conhecimentos do individuo?

Outro ponto que vale a pena ressaltar é a tensão, muitas vezes atribuída pelo próprio professor ao aluno, com relação à nota e em se destacar perante os demais.

Cabe ao educador escolher a forma que lhe convém perceber o nível de conhecimento dos seus alunos e até mesmo, se seu objetivo que é o ensinamento, esta sendo alcançado.

A argüição, o teste, a avaliação continua são algumas formas, de analisar esse conhecimento. Há aqueles que defendem a argüição como sendo uma forma de avaliar, sem poder ocorrer a “ajuda”, que os alunos insistem em oferecer.

Porem, um individuo se difere do outro, sendo que um tem mais facilidade em falar em público, o que acontece na argüição. Já o outro sente-se em uma situação constrangedora, já que o mesmo é tímido e apresenta dificuldade em falar em publico, o que lhe ocasionaria em uma decorrente decepção.

Outro ponto importante são as conseqüências que uma nota pode trazer ao aluno. A evasão escolar, por exemplo, é um dos mais gritantes problemas, que atualmente vem atingindo ao sistema de ensino, pois uma nota vermelha pode ocasionar em um aluno que já não vê estímulos em ir à escola já que fora dela há tantas e tantas opções mais atrativas, uma sensação de inferioridade. Além da evasão há também o fato da repetência no que muitas vezes pode resultar na evasão.

Porem deve-se ter a conscientização que a escola não tem um papel único de fornecer ao aluno, uma formação técnica voltada para a aprendizagem propriamente dita. A escola tem a responsabilidade formar o cidadão para toda uma vida, dando-lhe uma postura ética, mesmo que algumas instituições de ensino, não priorizem tais funções.

A partir destas reflexões, vale a pena, especialmente para o educador, questionar se uma nota pode fazer com que o aluno seja reprovado ou aprovado, não sendo levado em consideração todo o seu desempenho em sala de aula, ou até mesmo aquele aluno que possui um nível de aprendizagem diferente dos demais. Outro exemplo a respeito desse tema e que deve ser reformulado são os vestibulares.  

Será que uma prova vai traduzir através de seu resultado (aprovação ou reprovação), a aprendizagem de todo um período de estudo?

 Porém torna-se evidente aqui ressaltar, que a questão abordada não é abolir a avaliação pela qual o aluno é sujeito a enfrentar, e sim reavaliar a metodologia como essa avaliação é exercida. Antes de tudo, em qualquer atividade que esteja envolvido, o homem se encontra em situação de avaliação, pois é levado a escolhas e a tomada de decisões, (Didática - UNIT, 2007.64p) como acontece com o próprio aluno.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Independe do instrumento adotado deve-se ter consciência do seu objetivo, avaliar o nível de aprendizagem e até mesmo o a qualidade ensino. São pontos como esses que os profissionais da educação devem ter como um dos quesitos principais para o seu método de ensino, para assim construir uma educação brasileira mais justa. Concluo com um questionamento:

Qual seria então a forma mais eficiente de medir a aprendizagem do aluno? Através de testes, provas e avaliações?

Sendo assim esses questionamentos aqui abordados, devem ser levados em consideração, já que a escola atualmente assume um papel multilinear na sociedade. Pois apresenta varias dimensões no meio em que esta inserida.

 

SOBRE AS AUTORAS

A acadêmica Anacelia de Souza Luduvice é aluna de graduação, 3° período do Curso de História da Universidade Tiradentes em Aracaju/SE. A elaboração deste texto analítico deve-se à prática investigativa na forma de pesquisa qualitativa do tipo bibliográfico. Propôs-se a atender à exigência da disciplina “Contemporaneidade”, do Curso de Nivelamento da Universidade Tiradentes, no 2º semestre letivo de 2009 e contou com a orientação da professora Msc Maria José de Azevedo Araujo. E-mail para contato: [email protected] e [email protected].