O fenômeno que se percebe no comportamento de consumo das classes sociais no Brasil é de constante mutação, sobretudo comparando-se ao início do Plano Real. Atualmente, com os benefícios oferecidos pelo governo e o livre acesso ao crédito, um público que limitava seu consumo apenas a produtos e serviços da cesta básica tem explorado outros setores do mercado.
A Classe C, até então sem poder de consumo suficiente para investir em educação, agora possui, mais do que nunca, necessidade de se aprimorar para o mercado de trabalho. Nesse contexto, os cursos de idioma têm aberto portas a essa nova demanda que vem injetando dinheiro no setor com anseio de “tirar o atraso” dos anos de exclusão social e econômica.
A chamada “nova classe média” tem dinheiro para gastar, crédito facilitado e juros reduzidos. Com anseio de se colocar em igualdade de condições, a população que constitui esse grupo econômico se preocupa em eliminar qualquer abismo que ainda exista em relação às classes sociais mais favorecidas e para isso se preocupam cada vez mais com a educação enquanto ferramenta inclusiva na economia.

Nova classe média é exigente

Apesar ter ascendido de uma condição, até então, esquecida e discriminada, a classe C não quer mais se contentar com produtos e serviços de baixa qualidade e exige receber o melhor em tudo que adquire. Com o ensino de idiomas não é diferente.
Buscando cada vez mais escolas renomadas que fazem parte de redes de franquias confiáveis, em detrimento de escolas com preço mais baixo e sem qualidade garantida, a nova classe média mostra que não tem tempo a perder e que, apesar de grande ânsia de consumo, cada vez mais tem se preocupado com a qualidade dos produtos e serviços que utiliza, sobretudo quando o serviço em questão é a educação.