Este presente artigo traz uma analise sociológica da famosa lenda de Ikusrk à luz do grande intelectual e sociólogo, Max Weber. Através deste artigo pretendo analisar o processo de organização duma sociedade, e por meio desta analise compreender o poder exercido por um determinado grupo da sociedade sobre outro.  

   Podemos observar através da estória de Ikusrk, diversos estudos sociológicos que abrangem diversas áreas do conhecimento dito sociológico, bem como a organização social de um determinado grupo. Weber nesta feita coloca o individuo e sua subjetividade no centro de estudo da sociedade. Para analisarmos melhor este fato, vemos na estória de Ikursk que há uma ação social bastante definida; percebe-se, que a tribo enquanto sociedade é bem organizada, o pajé aparece como autoridade máxima daquela comunidade, portanto; ele aparece como responsável direto pelo bem estar daquele conjunto bem como, pela continuidade dos costumes e crenças do mesmo.

    Weber, por sua vez, considerava que certos tipos de relações sociais são, indiscutivelmente pautados no horizonte da dominação, em que um sujeito busca intencionalmente controlar o outro. Assim sendo o pajé decide sobre a vida do guerreiro Ikursk , chama-o para um diálogo e decide enviá-lo como dantes fizera com os demais guerreiros, de certo modo o pajé ao usar de sua autoridade estabelece um intimado a Ikursk , Obrigando-o a enfrentar a “tal fera”, este acontecimento segundo Weber trata-se do exercício do poder sobre o outro, o qual indistintamente atinge a todos por uma ação subjetiva determinante, tal como fizera o pajé.  

    Ainda, no tocante a este fato Weber classifica como legitimidade do exercício do poder, onde um determinado número de indivíduos se submete a um conjunto de regras e normas estabelecidas, por simplesmente encontrarem razoavelmente motivadas a acatá-las e realizá-las, ainda, segundo Ele; os motivos que justificam o estado de obediência de um individuam a outro, é meramente por um lado um evento racional, isto é, associado a fins e a valores; e por outro irracional, neste a obediência está ligada diretamente a emoções e tradições. Como se observa na lenda de Ikursk; Ora, se a mesma estratégia de enviar os guerreiros para sanar o problema (o tigre dente de sabre) não teve êxito até então, haja vista que muitos dos guerreiros padeceram ao enfrentar a fera, porque então o pajé continuar com a mesma estratégia? Segundo Weber “somente entendemos os acontecimentos sociais, quando compreendemos os motivos pelos quais os indivíduos agem”. O pajé exercia sobre a tribo espécie de dominação legitima a chamada Dominação de Caráter Racional, baseada na crença na legitimidade das ordens construídas e do direito do mando de caráter tradicional, esta dominação estava diretamente  baseada na crença cotidiana na santidade  do pajé enquanto líder maior, e nas tradições, representante legítimo das divindades.

    A narrativa de Ikursk segue com o final feliz para decepção do pajé, num ato inesperado o guerreiro Ikursk mata a fera, portanto sana o problema que a muito assolava a tribo, após o feito Ele assume a posição de pajé da tribo.     

    Diante deste acontecimento, a estória de Ikursk ganha outro rumo, aquele que dantes era um covarde por não querer ter o mesmo final trágico dos outros guerreiros, se torna agora o maior de todos os guerreiros; de covarde à  posição de honra, digno de admiração; deste modo Ikursk assumiu o controle da situação.

   Em Weber é possível compreender que a sociedade e sua historia são feita pela ação social intencional de um individuo sobre o outro e que o conteúdo do sentido que leva um determinado individuo a agir somente pode ser razoavelmente entendido quando relacionamos o perfeito sentido a seu contexto histórico específico.

Atualização do tema:

-ONDE ESTÃO E QUEM SÃO OS PAJÉS DA NOSSA SOCIEDADE?

-POIS OS IKURSKS DA VIDA NEM PRECISAMOS RESSALTAR QUEM SÃO!.