AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR
 
 
  AUTORAS:

ELIENE BARROS ANDRADE
SOLANGE CALDEIRA
ANA PAULA RODRIGUES
 


RESUMO
Ferramenta essencial em um processo de ensino-aprendizagem, a avaliação revela a real situação de necessidades, dificuldades e facilidades relacionadas a habilidades e competências desejáveis para que o educasse atinja os objetivos planejados. Ela deve ser global, cumulativa, evolutiva, provisória, diagnóstica, inclusiva, democrática, dialógica e exige aprender a aprender dos envolvidos no contexto do ensino. Sabe-se que a mudança desestabiliza e angustia, mesmo assim, mude-se o fazer avaliação. Para que ocorra essa transformação, é preciso refletir, questionar, acompanhar e avaliar enfocando formação pessoal, relações sociais, capacidade intelectual no assunto, domínio de tempo e espaço do educando, pois o mundo moderno cobra saberes e exigem cidadãos éticos, íntegros e integrais, conhecedores da cultura precedente, comprometidos com o presente e com visão futurística. Considerando tudo isso e a auto-avaliarão do educando, pode-se revisar e replanejar o processo de ensino sem, no entanto, deixar de reconhecer e de valorizar a pessoa como ser heterogêneo com vivências, necessidades e conhecimentos únicos. Afinal, avaliar é ato afetivo, acolhedor, integrador, tolerante, de respeito à liberdade e, acima de tudo, ato de amor.
 
Palavras-chave: avaliação, processo, mudanças.
 
 
 
 
1.      INTRODUÇÃO
 
Considerando-se que a avaliação é parte integrante do processo ensino-aprendizagem e um ato deliberado; ressaltando, conforme Houaiss (2001, p. 353), quando afirma que ela é a “verificação que objetiva determinar a competência, o progresso etc. de um profissional, alunos etc.”, pode-se afirmar que avaliar aprendizagem escolar é um processo difícil, diagnóstico, lento, contínuo, coletivo, interativo, negociado, cumulativo, evolutivo, justo, compartilhado, global, intenso etc., capaz, por si só, de promover e de elevar a autoestima do educando e do educador ou de baixá-la em nível de destruição e, conseqüentemente, fazer germinar forte sentimento de incompetência neste e induzir aquele à repetência, à evasão escolar, ao fracasso.
Da maneira como é realizada a denominada avaliação da aprendizagem escolar, processo avaliativo, avaliação do aluno, dia de avaliação, seja qual for outra designação, parece que a escola brasileira, de modo geral, de acordo com Luckesi (2004), pratica atos individualizados, autoritários, unilaterais, pontuais, excludentes etc.; todos sobreviventes das pedagogias jesuíticas e comeniana.” do século XVI e XVII, respectivamente, que são, a bem da verdade, exames classificatórios que permitem ou não o avanço do educando no processo de “formação” escolar.
Diante disso, o educador, entendido como mediador e orientador em um processo de ensino-aprendizagem, precisa permanentemente questionar-se sobre: Como é feita a avaliação da aprendizagem escolar? Que tipo de avaliação se faz? Por que há de se fazer avaliação? O que é avaliado? Quem avalia quem? Quando avaliar? Entre outros questionamentos pertinentes, até porque só é possível abordar alguns tópicos nesta reflexão. Porém, podem ser precursores de mudanças a serem implementadas em escolas e em sistemas educacionais brasileiros...