Maria Edina Lopes da Silva[1]

Maria de Fátima Rodrigues Mendes[2]

Raquel Emanuele Costa de Araújo[3] 

RESUMO

Este artigo foi elaborado por meio de estudo bibliográfico, Com o objetivo de analisar a perspectiva de educação de Aristóteles e sua relação a aspectos educacionais da atualidade. Para isso faremos um breve histórico da Educação grega, apresentaremos a perspectiva de educação de Aristóteles e em seguida uma análise reflexiva de seu pensamento educacional com a atualidade. Como conclusão, observamos que a educação em Aristóteles é entendida pelo viés da política e que essa teoria está direcionada ao seu tempo e contexto, porém é visivel os aspectos educacionais que estao de acordo com a educação do Brasil, uma vez que esta se preocupa mais com o interesse do Estado (minoria) que com a formação social e espiritual do seu povo.

PALAVRAS-CHAVES: Aristóteles, Educação e Política.

 

 

 

 

 

 

RESUMEN

Este articulo fue elaborado por medio de un estudio bibliográfico, con el objetivo de analisar la perspectiva de educación de Aristóteles y su relación con los aspectos educacionales de la actualidad. Hemos hecho un pequeño resumen de la educacion grega cuyo presentaremos la perspectiva de educacion de Aristoteles y de pronto hay una analisis reflexiva de su pensamiento educacional con la actualidad. Como conclusión, observamos qué la educación en Aristóteles és compreendida por el vies de la politica y que esa esta direccionada a su tiempo y contexto. Todavia se puede notar aspectos de esa teoria en la educacion Brasileña cuando esta se preocupa más con él interés del Estado (minoria) que con la formacion social y espiritual de su gente.

PALABRAS LLAVE: Aristoteles. Educación y Politica.

INTRODUÇÃO

É essencial o entendimento de personagens da antiguidade, no âmbito da educação grega, para se compreender os posteriores períodos da história da educação.

Entre os séculos IV e V a. C, Sócrates, Platão e Aristóteles preocuparam-se mais com a formação do homem e suas virtudes. LACERDA (2002) afirma que,

Inicialmente, é importante reafirmar a importância da obra de Aristóteles (384-322 a.C.) e sua imensa influência sobre a cultura ocidental nesses dois mil e quatrocentos anos. O grande pensador grego foi, durante toda a Idade Média, considerado o mais importante filósofo, e sua doutrina tida como verdade inatacável. Foi com base na obra aristotélica que Santo Tomás de Aquino buscou, em seus escritos, harmonizar razão e fé. Na Era Moderna, que reabilitou o matematicismo pitagórico-platônico, o pensamento aristotélico permaneceu, mesmo muitas vezes rejeitado, servindo como contraponto.

Aristóteles nasceu em Estágira (384-322 a. C.) cidade-estado que pertencia a Macedônia.  Foi discípulo de Platão, mas não seguiu suas teorias, embora, viveu e estudou na academia de seu mestre Platão. Em Atenas fundou o famoso colégio Liceu, ou “escola peripatética”, onde junto a seus discípulos realizaram pesquisas filosóficas e cientificas em alta escala. Segundo LACERDA (2002),

O mundo é concebido por Aristóteles de forma finalista, onde cada coisa tem uma atividade determinada por seu fim. O bem é a plenitude da essência, aquilo a que todas as coisas tendem. O bem, portanto, é a finalidade de uma coisa (ou de uma ciência, ou arte). Assim, a finalidade da medicina é a saúde, e a da estratégia é a vitória. Dentre todos os bens, contudo, há um que é supremo, que deve ser buscado como fim último da pólis. Esse bem é a felicidade, entendida não como um estado, mas como um processo, uma atividade através da qual o ser humano desenvolve da melhor maneira possível suas aptidões.

Mencionado como um dos primeiros grandes cientistas e naturalistas da antiguidade observa-se, conforme GARCIA (2009, p. 28) apud Aranha (2006), que “pelo modelo teórico de Aristóteles, podem-se potencializar as qualidades pessoais por meio da educação, que pretende tornar a pessoa o que ela é realmente, na sua essência”. Ele queria o homem para a felicidade e esta só é alcançada através das virtudes. As disposições seriam aspectos do caráter do homem, cuja finalidade seria a perfeição do homem enquanto ser pensante e racional.

MOMENTO HISTÓRICO

A História da educação tem origem na Grécia antiga, a partir de Homero, o educador de toda Grécia. Abreu (2010, p. 68) apud GILES, (1987, p. 12) ressalta a importância dos poemas homéricos, afirmando que: “os seus heróis servem de modelo permanente para toda a juventude”. Ou seja, a virtude desses heróis foi o que inspirou todo o processo educativo na Grécia.

Sendo assim, o homem em Homero não pode negar o seu destino, mas posiciona-se frente a ele com coragem e bravura. Segundo Abreu (2010, p. 69 apud GILES, 1987), “o ideal educativo a ser alcançado é o herói, o melhor, o superior aos demais”. Para isso, a forma de educação deveria ser condizente com a organização social daquele período, uma sociedade hierárquica, na qual o poder estar nas mãos da aristocracia.

Nesse período a educação não se destinava a qualquer pessoa, mas aos aristocratas, uma aristocracia de guerreiros. Os jovens da aristocracia eram reunidos no palácio do rei, onde treinavam para a arte da guerra por meio de jogos e competições. O objetivo não era, simplesmente, a força física, mas também a astúcia e a inteligência.

No entanto, por volta de 800 a. C, a estrutura social dos tempos homéricos cede lugar às cidades-estados, que exigiam a participação da vida pública e a demarcação do que seria um cidadão. Diferentemente de um poder político que pertencia somente aos aristocratas, à situação vai se formando, depois de muitas crises e lutas de forma democrática.

Esparta e Atenas passaram a ter grande importância, durante essas lutas. A diferença entre essas duas cidades marcaram a historia da Grécia, bem como essa educação. Segundo Abreu (2010, p. 69) apud CAMBI (1999, p. 82):

Esparta foi o modelo de Estado totalitário; Atenas, de democrático, e de uma democracia muito avançada. Até seus ideais e modelos educativos se caracterizam de maneira oposta pela perspectiva militar de formação de cidadãos-guerreiros, homogêneos à ideologia de uma sociedade fechada e compacta, ou por um tipo de formação cultural e aberta, que valoriza o indivíduo e suas capacidades de construção do próprio mundo interior e social. Esparta e Atenas deram vida a dois ideais de educação: um baseado no conformismo e no estatismo, outro na concepção de Paidéia, de formação humana livre e nutrida de experiências diversas, sociais, mas também culturais e antropológicas.

Nesse contexto, de acordo com Abreu (2010, p. 70 apud MARROU, 1975):

“(...) de um lado, a educação grega não perdeu seus laços com a nobreza, continuando a ser uma educação de nobres, pois era para uma elite privilegiada, que detinha poder, riqueza e tempo ocioso. Por outro lado, assiste-se a um movimento de “democratização da educação”, através do aparecimento da escola destinada ao conjunto dos homens livres, dos cidadãos.”

De um modo geral, a cidade, enquanto organismo educativo entra em crise, pois vai surgindo um novo modelo de homem desvinculado dos valores políticos e que constrói a si mesmo de maneira mais livre. As virtudes do homem não estão mais vinculadas aos costumes e a tradição, mas à sua formação, à sua individualidade, sustentada na frase socrática “conhece-te a ti mesmo”.

            Aristóteles afirma que não há nada mais valioso que a felicidade. Ele a relacionava aos bens da alma, os do corpo e os exteriores, sendo-lhes preferíveis os bens da alma.

            Explica Abreu (2010, p. 70 SCIACCA, 1968), que para Aristóteles o que há de melhor no homem é a razão, e uma vida só poderia ser feliz, na medida em que o homem buscasse, através das virtudes, viver conforme a razão. Viver bem significava viver segundo a razão, sendo que somente as virtudes poderiam garantir essa “vida boa”.

            Aristóteles preocupou-se com a formação pessoal, com a aprendizagem de hábitos que levassem os sujeitos a serem melhores e conseqüentemente, felizes. O filósofo propõe que o caminho para se chegar à felicidade seria através das virtudes.

            Ética e Política, no pensamento aristotélico, caminham lado a lado, uma contemplando a outra, de forma que o homem não era e nem tinha nada sem a cidade, pois era visto como um “animal político”, por natureza. Ou seja, Aristóteles não entendia o sujeito desvinculado da Polis, nesse sentido, a educação é um mecanismo político, educar é um ato político não partidarizado.

            Chauí (2004, p. 194) explica que “os humanos, falantes e pensantes, são seres de comunicação e essa é a causa da vida em comunidade ou da vida política”. Nessa concepção, a natureza funda a política.

            A preocupação de Aristóteles com a cidade-estado esta relacionada à idéia de felicidade, proporcionando aos seus cidadãos uma convivência justa e organizada, que deveria ser uma das metas de um bom governante. Deve-se então ter uma organização social para que tal cidade se torne feliz.

            No entanto, uma cidade governável só pode ser auto-suficiente quando não tiver um numero excessivo de cidadãos. É obvio para Aristóteles que uma cidade extremamente populosa é quase impossível de ser governada, dificultando o alcance a uma vida justa e feliz. Chauí (2006, p. 358), salienta que

enquanto Platão se preocupa com a educação e formação do dirigente político – o governante filósofo – Aristóteles se interessa pela qualidade das instituições politicas (assembleias, tribunais, organização do exercito, etc.). Com isso, ambos legam para as teorias políticas subsequentes duas maneiras de conceber onde se situa a qualidade justa da cidade: platonicamente, essa qualidade depende das virtudes do dirigente, aristotelicamente, das virtudes das instituições.

            Sendo assim, Platão pensava em um Estado ideal preocupando-se sobre qual o melhor futuro da humanidade. Ao contrário de Aristóteles que pensava em um Estado real, no qual procurou tratar das coisas reais, ele almejava uma sociedade ideal dentro de um Estado real.

 

REFLEXAO SOBRE A EDUCAÇÃO NO PENSAMENTO DE ARISTÓTELES E SUA RELAÇÃO COM A ATUALIDADE

 

A perspectiva de educação de Aristóteles é entendida pelo viés da política como um instrumento de extrema importância para o Estado garantir a formação dos seus novos dirigentes.

Portanto, percebe-se que sua proposição de educação tinha como foco um grupo específico – homens livres. E essa formação deveria contemplar prioritariamente os aspectos morais do ser humano, seguindo a razão e as virtudes, indispensáveis para que o homem pudesse desfrutar da “felicidade”. Quanto a isso ele afirma o seguinte:

Como é a própria virtude que, em nosso sistema, faz o bom cidadão, o bom magistrado e o homem de bem, e como é preciso começar obedecendo antes de comandar, o legislador deve cuidar principalmente de formar pessoas honestas, procurar saber por quais exercícios tornará honestos os cidadãos e, sobretudo, conhecer bem qual é o ponto capital da vida feliz (ARISTOTELES, 2002, p. 65 apud ABREU E HEROLD JUNIOR, 2010, p. 72-73).

Ao fazer uma relação do que foi exposto com o sistema educacional vigente, quanto à promoção do desenvolvimento integral do ser humano, percebemos que diante das mudanças sociais e de suas conseqüências, a uma extrema necessidade de rever as práticas pedagógicas atuais que cada vez mais tendem a enfatizar determinados aspectos do desenvolvimento em detrimento de outros. Pois o trabalho escolar está mais voltado para os aspectos cognitivos, o que revela a negligência quanto ao trato com os aspectos afetivos e morais; sendo os mesmos indispensáveis na orientação da ação do sujeito em suas relações consigo mesmo e os com demais. Aristóteles (1992) deixa claro a sua preocupação com a educação quando “trata da influencia do conhecimento na vida, pois as pessoas precisavam saber, precisavam aprender a refletir sobre suas vidas e seus modos de agir”. Isso mostra a importância de uma proposta de trabalho que enfatize a interdependia dos aspectos cognitivos, afetivos e sociais.

Com relação ao programa de ensino, Aristóteles se preocupava com o que ensinar as crianças e o que era de fato, importante de receber atenção. Defendia que deveria ser dando prioridade ao ensino das coisas necessárias, se opondo assim, a todo tipo de trabalho que sobrecarregasse a criança com coisas desnecessárias no momento; por ser naturalista defendia que tudo seguisse o seu curso natural, ou seja, que seguisse de acordo com o nível de desenvolvimento da criança.

“... o raciocínio e a inteligência só lhes vêm naturalmente com a idade. Convém, portanto, dar as primeiras atenções ao corpo, as segundas aos instintos da alma, recorrendo-se, todavia, ao intelecto ao tratar dos apetites e à alma, ao tratar do corpo”. (ARISTOTELES, 2002, p. 70 apud ABREU E HEROLD JUNIOR, 2010, p. 73). 

Trazendo isso para nossa realidade iremos contatar que as instituições de ensino, com suas burocracias e vontade de manter-se diante de um mercado competitivo tem imposto as crianças muitas situações “desastrosas” que tem comprometido o desenvolvimento natural da criança, isso por meio de uma sobrecarga de imposições, privações, entre outros; o que pode implicar até no distúrbio psicológico.

É interessante que se proponha para a criança um espaço e um trabalho em que ela possa estar mais isenta do controle do adulto. Dessa forma, o foco será a criança e não o que deve ser ensinado a ela.

 

A EDUCAÇÃO ARISTOTÉLICA NUMA PERSPECTIVA SOCIO-POLITICA BRASILEIRA

Para Aristóteles a família era o núcleo de organização das cidades e a base da educação das crianças, mas ele não tirava do Estado o dever de dar condições as famílias e as crianças para que estas pudessem frenquentar as escolas e aprender de forma efetiva e afetiva. Aristóteles considerava que a melhor forma de ensinar era a partir dos exemplos dos adultos, uma vez que ele pensava que o aprendizado real das crianças acontecia através da imitação dos seus comportamentos. Daí a importância do adulto ter consciência de seus atos e de como estes refletiam na sociedade vigente no presente e num futuro próximo. Para Aristóteles o ensino educacional vem a ser uma virtude que deve ser construída na sociedade a partir do compromisso do Estado, seja ele democrático ou não.

Educar não é uma tarefa fácil, mas árdua e que exige muita responsabilidade, ética e, sobretudo sapiência para saber discernir o bem do mal e de como se deve ajudar os jovens a construir seus valores, a refletir criticamente sobre seu contexto, seu espaço no mundo. Ajudar o aluno na construção da moral foi e, todavia é um desafio, porque são indivíduos que trazem bagagens muitas vezes desconhecidas pelos professores e porque cada ser humano é um mundo diferente, infelizmente o professor acaba sendo apenas o transmissor de conhecimentos no Brasil, pois grande parte da sociedade não o valoriza e não investe em sua formação como deveria, visto que é a partir da educação que um país melhor se desenvolve em todos os aspectos imagináveis. Aristóteles apud Lima (p. 1, 2011):

“(...) há pontos de vistas opostos sobre a prática pedagógica. Não há um consenso geral sobre o que os jovens devem aprender, seja em relação à civilidade, seja em relação a uma vida melhor; tampouco fica claro se a educação deve estar dirigida mais para o intelecto que para a afetividade ou a construção do caráter. O problema tende a se complicar e há muita polêmica e insegurança sobre o como deveríamos fazer”  Aristóteles (“A Política”)

 No Brasil ainda se tem o professor como personagem principal da educação, deixando o aluno de certa maneira à margem. O educador não tem tempo de ir a fundo, de conhecer bem cada um de seus alunos e de trabalhar suas aptidões sociais, políticas e culturais como seria o ideal, uma vez que, ele está quase sempre atarefado e por que não dizer lotado de afazeres relativos aos conteúdos escolares exigidos pelo próprio Estado, não de uma só turma ou escola, mas de várias, pois entra ai a necessidade de se trabalhar mais de um turno e em alguns casos em mais de uma escola para se ter uma renda que melhor que se encaixe em seu perfil  e que lhe dê um status melhor na sociedade. Por isso e por outros motivos institucionais ou não, o professor se atrela tanto ao livro didático, por ser uma forma mais prática de ele estar trabalhando e respondendo aos seus deveres profissionais e políticos, ficando muitas vezes de mãos atadas no que se refere a sua própria prática pedagogia, por ele próprio haver sido um desses tantos alunos que não foi estimulado a pensar criticamente, a refletir, se automotivar e a ser um “produtor” de conhecimentos como defende a teoria Aristotélica cujo principal propósito é formar um homem de valores morais, intelectuais e sociais bem resolvidos para que este possa vir a engrandecer o seu meio e quem sabe governá-lo sabiamente.

 O Estado acaba tornando a escola um banco de dados, o professor como um mero transmissor e o aluno apenas um receptor que servirá ao sistema como mão-de-obra, porque forma não cidadãos críticos, criativos, motivados e confiantes, mas primordialmente técnicos nas variadas funções do mercado industrial e comercial. O Sistema governante limita até o educador mais preparado e decidido a motivar em seus alunos o refletir e o agir, através de programas que “visam” fortalecer a educação e o laço entre a escola e o Estado. Torna-se difícil moldar o cidadão e mais que isso o homem brasileiro como um todo, uma vez que todos os aspectos anteriormente citados são em grande parte desconsiderados e se este homem não é motivado a crescer, a melhorar e a se construir cognitivamente, socialmente e afetivamente. Entretanto, sabe-se que o Estado sempre defendeu os interesses político-sociais da Elite brasileira e que, portanto, torna-se difícil mudar algo se o próprio Estado não se permite fazê-lo.  Nesse sentido, LEITE (p. 7, 2012) afirma que:

De acordo com a teoria aristotélica para a nossa realidade atual, parece-nos que o cidadão brasileiro, em grande parte esqueceu ou optou por distanciar-se de certos “valores formadores”. Nossos sentimentos, nossas condutas, ações e comportamentos são modelos pelas condições em que vivemos (família. classe e grupo social, escola, religião, trabalho circunstâncias política) somos formados pelos costumes de nossa sociedade, que nos educa para respeitarmos e reproduzirmos os valores propostos por ela como bons e, portanto, como obrigação e deveres. Enfim, valores e deveres parecem ser naturais e intemporais, qualquer fato ou acontecimento que nos relacionamos no nosso dia-a-dia desde o nascimento; em verdade, somos recompensados quando os

Seguimos punidos quando os transgredimos.

É imprescindível que reforcemos os valores sociais e morais que virtualizam o ser humano e a educação brasileira carece disso, talvez dessa forma tenhamos um país menos violento e mais consciente de que o direito de um começa quando o do outro termina. Não adianta “status” se o ser humano não conhece a si mesmo e nem o próprio contexto, se ele ao invés de crescer espiritualmente e moralmente retrocede ou não avança mais diante do mundo e dos seres que o rodeia.

CONCLUSÃO

Como vimos no estudo, Aristóteles não escreveu sobre uma educação geral e popular, mas sobre uma educação especifica, de um grupo específico. Suas teorias sobre a educação não poderiam ser aplicadas a qualquer individuo, mas aqueles capazes de cumprir plenamente o ideal de educação proposto, e por isso tal forma de educação não é compatível com a vida do artesão, do escravo e mesmo de mulheres.

Podemos ver que há aspectos da educação proposta por Aristóteles inseridas no Brasil, quando se trata de educar o submisso para que este venha não a evoluir intelectualmente e financeiramente, mas a servir os desejos de uma elite dominadora. O rico trabalha sua intelectualidade e meios de usá-la para aumentar o seu poder e o pobre trabalha para sobreviver e estuda apenas com o intuito e a vaga ilusão de um status financeiro melhor.

            Portanto, o que norteia a teoria da educação de Aristóteles é o conveniente e o justo, o bem e a felicidade (social e individual). A concepção educacional do filósofo é através de uma cidade feliz e justa. Como conclusão, observamos que no pensamento aristotélico a questão educacional é entendida pelo viés da política, sendo um instrumento importante para o Estado garantir a formação de novos dirigentes da Polis e a questão educacional vigente é entendida como um mecanismo de poder de cunho ideológico que funciona como instrumento de reprodução e manutenção do sistema vigente, manipulado pela classe dominante; uma vez que a Educação oferece um ensino marcado pelo dualismo em que alguns- minoria, são preparados para planejar, mandar enquanto outros, a maioria para executar e obedecer.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS

ABREU, Mariclaudia Aparecida de; HEROLD JUNIOR, Carlos. Reflexão Histórica sobre a importância da Educação no Pensamento de Aristóteles.  Disponível em: <http://revistas2.uepg.br/index.php/humanas/article/view/2910>. Acesso em: 23 out. 2011.

CABRAL, João Francisco P. Aristóteles e a Educação. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/filosofia/aristoteles-educacao.html> Acessado em: 14 de maio de 2012.

CHAUÍ, M. S. Convite à filosofia. São Paulo: editora Ática, 2006.

CHAUÍ, M. S. Convite à filosofia. São Paulo: editora Ática, 2004.

GARCIA, Alessandro Barreta. Educação em Aristóteles: vida, estrutura política e concepção educacional. Disponível em: <http://www4.uninove.br/ojs/index. php/cadernosdepos/article/view/2083/1563>. Acesso em: 23 out. 2011.

LIMA, Paulo Gomes. Revisando a Concepção Educacional Aristotélica – da Eugenia e da Educação: UMA LEITURA. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/11455734/CONCEPCAO-EDUCACIONAL-EM-ARISTOTELES-PROF-DR-PAULO-GOMES-LIMA> Acesso em: 13 Maio de 2012.

LEITE, Jussandro Plácido. A Ética Aristotélica Na Sociedade Brasileira Atual: Perspectiva da Filosofia para o Ensino Médio. Disponível em: < http://isepnet.com.br/site/revista/Revista_ISEP_01/artigos/jussandro.prn.pdf> Acessado em: 14 de Maio de 2012.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

CIVITA, Victor. Os Pensadores –Aristóteles. São Paulo. Editora: Nova Cultural Ltda. Ed. 1999.



[1] Graduanda do curso de Licenciatura em Pedagogia da UFRPE/UAG.

[2] Graduanda do curso de Licenciatura em Pedagogia da UFRPE/UAG

[3] Graduanda do curso de Licenciatura em Pedagogia da UFRPE/UAG